Comparação entre métodos de avaliação da modulação vagal autonômica
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2012 |
Outros Autores: | |
Tipo de documento: | Artigo |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Institucional da UFS |
Texto Completo: | https://ri.ufs.br/handle/riufs/1300 |
Resumo: | O tema da variabilidade da frequência cardíaca (VFC) merece continuado aprofundamento da parte da comunidade científica e é uma de nossas linhas de pesquisa. Em relação ao artigo publicado no volume 97 (6), "Comparação entre métodos de avaliação vagal1", gostaríamos de pontuar: A) As amostras foram muito distintas: coronariopatas betabloqueados e de maior idade versus jovens saudáveis sem betabloqueio. Embora a intenção tenha sido comparar coronariopatas com indivíduos saudáveis, a elevada diferença de idade entre os grupos (cerca de 40 anos) não funcionaria como variável de confusão nos valores de VFC2? B) Verificou-se uso de betabloqueadores em 100% do grupo de coronarianos (algo esperado, haja vista as diretrizes atuais) e 0% do grupo saudável. A modulação autonômica depende de complexo mecanismo regulatório envolvendo interação entre vias simpáticas e parassimpáticas3,4. Porém, após o betabloqueio, o comportamento "modulatório" do vago deixa de ser o espontâneo. Portanto, evitando-se o betabloqueador não teríamos resultados com melhor acurácia? C) As variáveis do domínio de tempo tendem a ser mais precisas em registro de longa duração5. D) Das variáveis selecionadas com o intuito de mensurar a "ação vagal", o DPNN (desvio padrão dos intervalos RR normais) não se destinaria melhor ao estudo do simpático? Finalizando, felicitamos os autores e agradecemos a oportunidade de trazer à lume essas questões. _________________________________________________________________________________________ ABSTRACT: The theme "heart rate variability" (HRV) deserves to be continually studied by the scientific community, being one of our research lines. Regarding the article published in volume 97 (6), "Comparison of assessment methods of cardiac vagal modulation1", the following is worth noting: A) the samples were very different: older patients with coronary heart disease on beta-blockers versus healthy youngsters not treated with beta-blockade. Although the aim was to compare patients with coronary heart disease and healthy individuals, would the considerable age difference between groups (approximately 40 years) not act as a confounding variable in the HRV values2?; B) the use of beta-blockers was observed in 100% of the patients with coronary heart disease, as expected, considering the current guidelines, and in 0% of the healthy group. Autonomic modulation depends on a complex regulatory mechanism involving interaction between the sympathetic and parasympathetic pathways3,4. However, after beta-blockade, the "modulatory" behavior of the vagus nerve is no longer spontaneous. Thus, would avoiding beta-blockers not provide more accurate results? C) time domain variables tend to be more precise in long-lasting registries5. D) Of the variables selected to measure "vagal action", would SDNN (standard deviation of normal RR intervals) not be better for studying the sympathetic nervous system? Finally, we congratulate the authors and thank the opportunity to shed some light into those questions. |
