Habilidades sociais de crianças e adolescentes de instituições acolhedoras vítimas de violência
| Autor(a) principal: | |
|---|---|
| Data de Publicação: | 2018 |
| Tipo de documento: | Dissertação |
| Idioma: | por |
| Título da fonte: | Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFRRJ |
| Texto Completo: | https://rima.ufrrj.br/jspui/handle/20.500.14407/14533 |
Resumo: | Os acolhimentos institucionais são medidas provisórias e excepcionais, sendo efetivadas como medida de proteção à criança e ao adolescente quando seus direitos foram ameaçados ou violados por meio de qualquer forma de violência. Entretanto, algumas pesquisas indicam que a institucionalização pode criar condições favoráveis à manifestação de distúrbios psicológicos e ao desenvolvimento de comportamentos antissociais. Apesar do avanço significativo na concepção do cuidado e das mais diversas formas de proteção, a violência contra crianças e aos adolescentes não deixou de ocorrer. Neste escopo, este trabalho tem por objetivo realizar o mapeamento das habilidades sociais de crianças e adolescentes vítimas de violência que vivem em situação de acolhimento institucional. Para tal, foi realizada uma revisão bibliográfica sobre estudos na área da infância e adolescência; habilidades sociais; os tipos de violências e suas consequências; além da construção histórica de instituições acolhedoras. Foi aplicado o Inventário de Habilidades Sociais, Problemas de Comportamento e Competência Acadêmica para Crianças (Formulário Criança e Formulário Pais), com a participação de 12 crianças/adolescentes de 06 a 13 anos, acolhidos nos municípios de Seropédica, Itaguaí, Paracambi e Mesquita, no ano de 2017, além da participação de 05 cuidadores que tiveram mais de 2 meses de contato direto com o institucionalizado. Os resultados obtidos, segundo os cuidadores, apontam os seguintes resultados: na classificação geral de habilidades sociais 91,7% estavam abaixo da média, sendo o campo civilidade (91,7% abaixo da média) e autocontrole (75% abaixo da média) que mais se destacam. Na percepção das crianças/adolescentes, a classificação geral de habilidades sociais: 41,7% estavam abaixo da média, contudo, 41,7% também apresentaram classificação bom. Autocontrole/civilidade foi a habilidade que mais se destacou abaixo da média (50%). Este resultado indica que, para lidarem com as adversidades ocasionadas pela violência que sofreram e consequentemente com o acolhimento institucional, desenvolver um repertório elaborado de habilidades sociais pode ser considerado como fator de proteção contra os problemas ocasionados pela violência para crianças e adolescentes acolhidos, pois é um indicador de ajustamento psicossocial, de desenvolvimento saudável e de qualidade de vida, além de ser um preditor significativo de competência acadêmica. |
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Calabar, Fernanda PereiraSouza, Wanderson Fernandes de081.130.477-94Souza, Wanderson Fernandes dePeixoto, Ana Cláudia de AzevedoPires, Emmy UeharaNorte, Carlos Eduardo057.926.947-70https://orcid.org/0000-0003-2849-6485http://lattes.cnpq.br/81155157360065322023-12-22T03:02:06Z2023-12-22T03:02:06Z2018-01-08CALABAR, Fernanda Pereira. Habilidades sociais de crianças e adolescentes de instituições acolhedoras vítimas de violência. 2018. 110 f Dissertação (Mestrado em Psicologia) - Instituto de Educação. Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro, Seropédica, 2018.https://rima.ufrrj.br/jspui/handle/20.500.14407/14533Os acolhimentos institucionais são medidas provisórias e excepcionais, sendo efetivadas como medida de proteção à criança e ao adolescente quando seus direitos foram ameaçados ou violados por meio de qualquer forma de violência. Entretanto, algumas pesquisas indicam que a institucionalização pode criar condições favoráveis à manifestação de distúrbios psicológicos e ao desenvolvimento de comportamentos antissociais. Apesar do avanço significativo na concepção do cuidado e das mais diversas formas de proteção, a violência contra crianças e aos adolescentes não deixou de ocorrer. Neste escopo, este trabalho tem por objetivo realizar o mapeamento das habilidades sociais de crianças e adolescentes vítimas de violência que vivem em situação de acolhimento institucional. Para tal, foi realizada uma revisão bibliográfica sobre estudos na área da infância e adolescência; habilidades sociais; os tipos de violências e suas consequências; além da construção histórica de instituições acolhedoras. Foi aplicado o Inventário de Habilidades Sociais, Problemas de Comportamento e Competência Acadêmica para Crianças (Formulário Criança e Formulário Pais), com a participação de 12 crianças/adolescentes de 06 a 13 anos, acolhidos nos municípios de Seropédica, Itaguaí, Paracambi e Mesquita, no ano de 2017, além da participação de 05 cuidadores que tiveram mais de 2 meses de contato direto com o institucionalizado. Os resultados obtidos, segundo os cuidadores, apontam os seguintes resultados: na classificação geral de habilidades sociais 91,7% estavam abaixo da média, sendo o campo civilidade (91,7% abaixo da média) e autocontrole (75% abaixo da média) que mais se destacam. Na percepção das crianças/adolescentes, a classificação geral de habilidades sociais: 41,7% estavam abaixo da média, contudo, 41,7% também apresentaram classificação bom. Autocontrole/civilidade foi a habilidade que mais se destacou abaixo da média (50%). Este resultado indica que, para lidarem com as adversidades ocasionadas pela violência que sofreram e consequentemente com o acolhimento institucional, desenvolver um repertório elaborado de habilidades sociais pode ser considerado como fator de proteção contra os problemas ocasionados pela violência para crianças e adolescentes acolhidos, pois é um indicador de ajustamento psicossocial, de desenvolvimento saudável e de qualidade de vida, além de ser um preditor significativo de competência acadêmica.CAPES - Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível SuperiorInstitutional shelters are provisional and exceptional measures and are implemented as a measure to protect children and adolescents when their rights have been threatened or violated through any form of violence. However, some research indicates that institutionalization can create favorable conditions for the manifestation of psychological disorders and the development of antisocial behaviors. Despite significant advances in the conception of care and the most diverse forms of protection, violence against children and adolescents has continued to occur. In this scope, this work aims to map the social skills of children and adolescents victims of violence who live in an institutional reception situation. For this, a bibliographic review was carried out on studies in the area of childhood and adolescence; social skills; the types of violence and its consequences; besides the historical construction of welcoming institutions. The Inventory of Social Skills, Behavior Problems and Academic Competence for Children (Child Form and Parents Form) was applied, with the participation of 12 children / adolescents from 06 to 13 years old, hosted in the municipalities of Seropédica, Itaguaí, Paracambi and Mesquita, in the year 2017, in addition to the participation of 05 caregivers who had more than 2 months of direct contact with the institutionalized. According to the caregivers, the results show that in the general classification of social skills, 91.7% were below average, with civility (91.7% below average) and self-control (75% below average) which stand out the most. In the perception of children / adolescents, the general classification of social skills: 41.7% were below average, however, 41.7% also presented a good classification. aAutocontrole / civility was the skill that stood out below average (50%). This result indicates that, in order to deal with the adversities caused by the violence that they have suffered and consequently with the institutional reception, developing an elaborate repertoire of social skills can be considered as a protection factor against the problems caused by violence for children and adolescents. an indicator of psychosocial adjustment, healthy development and quality of life, besides being a significant predictor of academic competence.application/pdfporUniversidade Federal Rural do Rio de JaneiroPrograma de Pós-Graduação em PsicologiaUFRRJBrasilInstituto de EducaçãoHabilidades sociaisInfanto-juvenilViolênciaInstituição acolhedoraSocial skillsChildhood adolescenceViolenceWelcoming institutionPsicologiaHabilidades sociais de crianças e adolescentes de instituições acolhedoras vítimas de violênciaSocial skills of children and adolescents from welcoming institutions victims of violenceinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisADED, N. 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Psicologia |
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Os acolhimentos institucionais são medidas provisórias e excepcionais, sendo efetivadas como medida de proteção à criança e ao adolescente quando seus direitos foram ameaçados ou violados por meio de qualquer forma de violência. Entretanto, algumas pesquisas indicam que a institucionalização pode criar condições favoráveis à manifestação de distúrbios psicológicos e ao desenvolvimento de comportamentos antissociais. Apesar do avanço significativo na concepção do cuidado e das mais diversas formas de proteção, a violência contra crianças e aos adolescentes não deixou de ocorrer. Neste escopo, este trabalho tem por objetivo realizar o mapeamento das habilidades sociais de crianças e adolescentes vítimas de violência que vivem em situação de acolhimento institucional. Para tal, foi realizada uma revisão bibliográfica sobre estudos na área da infância e adolescência; habilidades sociais; os tipos de violências e suas consequências; além da construção histórica de instituições acolhedoras. Foi aplicado o Inventário de Habilidades Sociais, Problemas de Comportamento e Competência Acadêmica para Crianças (Formulário Criança e Formulário Pais), com a participação de 12 crianças/adolescentes de 06 a 13 anos, acolhidos nos municípios de Seropédica, Itaguaí, Paracambi e Mesquita, no ano de 2017, além da participação de 05 cuidadores que tiveram mais de 2 meses de contato direto com o institucionalizado. Os resultados obtidos, segundo os cuidadores, apontam os seguintes resultados: na classificação geral de habilidades sociais 91,7% estavam abaixo da média, sendo o campo civilidade (91,7% abaixo da média) e autocontrole (75% abaixo da média) que mais se destacam. Na percepção das crianças/adolescentes, a classificação geral de habilidades sociais: 41,7% estavam abaixo da média, contudo, 41,7% também apresentaram classificação bom. Autocontrole/civilidade foi a habilidade que mais se destacou abaixo da média (50%). Este resultado indica que, para lidarem com as adversidades ocasionadas pela violência que sofreram e consequentemente com o acolhimento institucional, desenvolver um repertório elaborado de habilidades sociais pode ser considerado como fator de proteção contra os problemas ocasionados pela violência para crianças e adolescentes acolhidos, pois é um indicador de ajustamento psicossocial, de desenvolvimento saudável e de qualidade de vida, além de ser um preditor significativo de competência acadêmica. |
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2018 |
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2018-01-08 |
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CALABAR, Fernanda Pereira. Habilidades sociais de crianças e adolescentes de instituições acolhedoras vítimas de violência. 2018. 110 f Dissertação (Mestrado em Psicologia) - Instituto de Educação. Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro, Seropédica, 2018. |
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