Aspectos morfológicos, filogenéticos, morfométricos e biológicos de espécies do “Subcomplexo Rubrovaria” (Hemíptera: Reduviidae : Triatominae)
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2012 |
Tipo de documento: | Tese |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFRRJ |
Texto Completo: | https://rima.ufrrj.br/jspui/handle/20.500.14407/9167 |
Resumo: | Nesta tese foram estudadas três espécies do “subcomplexo rubrovaria”: T. carcavalloi, T. circummaculata e T. rubrovaria que possuem hábitos silvestres, mas com potencialidades na transmissão da doença de Chagas. Estas espécies são encontradas com frequência em domicílios do estado do Rio Grande do Sul, Brasil. Foram feitas comparações entre as três espécies através da morfologia usando a técnica da microscopia ótica e eletrônica de varredura. Foram ilustradas as diferenças morfoestruturais dos adultos na região escutelar e apenas uma espécie apresentou a forma codiforme na depressão mediana, T. circummaculata. Já T. carcavalloi e T. rubrovaria apresentaram a forma de W. Foi também observada a concentração de sensilas nas superfícies do escutelo das três espécies. Nas análises da região cefálica, o sulco estridulatório é em forma de “U” em T. circummaculata e em forma de "V" em T. carcavalloi e T. rubrovaria, as búculas de T. carcavalloi e T. rubrovaria apresentaram a forma de “U” e T. circummaculata de “V”. Já o rostro de T. carcavalloi, T. circummaculata e T. rubrovaria apresentaram duas fendas laterais 1+1 no ápice. Foram analisadas e evidenciadas diferenças significativas no comprimento, largura e diâmetro do corpo e do opérculo dos ovos de T. rubrovaria, T. carcavalloi e T. circummaculata. Na análise morfológica das antenas de T. carcavalloi verificou a ocorrência tanto em machos quanto em fêmeas de mais de 14 tricobótrias, no terceiro e quarto artículos antenais. T. carcavalloi apresentou na cabeça 1+1 manchas pós-ocelares. Nos fêmures das patas de ambos os sexos foi encontrado um par de dentículos subapicais. As fossetas esponjosas foram encontradas somente nos machos, nas tíbias das patas anteriores e medianas. Os resultados morfológicos de T. carcavalloi evidenciaram que algumas estruturas são importantes para a caracterização específica, como: antenas, dentículos subapicais e fossetas esponjosas. Estudos morfológicos colocaram T. carcavalloi no “complexo infestans” e no “subcomplexo rubrovaria” assim como T. rubrovaria, enquanto T. circummaculata foi colocado no “complexo circummaculata". A filogenia do grupo composto de 16 espécies de triatomíneos foi reavaliado com a inclusão de T. carcavalloi por análise Bayesiana utilizando sequências de mtDNA de subunidades 12S e 16S do RNA ribossomal, e genes do citocromo oxidase I (COI). A relação fenotípica entre T. carcavalloi e triatomíneos afins também foi inferida a partir da morfometria. Resultados filogenéticos indicaram que T. carcavalloi é uma espécie irmã de T. rubrovaria, e ambos foram recolocados em estreita relação com T. circummaculata. Estudos morfométricos confirmaram a proximidade entre T. carcavalloi, T. rubrovaria e T. circummaculata, colocando a última espécie no “complexo infestans” e no “subcomplexo rubrovaria”. Em relação ao parâmetro biológico, o período médio de incubação dos ovos em T. carcavalloi foi de 22,7 dias. O maior número de ovos / fêmea / semana foi observado durante os meses mais quentes e os ovos que não eclodiram eram férteis. O primeiro dia de repasto sanguíneo foi de 3,13 dias após a eclosão, em média. O período de intermuda N1-N2 foi em média de 18,52 dias; N2-N3 foi 62,77 dias; N3-N4 foi 86,93 dias; N4-N5 foi 119,05 dias e N5-adulto foi 193,43 dias. A média geral de alimentações durante todo o desenvolvimento ninfal foi de 13,4. Os resultados logrados para resistência ao jejum indicaram que as ninfas de 3, 4 e 5 estágios apresentam maior resistência do que os adultos, e neste caso os machos foram menos resistente do que as fêmeas. A taxa de mortalidade mais alta foi registrada em N3 (22,2%). A sobrevivência média foi de 25,6 semanas para os adultos. O ciclo de vida total foi longo, com média de 503,4 dias. Este foi o primeiro relato sobre a biologia de T. carcavalloi alimentados com camundongos. Esse estudo possibilitou ampliar o conhecimento bionômico desta espécie, além de contribuir para melhor mantutenção de colônias e dessa forma entender a possível participação na transmissão do T. cruzi. |
