Descrição e análise de sistemas agroflorestais em Paraty – RJ
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2012 |
Tipo de documento: | Trabalho de conclusão de curso |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFRRJ |
Texto Completo: | https://rima.ufrrj.br/jspui/handle/20.500.14407/5459 |
Resumo: | Nosso planeta atravessa profundas e permanentes transformações sociais, econômicas, culturais e ambientais desde a Revolução Industrial do séc. XVIII. De lá para cá muitas destas mudanças se materializaram na forma de expansão dos centros urbanos e industriais (resultantes da acelerada ocupação humana) e no modelo de exploração produtiva dos recursos naturais (por meio da aplicação de pacotes tecnológicos padronizados). A partir do fim do séc. XIX, com o surgimento de inovações tecnológicas na agricultura, e principalmente após a 2ª guerra mundial, o fenômeno denominado de “Revolução Verde” ganhou demasiado espaço, transformando as agriculturas tradicionais realizadas nos distintos trópicos, em modelos convencionais baseados em insumos industriais. A propaganda principal destas mudanças no campo era a promessa de se acabar com a fome do mundo, por meio da incorporação destas novas tecnologias e a adequação de métodos mais eficientes de cultivo. Porém, este fato nunca se concretizou pelo motivo de que a fome no mundo é originada na desigual distribuição dos alimentos (motivações político-econômicas). Ao longo dos dois últimos séculos, atividades milenares e humanamente determinadas como a agricultura e a silvicultura, sofreram notáveis modificações funcionais e estruturais, como consequência da mudança na relação do homem com o meio. A adoção de modelos de plantio em larga escala, destinados a suprir o constante crescimento de nossa moderna civilização, findou por promover a conversão de ambientes anteriormente biodiversos em extensos latifúndios de um só produto (monocultivos). Este processo de conversão acarretou a devastação de florestas de relevante importância nos dois hemisférios (com consequente extinção de inúmeras espécies dos reinos animal e vegetal – perda da biodiversidade genética); a poluição de aquíferos, rios e mananciais por resíduos químicos presentes nos insumos utilizados, a elevação da concentração de nitrogênio na atmosfera devido ao uso incessante de adubação nitrogenada nas áreas de cultivo, a exclusão do homem do campo como consequência da elevada especialização e mecanização dos meios de produção nas zonas rurais, etc. Tal panorama têm trazido à tona questionamentos por parte de entidades governamentais, comunidades científicas, movimentos sociais, etc, sobre os modelos de ocupação e intervenção humana na biosfera terrestre, principalmente pelo fato do planeta ser composto por recursos finitos. Atualmente, estudos críticos aos sistemas convencionais de exploração dos recursos naturais têm recuperado/valorizado as experiências de diversos povos antigos, de distintas zonas do planeta, que tradicionalmente observavam a forma como a natureza “misturava” em um mesmo local, as multivariadas espécies do reino vegetal (com seus respectivos ciclos curto, médio e longo). Através da leitura e interpretação empírica destas observações, estas populações realizavam os manejos de suas áreas estabelecendo “casamentos” de plantas em modelos que imitavam a sucessão natural local. Desta maneira, permitiam ao longo do tempo, o usufruto equilibrado e proporcional aos limites dos ecossistemas (capacidade de suporte), e a obtenção de múltiplos produtos e sub-produtos. Em determinadas regiões da Floresta Amazônica, verifica-se ainda nos dias de hoje, a existência de “Terra Roxa”. Muitos destes locais anteriormente representavam áreas de consórcios agrícolas e florestais, manejadas pelos índios sob princípios ecológicos no uso do solo e das árvores. Recentemente, a ciência passou a conceituar estes arranjos e a definí-los