Estas senhoras rainhas: trajetórias de poder na realeza medieval portuguesa (séculos XII a XV) – um estudo de queenship
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2018 |
Tipo de documento: | Tese |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFRRJ |
Texto Completo: | https://rima.ufrrj.br/jspui/handle/20.500.14407/10084 |
Resumo: | Esta tese se dedica a analisar, dentro dos critérios estabelecidos pelo conceito de Queenship, as possibilidades de poder das rainhas portuguesas do período medieval, que compreende os séculos XII a XV. Dentro deste recorte espaço-temporal, foram estudadas as biografias de sete rainhas portuguesas, tendo por objetivo tentar estabelecer o quanto de poder a soberana conseguiu usufruir a partir de questões individuais. A importância social e econômica da família de origem da rainha foi um critério relevante a ser considerado e a forma como ela seria recebida no reino para o qual seguiria para se casar. Quanto mais importante fosse a família, mais valorizada seria a aliança conseguida, e esta poderia ser utilizada pela rainha como forma de negociar seus espaços de poder. Conseguir cumprir com o papel de perpetuadora da dinastia, tendo sucesso na função materna, era outro critério de relevância ímpar, que poderia garantir a posição da rainha, que como mãe do herdeiro do trono, possivelmente conseguiria acesso ao poder político através de seu papel de Rainha-Mãe. Através de atitudes piedosas, a rainha encontrava outras oportunidades de poder ao estabelecer relações com o alto clero da Igreja Católica medieval. No ambiente da corte, a rainha poderia, através de doações, festas, patrocínios, favorecer e agradar a bispos, abades e cardeais, que poderiam vir fortalecer sua posição e amparar suas ambições políticas, ao mesmo tempo que tornavam virtualmente impossível qualquer expectativa que o rei tivesse de substituí-la. Nesta ótica o papado tornouse um grande aliado das rainhas medievais e as relações destas com os prelados garantiram que obtivessem poder e boa fama entre a população. Como último critério de Queenship, há considerações sobre a intercessão, o poder que a rainha possuía a partir da proximidade física e emocional que estabelecia com o rei, seu marido. Este conjunto de critérios, equilibrados e combinados de diferentes maneiras, estão na origem do arcabouço que está na base do poder da rainha. Personalidade, cultura natal, riqueza individual eram outros critérios que poderiam alterar as sensíveis relações de poder na corte medieval portuguesa |
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Silva, Danielle de Oliveira dos SantosBerriel, Marcelo Santiago071.593.287-01http://lattes.cnpq.br/9162651718729749Berriel, Marcelo SantiagoBertarelli, Maria EugêniaCoser, Miriam CabralGomes, Francisco José da SilvaFreitas, Edmar Checon de078.359.457-70http://lattes.cnpq.br/44652512901113462023-12-21T18:57:02Z2023-12-21T18:57:02Z2018-03-23Silva, Danielle de Oliveira dos Santos. Estas senhoras rainhas: trajetórias de poder na realeza medieval portuguesa (séculos XII a XV) – um estudo de queenship. 2018. [132 f.]. Tese( Programa de Pós-Graduação em História) - Instituto de Ciências Humanas e Sociais, Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro, [Seropédica-RJ] .https://rima.ufrrj.br/jspui/handle/20.500.14407/10084Esta tese se dedica a analisar, dentro dos critérios estabelecidos pelo conceito de Queenship, as possibilidades de poder das rainhas portuguesas do período medieval, que compreende os séculos XII a XV. Dentro deste recorte espaço-temporal, foram estudadas as biografias de sete rainhas portuguesas, tendo por objetivo tentar estabelecer o quanto de poder a soberana conseguiu usufruir a partir de questões individuais. A importância social e econômica da família de origem da rainha foi um critério relevante a ser considerado e a forma como ela seria recebida no reino para o qual seguiria para se casar. Quanto mais importante fosse a família, mais valorizada seria a aliança conseguida, e esta poderia ser utilizada pela rainha como forma de negociar seus espaços de poder. Conseguir cumprir com o papel de perpetuadora da dinastia, tendo sucesso na função materna, era outro critério de relevância ímpar, que poderia garantir a posição da rainha, que como mãe do herdeiro do trono, possivelmente conseguiria acesso ao poder político através de seu papel de Rainha-Mãe. Através de atitudes piedosas, a rainha encontrava outras oportunidades de poder ao estabelecer relações com o alto clero da Igreja Católica medieval. No ambiente da corte, a rainha poderia, através de doações, festas, patrocínios, favorecer e agradar a bispos, abades e cardeais, que poderiam vir fortalecer sua posição e amparar suas ambições políticas, ao mesmo tempo que tornavam virtualmente impossível qualquer expectativa que o rei tivesse de substituí-la. Nesta ótica o papado tornouse um grande aliado das rainhas medievais e as relações destas com os prelados garantiram que obtivessem poder e boa fama entre a população. Como último critério de Queenship, há considerações sobre a intercessão, o poder que a rainha possuía a partir da proximidade física e emocional que estabelecia com o rei, seu marido. Este conjunto de critérios, equilibrados e combinados de diferentes maneiras, estão na origem do arcabouço que está na base do poder da rainha. Personalidade, cultura