Efeitos dos extratos aquoso e hidro-alcoólico e das soluções ultradiluídas de Palicourea marcgravii (Rubiaceae) em ratos
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Data de Publicação: | 2007 |
Tipo de documento: | Tese |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFRRJ |
Texto Completo: | https://rima.ufrrj.br/jspui/handle/20.500.14407/9649 |
Resumo: | A Palicourea marcgravii (Pm), a planta tóxica mais importante no Brasil, é responsável por cerca da metade das mortes por intoxicação natural em bovinos no País. A intoxicação cursa com evolução superaguda e morte súbita, atribuída ao ácido monofluoroacético, substância de alta toxidez para diversos mamíferos, inclusive o homem. A terapêutica homeopática emprega soluções ultradiluídas e dinamizadas e há evidências suficientes para explorá-la como possível proteção contra intoxicações. Os objetivos deste trabalho foram comparar os efeitos tóxicos dos extratos aquoso (EA) e hidro-alcoólico (tintura-mãe - TM) de Pm em ratos e avaliar o efeito das soluções ultradiluídas e dinamizadas (Pm 6CH e Pm 30CH) sobre a tolerância e ação tóxica da planta e avaliar a ocorrência de alterações clínicas, necroscópicas e histopatológicas em ratos não-intoxicados tratados com essas soluções. O EA, a TM, a Pm 6CH e a Pm 30CH foram administrados a 49 ratos distribuídos em seis grupos-teste; dois grupos adicionais foram mantidos como controle. Os grupos EA e TM foram constituídos por 10 animais cada, que receberam doses que variaram de 0,4g/kg, 0,8g/kg, 2g/kg e 4g/kg. Os grupos UD6EA e UD30EA foram constituídos por cinco ratos cada e receberam 1mL das soluções Pm 6CH e Pm 30CH, respectivamente, por via oral, três vezes ao dia, e após oito dias 2g/kg do extrato aquoso de Pm, por via intragástrica. Os grupos UD6 e UD30, constituídos por cinco ratos cada, receberam 1mL de Pm 6CH e Pm 30CH, respectivamente, por via oral, três vezes ao dia, durante 63 dias. Os animais foram avaliados por parâmetros clínicos, comportamentais (campo aberto e labirinto em cruz elevado), achados de necropsia e exames histopatológicos. Ocorreu morte superaguda com as doses de 0,4g/kg, 0,8g/kg, 2g/kg e 4g/kg. No grupo EA observaram-se prostração e hiperexcitabilidade nervosa, seguida, ou não, por crise convulsiva e no grupo TM depressão nervosa acentuada, sem convulsão. Havia ainda pêlos eriçados, dispnéia, cianose de extremidades, e hipotermia. À necropsia observaram-se fígado congesto e dilatação cardíaca e pelo exame histopatológico, degeneração hidrópicovacuolar em túbulos contornados distais dos rins e congestão em vários órgãos. Houve diferenças nas latências para o aparecimento dos primeiros sinais clínicos, de convulsão e ocorrência de morte entres os grupos UD30EA, UD6EA e EA1 (Pm 2g/kg), mas o numero de animais foi considerado pequeno para se atribuir efeito protetor das soluções ultradiluídas e dinamizadas à intoxicação pela planta. Os grupos UD6 e UD30 não apresentaram diferenças clínicas, comportamentais ou necroscópicas em comparação com o grupo controle. Conclui-se que o extrato aquoso produz excitabilidade nervosa e convulsão e a tintura-mãe depressão nervosa, que há efeito acumulativo e que as soluções ultradiluídas e dinamizadas não induziram aumento ponderal da tolerância aos efeitos tóxicos da Pm e não produziram alterações no estado de saúde dos animais sadios. |
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A intoxicação cursa com evolução superaguda e morte súbita, atribuída ao ácido monofluoroacético, substância de alta toxidez para diversos mamíferos, inclusive o homem. A terapêutica homeopática emprega soluções ultradiluídas e dinamizadas e há evidências suficientes para explorá-la como possível proteção contra intoxicações. Os objetivos deste trabalho foram comparar os efeitos tóxicos dos extratos aquoso (EA) e hidro-alcoólico (tintura-mãe - TM) de Pm em ratos e avaliar o efeito das soluções ultradiluídas e dinamizadas (Pm 6CH e Pm 30CH) sobre a tolerância e ação tóxica da planta e avaliar a ocorrência de alterações clínicas, necroscópicas e histopatológicas em ratos não-intoxicados tratados com essas soluções. O EA, a TM, a Pm 6CH e a Pm 30CH foram administrados a 49 ratos distribuídos em seis grupos-teste; dois grupos adicionais foram mantidos como controle. Os grupos EA e TM foram constituídos por 10 animais cada, que receberam doses que variaram de 0,4g/kg, 0,8g/kg, 2g/kg e 4g/kg. Os grupos UD6EA e UD30EA foram constituídos por cinco ratos cada e receberam 1mL das soluções Pm 6CH e Pm 30CH, respectivamente, por via oral, três vezes ao dia, e após oito dias 2g/kg do extrato aquoso de Pm, por via intragástrica. Os grupos UD6 e UD30, constituídos por cinco ratos cada, receberam 1mL de Pm 6CH e Pm 30CH, respectivamente, por via oral, três vezes ao dia, durante 63 dias. Os animais foram avaliados por parâmetros clínicos, comportamentais (campo aberto e labirinto em cruz elevado), achados de necropsia e exames histopatológicos. Ocorreu morte superaguda com as doses de 0,4g/kg, 0,8g/kg, 2g/kg e 