Ecologia alimentar de morcegos frugívoros em uma área de restinga do nordeste do Brasil e comportamento germinativo de espécies pioneiras após passagem pelo sistema digestório

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Oliveira, Tamiris da Silva
Data de Publicação: 2018
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UFS
Texto Completo: http://ri.ufs.br/jspui/handle/riufs/8001
Resumo: The knowledge of the trophic interactions of fruit bats is fundamental to understand the role of these animals in the organization of tropical ecosystems. The present study, the fauna of fruit bats and food items that composed the diet of the species in the “Resting” of Northeast Brazil were determined. Similarity in the diet of the bats and the influence of seasonality and sex on the consumption of the resources were avaluated. Subsequently, the species of plants and seeds that passed through the digestive tract of the bats were identified for the evaluation of the germinative behavior (percentage, mean germination time, germination speed and synchronization index) of the seeds of four pioneer plant species (Cecropia pachystachya, Passiflora silvestris, Solanum asperum and Vismia guianensis). Seeds consumed by bats Artibeus lituratus and Carollia perspicillata were compared to unconsumed seeds (collected from fruits). Between October 2016 and September 2017, eight species of fruit bats were captured and nine species of plants identified in their fecal samples. The association between species based on diet content showed that these can be divided into three groups: specialists in Cecropia (A. lituratus and A. planirostris), specialist in Solanum (D. cinerea) and generalist (C. perspicillata). Carollia perspicillata contributed with seed samples throughout the year, having its diet influenced by seasonality. However, differences in the diet of males and females of this species were not observed. It was observed that the germination of C. pachystachya was significantly benefited after ingestion by A. lituratus. Seeds of S. asperum, P. silvestris and V. guianensis consumed by C. perspicillata presented neutral and negative effects on germinability in relation to seeds collected from fruits. The results of the present study indicated that the species seem to adapt to the different conditions of food supply during the dry and rainy periods, modifying their diet or moving to other areas where they can consume fruits of their preference. In addition, the same species of bat can produce distinct effects on the germinative behavior of seeds consumed, as well as different bats can contribute in a differentiated way in the establishment rates of plants in the restinga, mainly in the initial stages of succession.
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Subsequently, the species of plants and seeds that passed through the digestive tract of the bats were identified for the evaluation of the germinative behavior (percentage, mean germination time, germination speed and synchronization index) of the seeds of four pioneer plant species (Cecropia pachystachya, Passiflora silvestris, Solanum asperum and Vismia guianensis). Seeds consumed by bats Artibeus lituratus and Carollia perspicillata were compared to unconsumed seeds (collected from fruits). Between October 2016 and September 2017, eight species of fruit bats were captured and nine species of plants identified in their fecal samples. The association between species based on diet content showed that these can be divided into three groups: specialists in Cecropia (A. lituratus and A. planirostris), specialist in Solanum (D. cinerea) and generalist (C. perspicillata). Carollia perspicillata contributed with seed samples throughout the year, having its diet influenced by seasonality. However, differences in the diet of males and females of this species were not observed. It was observed that the germination of C. pachystachya was significantly benefited after ingestion by A. lituratus. Seeds of S. asperum, P. silvestris and V. guianensis consumed by C. perspicillata presented neutral and negative effects on germinability in relation to seeds collected from fruits. The results of the present study indicated that the species seem to adapt to the different conditions of food supply during the dry and rainy periods, modifying their diet or moving to other areas where they can consume fruits of their preference. In addition, the same species of bat can produce distinct effects on the germinative behavior of seeds consumed, as well as different bats can contribute in a differentiated way in the establishment rates of plants in the restinga, mainly in the initial stages of succession.Conhecer as interações tróficas dos morcegos frugívoros é fundamental para se entender o papel desses animais na organização dos ecossistemas. No presente estudo, a fauna de morcegos frugívoros e os itens alimentares que compunham a dieta das espécies na restinga do Nordeste do Brasil foram determinados. Também foi avaliada a similaridade na dieta dos quirópteros e a influência da sazonalidade e do sexo no consumo dos recursos. Subsequentemente, as espécies de plantas e sementes que passaram pelo trato digestório dos morcegos foram identificadas para a avaliação do comportamento germinativo (porcentagem, tempo médio de germinação, velocidade de germinação e índice de sincronização) das sementes de quatro espécies de plantas pioneiras (Cecropia pachystachya, Passiflora silvestris, Solanum asperum e Vismia guianensis). Sementes consumidas pelos morcegos Artibeus lituratus e Carollia perspicillata foram comparadas com sementes não consumidas (coletadas dos frutos). Entre outubro de 2016 e setembro de 2017, oito espécies de morcegos frugívoros foram capturadas e nove espécies de plantas identificadas em suas amostras fecais. A associação entre espécies com base no conteúdo da dieta mostrou que estas podem ser divididas em três grupos: especialistas em Cecropia (A. lituratus e A. planirostris), especialista em Solanum (D. cinerea) e generalista (C. perspicillata). Carollia perspicillata contribuiu com amostras de sementes durante todo o ano, tendo sua dieta influenciada pela sazonalidade. Entretanto, diferenças na dieta de machos e fêmeas dessa espécie não foram constatadas. Foi observada que a germinação de C. pachystachya foi significativamente beneficiada após a ingestão por A. lituratus. Sementes de S. asperum, P. silvestris e V. guianensis consumidas por C. perspicillata apresentaram efeitos neutros e negativos na germinabilidade em relação às sementes coletadas dos frutos. Os resultados do presente estudo indicaram que as espécies parecem adequar-se às diferentes condições de oferta de alimentos durante os períodos seco e chuvoso, modificando sua dieta ou deslocando-se para outras áreas onde possam consumir frutos de sua preferência. Além disso, uma mesma espécie de morcego pode produzir efeitos distintos no comportamento germinativo das sementes consumidas, assim como morcegos diferentes podem contribuir de forma diferenciada nas taxas de estabelecimento de plantas na restinga, principalmente nos estádios iniciais de sucessão.Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior - CAPESSão Cristóvão, SEporEcologiaMorcegoAparelho digestivoSementesGerminaçãoPhyllostomidaeDietaSazonalidadeGerminaçãoDispersão de sementeDietSeasonalityGerminationSeed dispersalCIENCIAS BIOLOGICAS::ECOLOGIAEcologia alimentar de morcegos frugívoros em uma área de restinga do nordeste do Brasil e comportamento germinativo de espécies pioneiras após passagem pelo sistema digestórioinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisPós-Graduação em Ecologia e ConservaçãoUniversidade Federal de Sergipereponame:Repositório Institucional da UFSinstname:Universidade Federal de Sergipe (UFS)instacron:UFSinfo:eu-repo/semantics/openAccessLICENSElicense.txtlicense.txttext/plain; charset=utf-81475https://ri.ufs.br/jspui/bitstream/riufs/8001/1/license.txt098cbbf65c2c15e1fb2e49c5d306a44cMD51ORIGINALTAMIRIS_SILVA_OLIVEIRA.pdfTAMIRIS_SILVA_OLIVEIRA.pdfapplication/pdf1413468https://ri.ufs.br/jspui/bitstream/riufs/8001/2/TAMIRIS_SILVA_OLIVEIRA.pdfc98f519d25215afd1bd2d4fb6dc80e14MD52TEXTTAMIRIS_SILVA_OLIVEIRA.pdf.txtTAMIRIS_SILVA_OLIVEIRA.pdf.txtExtracted texttext/plain138986https://ri.ufs.br/jspui/bitstream/riufs/8001/3/TAMIRIS_SILVA_OLIVEIRA.pdf.txt23661da6ddfbb0e1f48a142945ce609bMD53THUMBNAILTAMIRIS_SILVA_OLIVEIRA.pdf.jpgTAMIRIS_SILVA_OLIVEIRA.pdf.jpgGenerated Thumbnailimage/jpeg1317https://ri.ufs.br/jspui/bitstream/riufs/8001/4/TAMIRIS_SILVA_OLIVEIRA.pdf.jpg83e85137433c14d8bbddf017fb4129e6MD54riufs/80012018-04-30 17:05:16.585oai:ufs.br:riufs/8001TElDRU7Dh0EgREUgRElTVFJJQlVJw4fDg08gTsODTy1FWENMVVNJVkEKCkNvbSBhIGFwcmVzZW50YcOnw6NvIGRlc3RhIGxpY2Vuw6dhLCB2b2PDqiAobyBhdXRvcihlcykgb3UgbyB0aXR1bGFyIGRvcyBkaXJlaXRvcyBkZSBhdXRvcikgY29uY2VkZSDDoCBVbml2ZXJzaWRhZGUgRmVkZXJhbCBkZSBTZXJnaXBlIG8gZGlyZWl0byBuw6NvLWV4Y2x1c2l2byBkZSByZXByb2R1emlyIHNldSB0cmFiYWxobyBubyBmb3JtYXRvIGVsZXRyw7RuaWNvLCBpbmNsdWluZG8gb3MgZm9ybWF0b3Mgw6F1ZGlvIG91IHbDrWRlby4KClZvY8OqIGNvbmNvcmRhIHF1ZSBhIFVuaXZlcnNpZGFkZSBGZWRlcmFsIGRlIFNlcmdpcGUgcG9kZSwgc2VtIGFsdGVyYXIgbyBjb250ZcO6ZG8sIHRyYW5zcG9yIHNldSB0cmFiYWxobyBwYXJhIHF1YWxxdWVyIG1laW8gb3UgZm9ybWF0byBwYXJhIGZpbnMgZGUgcHJlc2VydmHDp8Ojby4KClZvY8OqIHRhbWLDqW0gY29uY29yZGEgcXVlIGEgVW5pdmVyc2lkYWRlIEZlZGVyYWwgZGUgU2VyZ2lwZSBwb2RlIG1hbnRlciBtYWlzIGRlIHVtYSBjw7NwaWEgZGUgc2V1IHRyYWJhbGhvIHBhcmEgZmlucyBkZSBzZWd1cmFuw6dhLCBiYWNrLXVwIGUgcHJlc2VydmHDp8Ojby4KClZvY8OqIGRlY2xhcmEgcXVlIHNldSB0cmFiYWxobyDDqSBvcmlnaW5hbCBlIHF1ZSB2b2PDqiB0ZW0gbyBwb2RlciBkZSBjb25jZWRlciBvcyBkaXJlaXRvcyBjb250aWRvcyBuZXN0YSBsaWNlbsOnYS4gVm9jw6ogdGFtYsOpbSBkZWNsYXJhIHF1ZSBvIGRlcMOzc2l0bywgcXVlIHNlamEgZGUgc2V1IGNvbmhlY2ltZW50bywgbsOjbyBpbmZyaW5nZSBkaXJlaXRvcyBhdXRvcmFpcyBkZSBuaW5ndcOpbS4KCkNhc28gbyB0cmFiYWxobyBjb250ZW5oYSBtYXRlcmlhbCBxdWUgdm9jw6ogbsOjbyBwb3NzdWkgYSB0aXR1bGFyaWRhZGUgZG9zIGRpcmVpdG9zIGF1dG9yYWlzLCB2b2PDqiBkZWNsYXJhIHF1ZSBvYnRldmUgYSBwZXJtaXNzw6NvIGlycmVzdHJpdGEgZG8gZGV0ZW50b3IgZG9zIGRpcmVpdG9zIGF1dG9yYWlzIHBhcmEgY29uY2VkZXIgw6AgVW5pdmVyc2lkYWRlIEZlZGVyYWwgZGUgU2VyZ2lwZSBvcyBkaXJlaXRvcyBhcHJlc2VudGFkb3MgbmVzdGEgbGljZW7Dp2EsIGUgcXVlIGVzc2UgbWF0ZXJpYWwgZGUgcHJvcHJpZWRhZGUgZGUgdGVyY2Vpcm9zIGVzdMOhIGNsYXJhbWVudGUgaWRlbnRpZmljYWRvIGUgcmVjb25oZWNpZG8gbm8gdGV4dG8gb3Ugbm8gY29udGXDumRvLgoKQSBVbml2ZXJzaWRhZGUgRmVkZXJhbCBkZSBTZXJnaXBlIHNlIGNvbXByb21ldGUgYSBpZGVudGlmaWNhciBjbGFyYW1lbnRlIG8gc2V1IG5vbWUocykgb3UgbyhzKSBub21lKHMpIGRvKHMpIApkZXRlbnRvcihlcykgZG9zIGRpcmVpdG9zIGF1dG9yYWlzIGRvIHRyYWJhbGhvLCBlIG7Do28gZmFyw6EgcXVhbHF1ZXIgYWx0ZXJhw6fDo28sIGFsw6ltIGRhcXVlbGFzIGNvbmNlZGlkYXMgcG9yIGVzdGEgbGljZW7Dp2EuIAo=Repositório InstitucionalPUBhttps://ri.ufs.br/oai/requestrepositorio@academico.ufs.bropendoar:2018-04-30T20:05:16Repositório Institucional da UFS - Universidade Federal de Sergipe (UFS)false
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