Myrtaceae no município do Rio de Janeiro, RJ: estado de conhecimento como subsídio para a conservação
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2017 |
Tipo de documento: | Trabalho de conclusão de curso |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFRRJ |
Texto Completo: | https://rima.ufrrj.br/jspui/handle/20.500.14407/5282 |
Resumo: | Myrtaceae encontra-se entre as 10 famílias de angiospermas brasileiras com maior riqueza de espécies e também como a quinta mais ameaçada, sendo o Domínio Mata Atlântica seu centro de diversidade com 712 espécies, com destaque para o estado do Rio de Janeiro que é a unidade federativa com maior riqueza de espécies para a família (331). Na Floresta Atlântica, as Myrtaceae desempenham um importante papel na estrutura do ecossistema, pois seus frutos carnosos servem como fonte de alimento para vertebrados frugívoros ao longo do ano e em períodos de escassez de recursos. Porém, a superexploração de recursos naturais, expansão das cidades, substituição de florestas por áreas agrícolas e o desenvolvimento industrial têm cada vez mais destruído ecossistemas naturais, como exemplo o bioma Mata Atlântica que atualmente comporta mais de 70% da população brasileira e já perdeu mais de 85% de sua cobertura original. O Rio de Janeiro, apesar de ser o município mais populoso do Estado do Rio de Janeiro ainda guarda três importantes remanescentes de Floresta Ombrófila Densa (Maciços da Pedra Branca, Tijuca e Gericinó-Mendanha), além de áreas de restinga, mangues, campos salinos e brejos (Baixada de Jacarepaguá, Marambaia, Guaratiba e Grumari). Estudos utilizando a ocorrência de espécies de Myrtaceae endêmicas e ameaçadas mostraram que a família pode ser utilizada como “táxon modelo”, para indicar áreas prioritárias para a conservação da Mata Atlântica, sendo assim uma ferramenta para auxiliar na conservação da diversidade de plantas. O presente trabalho tem como objetivos elaborar um checklist das espécies de Myrtaceae e gerar um mapeamento da ocorrência das mesmas no município do Rio de Janeiro. Para tal, foram consultados os acervos do Herbário Virtual REFLORA e o Herbário Virtual da Flora e Fungos – INCT, onde se levantou os registros de espécimes de Myrtaceae coletados no município. Foram realizadas análises de esforço de coleta, distribuição geográfica e estado de conservação das espécies. Como resultado da pesquisa, foram levantados 1.878 registros correspondentes a 247 espécies e gerados dois mapas, sendo um de esforço de coleta e outro de riqueza de espécies. Quanto a distribuição, foram apontados a ocorrência de 152 espécies distribuídas nas áreas de remanescentes de vii vegetação, correspondendo a 46% do total indicado para o Estado. Com base nos resultados obtidos foi possível concluir que existe uma lacuna de conhecimento sobre a distribuição geográfica de Myrtaceae, especialmente nos remanescentes de vegetação do município do Rio de Janeiro, demonstrando a importância de se aumentar o esforço de coleta nessas regiões para melhorar o conhecimento sobre a flora do município, e assim colaborar com ações de conservação. |