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Almeida, Margareth Alves Ribeiro Cardozo deMallet, Jacenir Reis dos Santos710.008.957-34http://lattes.cnpq.br/9643185827631520Gonçalves, Teresa Cristina MontePinheiro, Nadja LimaGomes, Suzete Araújo OliveiraAlmeida, Carlos Eduardo deFreitas, Simone Patrícia Carneiro deMenezes, Sílvia dos Santos008.403.137-99http://lattes.cnpq.br/17997050783147002023-12-21T18:35:54Z2023-12-21T18:35:54Z2012-11-27ALMEIDA, Margareth Alves Ribeiro Cardozo de. Aspectos morfológicos, filogenéticos, morfométricos e biológicos de espécies do “Subcomplexo Rubrovaria” (Hemíptera: Reduviidae : Triatominae). 2012. 45 f. Tese (Doutorado em Biologia Animal) - Instituto de Ciências Biológicas e da Saúde, Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro, Seropédica, 2012.https://rima.ufrrj.br/jspui/handle/20.500.14407/9167Nesta tese foram estudadas três espécies do “subcomplexo rubrovaria”: T. carcavalloi, T. circummaculata e T. rubrovaria que possuem hábitos silvestres, mas com potencialidades na transmissão da doença de Chagas. Estas espécies são encontradas com frequência em domicílios do estado do Rio Grande do Sul, Brasil. Foram feitas comparações entre as três espécies através da morfologia usando a técnica da microscopia ótica e eletrônica de varredura. Foram ilustradas as diferenças morfoestruturais dos adultos na região escutelar e apenas uma espécie apresentou a forma codiforme na depressão mediana, T. circummaculata. Já T. carcavalloi e T. rubrovaria apresentaram a forma de W. Foi também observada a concentração de sensilas nas superfícies do escutelo das três espécies. Nas análises da região cefálica, o sulco estridulatório é em forma de “U” em T. circummaculata e em forma de "V" em T. carcavalloi e T. rubrovaria, as búculas de T. carcavalloi e T. rubrovaria apresentaram a forma de “U” e T. circummaculata de “V”. Já o rostro de T. carcavalloi, T. circummaculata e T. rubrovaria apresentaram duas fendas laterais 1+1 no ápice. Foram analisadas e evidenciadas diferenças significativas no comprimento, largura e diâmetro do corpo e do opérculo dos ovos de T. rubrovaria, T. carcavalloi e T. circummaculata. Na análise morfológica das antenas de T. carcavalloi verificou a ocorrência tanto em machos quanto em fêmeas de mais de 14 tricobótrias, no terceiro e quarto artículos antenais. T. carcavalloi apresentou na cabeça 1+1 manchas pós-ocelares. Nos fêmures das patas de ambos os sexos foi encontrado um par de dentículos subapicais. As fossetas esponjosas foram encontradas somente nos machos, nas tíbias das patas anteriores e medianas. Os resultados morfológicos de T. carcavalloi evidenciaram que algumas estruturas são importantes para a caracterização específica, como: antenas, dentículos subapicais e fossetas esponjosas. Estudos morfológicos colocaram T. carcavalloi no “complexo infestans” e no “subcomplexo rubrovaria” assim como T. rubrovaria, enquanto T. circummaculata foi colocado no “complexo circummaculata". A filogenia do grupo composto de 16 espécies de triatomíneos foi reavaliado com a inclusão de T. carcavalloi por análise Bayesiana utilizando sequências de mtDNA de subunidades 12S e 16S do RNA ribossomal, e genes do citocromo oxidase I (COI). A relação fenotípica entre T. carcavalloi e triatomíneos afins também foi inferida a partir da morfometria. Resultados filogenéticos indicaram que T. carcavalloi é uma espécie irmã de T. rubrovaria, e ambos foram recolocados em estreita relação com T. circummaculata. Estudos morfométricos confirmaram a proximidade entre T. carcavalloi, T. rubrovaria e T. circummaculata, colocando a última espécie no “complexo infestans” e no “subcomplexo rubrovaria”. Em relação ao parâmetro biológico, o