como Sistemas Agroflorestais – sistema produtivo da Agroecologia. No que se refere à sustentabilidade, a proposta deste trabalho é justamente avaliar a importância fundamental da prática dos Sistemas Agroflorestais na valorização de muitos dos vi conhecimentos tradicionais e como agente fortalecedor dos laços entre o homem e a natureza. Sistemas de manejo que fundamentam-se na diversificação e otimização produtivas de roças e quintais, permitindo à agricultores, quilombolas, indígenas e demais povos, a busca pela autossuficiência alimentar. Trechos pontuais de normas ambientais nacionais, apresentadas no presente trabalho, contribuem no sentido da construção de alternativas agroflorestais para o manejo sustentável da terra e das árvores nos mais variados ecossistemas. A região de Paraty apresenta paisagens de esplendorosa beleza, além de enorme diversidade cultural, expressa através de suas variadas populações tradicionais. O manejo que estes grupos sociais realizam em seus agroecossistemas são baseados nos conhecimentos acumulados ao longo de gerações e somam-se às recentes contribuições técnicas por parte de instituições como EMBRAPA, IDACO, UFRRJ e extensionistas dedicados à difusão de práticas ecológicas. O escasso acesso a políticas públicas, além da ausência de assistência técnica efetiva e de qualidade, mostraram-se os principais aspectos limitantes às atividades rurais relacionadas, nos diferentes níveis da cadeia produtiva local. |
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Rebuá, Luiz DanielMagalhães, Luis Mauro SampaioDa Ros, César AugustoQueiroz, Jarbas Marçal deMagalhães, Luis Mauro Sampaio2021-02-07T10:38:13Z2021-02-07T10:38:13Z2012-10-22https://rima.ufrrj.br/jspui/handle/20.500.14407/5459Nosso planeta atravessa profundas e permanentes transformações sociais, econômicas, culturais e ambientais desde a Revolução Industrial do séc. XVIII. De lá para cá muitas destas mudanças se materializaram na forma de expansão dos centros urbanos e industriais (resultantes da acelerada ocupação humana) e no modelo de exploração produtiva dos recursos naturais (por meio da aplicação de pacotes tecnológicos padronizados). A partir do fim do séc. XIX, com o surgimento de inovações tecnológicas na agricultura, e principalmente após a 2ª guerra mundial, o fenômeno denominado de “Revolução Verde” ganhou demasiado espaço, transformando as agriculturas tradicionais realizadas nos distintos trópicos, em modelos convencionais baseados em insumos industriais. A propaganda principal destas mudanças no campo era a promessa de se acabar com a fome do mundo, por meio da incorporação destas novas tecnologias e a adequação de métodos mais eficientes de cultivo. Porém, este fato nunca se concretizou pelo motivo de que a fome no mundo é originada na desigual distribuição dos alimentos (motivações político-econômicas). Ao longo dos dois últimos séculos, atividades milenares e humanamente determinadas como a agricultura e a silvicultura, sofreram notáveis modificações funcionais e estruturais, como consequência da mudança na relação do homem com o meio. A adoção de modelos de plantio em larga escala, destinados a suprir o constante crescimento de nossa moderna civilização, findou por promover a conversão de ambientes anteriormente biodiversos em extensos latifúndios de um só produto (monocultivos). Este processo de conversão acarretou a devastação de florestas de relevante importância nos dois hemisférios (com consequente extinção de inúmeras espécies dos reinos animal e vegetal – perda da biodiversidade genética); a poluição de aquíferos, rios e mananciais por resíduos químicos presentes nos insumos utilizados, a elevação da concentração de nitrogênio na atmosfera devido ao uso incessante de adubação nitrogenada nas áreas de cultivo, a exclusão do homem do campo como consequência da elevada especialização e mecanização dos meios de produção nas zonas