A natureza da compaixão em Schopenhauer: mistério e cotidiano

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Figueiroa, Danilo da Silva
Data de Publicação: 2018
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFRRJ
Texto Completo: https://rima.ufrrj.br/jspui/handle/20.500.14407/13488
Resumo: Este trabalho empreende um estudo sobre a natureza e o significado moral das ações humanas a partir do pensamento de Arthur Schopenhauer. Trata-se de uma investigação da chamada ética da compaixão schopenhaueriana que tem por objetivo central destacar as diferenças e particularidades dos aspectos metafísicos e misteriosos do ato compassivo em relação à compaixão como algo empírico, cotidiano ou mesmo como ação planejada. Após breve exposição de elementos centrais da metafísica da vontade e da metafísica da ética do filósofo de Frankfurt, procuramos sustentar a seguinte hipótese: se Schopenhauer propôs uma análise da moral e do fenômeno ético originário (a compaixão) - principalmente em O mundo como vontade e representação - pelo prisma metafísico de uma ação que pode ser descrita como imediata e repentina, ele também apresentou o fenômeno de tal compaixão - notadamente em alguns parágrafos de Sobre o fundamento da moral - sob um viés empírico, que admite até mesmo a necessidade de ponderações racionais com as quais, somente após debates, por exemplo, decide-se pela execução ou não de uma ação compassiva. Mostramos que esses aspectos menos misteriosos da compaixão podem ser notados, sobretudo, no âmbito das virtudes da justiça e da caridade, graus da compaixão ou ações derivadas dela. Mas indicamos também que, devido à inclusão dos animais irracionais na fundamentação da moralidade, elementos textuais como o elogio e o apoio do pensador às Sociedades Protetoras dos Animais podem ilustrar a face mediata e ativa da compaixão. Pois se é por compaixão que alguém cria uma organização de caridade ou de proteção a pessoas ou a animais sofredores, decerto a compaixão como fenômeno misterioso e imediato, tomada estritamente em termos de “o grande mistério da ética”, não bastaria para mover e manter a ação até a sua concretização final. Seria necessário reconhecer também o papel ativo do intelecto como mediador de motivos e ações. Com este raciocínio, analisamos a compaixão schopenhaueriana em sua natureza ambivalente: por um lado, ela seria misteriosa e mística, por outro, empírica, “prática” e verificada no cotidiano.
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Após breve exposição de elementos centrais da metafísica da vontade e da metafísica da ética do filósofo de Frankfurt, procuramos sustentar a seguinte hipótese: se Schopenhauer propôs uma análise da moral e do fenômeno ético originário (a compaixão) - principalmente em O mundo como vontade e representação - pelo prisma metafísico de uma ação que pode ser descrita como imediata e repentina, ele também apresentou o fenômeno de tal compaixão - notadamente em alguns parágrafos de Sobre o fundamento da moral - sob um viés empírico, que admite até mesmo a necessidade de ponderações racionais com as quais, somente após debates, por exemplo, decide-se pela execução ou não de uma ação compassiva. Mostramos que esses aspectos menos misteriosos da compaixão podem ser notados, sobretudo, no âmbito das virtudes da justiça e da caridade, graus da compaixão ou ações derivadas dela. Mas indicamos também que, devido à inclusão dos animais irracionais na fundamentação da moralidade, elementos textuais como o elogio e o apoio do pensador às Sociedades Protetoras dos Animais podem ilustrar a face mediata e ativa da compaixão. Pois se é por compaixão que alguém cria uma organização de caridade ou de proteção a pessoas ou a animais sofredores, decerto a compaixão como fenômeno misterioso e imediato, tomada estritamente em termos de “o grande mistério da ética”, não bastaria para mover e manter a ação até a sua concretização final. Seria necessário reconhecer também o papel ativo do intelecto como mediador de motivos e ações. Com este raciocínio, analisamos a compaixão schopenhaueriana em sua natureza ambivalente: por um lado, ela seria misteriosa e mística, por outro, empírica, “prática” e verificada no cotidiano.This work undertakes a study on the nature and moral significance of human actions by the Arthur Schopenhauer’s thought. It is an investigation of the schopenhauerian compassion ethics whose main objective is to highlight the differences and particularities of the metaphysical and mysterious aspects of the compassionate act in relation to compassion as something empirical, everyday or even as a planned action. After a brief exposition of central elements of the metaphysics of the will and metaphysics of the ethics of the Frankfurt philosopher, we try to support the following hypothesis: if Schopenhauer proposed an analysis of the moral and the original ethical phenomenon (compassion) -especially in The world as will and representation - by the metaphysical prism of an action that can be described as immediate and sudden, he also presented the phenomenon of such compassion -notably in some paragraphs of On the basis of morality - under an empirical bias, which even admits the need for considerations with which, only after discussions, for example, it is decided whether or not to carry out a compassionate action. We have shown that these less mysterious aspects of compassion can be noted above all in the virtues of justice and charity, degrees of compassion, or actions derived from it. But we also point out that because of the inclusion of irrational animals in the foundation of morality, textual elements such as praise and support of the thinker to Animal Protective Societies can illustrate the mediate and active face of compassion. For if it is out of compassion that one creates a charitable or protective organization for suffering persons or animals, surely compassion as a mysterious and immediate phenomenon, taken strictly in terms of “the great mystery of ethics”, would not be enough to move and maintain the action until its final realization. It would also be necessary to recognize the active role of the intellect as a mediator of motives and actions. With this reasoning, we analyze Schopenhauer’s compassion in its ambivalent nature: on the one hand, it would be mysterious and mystical, on the other, empirical, “practical” and verified in everyday life.application/pdfporUniversidade Federal Rural do Rio de JaneiroPrograma de Pós-Graduação em FilosofiaUFRRJBrasilInstituto de Ciências Humanas e SociaisSchopenhauerMoralCompaixãoMistérioCotidianoCompassionMysteryEverydayFilosofiaA natureza da compaixão em Schopenhauer: mistério e cotidianoThe nature of compassion in Schopenhauer: mistery and everydayinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisBITTENCOURT, Renato Nunes. Justiça, caridade e compaixão na Metafísica da Ética de Schopenhauer. Revista Voluntas, Rio de Janeiro, Vol. 1, Nº 1, 1ºsem. 2010, pp. 49-70. BARBOZA, Jair. Schopenhauer: a decifração do enigma do mundo. São Paulo: Moderna, 1997. _____. Modo de conhecimento estético e mundo em Schopenhauer. 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Um caráter abissal: a metafísica schopenhaueriana da vontade como caracterologia. Revista Voluntas: Estudos sobre Schopenhauer. Rio de Janeiro, 1º semestre de 2013, Vol. 4, Nº 1, pp. 33-65. _____. A grande e a pequena ética de Schopenhauer. Ethic@ - An International Journal for Moral Philosophy, Florianópolis, v. 14, n. 1, pp. 36-56, ago. 2015. _____. Pessimismo e eudemonologia: Schopenhauer entre pessimismo metafísico e pessimismo pragmático. Revista Kriterion (UFMG. Impresso), Belo Horizonte, v. 57, n. 135, pp. 781-802, 2016. _____. A teoria da ação humana de Schopenhauer como grande e pequena ética. In: Francesco Giordano; Mario Carparelli; Simona Apollonio. (Org.). Per mari inesplorati. Studi in onore del Prof. Domenico M. Fazio. Lecce: Pensa MultiMedia, 2017, pp. 187-213. GODART-VAN DER KROON, Annette. Schopenhauer's Theory of Justice and its Implication to Natural Law. In: Schopenhauer-Jahrbuch. Band 84. 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