Efeito do envelhecimento e da rugosidade nas propriedades da superfície e na aderência do verniz em madeiras de eucalipto
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2019 |
Tipo de documento: | Tese |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFRRJ |
Texto Completo: | https://rima.ufrrj.br/jspui/handle/20.500.14407/9398 |
Resumo: | O objetivo geral deste estudo foi avaliar o efeito do envelhecimento e da rugosidade superficial na molhabilidade, na energia superficial e na aderência do verniz em madeiras de eucalipto. Os objetivos específicos foram: (1) avaliar o efeito do tempo de envelhecimento na alteração da cor e na inativação da superfície e suas correlações; (2) avaliar o efeito do tempo de envelhecimento da superfície após usinagem no desempenho do verniz e sua correlação com a molhabilidade; e (3) avaliar o efeito das operações de usinagem (lixamento e aplainamento) na rugosidade 3D, na molhabilidade, na energia superficial e na aderência do verniz em madeiras de eucalipto. Para atender esses objetivos, a tese foi dividida em três capítulos. No primeiro capítulo, foram realizadas medições de cor e ângulo de contato para sete espécies de eucalipto (Corymbia citriodora, Eucalyptus camaldulensis, Eucalyptus pellita, Eucalyptus robusta, Eucalyptus saligna, Eucalyptus urophylla e Eucalyptus grandis) na superfície fresca (recémusinada) e envelhecida após 7, 14, 21 e 28 dias. As análises colorimétricas foram realizadas no espaço de cor L*a*b* CIE 1976 e o ângulo de contato determinado pelo analisador de formato da gota DSA 100 no modo estático. No segundo capítulo, foram estudadas as madeiras de Corymbia citriodora, Eucalyptus camaldulensis e Eucalyptus pellita. Análises de ângulo de contato e testes de adesão de um verniz à base de água foram realizados na superfície fresca (recém-usinada) e envelhecida após 4, 8, 24 e 48 h de aplainamento. No terceiro capítulo, foram avaliados os parâmetros de rugosidade 3D, a molhabilidade, a energia superficial e a adesão do verniz nas superfícies lixadas e aplainadas das madeiras de Eucalyptus robusta e Eucalyptus grandis. A rugosidade foi avaliada pelo método 3D com o rugosímetro óptico de luz branca MicroMeasure CHR 150. O ângulo de contato e a energia superficial foram determinadas pelo goniômetro de imagem FTÅ D200. A energia superficial foi calculada pela teoria ácido-base de Lifshitz-van der Waals/Lewis utilizando três diferentes líquidos: água destilada, formamida e diiodometano. A adesão do revestimento (verniz à base de água) na madeira foi determinada pelo teste de resistência a tração (pull-off). Os resultados do primeiro capítulo permitiram classificar as madeiras em três classes de densidade: muito alta, alta e baixa; e dois grupos de cor: amareladas e avermelhadas. O armazenamento das madeiras de eucalipto causou o escurecimento (menor luminosidade – L*) e o aumento de cromaticidade na superfície. O tempo de acondicionamento aumentou o ângulo de contato indicando que as superfícies tornaram-se mais hidrofóbicas. As variáveis L*, a*, b* e C*ab tiveram maior impacto na molhabilidade da superfície que a densidade. Os resultados do segundo capítulo mostraram redução na molhabilidade da superfície e perda de adesão com o aumento do tempo de envelhecimento. A perda de adesão ocorreu, geralmente, logo após as 4 h do aplainamento; entretanto, um efeito mais importante foi observado após 48 h. Os resultados também mostram que em algumas espécies de eucalipto, a perda de adesão é mais rápida que em outras. Nenhuma correlação foi encontrada entre a molhabilidade da superfície e a adesão do verniz nas madeiras de Eucalyptus camaldulensis e Eucalyptus pellita; entretanto, a resistência à tração da madeira de Corymbia citriodora diminuiu com o aumento do ângulo de contato médio, mostrando uma correlação significativa. Os resultados do terceiro capítulo mostraram que o aplainamento aumentou a rugosidade superficial mostrando maiores valores para os parâmetros de amplitude (Sa, Sq, Sv e Sz) que o lixamento. As superfícies lixadas apresentaram maior molhabilidade e energia superficial, entretanto, esta operação de usinagem não favoreceu a penetração do verniz. As superfícies aplainadas de Eucalyptus grandis apresentaram uma melhor adesão do revestimento que as superfícies lixadas. As superfícies mais rugosas apresentaram menor molhabilidade, menor energia superficial e maior adesão do revestimento, portanto, a rugosidade apresenta um impacto mais importante na aderência do verniz à base de água que as propriedades de molhabilidade e energia superficial. |