rurais, etc. Tal panorama têm trazido à tona questionamentos por parte de entidades governamentais, comunidades científicas, movimentos sociais, etc, sobre os modelos de ocupação e intervenção humana na biosfera terrestre, principalmente pelo fato do planeta ser composto por recursos finitos. Atualmente, estudos críticos aos sistemas convencionais de exploração dos recursos naturais têm recuperado/valorizado as experiências de diversos povos antigos, de distintas zonas do planeta, que tradicionalmente observavam a forma como a natureza “misturava” em um mesmo local, as multivariadas espécies do reino vegetal (com seus respectivos ciclos curto, médio e longo). Através da leitura e interpretação empírica destas observações, estas populações realizavam os manejos de suas áreas estabelecendo “casamentos” de plantas em modelos que imitavam a sucessão natural local. Desta maneira, permitiam ao longo do tempo, o usufruto equilibrado e proporcional aos limites dos ecossistemas (capacidade de suporte), e a obtenção de múltiplos produtos e sub-produtos. Em determinadas regiões da Floresta Amazônica, verifica-se ainda nos dias de hoje, a existência de “Terra Roxa”. Muitos destes locais anteriormente representavam áreas de consórcios agrícolas e florestais, manejadas pelos índios sob princípios ecológicos no uso do solo e das árvores. Recentemente, a ciência passou a conceituar estes arranjos e a definí-los como Sistemas Agroflorestais – sistema produtivo da Agroecologia. No que se refere à sustentabilidade, a proposta deste trabalho é justamente avaliar a importância fundamental da prática dos Sistemas Agroflorestais na valorização de muitos dos vi conhecimentos tradicionais e como agente fortalecedor dos laços entre o homem e a natureza. Sistemas de manejo que fundamentam-se na diversificação e otimização produtivas de roças e quintais, permitindo à agricultores, quilombolas, indígenas e demais povos, a busca pela autossuficiência alimentar. Trechos pontuais de normas ambientais nacionais, apresentadas no presente trabalho, contribuem no sentido da construção de alternativas agroflorestais para o manejo sustentável da terra e das árvores nos mais variados ecossistemas. A região de Paraty apresenta paisagens de esplendorosa beleza, além de enorme diversidade cultural, expressa através de suas variadas populações tradicionais. O manejo que estes grupos sociais realizam em seus agroecossistemas são baseados nos conhecimentos acumulados ao longo de gerações e somam-se às recentes contribuições técnicas por parte de instituições como EMBRAPA, IDACO, UFRRJ e extensionistas dedicados à difusão de práticas ecológicas. O escasso acesso a políticas públicas, além da ausência de assistência técnica efetiva e de qualidade, mostraram-se os principais aspectos limitantes às atividades rurais relacionadas, nos diferentes níveis da cadeia produtiva local.Our planet faces deep and permanent social, economic, cultural and environmental changes since the Industrial Revolution of the 18th century. Since then many of these changes are marked by the expansion of urban and industrial centers (resulting from quick acceleration of human occupation) and in the pattern of productive exploration of natural resources (by the application of standard technological arrangements). From the end of the 19th century, with the rising of technological innovation in agriculture, mainly after 2nd world war, the phenomenon so called “Green Revolution”, gained too much space, transforming traditional distinct tropic agriculture, in conventional patterns established on industrial input. The principal publicity of these changes in the field was the promise of ending world hunger, by the integration of the new technologies and the adjustment of more effective ways of cultivation. But this goal was never achieved because world hunger comes from unfair food distribution (political and economic