Narrativas de dor e silêncio: tortura, clandestinidade e exílio na vida de homens e mulheres durante a ditadura brasileira
Autor(a) principal: | |
---|---|
Data de Publicação: | 2015 |
Tipo de documento: | Dissertação |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFRRJ |
Texto Completo: | https://rima.ufrrj.br/jspui/handle/20.500.14407/11482 |
Resumo: | O período da ditadura civil-militar (1964 – 1985) no Brasil, caracterizado pela grande violência estatal e cerceamento da liberdade de parte da população, também foi marcado por importantes focos de resistência. Para os que fizeram da oposição a ditadura sua atividade, a vida transformou-se por completo. A política invadiu a privacidade, obrigando os “militantes” a romperem relações sociais e forçando-os a viverem em uma nova conjuntura, fosse à clandestinidade ou exílio. Os que foram presos, por sua vez, conviviam diariamente com violências física e psicológica, e com a perspectiva de poder perder a vida a qualquer momento. Tais experiências ainda afetam o modo como as pessoas se expressam e se percebem nesse cenário. A violência gerada por esses acontecimentos não terminou com o fim da ditadura, pois muitas foram as marcas deixadas, tanto físicas quanto emocionais. Para conviver com essas experiências, os “militantes” precisaram construir novas formas de habitar o mundo. À luz deste debate a proposta dessa dissertação é apreender como pessoas que viveram nesse cenário de ditadura militar e atuaram como “militantes” concebem a violência sofrida . Para se ter acesso a essas histórias foram realizadas entrevistas obtidas por intermédio do Grupo Tortura Nunca Mais e depoimentos públicos concedidos à Comissão Verdade, ambos do Rio de Janeiro. Ao tratar de dois materiais distintos foi necessário analisar os contextos em que essas narrativas foram construídas pelos “militantes”. O silêncio presente nas entrevistas e depoimentos, enquanto algo que exprime o incomunicável, também foi objeto de análise Tal silêncio marca o tom indizível, o absurdo e o caráter inexplicável das violências sofridas. |
id |
UFRRJ-1_f365637861e5c82536cf2ca376c7ce3e |
---|---|
oai_identifier_str |
oai:rima.ufrrj.br:20.500.14407/11482 |
network_acronym_str |
UFRRJ-1 |
network_name_str |
Repositório Institucional da UFRRJ |
repository_id_str |
|
spelling |
Salgado, Lívia de BarrosRinaldi, Alessandra de Andrade796.043.666-53Rinaldi, Alessandra de AndradeLuna, Naara Lúcia de AlbuquerqueVianna, Adriana141.844.187-24http://lattes.cnpq.br/99856112338240942023-12-22T01:53:04Z2023-12-22T01:53:04Z2015-03-20SALGADO, Lívia de Barros. Narrativas de dor e silêncio: tortura, clandestinidade e exílio na vida de homens e mulheres durante a ditadura brasileira. 2015. 135 f. Dissertação (Mestrado em Ciências Sociais). Instituto de Ciências Humanas e Sociais, Instituto Multidisciplinar e Instituto Três Rios, Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro, Seropédica, 2015.https://rima.ufrrj.br/jspui/handle/20.500.14407/11482O período da ditadura civil-militar (1964 – 1985) no Brasil, caracterizado pela grande violência estatal e cerceamento da liberdade de parte da população, também foi marcado por importantes focos de resistência. Para