período médio de incubação dos ovos em T. carcavalloi foi de 22,7 dias. O maior número de ovos / fêmea / semana foi observado durante os meses mais quentes e os ovos que não eclodiram eram férteis. O primeiro dia de repasto sanguíneo foi de 3,13 dias após a eclosão, em média. O período de intermuda N1-N2 foi em média de 18,52 dias; N2-N3 foi 62,77 dias; N3-N4 foi 86,93 dias; N4-N5 foi 119,05 dias e N5-adulto foi 193,43 dias. A média geral de alimentações durante todo o desenvolvimento ninfal foi de 13,4. Os resultados logrados para resistência ao jejum indicaram que as ninfas de 3, 4 e 5 estágios apresentam maior resistência do que os adultos, e neste caso os machos foram menos resistente do que as fêmeas. A taxa de mortalidade mais alta foi registrada em N3 (22,2%). A sobrevivência média foi de 25,6 semanas para os adultos. O ciclo de vida total foi longo, com média de 503,4 dias. Este foi o primeiro relato sobre a biologia de T. carcavalloi alimentados com camundongos. Esse estudo possibilitou ampliar o conhecimento bionômico desta espécie, além de contribuir para melhor mantutenção de colônias e dessa forma entender a possível participação na transmissão do T. cruzi.CAPES - Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível SuperiorIn this thesis we studied three species of "subcomplex rubrovaria": T. carcavalloi, T. circummaculata and T. rubrovaria wild habits that have potential in transmission of Chagas disease. These species are often found in domiciles in the state of Rio Grande do Sul, Brazil. Comparisons were made between the three species by morphology using the technique of optical microscopy and scanning electron microscopy. We illustrate the morphostructural differences adults in scutellar region and only one species showed heart-shaped median depression, T. circummaculata. T. carcavalloi and T. rubrovaria presented in the form of W. It was also observed concentration of sensilla on the surfaces of the scutellum of these three species. In analyzes of the cephalic region, the stridulatory sulcus is "U" shaped in T. circummaculata and "V" shaped in T. carcavalloi and T. rubrovaria, the buccula T. carcavalloi and T. rubrovaria presented in the form of "U" and T. circummaculata "V" shaped. The rostrum of T. carcavalloi, T. circummaculata and T. rubrovaria presented in apex two lateral rifts 1+1. Were analyzed and shown significant differences in the length, width and diameter of the body and operculum of the eggs of T. rubrovaria, T. carcavalloi and T. circummaculata. In the morphological analysis of antennas T. carcavalloi it was verified the occurence in both sexes more than 14 trichobotrium, in the thrird and fourth antennal articles. T. carcavalloi presented on head 1+1 post-ocelares spots. In the legs, a pair of subapical denticles in femures of male and female was found. Spongy fossette were found only in the males, in the tíbias of the anterior and medium legs. The results of morphological T. carcavalloi showed that some structures are important for the specific characterization, such: antennas, spongy fossette and subapical denticles. Morphological studies placed T. carcavalloi in "complex infestans" and "subcomplex rubrovaria" as well as T. rubrovaria, while T. circummaculata was placed in the "complex circummaculata". The phylogeny of the group consists of 16 species of triatomines was reassessed with the inclusion of T. carcavalloi by Bayesian analysis of mtDNA sequences of subunits 12S and 16S ribosomal RNA, and cytochrome oxidase I gene (COI). The phenotypic relationship between T. carcavalloi related triatomines was also inferred from morphometry. Phylogenetic results indicate that T. carcavalloi is a sister species to T. rubrovaria, and both were relocated in close relationship with T. circummaculata. Morphometrics studies confirmed the proximity of T. carcavalloi, T. rubrovaria and T. circummaculata, placing the latter species the "complex infestans" and "subcomplex rubrovaria". Regarding biological parameter, the average incubation period of the eggs in T. carcavalloi was 