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Os objetivos específicos foram: (1) avaliar o efeito do tempo de envelhecimento na alteração da cor e na inativação da superfície e suas correlações; (2) avaliar o efeito do tempo de envelhecimento da superfície após usinagem no desempenho do verniz e sua correlação com a molhabilidade; e (3) avaliar o efeito das operações de usinagem (lixamento e aplainamento) na rugosidade 3D, na molhabilidade, na energia superficial e na aderência do verniz em madeiras de eucalipto. Para atender esses objetivos, a tese foi dividida em três capítulos. No primeiro capítulo, foram realizadas medições de cor e ângulo de contato para sete espécies de eucalipto (Corymbia citriodora, Eucalyptus camaldulensis, Eucalyptus pellita, Eucalyptus robusta, Eucalyptus saligna, Eucalyptus urophylla e Eucalyptus grandis) na superfície fresca (recémusinada) e envelhecida após 7, 14, 21 e 28 dias. As análises colorimétricas foram realizadas no espaço de cor L*a*b* CIE 1976 e o ângulo de contato determinado pelo analisador de formato da gota DSA 100 no modo estático. No segundo capítulo, foram estudadas as madeiras de Corymbia citriodora, Eucalyptus camaldulensis e Eucalyptus pellita. Análises de ângulo de contato e testes de adesão de um verniz à base de água foram realizados na superfície fresca (recém-usinada) e envelhecida após 4, 8, 24 e 48 h de aplainamento. No terceiro capítulo, foram avaliados os parâmetros de rugosidade 3D, a molhabilidade, a energia superficial e a adesão do verniz nas superfícies lixadas e aplainadas das madeiras de Eucalyptus robusta e Eucalyptus grandis. A rugosidade foi avaliada pelo método 3D com o rugosímetro óptico de luz branca MicroMeasure CHR 150. O ângulo de contato e a energia superficial foram determinadas pelo goniômetro de imagem FTÅ D200. A energia superficial foi calculada pela teoria ácido-base de Lifshitz-van der Waals/Lewis utilizando três diferentes líquidos: água destilada, formamida e diiodometano. A adesão do revestimento (verniz à base de água) na madeira foi determinada pelo teste de resistência a tração (pull-off). Os resultados do primeiro capítulo permitiram classificar as madeiras em três classes de densidade: muito alta, alta e baixa; e dois grupos de cor: amareladas e avermelhadas. O armazenamento das madeiras de eucalipto causou o escurecimento (menor luminosidade – L*) e o aumento de cromaticidade na superfície. O tempo de acondicionamento aumentou o ângulo de contato indicando que as superfícies tornaram-se mais hidrofóbicas. As variáveis L*, a*, b* e C*ab tiveram maior impacto na molhabilidade da superfície que a densidade. Os resultados do segundo capítulo mostraram redução na molhabilidade da superfície e perda de adesão com o aumento do tempo de envelhecimento. A perda de adesão ocorreu, geralmente, logo após as 4 h do aplainamento; entretanto, um efeito mais importante foi observado após 48 h. Os resultados também mostram que em algumas espécies de eucalipto, a perda de adesão é mais rápida que em outras. Nenhuma correlação foi encontrada entre a molhabilidade da superfície e a adesão do verniz nas madeiras de Eucalyptus camaldulensis e Eucalyptus pellita; entretanto, a resistência à tração da madeira de Corymbia citriodora diminuiu com o aumento do ângulo de contato médio, mostrando uma correlação significativa. Os resultados do terceiro capítulo mostraram que o aplainamento aumentou a rugosidade superficial mostrando maiores valores para os parâmetros de amplitude (Sa, Sq, Sv e Sz) que o lixamento. As superfícies lixadas apresentaram maior molhabilidade e energia superficial, entretanto, esta operação de usinagem não favoreceu a penetração do verniz. As superfícies aplainadas de Eucalyptus grandis apresentaram uma melhor