Monitoramento de aflatoxinas, fungos toxigênicos e níveis de contaminação em matérias primas e alimentos balanceados. Aflatoxicose natural em cães no estado do Rio de Janeiro
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Data de Publicação: | 2007 |
Tipo de documento: | Tese |
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Título da fonte: | Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFRRJ |
Texto Completo: | https://rima.ufrrj.br/jspui/handle/20.500.14407/9639 |
Resumo: | Os alimentos balanceados comerciais constituem um elemento importante na indústria de cães no Brasil. Sua composição inclui misturas de cereais produzidos nas granjas, tais como sorgo, milho e algumas oleaginosas. Todos os alimentos destinados a cães estão suplementados com gorduras, vitaminas, minerais, antioxidantes e farinhas de diversas origens incorporados, em alguns casos como pellets. Ao possuir suficientes nutrientes e condições de umidade adequadas são suscetíveis a contaminação por fungos durante a pré e pós-colheita, no armazenamento, na manufatura e no processamento destes ingredientes. Os fungos filamentosos mais comumente encontrados em grãos armazenados incluem as espécies dos gêneros Aspergillus, Penicillium e Fusarium, capazes de produzir deteriora e diferentes micotoxinas. Espécies de Aspergillus como Aspergillus flavus, Aspergillus parasiticus e Aspergillus nomius são as mais toxicógenas podendo produzir aflatoxinas, consideradas como carcinógenos tipo 1A. Os alimentos destinados a cães possuem quantidades importantes de cereais e, portanto podem concentrar quantidades importantes de toxinas. Em cães e gatos os efeitos das micotoxinas são severos e podem produzir a morte, além de levar a perda de nutrientes, alterar as propriedades organolépticas e diminuir a vida média do produto no mercado. Por outro lado a presença de espécies toxicogênicas poderia indicar a contaminação com várias micotoxinas e, esta situação representa um risco potencial para a saúde dos animais. Baseado no exposto anteriormente, os objetivos deste trabalho foram caracterizar morfologicamente a micobiota, detectar a incidência natural de micotoxinas em ingredientes e alimentos balanceados para cães, isolar microrganismos com potencialidades toxicogênicas e estabelecer parâmetros para prevenir e/ou controlar as micotoxicoses em cães. Um total de 230 amostras (117 alimentos suspeitos de produzir intoxicação natural (AIN), 43 de alimentos comerciais (AC) de três qualidades diferentes, 70 ingredientes da linha de produção (ALP) de ingredientes e rações destinadas à alimentação de cães) foram analisadas. O isolamento de fungos se realizou pelo método de disseminação em superfície. Os meios de cultivo utilizados foram Ágar Diclorán-Rosa de Bengala Cloramfenicol (DRBC), Ágar Diclorán Cloramfenicol 18% Glicerol (DG18) e Ágar Nash-Snyder. Se determinou a média do número de colônias por triplicata e se expressou como unidades formadoras de colônias por grama de alimento (UFC/g). Os AIN e alguns ALP (milho, milho moído, farinha de sorgo, farinha de milho e glúten) apresentaram contagens fúngicas superiores a 104 UFC/g. As amostras de AC não superaram este valor. Cada cepa foi isolada e identificada a nível de gênero. As espécies pertencentes ao gênero Aspergillus prevaleceram em todas as amostras analisadas, sendo as espécies aflatoxicogênicas, A. flavus/A. parasiticus, as de maior freqüência. Estas cepas foram avaliadas em sua habilidade de produzir aflatoxinas. Dos 100% das cepas isoladas de AIN, 80% de AC e 70% de ALP, foram capazes de produzir aflatoxinas em níveis que variaram entre 2 e 66,25 ng/g. Se determinou a incidência natural de aflatoxinas em todas as amostras de alimentos por cromatografia líquida de alta eficiência. Os AIN e algumas amostras de ingredientes de ALP, principalmente aquelas compostas por milho, apresentaram níveis de aflatoxinas superiores a 20 ppb. Os estudos histopatológicos e bioquímicos dos órgãos dos animais afetados evidenciaram a causa morte (aflatoxicose), assim como também os estudos micotoxicológicos realizados: a carga fúngica e os níveis de aflatoxinas encontrados, foram superiores aos permitidos pelas regulamentações nacionais e internacionais em vigência. Os alimentos comerciais pertencentes a distintas qualidades são alimentos aptos para o consumo mas, potencialmente perigosos em condições de armazenamento inadequado devido à capacidade aflatoxicogência das cepas estudadas. Quanto aos ingredientes e alimentos terminados da linha de produção, aqueles compostos por milho não cumpriram com os valores de fungos e aflatoxinas permitidos pela legislação. Embora a ração terminada se ajuste ao requerido pela regulamentação, provavelmente pelo processamento recebido, apresenta um risco potencial já que mais de 80% das espécies de A. flavus foram capazes de produzir aflatoxinas B1 e B2. É importante então destacar a necessidade de realizar um controle adequado dos ingredientes utilizados na elaboração de alimentos compostos, como também as condições ambientais onde se armazenam as rações destinadas aos cães, para preservá- los da indesejada contaminação fúngica e a conseqüente produção de micotoxinas. |