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Coelho, Rodolpho AfonsoSouza, Marcelo da CostaBraz, Denise MonteNunes-Freitas, André FelippeSouza, Marcelo da Costa2021-01-19T18:11:48Z2021-01-19T18:11:48Z2017-11-30https://rima.ufrrj.br/jspui/handle/20.500.14407/5282Myrtaceae encontra-se entre as 10 famílias de angiospermas brasileiras com maior riqueza de espécies e também como a quinta mais ameaçada, sendo o Domínio Mata Atlântica seu centro de diversidade com 712 espécies, com destaque para o estado do Rio de Janeiro que é a unidade federativa com maior riqueza de espécies para a família (331). Na Floresta Atlântica, as Myrtaceae desempenham um importante papel na estrutura do ecossistema, pois seus frutos carnosos servem como fonte de alimento para vertebrados frugívoros ao longo do ano e em períodos de escassez de recursos. Porém, a superexploração de recursos naturais, expansão das cidades, substituição de florestas por áreas agrícolas e o desenvolvimento industrial têm cada vez mais destruído ecossistemas naturais, como exemplo o bioma Mata Atlântica que atualmente comporta mais de 70% da população brasileira e já perdeu mais de 85% de sua cobertura original. O Rio de Janeiro, apesar de ser o município mais populoso do Estado do Rio de Janeiro ainda guarda três importantes remanescentes de Floresta Ombrófila Densa (Maciços da Pedra Branca, Tijuca e Gericinó-Mendanha), além de áreas de restinga, mangues, campos salinos e brejos (Baixada de Jacarepaguá, Marambaia, Guaratiba e Grumari). Estudos utilizando a ocorrência de espécies de Myrtaceae endêmicas e ameaçadas mostraram que a família pode ser utilizada como “táxon modelo”, para indicar áreas prioritárias para a conservação da Mata Atlântica, sendo assim uma ferramenta para auxiliar na conservação da diversidade de plantas. O presente trabalho tem como objetivos elaborar um checklist das espécies de Myrtaceae e gerar um mapeamento da ocorrência das mesmas no município do Rio de Janeiro. Para tal, foram consultados os acervos do Herbário Virtual REFLORA e o Herbário Virtual da Flora e Fungos – INCT, onde se levantou os registros de espécimes de Myrtaceae coletados no município. Foram realizadas análises de esforço de coleta, distribuição geográfica e estado de conservação das espécies. Como resultado da pesquisa, foram levantados 1.878 registros correspondentes a 247 espécies e gerados dois mapas, sendo um de esforço de coleta e outro de riqueza de espécies. Quanto a distribuição, foram apontados a ocorrência de 152 espécies distribuídas nas áreas de remanescentes de vii vegetação, correspondendo a 46% do total indicado para o Estado. Com base nos resultados obtidos foi possível concluir que existe uma lacuna de conhecimento sobre a distribuição geográfica de Myrtaceae, especialmente nos remanescentes de vegetação do município do Rio de Janeiro, demonstrando a importância de se aumentar o esforço de coleta nessas regiões para melhorar o conhecimento sobre a flora do município, e assim colaborar com ações de conservação.Myrtaceae is among the 10 Brazilian angiosperm families with the highest species richness and is the fifth most threatened, being the Atlantic Forest Domain its center of diversity with 712 species, with emphasis on the State of Rio de Janeiro that is the federative unit with the highest species richness for the family (331). In the Atlantic Forest, the Myrtaceae perform an important role in