4g/kg. No grupo EA observaram-se prostração e hiperexcitabilidade nervosa, seguida, ou não, por crise convulsiva e no grupo TM depressão nervosa acentuada, sem convulsão. Havia ainda pêlos eriçados, dispnéia, cianose de extremidades, e hipotermia. À necropsia observaram-se fígado congesto e dilatação cardíaca e pelo exame histopatológico, degeneração hidrópicovacuolar em túbulos contornados distais dos rins e congestão em vários órgãos. Houve diferenças nas latências para o aparecimento dos primeiros sinais clínicos, de convulsão e ocorrência de morte entres os grupos UD30EA, UD6EA e EA1 (Pm 2g/kg), mas o numero de animais foi considerado pequeno para se atribuir efeito protetor das soluções ultradiluídas e dinamizadas à intoxicação pela planta. Os grupos UD6 e UD30 não apresentaram diferenças clínicas, comportamentais ou necroscópicas em comparação com o grupo controle. Conclui-se que o extrato aquoso produz excitabilidade nervosa e convulsão e a tintura-mãe depressão nervosa, que há efeito acumulativo e que as soluções ultradiluídas e dinamizadas não induziram aumento ponderal da tolerância aos efeitos tóxicos da Pm e não produziram alterações no estado de saúde dos animais sadios.Palicourea marcgravii (Pm) is the most important toxic plant in Brazil. It is responsible for about half of all bovine deaths by natural poisoning in the country. The poisoning has a hyperacute evolution resulting in sudden death, which is attributed to the monofluoroacetic acid. This substance has high toxicity to several mammals, including humans. The homeopathic therapeutics uses ultra-highly diluted and dynamized solutions and there is enough evidence to investigate them as possible protection against poisonings. The aims of the present work were to compare the toxic effects of aqueous (AE) and hydroalcoholic (mother tincture - MT) extracts of Pm in rats, evaluate the effects of ultra-highly diluted and dynamized solutions (Pm 6CH and Pm 30CH) over the development of tolerance to the toxic effects of Pm and evaluate clinical, necroscopic and histopathological alterations in nonintoxicated rats treated with these solutions. AE and MT groups were formed of 10 animals each which received the extract in doses of 0.4g/kg, 0.8g/kg, 2g/kg and 4g/kg, intragastrically. The UD6EA and UD30EA groups were formed of five rats each, which received respectively 1 mL of Pm 6CH e Pm 30CH solutions, by oral route, three times a day, for eight days. Then, they were intoxicated with 2g/kg of Pm aqueous extract, intragastrically and received the correspondent ultra-highly diluted and dynamized preparations hourly until death. The UD6 and UD30 groups were formed of five rats each and received respectively 1 mL of Pm 6CH and Pm 30CH, orally, three times a day for 63 days. The animals were evaluated using clinical parameters, including the direct observation of their behavior at the open field and at the elevated plus-maze, and the study of the macro and microscopic lesions. Hyperacute death occurred after administration of the doses of 0.4g/kg, 0.8g/kg, 2g/kg e 4g/kg. In the AE group, prostration and nervous hyperexcitability followed or not by convulsive crisis were observed. In the MT group, the animals presented marked nervous depression without convulsion. Hepatic congestion and evidence of cardiac dilation were observed in the necropsy. Hydropic vacuolar degeneration of the renal distal convoluted tubules and congestion of several organs were observed in the histopathological examination. The latencies for the emergence of the first clinical signs, the convulsions and death occurrence were different in the animals of groups AE1 (Pm 2g/kg), UD6EA and UD30EA, but was considered inadequate the animals amount. Groups UD6 and UD30 did not show any clinical, behavioral, necroscopical or histopathological differences when compared to the control group. The conclusions were that the aqueous extract causes nervous excitability and convulsions while the mother tincture causes nervous depression. There is cumulative effect of the toxic substances present in the plant, and there is not evidence that the ultra-highly diluted and dynamized preparation increases the tolerance to Pm intoxication.application/pdfporUniversidade Federal Rural do Rio de JaneiroPrograma de Pós-Graduação em Ciências VeterináriasUFRRJBrasilInstituto de VeterináriaPalicourea marcgraviiultradiluídosácido monofluoroacético.ultra-highly dilutedmonofluoroacetic acidMedicina VeterináriaEfeitos dos extratos aquoso e hidro-alcoólico e das soluções ultradiluídas de Palicourea marcgravii (Rubiaceae) em ratosEffects of aqueous and hydroalcoholic extracts and ultra-highly diluted solutions of Palicourea marcgravii (Ribiaciae) in ratsinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/doctoralThesishttps://tede.ufrrj.br/retrieve/59948/2007%20-%20Luiz%20Figueira%20Pinto.pdf.jpghttps://tede.ufrrj.br/jspui/handle/tede/822Made available in DSpace on 2016-04-28T20:16:25Z (GMT). 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