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Todos os alimentos destinados a cães estão suplementados com gorduras, vitaminas, minerais, antioxidantes e farinhas de diversas origens incorporados, em alguns casos como pellets. Ao possuir suficientes nutrientes e condições de umidade adequadas são suscetíveis a contaminação por fungos durante a pré e pós-colheita, no armazenamento, na manufatura e no processamento destes ingredientes. Os fungos filamentosos mais comumente encontrados em grãos armazenados incluem as espécies dos gêneros Aspergillus, Penicillium e Fusarium, capazes de produzir deteriora e diferentes micotoxinas. Espécies de Aspergillus como Aspergillus flavus, Aspergillus parasiticus e Aspergillus nomius são as mais toxicógenas podendo produzir aflatoxinas, consideradas como carcinógenos tipo 1A. Os alimentos destinados a cães possuem quantidades importantes de cereais e, portanto podem concentrar quantidades importantes de toxinas. Em cães e gatos os efeitos das micotoxinas são severos e podem produzir a morte, além de levar a perda de nutrientes, alterar as propriedades organolépticas e diminuir a vida média do produto no mercado. Por outro lado a presença de espécies toxicogênicas poderia indicar a contaminação com várias micotoxinas e, esta situação representa um risco potencial para a saúde dos animais. Baseado no exposto anteriormente, os objetivos deste trabalho foram caracterizar morfologicamente a micobiota, detectar a incidência natural de micotoxinas em ingredientes e alimentos balanceados para cães, isolar microrganismos com potencialidades toxicogênicas e estabelecer parâmetros para prevenir e/ou controlar as micotoxicoses em cães. Um total de 230 amostras (117 alimentos suspeitos de produzir intoxicação natural (AIN), 43 de alimentos comerciais (AC) de três qualidades diferentes, 70 ingredientes da linha de produção (ALP) de ingredientes e rações destinadas à alimentação de cães) foram analisadas. O isolamento de fungos se realizou pelo método de disseminação em superfície. Os meios de cultivo utilizados foram Ágar Diclorán-Rosa de Bengala Cloramfenicol (DRBC), Ágar Diclorán Cloramfenicol 18% Glicerol (DG18) e Ágar Nash-Snyder. Se determinou a média do número de colônias por triplicata e se expressou como unidades formadoras de colônias por grama de alimento (UFC/g). Os AIN e alguns ALP (milho, milho moído, farinha de sorgo, farinha de milho e glúten) apresentaram contagens fúngicas superiores a 104 UFC/g. As amostras de AC não superaram este valor. Cada cepa foi isolada e identificada a nível de gênero. As espécies pertencentes ao gênero Aspergillus prevaleceram em todas as amostras analisadas, sendo as espécies aflatoxicogênicas, A. flavus/A. parasiticus, as de maior freqüência. Estas cepas foram avaliadas em sua habilidade de produzir aflatoxinas. Dos 100% das cepas isoladas de AIN, 80% de AC e 70% de ALP, foram capazes de produzir aflatoxinas em níveis que variaram entre 2 e 66,25 ng/g. Se determinou a incidência natural de aflatoxinas em todas as amostras de alimentos por cromatografia líquida de alta eficiência. Os AIN e algumas amostras de ingredientes de ALP, principalmente aquelas compostas por milho, apresentaram níveis de aflatoxinas superiores a 20 ppb. Os estudos histopatológicos e bioquímicos dos órgãos dos animais afetados evidenciaram a causa morte (aflatoxicose), assim como também os estudos micotoxicológicos realizados: a carga fúngica e os níveis de aflatoxinas encontrados, foram superiores aos permitidos pelas regulamentações nacionais e internacionais em vigência. Os alimentos comerciais pertencentes a distintas qualidades são alimentos aptos para o consumo mas, potencialmente perigosos em condições de armazenamento inadequado devido à capacidade aflatoxicogência das cepas estudadas. Quanto aos ingredientes e alimentos terminados da linha de produção, aqueles compostos por milho não cumpriram com os valores de fungos e aflatoxinas permitidos pela legislação. Embora a ração terminada se ajuste ao requerido pela regulamentação, provavelmente pelo processamento recebido, apresenta um risco potencial já que mais de 80% das espécies de A. flavus foram capazes de produzir aflatoxinas B1 e B2. É importante então destacar a necessidade de realizar um controle adequado dos ingredientes utilizados na elaboração de alimentos compostos, como também as condições ambientais onde se armazenam as rações destinadas aos cães, para preservá- los da indesejada contaminação fúngica e a conseqüente produção de micotoxinas.The commercial feed constitutes an important element in the pet industry in Brazil. Its composition includes cereal mixtures produced in farms such as