os que fizeram da oposição a ditadura sua atividade, a vida transformou-se por completo. A política invadiu a privacidade, obrigando os “militantes” a romperem relações sociais e forçando-os a viverem em uma nova conjuntura, fosse à clandestinidade ou exílio. Os que foram presos, por sua vez, conviviam diariamente com violências física e psicológica, e com a perspectiva de poder perder a vida a qualquer momento. Tais experiências ainda afetam o modo como as pessoas se expressam e se percebem nesse cenário. A violência gerada por esses acontecimentos não terminou com o fim da ditadura, pois muitas foram as marcas deixadas, tanto físicas quanto emocionais. Para conviver com essas experiências, os “militantes” precisaram construir novas formas de habitar o mundo. À luz deste debate a proposta dessa dissertação é apreender como pessoas que viveram nesse cenário de ditadura militar e atuaram como “militantes” concebem a violência sofrida . Para se ter acesso a essas histórias foram realizadas entrevistas obtidas por intermédio do Grupo Tortura Nunca Mais e depoimentos públicos concedidos à Comissão Verdade, ambos do Rio de Janeiro. Ao tratar de dois materiais distintos foi necessário analisar os contextos em que essas narrativas foram construídas pelos “militantes”. O silêncio presente nas entrevistas e depoimentos, enquanto algo que exprime o incomunicável, também foi objeto de análise Tal silêncio marca o tom indizível, o absurdo e o caráter inexplicável das violências sofridas.CAPES - Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível SuperiorAlong with the substantial violence and curtailment of freedom to the population during the civil military dictatorship in Brazil (1964 – 1985), there were significant focuses of resistance. People who were chiefly dedicated to dictatorship opposition had their lives completely changed.Politics violated privacy; forcing the militants to break social relationships and making them live a new conjuncture, either in illegitimacy or in exile.The ones who were arrested endured physical and psychological violence, prone to lose their lives at any moment. Such experiences still affect the way people express and perceive themselves in this environment. The violence generated by these events did not cease with the end of dictatorship, having left physical and psychologicalmarks on individuals. In order to cope with these experiences, the militants needed to rearrange their lives. Taking into account these circumstances, the purpose of this dissertation is to learn how those who lived under the military dictatorship and acted as militants conceive the violence suffered. Data for this study was gathered from interviews obtained through theTorturaNuncaMais group and public testimonies provided to theComissãoVerdade, both from Rio de Janeiro. Dealing with two distinct materials, the circumstances in which the militants produced these narratives needed further analysis. The silence present in the interviews and testimonies expresses the unattainable, being also object of analysis. The aforementioned silence highlights the unutterable, absurd, and unintelligible tone of the violence the militants endured.application/pdfporUniversidade