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Sousa, Antônio Carlos SobralSantos, Marcos Antonio Almeida2014-10-06T20:22:58Z2014-10-06T20:22:58Z2012-06SANTOS, M. A. A.; SOUSA, A. C. S. Comparação entre métodos de avaliação da modulação vagal autonômica. Arquivos Brasileiros de Cardiologia, São Paulo, v. 98, n. 6, jun. 2012. Disponível em: <http://dx.doi.org/10.1590/S0066-782X2012000600013>. Acesso em: 06 out. 2014.0066-782Xhttps://ri.ufs.br/handle/riufs/1300Licença Creative CommonsO tema da variabilidade da frequência cardíaca (VFC) merece continuado aprofundamento da parte da comunidade científica e é uma de nossas linhas de pesquisa. Em relação ao artigo publicado no volume 97 (6), "Comparação entre métodos de avaliação vagal1", gostaríamos de pontuar: A) As amostras foram muito distintas: coronariopatas betabloqueados e de maior idade versus jovens saudáveis sem betabloqueio. Embora a intenção tenha sido comparar coronariopatas com indivíduos saudáveis, a elevada diferença de idade entre os grupos (cerca de 40 anos) não funcionaria como variável de confusão nos valores de VFC2? B) Verificou-se uso de betabloqueadores em 100% do grupo de coronarianos (algo esperado, haja vista as diretrizes atuais) e 0% do grupo saudável. A modulação autonômica depende de complexo mecanismo regulatório envolvendo interação entre vias simpáticas e parassimpáticas3,4. Porém, após o betabloqueio, o comportamento "modulatório" do vago deixa de ser o espontâneo. Portanto, evitando-se o betabloqueador não teríamos resultados com melhor acurácia? C) As variáveis do domínio de tempo tendem a ser mais precisas em registro de longa duração5. D) Das variáveis selecionadas com o intuito de mensurar a "ação vagal", o DPNN (desvio padrão dos intervalos RR normais) não se destinaria melhor ao estudo do simpático? Finalizando, felicitamos os autores e agradecemos a oportunidade de trazer à lume essas questões. _________________________________________________________________________________________ ABSTRACT: The theme "heart rate variability" (HRV) deserves to be continually studied by the scientific community, being one of our research lines. Regarding the article published in volume 97 (6), "Comparison of assessment methods of cardiac vagal modulation1", the following is worth noting: A) the samples were very different: older patients with coronary heart disease on beta-blockers versus healthy youngsters not treated with beta-blockade. Although the aim was to compare patients with coronary heart disease and healthy individuals, would the considerable age difference between groups (approximately 40 years) not act as a confounding variable in the HRV values2?; B) the use of beta-blockers was observed in 100% of the patients with coronary heart disease, as expected, considering the current guidelines, and in 0% of the healthy group. Autonomic modulation depends on a complex regulatory mechanism involving interaction between the sympathetic and parasympathetic pathways3,4. However, after beta-blockade, the "modulatory" behavior of the vagus nerve is no longer spontaneous. Thus, would avoiding beta-blockers not provide more accurate results? C) time domain variables tend to be more precise in long-lasting registries5. D) Of the variables selected to measure "vagal action", would SDNN (standard deviation of normal RR intervals) not be better for studying the sympathetic nervous system? Finally, we congratulate the authors and thank the opportunity to shed some light into those questions.Arquivos Brasileiros de CardiologiaFrequência