motivations). During the last two centuries, millenary human activities such as agriculture and silviculture, have gone through important structural and functional changes resulting from human relations with the environment. The adoption of large scale cultivation, to destined to supply the increasing growing of the modern civilization, ended up by converting the formerly biodiverse environment into great properties of unique product (monoculture). This changing process provoked the devastation of very important forests in both hemispheres (with the extinction of several plant and animal species - losing genetic biodiversity); pollution of rivers and water sources by chemical residues of the used supplies; higher concentration of nitrogen in the atmosphere provoked by the constant use of nitrogen green manure, the exit of man from the country as a result of specialization and mechanization of rural areas, etc. This situation brought up questions from governmental entities, scientific communities and social movements, etc, about models of occupation and human intervention on earth biosphere mainly considering that the planet is made of finite resources. Nowadays, critical studies on conventional systems of exploration of natural resources have recovered/appraised several ancient people experiences, in different places of the planet, that traditionally observe the way nature “blended” in the same place, the various species of plant kingdom (with its respective short, medium and long cycles). Through empirical reading and interpretation, such people handle their areas establishing plant “marriages” models in which they imitate local natural succession. Therefore, it was possible for a long time, the balanced and proportional usage of ecosystems limits (support capacity), and the obtaining of several products and sub-products. In some regions of Floresta Amazônica, we still may verify, the presence of “Terra Roxa” (purple soil). Most of these places, formerly, were agricultural and forestal consortium, handled by Indians ruled by ecological principles in the use of soil and trees. Recently, Science is judging and defining them as Agroforestry Systems – Agroecology productive systems. With reference to sustainability, the proposal of this work is just to evaluate the fundamental importance of the Agroforestry Systems in appraising of the various traditional knowledge as links between man and nature. Handling systems based in diversification and productive improvement of backyard products, allowing the agriculturists, “quilombolas” (descendents of old slaves), indians and other people to search their own food support. Some writings of national environmental rules, shown in this work, help to make up agroflorestry alternatives to the sustainable handling of the earth and the trees in the various ecosystems. viii Paraty region shows landscapes of magnificent beauty, besides great cultural diversity, through its several traditional populations. The handling of the agroecosystems by these social groups is based on knowledge achieved throughout generations and to recent technical contributions offered by EMBRAPA, IDACO, UFRRJ and institutions employees dedicated to the spreading of ecological practices. The poor access to public politics, plus the absence of effective technical and quality assistance, are the main aspects which limit the rural related activities, in the different levels of the local productive chain.Revolução VerdeAgricultura tradicionalSistemas agroflorestaisCapacidade de suporteMonoculturaAgroecologiaOtimização produtivaManejo sustentávelDiversificaçãoDescrição e análise de sistemas agroflorestais em Paraty – RJinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/bachelorThesisbachareladoporreponame:Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFRRJinstname:Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro (UFRRJ)instacron:UFRRJinfo:eu-repo/semantics/openAccessORIGINALluiz.pdfluiz.pdfapplication/pdf7664209https://rima.ufrrj.br/jspui/bitstream/20.500.14407/5459/1/luiz.pdf222027b279b526097ed78ce0d5a950cdMD51LICENSElicense.txtlicense.txttext/plain; charset=utf-81748https://rima.ufrrj.br/jspui/bitstream/20.500.14407/5459/2/license.txt8a4605be74aa9ea9d79846c1fba20a33MD52TEXTluiz.pdf.txtluiz.pdf.txtExtracted texttext/plain410523https://rima.ufrrj.br/jspui/bitstream/20.500.14407/5459/3/luiz.pdf.txte9b7d9ea1fc8c4a49f182dafacda3741MD53THUMBNAILluiz.pdf.jpgluiz.pdf.jpgGenerated Thumbnailimage/jpeg1360https://rima.ufrrj.br/jspui/bitstream/20.500.14407/5459/4/luiz.pdf.jpgfac655e07c9b093a0401ff4e243c9f85MD5420.500.14407/54592023-11-09 12:33:00.086oai:rima.ufrrj.br:20.500.14407/5459Tk9URTogUExBQ0UgWU9VUiBPV04gTElDRU5TRSBIRVJFClRoaXMgc2FtcGxlIGxpY2Vuc2UgaXMgcHJvdmlkZWQgZm9yIGluZm9ybWF0aW9uYWwgcHVycG9zZXMgb25seS4KCk5PTi1FWENMVVNJVkUgRElTVFJJQlVUSU9OIExJQ0VOU0UKCkJ5IHNpZ25pbmcgYW5kIHN1Ym1pdHRpbmcgdGhpcyBsaWNlbnNlLCB5b3UgKHRoZSBhdXRob3Iocykgb3IgY29weXJpZ2h0Cm93bmVyKSBncmFudHMgdG8gRFNwYWNlIFVuaXZlcnNpdHkgKERTVSkgdGhlIG5vbi1leGNsdXNpdmUgcmlnaHQgdG8gcmVwcm9kdWNlLAp0cmFuc2xhdGUgKGFzIGRlZmluZWQgYmVsb3cpLCBhbmQvb3IgZGlzdHJpYnV0ZSB5b3VyIHN1Ym1pc3Npb24gKGluY2x1ZGluZwp0aGUgYWJzdHJhY3QpIHdvcmxkd2lkZSBpbiBwcmludCBhbmQgZWxlY3Ryb25pYyBmb3JtYXQgYW5kIGluIGFueSBtZWRpdW0sCmluY2x1ZGluZyBidXQgbm90IGxpbWl0ZWQgdG8gYXVkaW8gb3IgdmlkZW8uCgpZb3UgYWdyZWUgdGhhdCBEU1UgbWF5LCB3aXRob3V0IGNoYW5naW5nIHRoZSBjb250ZW50LCB0cmFuc2xhdGUgdGhlCnN1Ym1pc3Npb24gdG8gYW55IG1lZGl1bSBvciBmb3JtYXQgZm9yIHRoZSBwdXJwb3NlIG9mIHByZXNlcnZhdGlvbi4KCllvdSBhbHNvIGFncmVlIHRoYXQgRFNVIG1heSBrZWVwIG1vcmUgdGhhbiBvbmUgY29weSBvZiB0aGlzIHN1Ym1pc3Npb24gZm9yCnB1cnBvc2VzIG9mIHNlY3VyaXR5LCBiYWNrLXVwIGFuZCBwcmVzZXJ2YXRpb24uCgpZb3UgcmVwcmVzZW50IHRoYXQgdGhlIHN1Ym1pc3Npb24gaXMgeW91ciBvcmlnaW5hbCB3b3JrLCBhbmQgdGhhdCB5b3UgaGF2ZQp0aGUgcmlnaHQgdG8gZ3JhbnQgdGhlIHJpZ2h0cyBjb250YWluZWQgaW4gdGhpcyBsaWNlbnNlLiBZb3UgYWxzbyByZXByZXNlbnQKdGhhdCB5b3VyIHN1Ym1pc3Npb24gZG9lcyBub3QsIHRvIHRoZSBiZXN0IG9mIHlvdXIga25vd2xlZGdlLCBpbmZyaW5nZSB1cG9uCmFueW9uZSdzIGNvcHlyaWdodC4KCklmIHRoZSBzdWJtaXNzaW9uIGNvbnRhaW5zIG1hdGVyaWFsIGZvciB3aGljaCB5b3UgZG8gbm90IGhvbGQgY29weXJpZ2h0LAp5b3UgcmVwcmVzZW50IHRoYXQgeW91IGhhdmUgb2J0YWluZWQgdGhlIHVucmVzdHJpY3RlZCBwZXJtaXNzaW9uIG9mIHRoZQpjb3B5cmlnaHQgb3duZXIgdG8gZ3JhbnQgRFNVIHRoZSByaWdodHMgcmVxdWlyZWQgYnkgdGhpcyBsaWNlbnNlLCBhbmQgdGhhdApzdWNoIHRoaXJkLXBhcnR5IG93bmVkIG1hdGVyaWFsIGlzIGNsZWFybHkgaWRlbnRpZmllZCBhbmQgYWNrbm93bGVkZ2VkCndpdGhpbiB0aGUgdGV4dCBvciBjb250ZW50IG9mIHRoZSBzdWJtaXNzaW9uLgoKSUYgVEhFIFNVQk1JU1NJT04gSVMgQkFTRUQgVVBPTiBXT1JLIFRIQVQgSEFTIEJFRU4gU1BPTlNPUkVEIE9SIFNVUFBPUlRFRApCWSBBTiBBR0VOQ1kgT1IgT1JHQU5JWkFUSU9OIE9USEVSIFRIQU4gRFNVLCBZT1UgUkVQUkVTRU5UIFRIQVQgWU9VIEhBVkUKRlVMRklMTEVEIEFOWSBSSUdIVCBPRiBSRVZJRVcgT1IgT1RIRVIgT0JMSUdBVElPTlMgUkVRVUlSRUQgQlkgU1VDSApDT05UUkFDVCBPUiBBR1JFRU1FTlQuCgpEU1Ugd2lsbCBjbGVhcmx5IGlkZW50aWZ5IHlvdXIgbmFtZShzKSBhcyB0aGUgYXV0aG9yKHMpIG9yIG93bmVyKHMpIG9mIHRoZQpzdWJtaXNzaW9uLCBhbmQgd2lsbCBub3QgbWFrZSBhbnkgYWx0ZXJhdGlvbiwgb3RoZXIgdGhhbiBhcyBhbGxvd2VkIGJ5IHRoaXMKbGljZW5zZSwgdG8geW91ciBzdWJtaXNzaW9uLgo=Biblioteca Digital de Teses e Dissertaçõeshttps://tede.ufrrj.br/PUBhttps://tede.ufrrj.br/oai/requestbibliot@ufrrj.br||bibliot@ufrrj.bropendoar:2023-11-09T15:33Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFRRJ - Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro (UFRRJ)false |