Federal Rural do Rio de JaneiroPrograma de Pós-Graduação em Ciências SociaisUFRRJBrasilInstituto de Ciências Humanas e Sociaisditadura civil-militargêneronarrativas sobre sofrimentocivil military dictatorshipgendernarratives of sufferingSociologiaNarrativas de dor e silêncio: tortura, clandestinidade e exílio na vida de homens e mulheres durante a ditadura brasileiraNarratives of suffering and silence: torture, illegitimacy, and exile in men’s and women’s lives during the Brazilian military dictatorshipinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesishttps://tede.ufrrj.br/retrieve/55276/2015%20-%20L%c3%advia%20de%20Barros%20Salgado.pdf.jpghttps://tede.ufrrj.br/jspui/handle/jspui/3130Submitted by Jorge Silva (jorgelmsilva@ufrrj.br) on 2019-11-29T19:26:41Z No. of bitstreams: 1 2015 - Lívia de Barros Salgado.pdf: 958749 bytes, checksum: dd422274155963739218138b75a0500a (MD5)Made available in DSpace on 2019-11-29T19:26:41Z (GMT). No. of bitstreams: 1 2015 - Lívia de Barros Salgado.pdf: 958749 bytes, checksum: dd422274155963739218138b75a0500a (MD5) Previous issue date: 2015-03-20info:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFRRJinstname:Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro (UFRRJ)instacron:UFRRJTHUMBNAIL2015 - Lívia de Barros Salgado.pdf.jpgGenerated Thumbnailimage/jpeg1943https://rima.ufrrj.br/jspui/bitstream/20.500.14407/11482/1/2015%20-%20L%c3%advia%20de%20Barros%20Salgado.pdf.jpgcc73c4c239a4c332d642ba1e7c7a9fb2MD51TEXT2015 - Lívia de Barros Salgado.pdf.txtExtracted Texttext/plain361030https://rima.ufrrj.br/jspui/bitstream/20.500.14407/11482/2/2015%20-%20L%c3%advia%20de%20Barros%20Salgado.pdf.txtd0585c86db20b981512e1289196f184bMD52ORIGINAL2015 - Lívia de Barros Salgado.pdfDocumento principalapplication/pdf958749https://rima.ufrrj.br/jspui/bitstream/20.500.14407/11482/3/2015%20-%20L%c3%advia%20de%20Barros%20Salgado.pdfdd422274155963739218138b75a0500aMD53LICENSElicense.txttext/plain2089https://rima.ufrrj.br/jspui/bitstream/20.500.14407/11482/4/license.txt7b5ba3d2445355f386edab96125d42b7MD5420.500.14407/114822023-12-21 22:53:04.271oai:rima.ufrrj.br:20.500.14407/11482Tk9UQTogQ09MT1FVRSBBUVVJIEEgU1VBIFBSP1BSSUEgTElDRU4/QQpFc3RhIGxpY2VuP2EgZGUgZXhlbXBsbyA/IGZvcm5lY2lkYSBhcGVuYXMgcGFyYSBmaW5zIGluZm9ybWF0aXZvcy4KCkxJQ0VOP0EgREUgRElTVFJJQlVJPz9PIE4/Ty1FWENMVVNJVkEKCkNvbSBhIGFwcmVzZW50YT8/byBkZXN0YSBsaWNlbj9hLCB2b2M/IChvIGF1dG9yIChlcykgb3UgbyB0aXR1bGFyIGRvcyBkaXJlaXRvcyBkZSBhdXRvcikgY29uY2VkZSA/IFVuaXZlcnNpZGFkZSAKWFhYIChTaWdsYSBkYSBVbml2ZXJzaWRhZGUpIG8gZGlyZWl0byBuP28tZXhjbHVzaXZvIGRlIHJlcHJvZHV6aXIsICB0cmFkdXppciAoY29uZm9ybWUgZGVmaW5pZG8gYWJhaXhvKSwgZS9vdSAKZGlzdHJpYnVpciBhIHN1YSB0ZXNlIG91IGRpc3NlcnRhPz9vIChpbmNsdWluZG8gbyByZXN1bW8pIHBvciB0b2RvIG8gbXVuZG8gbm8gZm9ybWF0byBpbXByZXNzbyBlIGVsZXRyP25pY28gZSAKZW0gcXVhbHF1ZXIgbWVpbywgaW5jbHVpbmRvIG9zIGZvcm1hdG9zID91ZGlvIG91IHY/ZGVvLgoKVm9jPyBjb25jb3JkYSBxdWUgYSBTaWdsYSBkZSBVbml2ZXJzaWRhZGUgcG9kZSwgc2VtIGFsdGVyYXIgbyBjb250ZT9kbywgdHJhbnNwb3IgYSBzdWEgdGVzZSBvdSBkaXNzZXJ0YT8/byAKcGFyYSBxdWFscXVlciBtZWlvIG91IGZvcm1hdG8gcGFyYSBmaW5zIGRlIHByZXNlcnZhPz9vLgoKVm9jPyB0YW1iP20gY29uY29yZGEgcXVlIGEgU2lnbGEgZGUgVW5pdmVyc2lkYWRlIHBvZGUgbWFudGVyIG1haXMgZGUgdW1hIGM/cGlhIGEgc3VhIHRlc2Ugb3UgCmRpc3NlcnRhPz9vIHBhcmEgZmlucyBkZSBzZWd1cmFuP2EsIGJhY2stdXAgZSBwcmVzZXJ2YT8/by4KClZvYz8gZGVjbGFyYSBxdWUgYSBzdWEgdGVzZSBvdSBkaXNzZXJ0YT8/byA/IG9yaWdpbmFsIGUgcXVlIHZvYz8gdGVtIG8gcG9kZXIgZGUgY29uY2VkZXIgb3MgZGlyZWl0b3MgY29udGlkb3MgCm5lc3RhIGxpY2VuP2EuIFZvYz8gdGFtYj9tIGRlY2xhcmEgcXVlIG8gZGVwP3NpdG8gZGEgc3VhIHRlc2Ugb3UgZGlzc2VydGE/P28gbj9vLCBxdWUgc2VqYSBkZSBzZXUgCmNvbmhlY2ltZW50bywgaW5mcmluZ2UgZGlyZWl0b3MgYXV0b3JhaXMgZGUgbmluZ3U/bS4KCkNhc28gYSBzdWEgdGVzZSBvdSBkaXNzZXJ0YT8/byBjb250ZW5oYSBtYXRlcmlhbCBxdWUgdm9jPyBuP28gcG9zc3VpIGEgdGl0dWxhcmlkYWRlIGRvcyBkaXJlaXRvcyBhdXRvcmFpcywgdm9jPyAKZGVjbGFyYSBxdWUgb2J0ZXZlIGEgcGVybWlzcz9vIGlycmVzdHJpdGEgZG8gZGV0ZW50b3IgZG9zIGRpcmVpdG9zIGF1dG9yYWlzIHBhcmEgY29uY2VkZXIgPyBTaWdsYSBkZSBVbml2ZXJzaWRhZGUgCm9zIGRpcmVpdG9zIGFwcmVzZW50YWRvcyBuZXN0YSBsaWNlbj9hLCBlIHF1ZSBlc3NlIG1hdGVyaWFsIGRlIHByb3ByaWVkYWRlIGRlIHRlcmNlaXJvcyBlc3Q/IGNsYXJhbWVudGUgCmlkZW50aWZpY2FkbyBlIHJlY29uaGVjaWRvIG5vIHRleHRvIG91IG5vIGNvbnRlP2RvIGRhIHRlc2Ugb3UgZGlzc2VydGE/P28gb3JhIGRlcG9zaXRhZGEuCgpDQVNPIEEgVEVTRSBPVSBESVNTRVJUQT8/TyBPUkEgREVQT1NJVEFEQSBURU5IQSBTSURPIFJFU1VMVEFETyBERSBVTSBQQVRST0M/TklPIE9VIApBUE9JTyBERSBVTUEgQUc/TkNJQSBERSBGT01FTlRPIE9VIE9VVFJPIE9SR0FOSVNNTyBRVUUgTj9PIFNFSkEgQSBTSUdMQSBERSAKVU5JVkVSU0lEQURFLCBWT0M/IERFQ0xBUkEgUVVFIFJFU1BFSVRPVSBUT0RPUyBFIFFVQUlTUVVFUiBESVJFSVRPUyBERSBSRVZJUz9PIENPTU8gClRBTUI/TSBBUyBERU1BSVMgT0JSSUdBPz9FUyBFWElHSURBUyBQT1IgQ09OVFJBVE8gT1UgQUNPUkRPLgoKQSBTaWdsYSBkZSBVbml2ZXJzaWRhZGUgc2UgY29tcHJvbWV0ZSBhIGlkZW50aWZpY2FyIGNsYXJhbWVudGUgbyBzZXUgbm9tZSAocykgb3UgbyhzKSBub21lKHMpIGRvKHMpIApkZXRlbnRvcihlcykgZG9zIGRpcmVpdG9zIGF1dG9yYWlzIGRhIHRlc2Ugb3UgZGlzc2VydGE/P28sIGUgbj9vIGZhcj8gcXVhbHF1ZXIgYWx0ZXJhPz9vLCBhbD9tIGRhcXVlbGFzIApjb25jZWRpZGFzIHBvciBlc3RhIGxpY2VuP2EuCg==Biblioteca Digital de Teses e Dissertaçõeshttps://tede.ufrrj.br/PUBhttps://tede.ufrrj.br/oai/requestbibliot@ufrrj.br||bibliot@ufrrj.bropendoar:2023-12-22T01:53:04Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFRRJ - Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro (UFRRJ)false |
dc.title.por.fl_str_mv |
Narrativas de dor e silêncio: tortura, clandestinidade e exílio na vida de homens e mulheres durante a ditadura brasileira |
dc.title.alternative.eng.fl_str_mv |
Narratives of suffering and silence: torture, illegitimacy, and exile in men’s and women’s lives during the Brazilian military dictatorship |
title |
Narrativas de dor e silêncio: tortura, clandestinidade e exílio na vida de homens e mulheres durante a ditadura brasileira |
spellingShingle |
Narrativas de dor e silêncio: tortura, clandestinidade e exílio na vida de homens e mulheres durante a ditadura brasileira Salgado, Lívia de Barros ditadura civil-militar gênero narrativas sobre sofrimento civil military dictatorship gender narratives of suffering Sociologia |
title_short |
Narrativas de dor e silêncio: tortura, clandestinidade e exílio na vida de homens e mulheres durante a ditadura brasileira |
title_full |
Narrativas de dor e silêncio: tortura, clandestinidade e exílio na vida de homens e mulheres durante a ditadura brasileira |
title_fullStr |
Narrativas de dor e silêncio: tortura, clandestinidade e exílio na vida de homens e mulheres durante a ditadura brasileira |
