“Amar Demais”: uma análise sobre a patologização de comportamentos amorosos femininos em contexto de grupos de ajuda mútua e de produção de saberes
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Data de Publicação: | 2015 |
Tipo de documento: | Dissertação |
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Título da fonte: | Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFRRJ |
Texto Completo: | https://rima.ufrrj.br/jspui/handle/20.500.14407/11471 |
Resumo: | A presente dissertação constitui uma investigação e análise das dinâmicas da ‘rede’ de grupos de ajuda mútua “Mulheres que Amam Demais Anônimas” (MADA) da cidade do Rio de Janeiro, bem como versa sobre a construção da auto-representação de uma “mulher que ama demais”, a qual foi compreendida como constituída por determinados ‘processos de padagogização’. Os grupos se auto-definem como um “programa de recuperação para mulheres que têm como objetivo primordial se recuperar da dependência de relacionamentos destrutivos”. As metodologias acionadas foram observação-participante e análise da base bibliográfica na qual os grupos se alicerçam. Mediante a investigação da origem e possível ‘legitimidade científica’, através de pesquisas etnográficas virtuais, da considerada “doença de amar demais”, foi encontrada a categoria “amor patológico”, a qual é utilizada por alguns setores de pesquisa e tratamento da psiquiatria paulista e carioca, sendo concebida como um transtorno que acometeria especialmente mulheres. Tal apreensão se circunscreve à constatação de valores e teorias veiculadas tanto nos grupos MADA, quanto em tais setores da psiquiatria brasileira (“Ambulatório Integrado dos Transtornos do Impulso” (AMITI) - um “Serviço do Instituto de Psiquiatria do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da USP” - e o “Serviço de Atendimento ao Amor Patológico” da Santa Casa da Misericórdia, da cidade do Rio de Janeiro). Assim, foi constatada a existência de uma ‘rede de patologização’ de determinados comportamentos amorosos - os quais não estariam em acordo com valores modernos (autonomia, liberdade e igualdade) -, que lança mão do controle racionalizado das emoções e comportamentos sexo-afetivos. As metodologias utilizadas para investigação de tais setores da psiquiatria foram a análise da bibliografia produzida pelo AMITI, a respeito do “amor patológico”, uma entrevista com a coordenadora do atendimento da Santa Casa da Misericórdia, bem como observação-participante em uma das “reuniões terapêuticas” da mesma instituição. |
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Instituto de Ciências Humanas e Sociais, Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro, Seropédica, 2015.https://rima.ufrrj.br/jspui/handle/20.500.14407/11471A presente dissertação constitui uma investigação e análise das dinâmicas da ‘rede’ de grupos de ajuda mútua “Mulheres que Amam Demais Anônimas” (MADA) da cidade do Rio de Janeiro, bem como versa sobre a construção da auto-representação de uma “mulher que ama demais”, a qual foi compreendida como constituída por determinados ‘processos de padagogização’. Os grupos se auto-definem como um “programa de recuperação para mulheres que têm como objetivo primordial se recuperar da dependência de relacionamentos destrutivos”. As metodologias acionadas foram observação-participante e análise da base bibliográfica na qual os grupos se alicerçam. Mediante a investigação da origem e possível ‘legitimidade científica’, através de pesquisas etnográficas virtuais, da considerada “doença de amar demais”, foi encontrada a categoria “amor patológico”, a qual é utilizada por alguns setores de pesquisa e tratamento da psiquiatria paulista e carioca, sendo concebida como um transtorno que acometeria especialmente mulheres. Tal apreensão se circunscreve à constatação de valores e teorias veiculadas tanto nos grupos MADA, quanto em tais setores da psiquiatria brasileira (“Ambulatório Integrado dos Transtornos do Impulso” (AMITI) - um “Serviço do Instituto de Psiquiatria do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da USP” - e o “Serviço de Atendimento ao Amor Patológico” da Santa Casa da Misericórdia, da cidade do Rio de Janeiro). Assim, foi