Estratégias para aperfeiçoamento da armadilha modelo semifunil na captura de brocas de madeira da ordem Coleoptera

• Autor(a) principal: Santos, Carlos Antonio Alves dos
• Data de Publicação: 2019
• Tipo de documento: Trabalho de conclusão de curso
• Idioma: por
• Título da fonte: Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFRRJ
• Texto Completo: https://rima.ufrrj.br/jspui/handle/20.500.14407/7099
• topic: Monitoramento populacional; Volatilização do álcool; Interceptação do voo; Fatores climáticos

As coleobrocas englobam um grupo de organismos xilófagos que tanto podem desenvolver papel importante em processos ecológicos, como podem causar prejuízos econômicos. O monitoramento populacional, utilizando-se armadilhas iscadas com etanol, é estratégia bastante eficaz no auxílio do manejo integrado dessas pragas, no que se refere ao estudo da dinâmica populacional desses organismos. Este trabalho objetiva realizar mudanças estruturais na armadilha modelo Semifunil, desenvolvida na Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro, e avaliar em situação de campo se essas alterações promovem aumento da eficiência de captura de coleobrocas. O experimento foi realizado em duas fases. Na primeira testou-se o aumento da volatilização do álcool, incluindo elementos de madeira no equipamento, e, na segunda, avaliou-se o aumento da área de interceptação do voo da armadilha, acrescentando um painel de captura extra no equipamento, configurando a Semifunil dupla. Ainda, para fins de comparação, considerou-se também o modelo da armadilha Pet-sm, desenvolvida na Universidade Federal de Santa Maria. Os experimentos foram conduzidos em fragmentos secundários de Mata Atlântica, ambos localizados dentro do campus da Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro (UFRRJ). As coletas foram realizadas semanalmente e na primeira fase ocorreram de maio/2018 a setembro/2018, sendo que na segunda fase a coleta foi realizada de dezembro/2018 a junho/2019. Os indivíduos capturados eram levados e triados no Laboratório de Biodeterioração da Madeira da UFRRJ. A normalidade dos dados foi conferida pelo teste de Lilliefors 5% de significância no programa BioStat® 5.3. Adotou-se o teste de Dunn (p<0,05) na comparação do número de indivíduos capturados e o teste de correlação de Pearson para analisar a influência dos fatores climáticos na ocorrência dos insetos. Na primeira fase do experimento não observou-se diferença significativa entre o número de insetos capturados em cada estratégia de captura, o que sinalizou que a incorporação de elementos de madeira na armadilha não promoveu aumento de eficiência ao equipamento. Também não foi observado correção significativa entre o número de insetos e fatores climáticos. Na segunda fase, a armadilha Semifunil dupla capturou 35,9 ± 20,7, a Semifunil 24,6 ± 13,3 e a Pet-sm 18,1 ± 10,3, valores diferentes quando comparados pelo teste de Dunn. Observou ainda que as médias das variáveis climáticas (temperatura, umidade e velocidade do vento) demonstraram exercer influência na ocorrência dos insetos. Conclui-se que a estratégia de incorporar elementos de madeira na armadilha Semifunil visando o aumento da eficácia de captura, com a maximização da volatilização do álcool, não se mostrou efetiva. Contudo, a estratégia de ampliar a área de intercepção dos insetos, através da incorporação de mais um painel de captura, demonstra ser um procedimento eficiente para aumentar o número de brocas capturadas pela armadilha.