title_full_unstemmed |
Narrativas de dor e silêncio: tortura, clandestinidade e exílio na vida de homens e mulheres durante a ditadura brasileira |
title_sort |
Narrativas de dor e silêncio: tortura, clandestinidade e exílio na vida de homens e mulheres durante a ditadura brasileira |
author |
Salgado, Lívia de Barros |
author_facet |
Salgado, Lívia de Barros |
author_role |
author |
dc.contributor.author.fl_str_mv |
Salgado, Lívia de Barros |
dc.contributor.advisor1.fl_str_mv |
Rinaldi, Alessandra de Andrade |
dc.contributor.advisor1ID.fl_str_mv |
796.043.666-53 |
dc.contributor.referee1.fl_str_mv |
Rinaldi, Alessandra de Andrade |
dc.contributor.referee2.fl_str_mv |
Luna, Naara Lúcia de Albuquerque |
dc.contributor.referee3.fl_str_mv |
Vianna, Adriana |
dc.contributor.authorID.fl_str_mv |
141.844.187-24 |
dc.contributor.authorLattes.fl_str_mv |
http://lattes.cnpq.br/9985611233824094 |
contributor_str_mv |
Rinaldi, Alessandra de Andrade Rinaldi, Alessandra de Andrade Luna, Naara Lúcia de Albuquerque Vianna, Adriana |
dc.subject.por.fl_str_mv |
ditadura civil-militar gênero narrativas sobre sofrimento |
topic |
ditadura civil-militar gênero narrativas sobre sofrimento civil military dictatorship gender narratives of suffering Sociologia |
dc.subject.eng.fl_str_mv |
civil military dictatorship gender narratives of suffering |
dc.subject.cnpq.fl_str_mv |
Sociologia |
description |
O período da ditadura civil-militar (1964 – 1985) no Brasil, caracterizado pela grande violência estatal e cerceamento da liberdade de parte da população, também foi marcado por importantes focos de resistência. Para os que fizeram da oposição a ditadura sua atividade, a vida transformou-se por completo. A política invadiu a privacidade, obrigando os “militantes” a romperem relações sociais e forçando-os a viverem em uma nova conjuntura, fosse à clandestinidade ou exílio. Os que foram presos, por sua vez, conviviam diariamente com violências física e psicológica, e com a perspectiva de poder perder a vida a qualquer momento. Tais experiências ainda afetam o modo como as pessoas se expressam e se percebem nesse cenário. A violência gerada por esses acontecimentos não terminou com o fim da ditadura, pois muitas foram as marcas deixadas, tanto físicas quanto emocionais. Para conviver com essas experiências, os “militantes” precisaram construir novas formas de habitar o mundo. À luz deste debate a proposta dessa dissertação é apreender como pessoas que viveram nesse cenário de ditadura militar e atuaram como “militantes” concebem a violência sofrida . Para se ter acesso a essas histórias foram realizadas entrevistas obtidas por intermédio do Grupo Tortura Nunca Mais e depoimentos públicos concedidos à Comissão Verdade, ambos do Rio de Janeiro. Ao tratar de dois materiais distintos foi necessário analisar os contextos em que essas narrativas foram construídas pelos “militantes”. O silêncio presente nas entrevistas e depoimentos, enquanto algo que exprime o incomunicável, também foi objeto de análise Tal silêncio marca o tom indizível, o absurdo e o caráter inexplicável das violências sofridas. |
publishDate |
2015 |
dc.date.issued.fl_str_mv |
2015-03-20 |
dc.date.accessioned.fl_str_mv |