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Nosso planeta atravessa profundas e permanentes transformações sociais, econômicas, culturais e ambientais desde a Revolução Industrial do séc. XVIII. De lá para cá muitas destas mudanças se materializaram na forma de expansão dos centros urbanos e industriais (resultantes da acelerada ocupação humana) e no modelo de exploração produtiva dos recursos naturais (por meio da aplicação de pacotes tecnológicos padronizados). A partir do fim do séc. XIX, com o surgimento de inovações tecnológicas na agricultura, e principalmente após a 2ª guerra mundial, o fenômeno denominado de “Revolução Verde” ganhou demasiado espaço, transformando as agriculturas tradicionais realizadas nos distintos trópicos, em modelos convencionais baseados em insumos industriais. A propaganda principal destas mudanças no campo era a promessa de se acabar com a fome do mundo, por meio da incorporação destas novas tecnologias e a adequação de métodos mais eficientes de cultivo. Porém, este fato nunca se concretizou pelo motivo de que a fome no mundo é originada na desigual distribuição dos alimentos (motivações político-econômicas). Ao longo dos dois últimos séculos, atividades milenares e humanamente determinadas como a agricultura e a silvicultura, sofreram notáveis modificações funcionais e estruturais, como consequência da mudança na relação do homem com o meio. A adoção de modelos de plantio em larga escala, destinados a suprir o constante crescimento de nossa moderna civilização, findou por promover a conversão de ambientes anteriormente biodiversos em extensos latifúndios de um só produto (monocultivos). Este processo de conversão acarretou a devastação de florestas de relevante importância nos dois hemisférios (com consequente extinção de inúmeras espécies dos reinos animal e vegetal – perda da biodiversidade genética); a poluição de aquíferos, rios e mananciais por resíduos químicos presentes nos insumos utilizados, a elevação da concentração de nitrogênio na atmosfera devido ao uso incessante de adubação nitrogenada nas áreas de cultivo, a exclusão do homem do campo como consequência da elevada especialização e mecanização dos meios de produção nas zonas rurais, etc. Tal panorama têm trazido à tona questionamentos por parte de entidades governamentais, comunidades científicas, movimentos sociais, etc, sobre os modelos de ocupação e intervenção humana na biosfera terrestre, principalmente pelo fato do planeta ser composto por recursos finitos. Atualmente, estudos críticos aos sistemas convencionais de exploração dos recursos naturais têm recuperado/valorizado as experiências de diversos povos antigos, de distintas zonas do planeta, que tradicionalmente observavam a forma como a natureza “misturava” em um mesmo local, as multivariadas espécies do reino vegetal (com seus respectivos ciclos curto, médio e longo). Através da leitura e interpretação empírica destas observações, estas populações realizavam os manejos de suas áreas estabelecendo “casamentos” de plantas em modelos que imitavam a sucessão natural local. Desta maneira, permitiam ao longo do tempo, o usufruto equilibrado e proporcional aos limites dos ecossistemas (capacidade de suporte), e a obtenção de múltiplos produtos e sub-produtos. Em determinadas regiões da Floresta Amazônica, verifica-se ainda nos dias de hoje, a existência de “Terra Roxa”. 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Trechos pontuais de normas ambientais nacionais, apresentadas no presente trabalho, contribuem no sentido da construção de alternativas agroflorestais para o manejo sustentável da terra e das árvores nos mais variados ecossistemas. A região de Paraty apresenta paisagens de esplendorosa beleza, além de enorme diversidade cultural, expressa através de suas variadas populações tradicionais. O manejo que estes grupos sociais realizam em seus agroecossistemas são baseados nos conhecimentos acumulados ao longo de gerações e somam-se às recentes contribuições técnicas por parte de instituições como EMBRAPA, IDACO, UFRRJ e extensionistas dedicados à difusão de práticas ecológicas. O escasso acesso a políticas públicas, além da ausência de assistência técnica efetiva e de qualidade, mostraram-se os principais aspectos limitantes às atividades rurais relacionadas, nos diferentes níveis da cadeia produtiva local. |
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