the ecosystem structure because its fleshy fruits work as food sources for frugivorous vertebrates throughout the year and in seasons of resource scarcity. However, the super exploration of natural resources, expansion of cities, replacement of forests by agricultural areas and the industrial development have increasingly destroyed natural ecosystems, such as the Atlantic Forest that currently holds about 70% of the Brazilian population and has already lost more than 85% of its original cover. Rio de Janeiro, despite being the most populous municipality in the State of Rio de Janeiro still holds three important remnants of Dense Ombrophilous Forest (Pedra Branca, Tijuca and Gericinó-Mendanha Massifs), as well as areas of restinga, mangroves, salt fields and swamps (Jacarepaguá lowlands, Marambaia, Guaratiba and Grumari). Studies using the occurrence of endemic and endangered species of Myrtaceae have shown that the family can be used as “model taxon” to indicate conservation priority areas for the conservation of the Atlantic Forest, thus being a tool to assist in the conservation of plant diversity. This work aims to elaborate a checklist of the species of Myrtaceae and generate a mapping of the occurrence of the species in the municipality of Rio de Janeiro. To this end, the collection of the REFLORA Virtual Herbarium and the Virtual Herbarium of Flora and Fungi – INCT was consulted, where the records of Myrtaceae specimens collected in the municipality had been surveyed. Analyses of collection-effort, geographical distribution and conservation status of the species were made. As a result of the research, 1.878 records corresponding to 247 species were collected and two maps were generated, one of collection-effort and another of species richness. Regarding the distribution, 152 species distributed in the remnant vegetation areas were identified, corresponding to 46% of the total indicated to the State. Based on the ix results, it was possible to conclude that there is a lack of knowledge about the geographic distribution of Myrtaceae, especially in the remnants of vegetation in the city of Rio de Janeiro, demonstrating the importance of increasing the collection-effort in these regions to improve knowledge about the flora of the municipality, and thus collaborate with conservation actions.Mata AtlânticaRestingaHerbárioEspécies ameaçadasMyrteaeMyrtaceae no município do Rio de Janeiro, RJ: estado de conhecimento como subsídio para a conservaçãoinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/bachelorThesisbachareladoporreponame:Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFRRJinstname:Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro (UFRRJ)instacron:UFRRJinfo:eu-repo/semantics/openAccessORIGINALMONOGRAFIA - Rodolpho Afonso Coelho(2017-II).pdfMONOGRAFIA - Rodolpho Afonso Coelho(2017-II).pdfapplication/pdf2508711https://rima.ufrrj.br/jspui/bitstream/20.500.14407/5282/1/MONOGRAFIA%20-%20Rodolpho%20Afonso%20Coelho%282017-II%29.pdfda89feba354f5eb02203b0279764421cMD51LICENSElicense.txtlicense.txttext/plain; charset=utf-81748https://rima.ufrrj.br/jspui/bitstream/20.500.14407/5282/2/license.txt8a4605be74aa9ea9d79846c1fba20a33MD52TEXTMONOGRAFIA - Rodolpho Afonso Coelho(2017-II).pdf.txtMONOGRAFIA - Rodolpho