22.7 days. The highest number of eggs/female/week was observed during the hottest months. The first meal took place at 3.13 days after hatching. The intermoulting period N1-N2 was on average 18.52 days, N2-N3 62.77, N3-N4 86.93, N4-N5 119.05 and N5–adult 193.43. The average of feedings during the nymphal development was 13.4. Resistance to fasting in all nymph and adult (males and females) stages indicated that nymphs of 3rd, 4th and 5th stages presented higher resistance than adults, and in this case males were less resistant than females. The highest mortality rate was registered in N3 (22.2%). The average adult survival was 25.6 weeks. The total life cycle was highly long with average of 503.4 days. This is the first report on the biology of T. carcavalloi fed mice. This study enable expand the bionomic knowledge of this species, besides contribute to better maintenance colony and thus understand the possible participation in the transmission of T. cruzi.application/pdfporUniversidade Federal Rural do Rio de JaneiroPrograma de Pós-Graduação em Biologia AnimalUFRRJBrasilInstituto de Ciências Biológicas e da SaúdeTriatominaeMorfologiaFilogeniaMorfometriaBiologiaTriatominaeMorphologyPhylogenyMorphometryBiologyZoologiaAspectos morfológicos, filogenéticos, morfométricos e biológicos de espécies do “Subcomplexo Rubrovaria” (Hemíptera: Reduviidae : Triatominae)Morphological aspects, phylogenetic, morphometric and biological species of the “Rubrovaria Subcomplex” (Hemíptera: Reduviidae: Triatominae)info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/doctoralThesisALMEIDA CE, MARCET PL, GUMIEL M, TAKIYA DM, CARDOZO-DEALMEIDA MAR, PACHECO RS, LOPES CM, DOTSON EM, COSTA J. Phylogenetic and phenotypic relationships among Triatoma carcavalloi (Hemiptera: Reduviidae: Triatominae) and related species collected in domiciles in Rio Grande do Sul State, Brazil. J Vect Ecology v. 34(2), p. 164-173, 2009. ALMEIDA CE, PACHECO RS, HAAG K, DUPAS S, DOTSON EM, COSTA J. Inferring from the Cyt B gene the Triatoma brasiliensis Neiva, 1911 (Hemiptera: Reduviidae: Triatominae) genetic structure and domiciliary infestation in the state of Paraíba, Brazil. Am J Trop Med Hyg, v. 78, p. 791-802, 2008. ALMEIDA CE, FOLLY-RAMOS E, AGAPITO-SOUZA R, MAGNO-ESPERANÇA G, PACHECO RS, COSTA J. Triatoma rubrovaria (Blanchard, 1843) (Hemiptera- Reduviidae-Triatominae) IV: bionomic aspects on the vector capacity of nymphs. Mem Inst Oswaldo Cruz, v. 100, p. 231-235, 2005. ALMEIDA CE, FRANCISCHETTI CN, PACHECO RS, COSTA J. Triatoma rubrovaria (Blanchard, 1843) (Hemiptera-Reduviidae-Triatominae) III: patterns of feeding, defecation and resistance to starvation. Mem. Inst. Oswaldo Cruz, v. 98, p. 367-371, 2003. ALMEIDA CE, PACHECO RS, NOIREAU F, COSTA J. Triatoma rubrovaria (Blanchard, 1843) (Hemiptera-Reduviidae-Triatominae) I: isoenzymatic and chromatic patterns of five populations collected in the state of Rio Grande do Sul, Brazil. Mem Inst Oswaldo Cruz, v. 97, p. 829-834, 2002b. ALMEIDA CE, DUARTE R, PACHECO RS, COSTA J. Triatoma rubrovaria (Blanchard, 1843) (Hemiptera-Reduviidae-Triatominae) II: trophic resources and ecological observations of five populations collected in the state of Rio Grande do Sul, Brazil. Mem Inst Oswaldo Cruz, v. 97, p. 1127-1131, 2002a. ALMEIDA CE, VINHAES MC, ALMEIDA JR, SILVEIRA AC, COSTA J. Monitoring the domiciliary and peridomiciliary invasion process of Triatoma rubrovaria in the State of Rio Grande do Sul, Brazil. Mem Inst Oswaldo Cruz v. 95, p. 761-768, 2000. ANEZ N, VALENTA DT, CARSOLA D, QUICKE DJ, FELICIANGELI MD. 