Gênero, sexualidades e corporeidade: problematizações do corpo dentro do sistema socioducativo do Rio de Janeiro
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2020 |
Tipo de documento: | Dissertação |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFRRJ |
Texto Completo: | https://rima.ufrrj.br/jspui/handle/20.500.14407/13246 |
Resumo: | O presente trabalho pretende discutir as problematizações do corpo estabelecidas dentro de duas instituições socioeducativas no Rio de Janeiro, sobre a ótica da corporeidade, gênero e sexualidades. Ao indicar as potencialidades e os limites das diferentes significações que este corpo pode ter, questiona-se como seria a convivência com os demais, observando as inúmeras diferenças existentes por parte dos sujeitos privados de liberdade. Como referencial teórico, foram utilizados autores da área dos estudos de gênero e sexualidades, como Foucault, Louro e Butler; e dos estudos do corpo, como Merleau-Ponty e Le Breton. Este estudo tem o objetivo de compreender como se processam as adaptações e reestruturações da corporeidade de adolescentes/jovens de instituições prisionais socioeducativas no atravessamento cotidiano de questões de gênero e sexualidades, abarcando os aspectos de transgressão à cisheteronormatividade e analisando de que forma a socioeducação pode promover equidade social entre esses sujeitos excluídos socialmente. A pesquisa de cunho qualitativas e pauta em uma revisão bibliográfica para traçar reflexões sobre corporeidade, gênero e sexualidades, além de utilizar como instrumentos de coleta de dados entrevistas com socieducadores/as e com a equipe que atua junto aos/as adolescentes nas unidades. O estudo voltou-se para investigar as práticas comportamentais e os discursos presentes na (re)construção do corpo, gênero e sexualidades dos/as adolescentes em conflito com a lei. Os resultados da pesquisa apontaram para uma realidade de perpetuação das trajetórias de violência e exclusão já vivenciadas por esses/as adolescentes na sociedade, além de uma reafirmação de padrões opressores patriarcais; que há uma defasagem no que tange a políticas públicas referentes aos meninos e às meninas tidos/as como fora dos padrões de gênero tradicionalmente adotados como norma dentro das unidades socioeducativas. Por fim, constatou-se a verificação de políticas públicas despreparadas, que não proporcionam ações afirmativas capazes de proporcionar o direito à equidade para esses/as adolescentes e que ignoram as particularidades e singularidades do ser humano. |
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Barros, Aline da FonsecaSilva Junior, Jonas Alves da273.018.828-23Silva Junior, Jonas Alves daSantos, Ana Maria MarquesBrito, Leandro Teófilo de053.502.087-21http://lattes.cnpq.br/63037400377565132023-12-22T02:43:06Z2023-12-22T02:43:06Z2020-10-23BARROS, Aline da Fonseca. Gênero, sexualidades e corporeidade: problematizações do corpo dentro do sistema socioducativo do Rio de Janeiro. 2020. 134 f. Dissertação (Mestrado em Educação, Contextos Contemporâneos e Demandas Populares) - Instituto de Educação/Instituto Multidisciplinar, Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro, Seropédica/Nova Iguaçu, RJ, 2020.https://rima.ufrrj.br/jspui/handle/20.500.14407/13246O presente trabalho pretende discutir as problematizações do corpo estabelecidas dentro de duas instituições socioeducativas no Rio de Janeiro, sobre a ótica da corporeidade, gênero e sexualidades. Ao indicar as potencialidades e os limites das diferentes significações que este corpo pode ter, questiona-se como seria a convivência com os demais, observando as inúmeras diferenças existentes por parte dos sujeitos privados de liberdade. Como referencial teórico, foram utilizados autores da área dos estudos de gênero e sexualidades, como Foucault, Louro e Butler; e dos estudos do corpo, como Merleau-Ponty e Le Breton. Este estudo tem o objetivo de compreender como se processam as adaptações e reestruturações da corporeidade de adolescentes/jovens de instituições prisionais socioeducativas no atravessamento cotidiano de questões de gênero e sexualidades, abarcando os aspectos de transgressão à cisheteronormatividade e analisando de que forma a socioeducação pode promover equidade social entre esses sujeitos excluídos socialmente. A pesquisa de cunho qualitativas e pauta em uma revisão bibliográfica para traçar reflexões sobre corporeidade, gênero e sexualidades, além de utilizar como instrumentos de coleta de dados entrevistas com socieducadores/as e com a equipe que atua junto aos/as adolescentes nas unidades. O estudo voltou-se para investigar as práticas comportamentais e os discursos presentes na (re)construção do corpo, gênero e sexualidades dos/as adolescentes em conflito com a lei. Os resultados da pesquisa apontaram para uma realidade de perpetuação das trajetórias de violência e exclusão já vivenciadas por esses/as adolescentes na sociedade, além de uma reafirmação de padrões opressores patriarcais; que há uma defasagem no que tange a políticas públicas referentes aos meninos e às meninas tidos/as como fora dos padrões de gênero tradicionalmente adotados como norma dentro das unidades socioeducativas. Por fim, constatou-se a verificação de políticas públicas despreparadas, que não proporcionam