cardíacaAvaliação cardíacaSistema nervoso autônomoDoença cardiovascularComparação entre métodos de avaliação da modulação vagal autonômicaComparison of assessment methods of cardiac vagal modulationinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/articleporreponame:Repositório Institucional da UFSinstname:Universidade Federal de Sergipe (UFS)instacron:UFSinfo:eu-repo/semantics/openAccessTHUMBNAILComparaçãoEntreMétodos.pdf.jpgComparaçãoEntreMétodos.pdf.jpgGenerated Thumbnailimage/jpeg1565https://ri.ufs.br/jspui/bitstream/riufs/1300/4/Compara%c3%a7%c3%a3oEntreM%c3%a9todos.pdf.jpg7a358321f46bb4e408ac48ee29c8dba6MD54ORIGINALComparaçãoEntreMétodos.pdfComparaçãoEntreMétodos.pdfapplication/pdf192574https://ri.ufs.br/jspui/bitstream/riufs/1300/1/Compara%c3%a7%c3%a3oEntreM%c3%a9todos.pdfb6541151f382345f0a5b3a19a12eeee2MD51LICENSElicense.txtlicense.txttext/plain; charset=utf-81748https://ri.ufs.br/jspui/bitstream/riufs/1300/2/license.txt8a4605be74aa9ea9d79846c1fba20a33MD52TEXTComparaçãoEntreMétodos.pdf.txtComparaçãoEntreMétodos.pdf.txtExtracted texttext/plain7600https://ri.ufs.br/jspui/bitstream/riufs/1300/3/Compara%c3%a7%c3%a3oEntreM%c3%a9todos.pdf.txt47b55d6c4ad39e7e872e925cee0f6c6fMD53riufs/13002014-10-13 18:11:37.057oai:ufs.br:riufs/1300Tk9URTogUExBQ0UgWU9VUiBPV04gTElDRU5TRSBIRVJFClRoaXMgc2FtcGxlIGxpY2Vuc2UgaXMgcHJvdmlkZWQgZm9yIGluZm9ybWF0aW9uYWwgcHVycG9zZXMgb25seS4KCk5PTi1FWENMVVNJVkUgRElTVFJJQlVUSU9OIExJQ0VOU0UKCkJ5IHNpZ25pbmcgYW5kIHN1Ym1pdHRpbmcgdGhpcyBsaWNlbnNlLCB5b3UgKHRoZSBhdXRob3Iocykgb3IgY29weXJpZ2h0Cm93bmVyKSBncmFudHMgdG8gRFNwYWNlIFVuaXZlcnNpdHkgKERTVSkgdGhlIG5vbi1leGNsdXNpdmUgcmlnaHQgdG8gcmVwcm9kdWNlLAp0cmFuc2xhdGUgKGFzIGRlZmluZWQgYmVsb3cpLCBhbmQvb3IgZGlzdHJpYnV0ZSB5b3VyIHN1Ym1pc3Npb24gKGluY2x1ZGluZwp0aGUgYWJzdHJhY3QpIHdvcmxkd2lkZSBpbiBwcmludCBhbmQgZWxlY3Ryb25pYyBmb3JtYXQgYW5kIGluIGFueSBtZWRpdW0sCmluY2x1ZGluZyBidXQgbm90IGxpbWl0ZWQgdG8gYXVkaW8gb3IgdmlkZW8uCgpZb3UgYWdyZWUgdGhhdCBEU1UgbWF5LCB3aXRob3V0IGNoYW5naW5nIHRoZSBjb250ZW50LCB0cmFuc2xhdGUgdGhlCnN1Ym1pc3Npb24gdG8gYW55IG1lZGl1bSBvciBmb3JtYXQgZm9yIHRoZSBwdXJwb3NlIG9mIHByZXNlcnZhdGlvbi4KCllvdSBhbHNvIGFncmVlIHRoYXQgRFNVIG1heSBrZWVwIG1vcmUgdGhhbiBvbmUgY29weSBvZiB0aGlzIHN1Ym1pc3Npb24gZm9yCnB1cnBvc2VzIG9mIHNlY3VyaXR5LCBiYWNrLXVwIGFuZCBwcmVzZXJ2YXRpb24uCgpZb3UgcmVwcmVzZW50IHRoYXQgdGhlIHN1Ym1pc3Npb24gaXMgeW91ciBvcmlnaW5hbCB3b3JrLCBhbmQgdGhhdCB5b3UgaGF2ZQp0aGUgcmlnaHQgdG8gZ3JhbnQgdGhlIHJpZ2h0cyBjb250YWluZWQgaW4gdGhpcyBsaWNlbnNlLiBZb3UgYWxzbyByZXByZXNlbnQKdGhhdCB5b3VyIHN1Ym1pc3Npb24gZG9lcyBub3QsIHRvIHRoZSBiZXN0IG9mIHlvdXIga25vd2xlZGdlLCBpbmZyaW5nZSB1cG9uCmFueW9uZSdzIGNvcHlyaWdodC4KCklmIHRoZSBzdWJtaXNzaW9uIGNvbnRhaW5zIG1hdGVyaWFsIGZvciB3aGljaCB5b3UgZG8gbm90IGhvbGQgY29weXJpZ2h0LAp5b3UgcmVwcmVzZW50IHRoYXQgeW91IGhhdmUgb2J0YWluZWQgdGhlIHVucmVzdHJpY3RlZCBwZXJtaXNzaW9uIG9mIHRoZQpjb3B5cmlnaHQgb3duZXIgdG8gZ3JhbnQgRFNVIHRoZSByaWdodHMgcmVxdWlyZWQgYnkgdGhpcyBsaWNlbnNlLCBhbmQgdGhhdApzdWNoIHRoaXJkLXBhcnR5IG93bmVkIG1hdGVyaWFsIGlzIGNsZWFybHkgaWRlbnRpZmllZCBhbmQgYWNrbm93bGVkZ2VkCndpdGhpbiB0aGUgdGV4dCBvciBjb250ZW50IG9mIHRoZSBzdWJtaXNzaW9uLgoKSUYgVEhFIFNVQk1JU1NJT04gSVMgQkFTRUQgVVBPTiBXT1JLIFRIQVQgSEFTIEJFRU4gU1BPTlNPUkVEIE9SIFNVUFBPUlRFRApCWSBBTiBBR0VOQ1kgT1IgT1JHQU5JWkFUSU9OIE9USEVSIFRIQU4gRFNVLCBZT1UgUkVQUkVTRU5UIFRIQVQgWU9VIEhBVkUKRlVMRklMTEVEIEFOWSBSSUdIVCBPRiBSRVZJRVcgT1IgT1RIRVIgT0JMSUdBVElPTlMgUkVRVUlSRUQgQlkgU1VDSApDT05UUkFDVCBPUiBBR1JFRU1FTlQuCgpEU1Ugd2lsbCBjbGVhcmx5IGlkZW50aWZ5IHlvdXIgbmFtZShzKSBhcyB0aGUgYXV0aG9yKHMpIG9yIG93bmVyKHMpIG9mIHRoZQpzdWJtaXNzaW9uLCBhbmQgd2lsbCBub3QgbWFrZSBhbnkgYWx0ZXJhdGlvbiwgb3RoZXIgdGhhbiBhcyBhbGxvd2VkIGJ5IHRoaXMKbGljZW5zZSwgdG8geW91ciBzdWJtaXNzaW9uLgo=Repositório InstitucionalPUBhttps://ri.ufs.br/oai/requestrepositorio@academico.ufs.bropendoar:2014-10-13T21:11:37Repositório Institucional da UFS - Universidade Federal de Sergipe (UFS)false |