Afonso Coelho(2017-II).pdf.txtExtracted texttext/plain100744https://rima.ufrrj.br/jspui/bitstream/20.500.14407/5282/3/MONOGRAFIA%20-%20Rodolpho%20Afonso%20Coelho%282017-II%29.pdf.txt6b3d2dbb2a240cb1254c2fcb48664a55MD53THUMBNAILMONOGRAFIA - Rodolpho Afonso Coelho(2017-II).pdf.jpgMONOGRAFIA - Rodolpho Afonso Coelho(2017-II).pdf.jpgGenerated Thumbnailimage/jpeg1243https://rima.ufrrj.br/jspui/bitstream/20.500.14407/5282/4/MONOGRAFIA%20-%20Rodolpho%20Afonso%20Coelho%282017-II%29.pdf.jpg879a7c387517eb5eada06bcbc7b1207cMD5420.500.14407/52822023-11-09 12:32:16.22oai:rima.ufrrj.br:20.500.14407/5282Tk9URTogUExBQ0UgWU9VUiBPV04gTElDRU5TRSBIRVJFClRoaXMgc2FtcGxlIGxpY2Vuc2UgaXMgcHJvdmlkZWQgZm9yIGluZm9ybWF0aW9uYWwgcHVycG9zZXMgb25seS4KCk5PTi1FWENMVVNJVkUgRElTVFJJQlVUSU9OIExJQ0VOU0UKCkJ5IHNpZ25pbmcgYW5kIHN1Ym1pdHRpbmcgdGhpcyBsaWNlbnNlLCB5b3UgKHRoZSBhdXRob3Iocykgb3IgY29weXJpZ2h0Cm93bmVyKSBncmFudHMgdG8gRFNwYWNlIFVuaXZlcnNpdHkgKERTVSkgdGhlIG5vbi1leGNsdXNpdmUgcmlnaHQgdG8gcmVwcm9kdWNlLAp0cmFuc2xhdGUgKGFzIGRlZmluZWQgYmVsb3cpLCBhbmQvb3IgZGlzdHJpYnV0ZSB5b3VyIHN1Ym1pc3Npb24gKGluY2x1ZGluZwp0aGUgYWJzdHJhY3QpIHdvcmxkd2lkZSBpbiBwcmludCBhbmQgZWxlY3Ryb25pYyBmb3JtYXQgYW5kIGluIGFueSBtZWRpdW0sCmluY2x1ZGluZyBidXQgbm90IGxpbWl0ZWQgdG8gYXVkaW8gb3IgdmlkZW8uCgpZb3UgYWdyZWUgdGhhdCBEU1UgbWF5LCB3aXRob3V0IGNoYW5naW5nIHRoZSBjb250ZW50LCB0cmFuc2xhdGUgdGhlCnN1Ym1pc3Npb24gdG8gYW55IG1lZGl1bSBvciBmb3JtYXQgZm9yIHRoZSBwdXJwb3NlIG9mIHByZXNlcnZhdGlvbi4KCllvdSBhbHNvIGFncmVlIHRoYXQgRFNVIG1heSBrZWVwIG1vcmUgdGhhbiBvbmUgY29weSBvZiB0aGlzIHN1Ym1pc3Npb24gZm9yCnB1cnBvc2VzIG9mIHNlY3VyaXR5LCBiYWNrLXVwIGFuZCBwcmVzZXJ2YXRpb24uCgpZb3UgcmVwcmVzZW50IHRoYXQgdGhlIHN1Ym1pc3Npb24gaXMgeW91ciBvcmlnaW5hbCB3b3JrLCBhbmQgdGhhdCB5b3UgaGF2ZQp0aGUgcmlnaHQgdG8gZ3JhbnQgdGhlIHJpZ2h0cyBjb250YWluZWQgaW4gdGhpcyBsaWNlbnNlLiBZb3UgYWxzbyByZXByZXNlbnQKdGhhdCB5b3VyIHN1Ym1pc3Npb24gZG9lcyBub3QsIHRvIHRoZSBiZXN0IG9mIHlvdXIga25vd2xlZGdlLCBpbmZyaW5nZSB1cG9uCmFueW9uZSdzIGNvcHlyaWdodC4KCklmIHRoZSBzdWJtaXNzaW9uIGNvbnRhaW5zIG1hdGVyaWFsIGZvciB3aGljaCB5b3UgZG8gbm90IGhvbGQgY29weXJpZ2h0LAp5b3UgcmVwcmVzZW50IHRoYXQgeW91IGhhdmUgb2J0YWluZWQgdGhlIHVucmVzdHJpY3RlZCBwZXJtaXNzaW9uIG9mIHRoZQpjb3B5cmlnaHQgb3duZXIgdG8gZ3JhbnQgRFNVIHRoZSByaWdodHMgcmVxdWlyZWQgYnkgdGhpcyBsaWNlbnNlLCBhbmQgdGhhdApzdWNoIHRoaXJkLXBhcnR5IG93bmVkIG1hdGVyaWFsIGlzIGNsZWFybHkgaWRlbnRpZmllZCBhbmQgYWNrbm93bGVkZ2VkCndpdGhpbiB0aGUgdGV4dCBvciBjb250ZW50IG9mIHRoZSBzdWJtaXNzaW9uLgoKSUYgVEhFIFNVQk1JU1NJT04gSVMgQkFTRUQgVVBPTiBXT1JLIFRIQVQgSEFTIEJFRU4gU1BPTlNPUkVEIE9SIFNVUFBPUlRFRApCWSBBTiBBR0VOQ1kgT1IgT1JHQU5JWkFUSU9OIE9USEVSIFRIQU4gRFNVLCBZT1UgUkVQUkVTRU5UIFRIQVQgWU9VIEhBVkUKRlVMRklMTEVEIEFOWSBSSUdIVCBPRiBSRVZJRVcgT1IgT1RIRVIgT0JMSUdBVElPTlMgUkVRVUlSRUQgQlkgU1VDSApDT05UUkFDVCBPUiBBR1JFRU1FTlQuCgpEU1Ugd2lsbCBjbGVhcmx5IGlkZW50aWZ5IHlvdXIgbmFtZShzKSBhcyB0aGUgYXV0aG9yKHMpIG9yIG93bmVyKHMpIG9mIHRoZQpzdWJtaXNzaW9uLCBhbmQgd2lsbCBub3QgbWFrZSBhbnkgYWx0ZXJhdGlvbiwgb3RoZXIgdGhhbiBhcyBhbGxvd2VkIGJ5IHRoaXMKbGljZW5zZSwgdG8geW91ciBzdWJtaXNzaW9uLgo=Biblioteca Digital de Teses e Dissertaçõeshttps://tede.ufrrj.br/PUBhttps://tede.ufrrj.br/oai/requestbibliot@ufrrj.br||bibliot@ufrrj.bropendoar:2023-11-09T15:32:16Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFRRJ - Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro (UFRRJ)false |
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