adesão do revestimento que as superfícies lixadas. As superfícies mais rugosas apresentaram menor molhabilidade, menor energia superficial e maior adesão do revestimento, portanto, a rugosidade apresenta um impacto mais importante na aderência do verniz à base de água que as propriedades de molhabilidade e energia superficial.CAPES - Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível SuperiorThe general objective of this study was to evaluate the effects of aging and surface roughness on wettability, surface energy and adhesion of a water-borne varnish on eucalypt woods. The specific objectives were: (1) to evaluate the effect of aging time on color change and surface inactivation and its correlations; (2) to evaluate the effect of the aging time of the surface after machining on the performance of a water-borne varnish and its correlation with wettability; and (3) to evaluate the effect of machining process (sanding and planing) on 3D roughness, wettability, surface energy, and adhesion of a water-borne varnish on eucalyptus woods. To meet these objectives, the thesis was divided into three chapters. In the first chapter, color and contact angle measurements were performed for seven eucalypt species (Corymbia citriodora, Eucalyptus camaldulensis, Eucalyptus pellita, Eucalyptus robusta, Eucalyptus saligna, Eucalyptus urophylla and Eucalyptus grandis) on the fresh surface (freshly machined) and aged after 7, 14, 21 and 28 days. The colorimetric analyzes were performed in the CIE 1976 L*a*b* color space and contact angle determined by a DSA 100 drop shape analyzer in static mode. In the second chapter, Corymbia citriodora, Eucalyptus camaldulensis, and Eucalyptus pellita woods were studied. Contact angle analysis and adhesion tests of a water-borne varnish were performed on the fresh surface (freshly machined) and aged surfaces after 4, 8, 24 and 48 h of planing. In the third chapter, 3D roughness parameters, wettability, surface energy and varnish adhesion on the sanded and planed surfaces of Eucalyptus grandis and Eucalyptus robusta woods were evaluated. The roughness was evaluated by 3D method using a MicroMeasure CHR 150 optic white light roughness meter. The wettability and surface energy were determined by contact angle analysis performed with FTÅ D200 goniometer. The surface energy was calculated by the Lifshitz-van der Walls/ Lewis acid-base theory using three different liquids: distilled water, formamide, and diiodomethane. The adhesion of a water-borne varnish to the wood was determined by the tensile strength test (pull-off). The results of the first chapter permitted to classify woods into three density classes: very high, high, and low; and two color groups: yellowish and reddish. The storage of the eucalypt woods caused darkening (lower luminosity - L*) and increased chromaticity on the surface. The storage time increased the contact angle, resulting in surfaces more hydrophobic. The variables L*, a*, b* and C*ab had a greater impact on the wettability of the surface than the density. The results of the second chapter showed a decrease in surface wettability and loss of coating adhesion with increasing aging time. Loss of adhesion usually occurs shortly after 4 h of planning, however, a more important effect is observed after 48 h. Also, the results show that in some eucalypt species, loss of adhesion is faster than in others. No correlation was found between surface wettability and varnish adhesion on Eucalyptus camaldulensis and Eucalyptus pellita woods. However, in Corymbia citriodora wood, the tensile strength decreased with increasing mean contact angle, showing a significant correlation. The results of the third chapter showed that the planing increased the surface roughness showing higher values for the amplitude parameters (Sa, Sq, Sv, and Sz) than sanding. The sanded surfaces presented greater wettability and surface energy, however, this machining operation did not favor the penetration of the varnish. The planed surfaces of Eucalyptus grandis showed better adhesion of the coating than sanded surfaces. The rougher surfaces presented lower wettability and surface energy and higher