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O tema da variabilidade da frequência cardíaca (VFC) merece continuado aprofundamento da parte da comunidade científica e é uma de nossas linhas de pesquisa. Em relação ao artigo publicado no volume 97 (6), "Comparação entre métodos de avaliação vagal1", gostaríamos de pontuar: A) As amostras foram muito distintas: coronariopatas betabloqueados e de maior idade versus jovens saudáveis sem betabloqueio. Embora a intenção tenha sido comparar coronariopatas com indivíduos saudáveis, a elevada diferença de idade entre os grupos (cerca de 40 anos) não funcionaria como variável de confusão nos valores de VFC2? B) Verificou-se uso de betabloqueadores em 100% do grupo de coronarianos (algo esperado, haja vista as diretrizes atuais) e 0% do grupo saudável. A modulação autonômica depende de complexo mecanismo regulatório envolvendo interação entre vias simpáticas e parassimpáticas3,4. Porém, após o betabloqueio, o comportamento "modulatório" do vago deixa de ser o espontâneo. Portanto, evitando-se o betabloqueador não teríamos resultados com melhor acurácia? C) As variáveis do domínio de tempo tendem a ser mais precisas em registro de longa duração5. D) Das variáveis selecionadas com o intuito de mensurar a "ação vagal", o DPNN (desvio padrão dos intervalos RR normais) não se destinaria melhor ao estudo do simpático? Finalizando, felicitamos os autores e agradecemos a oportunidade de trazer à lume essas questões. _________________________________________________________________________________________ ABSTRACT: The theme "heart rate variability" (HRV) deserves to be continually studied by the scientific community, being one of our research lines. Regarding the article published in volume 97 (6), "Comparison of assessment methods of cardiac vagal modulation1", the following is worth noting: A) the samples were very different: older patients with coronary heart disease on beta-blockers versus healthy youngsters not treated with beta-blockade. Although the aim was to compare patients with coronary heart disease and healthy individuals, would the considerable age difference between groups (approximately 40 years) not act as a confounding variable in the HRV values2?; B) the use of beta-blockers was observed in 100% of the patients with coronary heart disease, as expected, considering the current guidelines, and in 0% of the healthy group. Autonomic modulation depends on a complex regulatory mechanism involving interaction between the sympathetic and parasympathetic pathways3,4. However, after beta-blockade, the "modulatory" behavior of the vagus nerve is no longer spontaneous. Thus, would avoiding beta-blockers not provide more accurate results? C) time domain variables tend to be more precise in long-lasting registries5. D) Of the variables selected to measure "vagal action", would SDNN (standard deviation of normal RR intervals) not be better for studying the sympathetic nervous system? Finally, we congratulate the authors and thank the opportunity to shed some light into those questions. |
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