Características sociodemográficas e risco para doenças sexualmente transmissíveis entre mulheres atendidas na atenção básica
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Data de Publicação: | 2013 |
Outros Autores: | , , , |
Tipo de documento: | Artigo de conferência |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Institucional da UFS |
Texto Completo: | https://ri.ufs.br/handle/riufs/982 |
Resumo: | Introdução: Um dos objetivos da política de Saúde da Mulher é a prevenção e diagnóstico precoce das doenças sexualmente transmissíveis e do câncer de colo do útero. Para isso é necessário realizar planejamento das ações públicas para as usuárias do Sistema Único de Saúde (SUS), sendo indispensável compreender suas características sociodemográficas e suas necessidades. Desta forma, torna-se necessária a realização de estudos acerca do assunto, considerando que a pesquisa favorece o conhecimento com produção de literatura atual, permite a identificação das necessidades e prioridades das usuárias assistidas e dá embasamento ao planejamento das ações de promoção e proteção da saúde. Objetivo: Traçar o perfil sociodemográfico de mulheres que realizaram exame ginecológico em uma unidade de saúde da família e levantar os fatores de risco desta população para as DST. Método: Estudo retrospectivo, descritivo, transversal, com abordagem quantitativa. O projeto de pesquisa foi aprovado pelo comitê de ética, CAAE 01174612.3.0000.0058. Fizeram parte da amostra 343 mulheres que foram submetidas ao exame clínico-ginecológico durante o período de janeiro de 2009 a junho de 2012, cujo registro do exame constava em seus prontuários. Resultados: A análise estatística dos dados mostrou que estas mulheres estavam na faixa etária de 25-59 anos (77,0%), possuíam escolaridade baixa (30,0%), não exerciam atividade remunerada (20,0%) e buscaram o serviço de saúde somente quando houve queixa ginecológica (79,6%). As principais queixas relatadas foram corrimentos vaginais com ou sem prurido, odor e dor, além de lesões, dispareunia, sangramento ou alterações do ciclo menstrual. Verificou-se que o número de mulheres com 3 ou mais filhos foi alto, aproximadamente 30,0% da amostra, incluindo pacientes que já engravidaram oito, nove e até dez vezes. Todas as pacientes que declararam possuir múltiplos parceiros sexuais negaram o uso do condom. Os principais fatores de risco para DST e câncer cervical observados neste estudo foram a não utilização de preservativo, a não realização dos exames clínico-ginecológico e citopatológico rotineiramente, associado à utilização do anticoncepcional hormonal. Fatores de risco como tabagismo, etilismo e história familiar ou pessoal pregressa foram pouco mencionadas. Discussão: A maioria das mulheres encontrava-se na faixa etária para a qual existe a recomendação do Ministério da Saúde de realização do exame periódico de Papanicolaou. Associado à baixa escolaridade observa-se a não realização de atividade remunerada ou a baixa remuneração, corroborando diversos outros estudos realizados com a clientela do SUS no Estado de Sergipe. Adicionalmente, observa-se que estas mulheres somente procuram assistência à saúde quando apresentam sintomas e/ou queixas, além de não utilizarem o preservativo. Conclusão: A população estudada apresenta alto risco de adquirir DST, HIV e câncer de colo do útero, o que reforça a necessidade de planejar ações educativas voltadas a este público. Os enfermeiros de saúde da família precisam ser sensibilizados para a necessidade de uma entrevista completa prévia ao exame citopatológico, para que possam identificar precocemente situações de vulnerabilidade da mulher e intervir de modo resolutivo e em tempo hábil. |
