Epífitas vasculares nas unidades de conservação federais de proteção integral do estado do Rio de Janeiro: riqueza, composição e conhecimento acumulado

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Diniz, Rosiane Garcia
Data de Publicação: 2016
Tipo de documento: Trabalho de conclusão de curso
Idioma: por
Título da fonte: Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFRRJ
Texto Completo: https://rima.ufrrj.br/jspui/handle/20.500.14407/3129
Resumo: As epífitas da Mata Atlântica, em especial do Estado do Rio de Janeiro, apresentam elevada biodiversidade e importância para a manutenção de outras espécies e serviços ambientais, contudo ainda são pouco conhecidas, principalmente em termos ecológicos, mesmo em unidades de conservação. Nunca foi elaborada uma lista de epífitas vasculares para as Unidades de Conservação (UC) do Estado, dificultando a compreensão de padrões de diversidade desse grupo. Assim, o presente estudo volta-se para as UCs do Estado do RJ, buscando consolidar informações sobre a ocorrência de epífitas vasculares, avaliando o atual estado do conhecimento desse grupo ecológico e compreender as lacunas de conhecimento. Analisou-se as UCs federais de proteção integral com coletas botânicas (N = 7). Utilizou-se as 21 famílias botânicas com maior representação florística de epífitas na Mata Atlântica. Foi elaborada uma lista de espécies através do Catálogo de Plantas Vasculares e Briófitas da Flora do Estado do RJ. Para cada espécie consultou-se o status de conservação, hábito e forma de vida, através da Lista de Espécies da Flora do Brasil (REFLORA) e do Livro Vermelho (LV) da Flora do Brasil. Realizou-se a análise para as espécies de hábito epifítico (holoepífitas, hemiepífitas, epífitas facultativa). Também foi aplicado o Índice de similaridade de Jaccard (J) entre as UCs. Levantou-se 1.392 espécies, as quais 735 (52,80%) epífitas. Quanto à representatividade das epífitas, o Parque Nacional da Serra dos Órgãos (PARNASO) apresentou 764 espécies registradas, das quais 57,20% são epífitas. As famílias botânicas com maior número de registros foram, respectivamente, Orchidaceae (N =513; 41,17%) e Bromeliaceae (N = 201; 16,13%). Em relação às espécies ameaçadas, 31 espécies (4,4%) encontram-se classificadas como ameaçadas no Livro Vermelho, enquanto a REFLORA classificou 82 (11,7%) espécies como ameaçadas. As UCs que abrigam os maiores números de espécies ameaçadas, tanto para a lista da REFLORA quanto para o LV são Parque Nacional do Itatiaia(PARNAI) (REFLORA= 36sp; LV= 20sp) e PARNASO (REFLORA= 32sp; LV= 12), estas espécies encontram-se distribuídas em diferentes categorias de ameaça. Aplicando-se o Índice de Jaccard entre as UCs estudadas, a maior similaridade florística foi encontrada entre PARNASO e PARNAI (32,71%). Portanto, estado do Rio de Janeiro possui alta riqueza de epífitas vasculares. O registro de espécies ameaçadas nas UCs evidencia a efetividade destas na conservação da diversidade biológica. No entanto, os dados também indicam que é necessário um aumento no esforço de coleta e/ou desenvolvimento de pesquisas e programas específicos de levantamento da flora nas demais UCs do estado, especialmente nas outras fitofisionomias.