natal, riqueza individual eram outros critérios que poderiam alterar as sensíveis relações de poder na corte medieval portuguesaCoordenação de Aperfeiçoamento de pessoal de Nível Superior - CAPESThis thesis intends to analyze the power possibilities of the Portuguese queens in the medieval period, which comprises the 12th and 15th centuries, within the assessment established by the concept of Queenship. Within this space-time period, the biographies of seven Portuguese queens were studied, in an attempt to establish how much power ‗her highness‘ managed on her own individual accomplishments. The social and economic importance of the queen's family of origin is a relevant criterion to consider how she would be received kingdom into which she would later marry. The more important the family, the more valuable would be the alliance achieved. This alliance could be used by the queen as a way of negotiating her power attributes. Achieving the role of perpetuator of the dynasty, succeeding in the maternal function was another assessment of unique relevance, which could secure the position of the queen. Gaining access to political power through the role as Queen-Mother. Through pious gestures, the queen encountered other opportunities for power by establishing relationships with the high clergy of the medieval Catholic Church. In the court setting, the Queen could, through donations, feasts, and patronage, favor and please bishops, abbots and cardinals, who would strengthen her position and support her political ambitions, while making virtually impossible any expectation the king had to replace her. In this view the papacy became a great ally of the medieval queens, and their relations with the prelates ensured that they guarantee power and good fame among the population. As Queenship's last assessment, there are questions about intercession, the power the queen possessed from the physical and emotional closeness she established with the king, her husband. This set of assessment, balanced and combined in different ways, underlines the framework that will provide the Queen´s power. Personality, natal culture, individual wealth were other criterion that could alter the sensitive relations of power in the medieval Portuguese courtapplication/pdfporUniversidade Federal Rural do Rio de JaneiroPrograma de Pós-Graduação em HistóriaUFRRJBrasilInstituto de Ciências Humanas e SociaisRealezaPortugalIdade MédiaRelações de PoderQueenshipRoyaltyPortugalMiddle AgePower RelationsQueenshipHistóriaEstas senhoras rainhas: trajetórias de poder na realeza medieval portuguesa (séculos XII a XV) – um estudo de queenshipThese great qeens: journeys of power on medieval royalty portuguese court (from twelfth to fifteen century) – a queenship studyinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/doctoralThesisACADEMIA REAL DE LA HISTORIA (Espanha). Las siete partidas Del Rey D. Afonso El Sábio. Madrid: Imprensa Real, 1807. Tomo III. ALMEIDA, Lopo d‘. Cartas de Itália (edição Rodrigues da Lapa). Lisboa: Imprensa Nacional, 1935. AYALA, Pedro Lopes. 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Esta tese se dedica a analisar, dentro dos critérios estabelecidos pelo conceito de Queenship, as possibilidades de poder das rainhas portuguesas do período medieval, que compreende os séculos XII a XV. Dentro deste recorte espaço-temporal, foram estudadas as biografias de sete rainhas portuguesas, tendo por objetivo tentar estabelecer o quanto de poder a soberana conseguiu usufruir a partir de questões individuais. A importância social e econômica da família de origem da rainha foi um critério relevante a ser considerado e a forma como ela seria recebida no reino para o qual seguiria para se casar. Quanto mais importante fosse a família, mais valorizada seria a aliança conseguida, e esta poderia ser utilizada pela rainha como forma de negociar seus espaços de poder. Conseguir cumprir com o papel de perpetuadora da dinastia, tendo sucesso na função materna, era outro critério de relevância ímpar, que poderia garantir a posição da rainha, que como mãe do herdeiro do trono, possivelmente conseguiria acesso ao poder político através de seu papel de Rainha-Mãe. Através de atitudes piedosas, a rainha encontrava outras oportunidades de poder ao estabelecer relações com o alto clero da Igreja Católica medieval. No ambiente da corte, a rainha poderia, através de doações, festas, patrocínios, favorecer e agradar a bispos, abades e cardeais, que poderiam vir fortalecer sua posição e amparar suas ambições políticas, ao mesmo tempo que tornavam virtualmente impossível qualquer expectativa que o rei tivesse de substituí-la. Nesta ótica o papado tornouse um grande aliado das rainhas medievais e as relações destas com os prelados garantiram que obtivessem poder e boa fama entre a população. Como último critério de Queenship, há considerações sobre a intercessão, o poder que a rainha possuía a partir da proximidade física e emocional que estabelecia com o rei, seu marido. Este conjunto de critérios, equilibrados e combinados de diferentes maneiras, estão na origem do arcabouço que está na base do poder da rainha. Personalidade, cultura natal, riqueza individual eram outros critérios que poderiam alterar as sensíveis relações de poder na corte medieval portuguesa |
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