constatada a existência de uma ‘rede de patologização’ de determinados comportamentos amorosos - os quais não estariam em acordo com valores modernos (autonomia, liberdade e igualdade) -, que lança mão do controle racionalizado das emoções e comportamentos sexo-afetivos. As metodologias utilizadas para investigação de tais setores da psiquiatria foram a análise da bibliografia produzida pelo AMITI, a respeito do “amor patológico”, uma entrevista com a coordenadora do atendimento da Santa Casa da Misericórdia, bem como observação-participante em uma das “reuniões terapêuticas” da mesma instituição.CAPESThe present dissertation is an analysis and an investigation about the network dynamics of the groups of self-help called “Mulheres que amam demais anônimas – Women who love too much anonymous” (MADA) at Rio de Janeiro. It is also about the construction of the self-representation of a "woman who loves too much", which was been understood as part of certain “padagogização process”. The groups define themselves as a “recovering program for women who has the main objective to recover from destructive relationships”. The methodology used were participating-observation and bibliographic database analysis which are used by the groups. Facing the investigation of the origin and possible ‘scientific legitimacy’ through virtual ethnographic research of the “loving too much disease” it was found a category of a “pathologic love”, which is used in some parts of the research and also psychiatrist’s treatment at Rio de Janeiro and São Paulo, being considered a disorder affect especially women. This understanding is a result of a observation of values and theories presented at MADA’s groups and also in parts of Brazilian psychiatrist, such as “Ambulatório Integrado dos Transtornos do Impulso” (AMITI) – a service of the Psychiatrist Institute of Hospital da Clínicas da Faculdade de Medicina da USP - and the “Attending Service of Pathologic Love” of Santa Casa de Misericórdia in Rio de Janeiro. So, it was identified a net of “patologização” of certain loving behaviors – which would not be according modern values (autonomy, freedom and equality) – which gives up of rational control of emotions and sex-affective behaviors. The methodology used for the investigation in segments of psychiatrist were bibliographic analysis of the material produced by AMITI, about “pathologic love”, an interview with the coordinator of Attending Service of Santa Casa de Misericórdia, also with the participating-observation in one of the therapeutic meeting/session in the same institution.application/pdfporUniversidade Federal Rural do Rio de JaneiroPrograma de Pós-Graduação em Ciências SociaisUFRRJBrasilInstituto de Ciências Humanas e SociaisGêneroPatologizaçãoPedagogizaçãoAmorGenderPathologizationPedagogizationLoveAntropologia“Amar Demais”: uma análise sobre a patologização de comportamentos amorosos femininos em contexto de grupos de ajuda mútua e de produção de saberes“Loving too much”: an analysis about the pathologization of women's loving behavior into context of self-help groups and knowledge productioninfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesishttps://tede.ufrrj.br/retrieve/11406/2015%20-%20Mercedes%20Duarte%20e%20Silva.pdf.jpghttps://tede.ufrrj.br/retrieve/16666/2015%20-%20Mercedes%20Duarte%20e%20Silva.pdf.jpghttps://tede.ufrrj.br/retrieve/22988/2015%20-%20Mercedes%20Duarte%20e%20Silva.pdf.jpghttps://tede.ufrrj.br/retrieve/29370/2015%20-%20Mercedes%20Duarte%20e%20Silva.pdf.jpghttps://tede.ufrrj.br/retrieve/35744/2015%20-%20Mercedes%20Duarte%20e%20Silva.pdf.jpghttps://tede.ufrrj.br/retrieve/42142/2015%20-%20Mercedes%20Duarte%20e%20Silva.pdf.jpghttps://tede.ufrrj.br/retrieve/48522/2015%20-%20Mercedes%20Duarte%20e%20Silva.pdf.jpghttps://tede.ufrrj.br/retrieve/54972/2015%20-%20Mercedes%20Duarte%20e%20Silva.pdf.jpghttps://tede.ufrrj.br/jspui/handle/jspui/3085Submitted by Jorge Silva (jorgelmsilva@ufrrj.br) on 2019-11-13T18:33:04Z No. of bitstreams: 1 2015 - Mercedes Duarte e Silva.pdf: 1460185 bytes, checksum: 926595157b14c3d23dd3b0a81a8f7189 (MD5)Made available in DSpace on 2019-11-13T18:33:04Z (GMT). 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