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Analisou-se as UCs federais de proteção integral com coletas botânicas (N = 7). Utilizou-se as 21 famílias botânicas com maior representação florística de epífitas na Mata Atlântica. Foi elaborada uma lista de espécies através do Catálogo de Plantas Vasculares e Briófitas da Flora do Estado do RJ. Para cada espécie consultou-se o status de conservação, hábito e forma de vida, através da Lista de Espécies da Flora do Brasil (REFLORA) e do Livro Vermelho (LV) da Flora do Brasil. Realizou-se a análise para as espécies de hábito epifítico (holoepífitas, hemiepífitas, epífitas facultativa). Também foi aplicado o Índice de similaridade de Jaccard (J) entre as UCs. Levantou-se 1.392 espécies, as quais 735 (52,80%) epífitas. Quanto à representatividade das epífitas, o Parque Nacional da Serra dos Órgãos (PARNASO) apresentou 764 espécies registradas, das quais 57,20% são epífitas. 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No entanto, os dados também indicam que é necessário um aumento no esforço de coleta e/ou desenvolvimento de pesquisas e programas específicos de levantamento da flora nas demais UCs do estado, especialmente nas outras fitofisionomias.Atlantic Forest epiphytes, in particular of Rio de Janeiro state, have high biodiversity and importance for the maintenance of other species and environmental services. Although they are still unknown, especially in ecological terms, even in conservation units. There is no list of vascular epiphytes for the State's Conservation Units (UC), making it difficult to understand the diversity patterns of this group. Therefore, this study turns to the UCs of Rio de Janeiro, seeking to consolidate information on the occurrence of vascular epiphytes, estimating the current state of knowledge of this ecological group and comprehending the knowledge gaps. In this work, were analized seven federal full protection Conservation Units with botanical collections. The 21 botanical families with more floristic representation of epiphytes in the Atlantic Forest were used. A list of species was elaborated through the Cataloghe of Vascular and Bryophytes of RJ. For each species was consulted the conservation status, habit and way of life, through the List of Species of the Brazilian Flora (REFLORA) and the Red Book of Brazilian Flora. We conducted the analysis for the species of epiphytic habit (epiphytic, hemi-epiphyte, facultative epiphytic). Jaccard's similarity index (J) also was applied between the UCs . We found 1,392 species, of which 735 (52.80%) are epiphytes. Serra dos, Órgãos National Park (PARNASO) had recorded 764 species, of which 57.20% are epiphytes. The botanical families with the highest number of records were, respectively, Orchidaceae (N = 513; 41.17%) and Bromeliaceae (N = 201; 16.13%). Regarding endangered species, 31 species (4.4%) are classified as endangered in the Red Book, while REFLORA ranked 82 (11.7%) species as threatened. The UCs that are home to the highest number of threatened species, both for the REFLORA's list and for the Red Book (RB) are Itatiaia National Park (PARNAI) (REFLORA = 36sp; RB = 20sp) and PARNASO (REFLORA = 32sp; RB = 12), these species are distributed in different categories of threat. Applying the Jaccard's index between as studied UCs, the largest floristic similarity was found between PARNASO and PARNAI (32.71%). Therefore, the state of Rio de Janeiro has high richness of vascular epiphytes. The record of threatened species in UCs show the effectiveness of these areas in the conservation of biological diversity. However, the data also indicates that it is necessary to increase the effort on collection and on research development and specific programs of flora survey in other Conservation Units of the state, particularly in other phytophysiognomies.Status de conservaçãoEndemismoMata AtlânticaBiodiversidadeBanco de dadosEpífitas vasculares nas unidades de conservação federais de proteção integral do estado do Rio de Janeiro: riqueza, composição e conhecimento acumuladoinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/bachelorThesisbachareladoporreponame:Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFRRJinstname:Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro (UFRRJ)instacron:UFRRJinfo:eu-repo/semantics/openAccessORIGINALMonografia Rosiane.pdfMonografia Rosiane.pdfapplication/pdf1769019https://rima.ufrrj.br/jspui/bitstream/20.500.14407/3129/1/Monografia%20Rosiane.pdf99ff98ae5a525fbc00b0651132361e72MD51LICENSElicense.txtlicense.txttext/plain; charset=utf-81748https://rima.ufrrj.br/jspui/bitstream/20.500.14407/3129/2/license.txt8a4605be74aa9ea9d79846c1fba20a33MD52TEXTMonografia Rosiane.pdf.txtMonografia Rosiane.pdf.txtExtracted texttext/plain216298https://rima.ufrrj.br/jspui/bitstream/20.500.14407/3129/3/Monografia%20Rosiane.pdf.txt8344582fb8fbbffa5e0dad365ab55046MD53THUMBNAILMonografia Rosiane.pdf.jpgMonografia Rosiane.pdf.jpgGenerated Thumbnailimage/jpeg1285https://rima.ufrrj.br/jspui/bitstream/20.500.14407/3129/4/Monografia%20Rosiane.pdf.jpg3d2a0cff2a1612b1ecd936f151742265MD5420.500.14407/31292023-11-09 12:26:02.248oai:rima.ufrrj.br:20.500.14407/3129Tk9URTogUExBQ0UgWU9VUiBPV04gTElDRU5TRSBIRVJFClRoaXMgc2FtcGxlIGxpY2Vuc2UgaXMgcHJvdmlkZWQgZm9yIGluZm9ybWF0aW9uYWwgcHVycG9zZXMgb25seS4KCk5PTi1FWENMVVNJVkUgRElTVFJJQlVUSU9OIExJQ0VOU0UKCkJ5IHNpZ25pbmcgYW5kIHN1Ym1pdHRpbmcgdGhpcyBsaWNlbnNlLCB5b3UgKHRoZSBhdXRob3Iocykgb3IgY29weXJpZ2h0Cm93bmVyKSBncmFudHMgdG8gRFNwYWNlIFVuaXZlcnNpdHkgKERTVSkgdGhlIG5vbi1leGNsdXNpdmUgcmlnaHQgdG8gcmVwcm9kdWNlLAp0cmFuc2xhdGUgKGFzIGRlZmluZWQgYmVsb3cpLCBhbmQvb3IgZGlzdHJpYnV0ZSB5b3VyIHN1Ym1pc3Npb24gKGluY2x1ZGluZwp0aGUgYWJzdHJhY3QpIHdvcmxkd2lkZSBpbiBwcmludCBhbmQgZWxlY3Ryb25pYyBmb3JtYXQgYW5kIGluIGFueSBtZWRpdW0sCmluY2x1ZGluZyBidXQgbm90IGxpbWl0ZWQgdG8gYXVkaW8gb3IgdmlkZW8uCgpZb3UgYWdyZWUgdGhhdCBEU1UgbWF5LCB3aXRob3V0IGNoYW5naW5nIHRoZSBjb250ZW50LCB0cmFuc2xhdGUgdGhlCnN1Ym1pc3Npb24gdG8gYW55IG1lZGl1bSBvciBmb3JtYXQgZm9yIHRoZSBwdXJwb3NlIG9mIHByZXNlcnZhdGlvbi4KCllvdSBhbHNvIGFncmVlIHRoYXQgRFNVIG1heSBrZWVwIG1vcmUgdGhhbiBvbmUgY29weSBvZiB0aGlzIHN1Ym1pc3Npb24gZm9yCnB1cnBvc2VzIG9mIHNlY3VyaXR5LCBiYWNrLXVwIGFuZCBwcmVzZXJ2YXRpb24uCgpZb3UgcmVwcmVzZW50IHRoYXQgdGhlIHN1Ym1pc3Npb24gaXMgeW91ciBvcmlnaW5hbCB3b3JrLCBhbmQgdGhhdCB5b3UgaGF2ZQp0aGUgcmlnaHQgdG8gZ3JhbnQgdGhlIHJpZ2h0cyBjb250YWluZWQgaW4gdGhpcyBsaWNlbnNlLiBZb3UgYWxzbyByZXByZXNlbnQKdGhhdCB5b3VyIHN1Ym1pc3Npb24gZG9lcyBub3QsIHRvIHRoZSBiZXN0IG9mIHlvdXIga25vd2xlZGdlLCBpbmZyaW5nZSB1cG9uCmFueW9uZSdzIGNvcHlyaWdodC4KCklmIHRoZSBzdWJtaXNzaW9uIGNvbnRhaW5zIG1hdGVyaWFsIGZvciB3aGljaCB5b3UgZG8gbm90IGhvbGQgY29weXJpZ2h0LAp5b3UgcmVwcmVzZW50IHRoYXQgeW91IGhhdmUgb2J0YWluZWQgdGhlIHVucmVzdHJpY3RlZCBwZXJtaXNzaW9uIG9mIHRoZQpjb3B5cmlnaHQgb3duZXIgdG8gZ3JhbnQgRFNVIHRoZSByaWdodHMgcmVxdWlyZWQgYnkgdGhpcyBsaWNlbnNlLCBhbmQgdGhhdApzdWNoIHRoaXJkLXBhcnR5IG93bmVkIG1hdGVyaWFsIGlzIGNsZWFybHkgaWRlbnRpZmllZCBhbmQgYWNrbm93bGVkZ2VkCndpdGhpbiB0aGUgdGV4dCBvciBjb250ZW50IG9mIHRoZSBzdWJtaXNzaW9uLgoKSUYgVEhFIFNVQk1JU1NJT04gSVMgQkFTRUQgVVBPTiBXT1JLIFRIQVQgSEFTIEJFRU4gU1BPTlNPUkVEIE9SIFNVUFBPUlRFRApCWSBBTiBBR0VOQ1kgT1IgT1JHQU5JWkFUSU9OIE9USEVSIFRIQU4gRFNVLCBZT1UgUkVQUkVTRU5UIFRIQVQgWU9VIEhBVkUKRlVMRklMTEVEIEFOWSBSSUdIVCBPRiBSRVZJRVcgT1IgT1RIRVIgT0JMSUdBVElPTlMgUkVRVUlSRUQgQlkgU1VDSApDT05UUkFDVCBPUiBBR1JFRU1FTlQuCgpEU1Ugd2lsbCBjbGVhcmx5IGlkZW50aWZ5IHlvdXIgbmFtZShzKSBhcyB0aGUgYXV0aG9yKHMpIG9yIG93bmVyKHMpIG9mIHRoZQpzdWJtaXNzaW9uLCBhbmQgd2lsbCBub3QgbWFrZSBhbnkgYWx0ZXJhdGlvbiwgb3RoZXIgdGhhbiBhcyBhbGxvd2VkIGJ5IHRoaXMKbGljZW5zZSwgdG8geW91ciBzdWJtaXNzaW9uLgo=Biblioteca Digital de Teses e Dissertaçõeshttps://tede.ufrrj.br/PUBhttps://tede.ufrrj.br/oai/requestbibliot@ufrrj.br||bibliot@ufrrj.bropendoar:2023-11-09T15:26:02Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFRRJ - Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro (UFRRJ)false
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