ações afirmativas capazes de proporcionar o direito à equidade para esses/as adolescentes e que ignoram as particularidades e singularidades do ser humano.CAPES - Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível SuperiorThe present work intends to discuss the problematizations of the body established within two socio-educational institutions in Rio de Janeiro, from the perspective of corporeality, gender and sexualities. When indicating the potentialities and limits of the different meanings that this body may have, one wonders how living with others would be, observing the countless differences existing on the part of individuals deprived of liberty. As a theoretical framework, authors from the field of gender and sexuality studies were used, such as Foucault, Louro and Butler; and studies of the body, such as Merleau-Ponty and Le Breton. This study aims to understand how adaptations and restructuring of the corporeity of adolescents / young people from socio-educational prison institutions take place in the daily crossing of gender and sexuality issues, covering aspects of transgression to cisheteronormativity and analyzing how socio-education can promote social equity among these socially excluded subjects. The qualitative research is based on a bibliographic review to outline reflections on corporeality, gender and sexualities, in addition to using as instruments of data collection interviews with socieducadores / as and the team that works with teenagers in the units. The study focused on investigating behavioral practices and discourses present in the (re) construction of the body, gender and sexualities of adolescents in conflict with the law. The results of the research pointed to a reality of perpetuation of the trajectories of violence and exclusion already experienced by these adolescents in society, in addition to a reaffirmation of patriarchal oppressive patterns; that there is a gap in terms of public policies regarding boys and girls considered to be outside the gender standards traditionally adopted as the norm within the socio-educational units. Finally, it was verified the verification of unprepared public policies, which do not provide affirmative actions capable of providing the right to equity for these adolescents and which ignore the particularities and singularities of the human being.application/pdfporUniversidade Federal Rural do Rio de JaneiroPrograma de Pós-Graduação em Educação, Contextos Contemporâneos e Demandas PopularesUFRRJBrasilInstituto Multidisciplinar de Nova IguaçuInstituto de EducaçãoGêneroSexualidadesCorporeidadeSocioeducaçãoGenreSexualitiesCorporeitySocioeducationEducaçãoGênero, sexualidades e corporeidade: problematizações do corpo dentro do sistema socioducativo do Rio de JaneiroGender, sexualities and corporealitie: problematizations of the body within the socio-educational system of Rio de Janeiroinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisAGUINSK, B.; FERREIRA, G.; RODRIGUES, M. 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O presente trabalho pretende discutir as problematizações do corpo estabelecidas dentro de duas instituições socioeducativas no Rio de Janeiro, sobre a ótica da corporeidade, gênero e sexualidades. Ao indicar as potencialidades e os limites das diferentes significações que este corpo pode ter, questiona-se como seria a convivência com os demais, observando as inúmeras diferenças existentes por parte dos sujeitos privados de liberdade. Como referencial teórico, foram utilizados autores da área dos estudos de gênero e sexualidades, como Foucault, Louro e Butler; e dos estudos do corpo, como Merleau-Ponty e Le Breton. Este estudo tem o objetivo de compreender como se processam as adaptações e reestruturações da corporeidade de adolescentes/jovens de instituições prisionais socioeducativas no atravessamento cotidiano de questões de gênero e sexualidades, abarcando os aspectos de transgressão à cisheteronormatividade e analisando de que forma a socioeducação pode promover equidade social entre esses sujeitos excluídos socialmente. A pesquisa de cunho qualitativas e pauta em uma revisão bibliográfica para traçar reflexões sobre corporeidade, gênero e sexualidades, além de utilizar como instrumentos de coleta de dados entrevistas com socieducadores/as e com a equipe que atua junto aos/as adolescentes nas unidades. O estudo voltou-se para investigar as práticas comportamentais e os discursos presentes na (re)construção do corpo, gênero e sexualidades dos/as adolescentes em conflito com a lei. Os resultados da pesquisa apontaram para uma realidade de perpetuação das trajetórias de violência e exclusão já vivenciadas por esses/as adolescentes na sociedade, além de uma reafirmação de padrões opressores patriarcais; que há uma defasagem no que tange a políticas públicas referentes aos meninos e às meninas tidos/as como fora dos padrões de gênero tradicionalmente adotados como norma dentro das unidades socioeducativas. Por fim, constatou-se a verificação de políticas públicas despreparadas, que não proporcionam ações afirmativas capazes de proporcionar o direito à equidade para esses/as adolescentes e que ignoram as particularidades e singularidades do ser humano. |
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