sorghum, maize and some oily seeds. All feed destined to pets are supplemented with fats, vitamins, minerals, antirust and flours of diverse origins incorporated in some cases as pellets. When conditions of nutrients and moisture are adequate, fungal contamination could be present during pre and post harvest, storage, manufacture and processing of these ingredients. The filamentous stored grain fungi more commonly found include the species belonging to Aspergillus, Penicillium and Fusarium genera. They are able to produce different mycotoxins. Species of Aspergillus such as Aspergillus flavus, Aspergillus parasiticus and Aspergillus nomius are able to produce aflatoxins, considered as carcinogen type 1A. The pet foods have important amounts of cereals and therefore, they can concentrate important amounts of toxins. In dogs and cats the effects of mycotoxins are severe and can produce death, besides the loss of nutrients, to alter the organoleptic properties and to diminish the average life of the product in the market. On the other hand, the presence of toxicogenic species could indicate the contamination with several mycotoxins and this situation represents a potential risk for the animal health. On the basis of these antecedents the objectives of this work were 1) to characterize the mycoflora, 2) to detect the natural incidence of mycotoxins from raw materials and compound feed for dogs and 3) to establish parameters to prevent and/or to control micotoxicoses. A total of 230 samples (117 suspected foods to produce natural poisoning (AIN), 43 commercial foods (AC) of 3 different qualities, 70 ingredients of the production line (ALP)) of ingredients and rations destined to the feeding of dogs were analyzed. The fungal isolation was made by the surface spread method. The culture media were dicloran-rose-bengal-chloranphenicol agar (DRBC), dicloran-chloranphenicol 18% glicerol agar (DG18) and Nash-Snyder agar. The average of the number of colonies by triplicate was determined and it was expressed as colony forming units/gram of feed (UFC/g). AIN and some ALP (maize, ground maize, flour of sorghum, maize flour and gluten) obtained fungal counts over than 104 UFC/g. The AC samples were not over this value. Each strain was isolated and identified at the species level. The species belonging to the Aspergillus genera were predominant in all of the analyzed samples, having aflatoxicogenic species A. flavus/A. parasiticus those of greater frequency. These strains were evaluated in their ability to produce aflatoxins by the TLC method. The 100% of isolated strains of AIN, 80% of AC and 70% of ALP were able to produce aflatoxins at levels that varied from 2 and 66.25 ng/g. The natural incidence of aflatoxins in all feed samples was determined by high performance liquid chromatography (HPLC). AIN and some samples of ALP ingredients, mainly those containing maize, obtained aflatoxins levels over than 20 ppb. The hystopatological and biochemical studies of the affected animals organs demonstrated the death cause (aflatoxicosis), and were confirmed by the mycological studies: the fungal counts and aflatoxins levels were over the allowed ones by national and international regulations in use. The commercial feed of different qualities are feeds in conditions to be consumed, but have a potential risk if they are in inadequate storage conditions due to the aflatoxicogenic ability of the studied strains. As far as the ingredients and finished feed of the production line, those made up of maize did not fulfill the values of fungi and aflatoxins allowed by the legislation. Although the finished ration adjusts to the required regulation, probably by the processing, it presents a potential risk since more of 80% of the species of A. flavus, were able to produce aflatoxins B1 and B2. It is important then to emphasize the need to a suitable control of the used ingredients in the compound feed elaboration and the adequate environmental conditions to preserve the pet food of undesired fungal contamination and the consequent production of their mycotoxinas.application/pdfporUniversidade Federal Rural do Rio de JaneiroPrograma de Pós-Graduação em Ciências VeterináriasUFRRJBrasilInstituto de Veterináriafungo. micotoxinaração.fungymycotoxinpet foodMedicina VeterináriaMonitoramento de aflatoxinas, fungos toxigênicos e níveis de contaminação em matérias primas e alimentos balanceados. Aflatoxicose natural em cães no estado do Rio de JaneiroAflatoxins survey, toxicogenic fungi and contamination level in raw material of balanced feedstuff. Natural aflatoxicoses in dogs of Rio de Janeiro Stateinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/doctoralThesishttps://tede.ufrrj.br/retrieve/59882/2007%20-%20S%c3%a9rgio%20Gaspar%20de%20Campos.pdf.jpghttps://tede.ufrrj.br/jspui/handle/tede/809Made available in DSpace on 2016-04-28T20:16:22Z (GMT). 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