2023-12-22T01:53:04Z |
dc.date.available.fl_str_mv |
2023-12-22T01:53:04Z |
dc.type.status.fl_str_mv |
info:eu-repo/semantics/publishedVersion |
dc.type.driver.fl_str_mv |
info:eu-repo/semantics/masterThesis |
format |
masterThesis |
status_str |
publishedVersion |
dc.identifier.citation.fl_str_mv |
SALGADO, Lívia de Barros. Narrativas de dor e silêncio: tortura, clandestinidade e exílio na vida de homens e mulheres durante a ditadura brasileira. 2015. 135 f. Dissertação (Mestrado em Ciências Sociais). Instituto de Ciências Humanas e Sociais, Instituto Multidisciplinar e Instituto Três Rios, Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro, Seropédica, 2015. |
dc.identifier.uri.fl_str_mv |
https://rima.ufrrj.br/jspui/handle/20.500.14407/11482 |
identifier_str_mv |
SALGADO, Lívia de Barros. Narrativas de dor e silêncio: tortura, clandestinidade e exílio na vida de homens e mulheres durante a ditadura brasileira. 2015. 135 f. Dissertação (Mestrado em Ciências Sociais). Instituto de Ciências Humanas e Sociais, Instituto Multidisciplinar e Instituto Três Rios, Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro, Seropédica, 2015. |
url |
https://rima.ufrrj.br/jspui/handle/20.500.14407/11482 |
dc.language.iso.fl_str_mv |
por |
language |
por |
dc.rights.driver.fl_str_mv |
info:eu-repo/semantics/openAccess |
eu_rights_str_mv |
openAccess |
dc.format.none.fl_str_mv |
application/pdf |
dc.publisher.none.fl_str_mv |
Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro |
dc.publisher.program.fl_str_mv |
Programa de Pós-Graduação em Ciências Sociais |
dc.publisher.initials.fl_str_mv |
UFRRJ |
dc.publisher.country.fl_str_mv |
Brasil |
dc.publisher.department.fl_str_mv |
Instituto de Ciências Humanas e Sociais |
publisher.none.fl_str_mv |
Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro |
dc.source.none.fl_str_mv |
reponame:Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFRRJ instname:Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro (UFRRJ) instacron:UFRRJ |
instname_str |
Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro (UFRRJ) |
instacron_str |
UFRRJ |
institution |
UFRRJ |
reponame_str |
Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFRRJ |
collection |
Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFRRJ |
bitstream.url.fl_str_mv |
https://rima.ufrrj.br/jspui/bitstream/20.500.14407/11482/1/2015%20-%20L%c3%advia%20de%20Barros%20Salgado.pdf.jpg https://rima.ufrrj.br/jspui/bitstream/20.500.14407/11482/2/2015%20-%20L%c3%advia%20de%20Barros%20Salgado.pdf.txt https://rima.ufrrj.br/jspui/bitstream/20.500.14407/11482/3/2015%20-%20L%c3%advia%20de%20Barros%20Salgado.pdf https://rima.ufrrj.br/jspui/bitstream/20.500.14407/11482/4/license.txt |
bitstream.checksum.fl_str_mv |
cc73c4c239a4c332d642ba1e7c7a9fb2 d0585c86db20b981512e1289196f184b dd422274155963739218138b75a0500a 7b5ba3d2445355f386edab96125d42b7 |
bitstream.checksumAlgorithm.fl_str_mv |
MD5 MD5 MD5 MD5 |
repository.name.fl_str_mv |
Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFRRJ - Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro (UFRRJ) |
repository.mail.fl_str_mv |
bibliot@ufrrj.br||bibliot@ufrrj.br |
_version_ |
1810108138592927744 |