adhesion of the coating, therefore, the roughness has a more important impact on the adhesion of the water-borne varnish to eucalypt woods than the wettability and surface energy properties.application/pdfporUniversidade Federal Rural do Rio de JaneiroPrograma de Pós-Graduação em Ciências Ambientais e FlorestaisUFRRJBrasilInstituto de Florestasângulo de contatoenergia livre da superfícieespaço de cor L*a*b* CIE 1976rugosidade 3Dteste de pull-offusinagemcontact anglefree surface energyCIE 1976 L*a*b* space color3D roughnesspull-off testmachiningRecursos Florestais e Engenharia FlorestalEfeito do envelhecimento e da rugosidade nas propriedades da superfície e na aderência do verniz em madeiras de eucaliptoEffects of aging and roughness on the surface properties and adhesion of a water-borne varnish on eucalypt woodsinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/doctoralThesisAGOSTINETTO, D.; TAROUCO, C. P.; MARKUS, C.; OLIVEIRA, E.; SILVA, J. M. B. V.; TIRONI, S. P. Seletividade de genótipos de eucalipto a doses de herbicidas. Semina: Ciências Agrárias, v. 31, n. 3, p. 585-598, 2011. ALBINO, V. C. S.; MORI, F. A.; MENDES, L. M. Estudo da interface madeira-adesivo de juntas coladas com resorcinol-formaldeído e madeira de Eucalyptus grandis W. Hill ex Maiden, Scientia Forestalis, v. 38, n. 87, p. 509-516, 2010. ALLEN, W. K. Theories of adhesion. In: PACKHAM, D. E. Handbook of Adhesion, 2 ed. 638p. 2005a. ALLEN, W. K. Mechanical theory of adhesion. In: PACKHAM, D. E. Handbook of Adhesion, 2 ed. 638p. 2005b. ALVES, M. C. de S.; GONÇALVES, M. T. T.; VARASQUIM, F. M. F. de A.; SANTIAGO, L. F. F.; VARANDA, L. D.; BIANCHI, E. C. Análise da influência da velocidade de corte, da granulometria da lixa e da pressão específica de corte no processo de lixamento. VI CONGRESSO NACIONAL DE ENGENHARIA MECÂNICA. Anais...Paraíba: 2010. AMERICAN SOCIETY FOR TESTING AND MATERIALS (ASTM). ASTM D 2395-93: Standard test methods for specific gravity of wood and wood-based materials. Philadelphia, 1999. AMERICAN SOCIETY FOR TESTING AND MATERIALS (ASTM). ASTM D 4541: Standard test method for pull-off strength of coatings using portable adhesion testers. Philadelphia, 2002. ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS (ABNT). NBR ISO 4287: Especificações geométricas dos produtos (GPS) – rugosidade: método do perfil – termos, definições e parâmetros da rugosidade. Rio de Janeiro, 2002. ASSOCIAÇÃO PAULISTA DE PRODUTORES DE FLORESTAS PLANTANDASFLORESTAR, 2015. Disponível em: http://www.floresta.org.br. Acessado em: 25 de maio de 2015. ATAYDE, C. M.; GONÇALEZ, J. C.; CAMARGOS, J. A. Características colorimétricas entre as seções anatômicas da madeira de Muirapiranga (Brosimum sp.). Cerne, v. 17, n. 2, p. 231-235, 2011. ATKINS, P. W. Físico-Química. 7 ed. Rio de Janeiro, BRJ: Livros técnicos e científicos, v.1, 2003. AUCLAIR, N. Stabilité des couleurs des systèmes bois/vernis améliorée par les revêtements nanocomposites aqueux à usage extérieur. Mémoire de maîtrise en sciences du bois, Département des sciences du bois et de la forêt, Université Laval, Québec (Québec). 2010.https://tede.ufrrj.br/retrieve/68633/2019%20-%20Wanessa%20Aparecida%20Santos.pdf.jpghttps://tede.ufrrj.br/jspui/handle/jspui/5488Submitted by Jorge Silva (jorgelmsilva@ufrrj.br) on 2022-03-28T18:09:21Z No. of bitstreams: 1 2019 - Wanessa Aparecida Santos.pdf: 3965678 bytes, checksum: 5be3ae049c46595ca613d86b21397d9c (MD5)Made available in DSpace on 2022-03-28T18:09:22Z (GMT). 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Recursos Florestais e Engenharia Florestal |