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Nesta tese foram estudadas três espécies do “subcomplexo rubrovaria”: T. carcavalloi, T. circummaculata e T. rubrovaria que possuem hábitos silvestres, mas com potencialidades na transmissão da doença de Chagas. Estas espécies são encontradas com frequência em domicílios do estado do Rio Grande do Sul, Brasil. Foram feitas comparações entre as três espécies através da morfologia usando a técnica da microscopia ótica e eletrônica de varredura. Foram ilustradas as diferenças morfoestruturais dos adultos na região escutelar e apenas uma espécie apresentou a forma codiforme na depressão mediana, T. circummaculata. Já T. carcavalloi e T. rubrovaria apresentaram a forma de W. Foi também observada a concentração de sensilas nas superfícies do escutelo das três espécies. Nas análises da região cefálica, o sulco estridulatório é em forma de “U” em T. circummaculata e em forma de "V" em T. carcavalloi e T. rubrovaria, as búculas de T. carcavalloi e T. rubrovaria apresentaram a forma de “U” e T. circummaculata de “V”. Já o rostro de T. carcavalloi, T. circummaculata e T. rubrovaria apresentaram duas fendas laterais 1+1 no ápice. Foram analisadas e evidenciadas diferenças significativas no comprimento, largura e diâmetro do corpo e do opérculo dos ovos de T. rubrovaria, T. carcavalloi e T. circummaculata. Na análise morfológica das antenas de T. carcavalloi verificou a ocorrência tanto em machos quanto em fêmeas de mais de 14 tricobótrias, no terceiro e quarto artículos antenais. T. carcavalloi apresentou na cabeça 1+1 manchas pós-ocelares. Nos fêmures das patas de ambos os sexos foi encontrado um par de dentículos subapicais. As fossetas esponjosas foram encontradas somente nos machos, nas tíbias das patas anteriores e medianas. Os resultados morfológicos de T. carcavalloi evidenciaram que algumas estruturas são importantes para a caracterização específica, como: antenas, dentículos subapicais e fossetas esponjosas. Estudos morfológicos colocaram T. carcavalloi no “complexo infestans” e no “subcomplexo rubrovaria” assim como T. rubrovaria, enquanto T. circummaculata foi colocado no “complexo circummaculata". A filogenia do grupo composto de 16 espécies de triatomíneos foi reavaliado com a inclusão de T. carcavalloi por análise Bayesiana utilizando sequências de mtDNA de subunidades 12S e 16S do RNA ribossomal, e genes do citocromo oxidase I (COI). A relação fenotípica entre T. carcavalloi e triatomíneos afins também foi inferida a partir da morfometria. Resultados filogenéticos indicaram que T. carcavalloi é uma espécie irmã de T. rubrovaria, e ambos foram recolocados em estreita relação com T. circummaculata. Estudos morfométricos confirmaram a proximidade entre T. carcavalloi, T. rubrovaria e T. circummaculata, colocando a última espécie no “complexo infestans” e no “subcomplexo rubrovaria”. Em relação ao parâmetro biológico, o período médio de incubação dos ovos em T. carcavalloi foi de 22,7 dias. O maior número de ovos / fêmea / semana foi observado durante os meses mais quentes e os ovos que não eclodiram eram férteis. O primeiro dia de repasto sanguíneo foi de 3,13 dias após a eclosão, em média. O período de intermuda N1-N2 foi em média de 18,52 dias; N2-N3 foi 62,77 dias; N3-N4 foi 86,93 dias; N4-N5 foi 119,05 dias e N5-adulto foi 193,43 dias. A média geral de alimentações durante todo o desenvolvimento ninfal foi de 13,4. Os resultados logrados para resistência ao jejum indicaram que as ninfas de 3, 4 e 5 estágios apresentam maior resistência do que os adultos, e neste caso os machos foram menos resistente do que as fêmeas. A taxa de mortalidade mais alta foi registrada em N3 (22,2%). A sobrevivência média foi de 25,6 semanas para os adultos. O ciclo de vida total foi longo, com média de 503,4 dias. Este foi o primeiro relato sobre a biologia de T. carcavalloi alimentados com camundongos. Esse estudo possibilitou ampliar o conhecimento bionômico desta espécie, além de contribuir para melhor mantutenção de colônias e dessa forma entender a possível participação na transmissão do T. cruzi. |
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ALMEIDA, Margareth Alves Ribeiro Cardozo de. Aspectos morfológicos, filogenéticos, morfométricos e biológicos de espécies do “Subcomplexo Rubrovaria” (Hemíptera: Reduviidae : Triatominae). 2012. 45 f. Tese (Doutorado em Biologia Animal) - Instituto de Ciências Biológicas e da Saúde, Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro, Seropédica, 2012. |
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