RELATIVAS LOCATIVAS COM “ONDE QUE”, EM TEXTOS DA INTERNET
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2016 |
Outros Autores: | |
Tipo de documento: | Artigo |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Interdisciplinar |
Texto Completo: | https://periodicos.ufs.br/interdisciplinar/article/view/5404 |
Resumo: | Orações relativas no Português Brasileiro apresentam diferenças estruturais entre estratégias padrão e não-padrão. Neste artigo, discutem-se evidências de mudança linguística na estratégia de relativização, distintas daquelas normalmente encontradas na literatura referente a este assunto. Analisam-se orações relativas (coletadas em textos disponíveis na Internet) nas quais a relativização envolve um sintagma que funciona como adjunto de lugar ou como complemento de verbos locativos. Sentenças como (1) “Em uma vistoria pela rua onde que aconteceu o acidente” e (2) “minha alimentação depende da casa onde que eu for almoçar” são introduzidas por dois elementos — “onde” e “que” — e sugerem que um único item lexical parece não conseguir expressar os traços [+relativo] e [+locativo]. Esses dados parecem reforçar a ideia de que: (a) fenômenos de variação linguística podem fazer parte de um continuum, no qual, de um lado, fala e escrita são estáveis e, do outro, a mudança ocorre tanto na fala quanto na escrita; (b) na internet, textos escritos não estão necessariamente sujeitos à pressão normatizante que outros textos escritos sofrem e, destarte, tais textos permitem o registro de estruturas que não seguem o padrão normativo. |
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RELATIVAS LOCATIVAS COM “ONDE QUE”, EM TEXTOS DA INTERNETOrações relativas no Português Brasileiro apresentam diferenças estruturais entre estratégias padrão e não-padrão. Neste artigo, discutem-se evidências de mudança linguística na estratégia de relativização, distintas daquelas normalmente encontradas na literatura referente a este assunto. Analisam-se orações relativas (coletadas em textos disponíveis na Internet) nas quais a relativização envolve um sintagma que funciona como adjunto de lugar ou como complemento de verbos locativos. Sentenças como (1) “Em uma vistoria pela rua onde que aconteceu o acidente” e (2) “minha alimentação depende da casa onde que eu for almoçar” são introduzidas por dois elementos — “onde” e “que” — e sugerem que um único item lexical parece não conseguir expressar os traços [+relativo] e [+locativo]. Esses dados parecem reforçar a ideia de que: (a) fenômenos de variação linguística podem fazer parte de um continuum, no qual, de um lado, fala e escrita são estáveis e, do outro, a mudança ocorre tanto na fala quanto na escrita; (b) na internet, textos escritos não estão necessariamente sujeitos à pressão normatizante que outros textos escritos sofrem e, destarte, tais textos permitem o registro de estruturas que não seguem o padrão normativo.Carlos Magno Santos2016-07-09info:eu-repo/semantics/articleinfo:eu-repo/semantics/publishedVersionapplication/pdfhttps://periodicos.ufs.br/interdisciplinar/article/view/5404Interdisciplinar - Revista de Estudos em Língua e Literatura; v. 24: Ano XI - jan-abr de 2016 | Dossiê Estudos Linguísticos: Sociolinguística VariacionistaInterdisciplinar - Journal of Studies in Language and Literature; v. 24: Ano XI - jan-abr de 2016 | Dossiê Estudos Linguísticos: Sociolinguística VariacionistaInterdisciplinar - Revista de Estudios en Lengua y Literatura; v. 24: Ano XI - jan-abr de 2016 | Dossiê Estudos Linguísticos: Sociolinguística Variacionista1980-8879reponame:Interdisciplinarinstname:Universidade Federal de Sergipe (UFS)instacron:UFSporhttps://periodicos.ufs.br/interdisciplinar/article/view/5404/4429Júnior, Sinval Araújo de MedeirosTemponi, Cristiane Namiutiinfo:eu-repo/semantics/openAccess2017-03-11T02:54:31Zoai:ojs.ufs.emnuvens.com.br:article/5404Revistahttp://www.seer.ufs.br/index.php/interdisciplinar/indexPUBhttps://seer.ufs.br/index.php/interdisciplinar/oaicalmag@bol.com.br1980-88791980-8879opendoar:2017-03-11T02:54:31Interdisciplinar - Universidade Federal de Sergipe (UFS)false |
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