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O objetivo geral deste estudo foi avaliar o efeito do envelhecimento e da rugosidade superficial na molhabilidade, na energia superficial e na aderência do verniz em madeiras de eucalipto. Os objetivos específicos foram: (1) avaliar o efeito do tempo de envelhecimento na alteração da cor e na inativação da superfície e suas correlações; (2) avaliar o efeito do tempo de envelhecimento da superfície após usinagem no desempenho do verniz e sua correlação com a molhabilidade; e (3) avaliar o efeito das operações de usinagem (lixamento e aplainamento) na rugosidade 3D, na molhabilidade, na energia superficial e na aderência do verniz em madeiras de eucalipto. Para atender esses objetivos, a tese foi dividida em três capítulos. No primeiro capítulo, foram realizadas medições de cor e ângulo de contato para sete espécies de eucalipto (Corymbia citriodora, Eucalyptus camaldulensis, Eucalyptus pellita, Eucalyptus robusta, Eucalyptus saligna, Eucalyptus urophylla e Eucalyptus grandis) na superfície fresca (recémusinada) e envelhecida após 7, 14, 21 e 28 dias. As análises colorimétricas foram realizadas no espaço de cor L*a*b* CIE 1976 e o ângulo de contato determinado pelo analisador de formato da gota DSA 100 no modo estático. No segundo capítulo, foram estudadas as madeiras de Corymbia citriodora, Eucalyptus camaldulensis e Eucalyptus pellita. Análises de ângulo de contato e testes de adesão de um verniz à base de água foram realizados na superfície fresca (recém-usinada) e envelhecida após 4, 8, 24 e 48 h de aplainamento. No terceiro capítulo, foram avaliados os parâmetros de rugosidade 3D, a molhabilidade, a energia superficial e a adesão do verniz nas superfícies lixadas e aplainadas das madeiras de Eucalyptus robusta e Eucalyptus grandis. A rugosidade foi avaliada pelo método 3D com o rugosímetro óptico de luz branca MicroMeasure CHR 150. O ângulo de contato e a energia superficial foram determinadas pelo goniômetro de imagem FTÅ D200. A energia superficial foi calculada pela teoria ácido-base de Lifshitz-van der Waals/Lewis utilizando três diferentes líquidos: água destilada, formamida e diiodometano. A adesão do revestimento (verniz à base de água) na madeira foi determinada pelo teste de resistência a tração (pull-off). Os resultados do primeiro capítulo permitiram classificar as madeiras em três classes de densidade: muito alta, alta e baixa; e dois grupos de cor: amareladas e avermelhadas. O armazenamento das madeiras de eucalipto causou o escurecimento (menor luminosidade – L*) e o aumento de cromaticidade na superfície. O tempo de acondicionamento aumentou o ângulo de contato indicando que as superfícies tornaram-se mais hidrofóbicas. As variáveis L*, a*, b* e C*ab tiveram maior impacto na molhabilidade da superfície que a densidade. Os resultados do segundo capítulo mostraram redução na molhabilidade da superfície e perda de adesão com o aumento do tempo de envelhecimento. A perda de adesão ocorreu, geralmente, logo após as 4 h do aplainamento; entretanto, um efeito mais importante foi observado após 48 h. Os resultados também mostram que em algumas espécies de eucalipto, a perda de adesão é mais rápida que em outras. Nenhuma correlação foi encontrada entre a molhabilidade da superfície e a adesão do verniz nas madeiras de Eucalyptus camaldulensis e Eucalyptus pellita; entretanto, a resistência à tração da madeira de Corymbia citriodora diminuiu com o aumento do ângulo de contato médio, mostrando uma correlação significativa. Os resultados do terceiro capítulo mostraram que o aplainamento aumentou a rugosidade superficial mostrando maiores valores para os parâmetros de amplitude (Sa, Sq, Sv e Sz) que o lixamento. As superfícies lixadas apresentaram maior molhabilidade e energia superficial, entretanto, esta operação de usinagem não favoreceu a penetração do verniz. As superfícies aplainadas de Eucalyptus grandis apresentaram uma melhor adesão do revestimento que as superfícies lixadas. As superfícies mais rugosas apresentaram menor molhabilidade, menor energia superficial e maior adesão do revestimento, portanto, a rugosidade apresenta um impacto mais importante na aderência do verniz à base de água que as propriedades de molhabilidade e energia superficial. |
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2019 |
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SANTOS, Wanessa Aparecida. Efeito do envelhecimento e da rugosidade nas propriedades da superfície e na aderência do verniz em madeiras de eucalipto. 2019. 125 f. Tese (Doutorado em Ciências Ambientais e Florestais) - Instituto de Florestas, Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro, Seropédica, 2019. |
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