Comendador Joaquim José de Souza Breves: poder e riqueza na trajetória de um família durante as transformações da Segunda Escravidão no Vale do Paraíba sul fluminense (1850 a 1889)

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Owerney, Rodrigo Félix
Data de Publicação: 2020
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFRRJ
Texto Completo: https://rima.ufrrj.br/jspui/handle/20.500.14407/13829
Resumo: Este trabalho tem por principal finalidade entender o funcionamento das relações sociais escravistas no Vale do Paraíba sul fluminense, na segunda metade do século XIX, a partir da análise das estratégias, o sistema de reciprocidade e as relações de poder entre os senhores da família Souza Breves e seus escravos. Nesse escopo, é realizada a análise de processos judiciais que envolvam os senhores e os escravos da referida família, como forma de exemplificar algumas características da escravidão na sociedade brasileira do Vale do Paraíba sul fluminense no oitocentos, a partir das relações sociais escravistas. Nesse sentido, a utilização dos processos judiciais, como fonte, nos permite analisar as relações entre senhores e escravos, e os demais componentes da sociedade estudada, a partir da perspectiva da escravidão reconfigurada para atender as demandas impostas pelo crescimento da economia mundial. Para o estudo destes casos, a microanálise foi de grande valia na medida em que permitiu uma compreensão mais aprofundada do cotidiano das relações sociais escravistas engendradas a partir das alterações observadas no contexto econômico mundial advindas com a Revolução Industrial. Nesta pesquisa, o conceito de Império Agrário - baseado no conjunto de propriedades destinadas à cultura cafeeira, utilizando trabalho escravo e administrados por um indivíduo ou família - tornou-se fundamental, permitindo intermediar a alternância de escalas para analisar a dinâmica das relações entre as trajetórias individuais e o contexto de Segunda Escravidão. Para isso, a utilização de uma abordagem multiscópica, em um jogo de escalas na análise dos casos inseridos na sociedade escravista local, permite generalizar algumas relações sociais de produção escravista no Vale do Paraíba sul fluminense, dentro de um contexto da segunda metade do século XIX e das transformações que ocorreram.
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Dissertação (Mestrado em História) - Instituto de Ciências Humanas e Sociais, Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro, Seropédica, RJ, 2020.https://rima.ufrrj.br/jspui/handle/20.500.14407/13829Este trabalho tem por principal finalidade entender o funcionamento das relações sociais escravistas no Vale do Paraíba sul fluminense, na segunda metade do século XIX, a partir da análise das estratégias, o sistema de reciprocidade e as relações de poder entre os senhores da família Souza Breves e seus escravos. Nesse escopo, é realizada a análise de processos judiciais que envolvam os senhores e os escravos da referida família, como forma de exemplificar algumas características da escravidão na sociedade brasileira do Vale do Paraíba sul fluminense no oitocentos, a partir das relações sociais escravistas. Nesse sentido, a utilização dos processos judiciais, como fonte, nos permite analisar as relações entre senhores e escravos, e os demais componentes da sociedade estudada, a partir da perspectiva da escravidão reconfigurada para atender as demandas impostas pelo crescimento da economia mundial. Para o estudo destes casos, a microanálise foi de grande valia na medida em que permitiu uma compreensão mais aprofundada do cotidiano das relações sociais escravistas engendradas a partir das alterações observadas no contexto econômico mundial advindas com a Revolução Industrial. Nesta pesquisa, o conceito de Império Agrário - baseado no conjunto de propriedades destinadas à cultura cafeeira, utilizando trabalho escravo e administrados por um indivíduo ou família - tornou-se fundamental, permitindo intermediar a alternância de escalas para analisar a dinâmica das relações entre as trajetórias individuais e o contexto de Segunda Escravidão. Para isso, a utilização de uma abordagem multiscópica, em um jogo de escalas na análise dos casos inseridos na sociedade escravista local, permite generalizar algumas relações sociais de produção escravista no Vale do Paraíba sul fluminense, dentro de um contexto da segunda metade do século XIX e das transformações que ocorreram.CAPES - Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível SuperiorThis work has as main objective understand how slave social relations work, in the second half of the nineteenth century in the south region of Rio de Janeiro known as Vale do Paraíba, from the analysis of the strategies, reciprocity system and power relations between the lords of the Souza Breves family and their slaves. In this scope, it is carried out the analysis of judicial processes that involve masters and slaves of that family, as a way of exemplifying some characteristics of slavery in the Brazilian society of Vale do Paraíba during the 1800s, based on the slave social relations. In this sense, the use of judicial processes as a source allows us to analyze the relations between masters and slaves and the other components of the society studied, from the perspective of reconfigured slavery to meet the demands imposed by the growth of the world economy. For the study of these cases, the microanalysis was of great value insofar as it allowed a deeper understanding of the daily slave social relations engendered by the changes observed in the world economic context that came with the Industrial Revolution. In this research, the concept of Agrarian Empire - based on the set of properties destined to the coffee culture, using slave labor and administered by an individual or family - has become fundamental, allowing the alternation of scales to analyze the dynamics of the relationships between the trajectories and the context of Second Slavery. For this, the use of a Multiscope approach, in a game of scales in the analysis of cases inserted in the local slave society, allows to generalize some social relations of slaver production in the Vale do Paraíba,within a context of the second half of the XIX century and the transformations that have taken place.application/pdfporUniversidade Federal Rural do Rio de JaneiroPrograma de Pós-Graduação em HistóriaUFRRJBrasilInstituto de Ciências Humanas e SociaisescravidãotráficosociedadeslaverytraffickingsocietyHistóriaComendador Joaquim José de Souza Breves: poder e riqueza na trajetória de um família durante as transformações da Segunda Escravidão no Vale do Paraíba sul fluminense (1850 a 1889)info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisALMEIDA, Marcos Abreu Leitão de. Ladinos e Boçais: o regime de línguas de contrabando de africanos (1831-c, 1850). 2012. 200 f. 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description Este trabalho tem por principal finalidade entender o funcionamento das relações sociais escravistas no Vale do Paraíba sul fluminense, na segunda metade do século XIX, a partir da análise das estratégias, o sistema de reciprocidade e as relações de poder entre os senhores da família Souza Breves e seus escravos. Nesse escopo, é realizada a análise de processos judiciais que envolvam os senhores e os escravos da referida família, como forma de exemplificar algumas características da escravidão na sociedade brasileira do Vale do Paraíba sul fluminense no oitocentos, a partir das relações sociais escravistas. Nesse sentido, a utilização dos processos judiciais, como fonte, nos permite analisar as relações entre senhores e escravos, e os demais componentes da sociedade estudada, a partir da perspectiva da escravidão reconfigurada para atender as demandas impostas pelo crescimento da economia mundial. Para o estudo destes casos, a microanálise foi de grande valia na medida em que permitiu uma compreensão mais aprofundada do cotidiano das relações sociais escravistas engendradas a partir das alterações observadas no contexto econômico mundial advindas com a Revolução Industrial. Nesta pesquisa, o conceito de Império Agrário - baseado no conjunto de propriedades destinadas à cultura cafeeira, utilizando trabalho escravo e administrados por um indivíduo ou família - tornou-se fundamental, permitindo intermediar a alternância de escalas para analisar a dinâmica das relações entre as trajetórias individuais e o contexto de Segunda Escravidão. Para isso, a utilização de uma abordagem multiscópica, em um jogo de escalas na análise dos casos inseridos na sociedade escravista local, permite generalizar algumas relações sociais de produção escravista no Vale do Paraíba sul fluminense, dentro de um contexto da segunda metade do século XIX e das transformações que ocorreram.
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