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Santos, Lincoln VitorInagaki, Ana Dorcas de MeloAbud, Ana Cristina FreireRibeiro, Caíque Jordan NunesOliveira, Maria Ilda Alves de2014-03-20T21:16:29Z2014-03-20T21:16:29Z2013-11SANTOS, L. V. et al. Características sociodemográficas e risco para doenças sexualmente transmissíveis entre mulheres atendidas na atenção básica. In: CONGRESSO BRASILEIRO DE ENFERMAGEM OBSTETRÍCIA E NEONATAL, 8., CONGRESSO INTERNACIONAL DE ENFERMAGEM OBSTETRÍCIA E NEONATAL, 2., 2013, Florianópolis. Anais eletrônicos... Florianópolis: ABENFO, 2013. Disponível em: <http://www.redesindical.com.br/abenfo/viii_cobeon_cd/pdfs/sessao_poster/eixo_3/0474.pdf>. Acesso em: 20 mar. 2014.https://ri.ufs.br/handle/riufs/982Direitos da autoraIntrodução: Um dos objetivos da política de Saúde da Mulher é a prevenção e diagnóstico precoce das doenças sexualmente transmissíveis e do câncer de colo do útero. Para isso é necessário realizar planejamento das ações públicas para as usuárias do Sistema Único de Saúde (SUS), sendo indispensável compreender suas características sociodemográficas e suas necessidades. Desta forma, torna-se necessária a realização de estudos acerca do assunto, considerando que a pesquisa favorece o conhecimento com produção de literatura atual, permite a identificação das necessidades e prioridades das usuárias assistidas e dá embasamento ao planejamento das ações de promoção e proteção da saúde. Objetivo: Traçar o perfil sociodemográfico de mulheres que realizaram exame ginecológico em uma unidade de saúde da família e levantar os fatores de risco desta população para as DST. Método: Estudo retrospectivo, descritivo, transversal, com abordagem quantitativa. O projeto de pesquisa foi aprovado pelo comitê de ética, CAAE 01174612.3.0000.0058. Fizeram parte da amostra 343 mulheres que foram submetidas ao exame clínico-ginecológico durante o período de janeiro de 2009 a junho de 2012, cujo registro do exame constava em seus prontuários. Resultados: A análise estatística dos dados mostrou que estas mulheres estavam na faixa etária de 25-59 anos (77,0%), possuíam escolaridade baixa (30,0%), não exerciam atividade remunerada (20,0%) e buscaram o serviço de saúde somente quando houve queixa ginecológica (79,6%). As principais queixas relatadas foram corrimentos vaginais com ou sem prurido, odor e dor, além de lesões, dispareunia, sangramento ou alterações do ciclo menstrual. Verificou-se que o número de mulheres com 3 ou mais filhos foi alto, aproximadamente 30,0% da amostra, incluindo pacientes que já engravidaram oito, nove e até dez vezes. Todas as pacientes que declararam possuir múltiplos parceiros sexuais negaram o uso do condom. Os principais fatores de risco para DST e câncer cervical observados neste estudo foram a não utilização de preservativo, a não realização dos exames clínico-ginecológico e citopatológico rotineiramente, associado à utilização do anticoncepcional hormonal. Fatores de risco como tabagismo, etilismo e história familiar ou pessoal pregressa foram pouco mencionadas. Discussão: A maioria das mulheres encontrava-se na faixa etária para a qual existe a recomendação do Ministério da Saúde de realização do exame periódico de Papanicolaou. Associado à baixa escolaridade observa-se a não realização de atividade remunerada ou a baixa remuneração, corroborando diversos outros estudos realizados com a clientela do SUS no Estado de Sergipe. Adicionalmente, observa-se que estas mulheres somente procuram assistência à saúde quando apresentam sintomas e/ou queixas, além de não utilizarem o preservativo. Conclusão: A população estudada apresenta alto risco de adquirir DST, HIV e câncer de colo do útero, o que reforça a necessidade de planejar ações educativas voltadas a este público. Os enfermeiros de saúde da família precisam ser sensibilizados para a necessidade de uma entrevista completa prévia ao exame citopatológico, para que possam identificar precocemente situações de vulnerabilidade da mulher e intervir de modo resolutivo e em tempo hábil.Associação Brasileira de Obstetrizes e Enfermeiros ObstetrasSaúde da mulherEnfermagemSaúde comunitáriaPlanejamento familiarDoenças sexualmente transmissíveisSistema Único de Saúde (SUS)Características sociodemográficas e risco para doenças sexualmente transmissíveis entre mulheres atendidas na atenção básicainfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/conferenceObjectporreponame:Repositório Institucional da UFSinstname:Universidade Federal de Sergipe (UFS)instacron:UFSinfo:eu-repo/semantics/openAccessTHUMBNAILCaracteristicasSociodemograficas.pdf.jpgCaracteristicasSociodemograficas.pdf.jpgGenerated Thumbnailimage/jpeg1678https://ri.ufs.br/jspui/bitstream/riufs/982/4/CaracteristicasSociodemograficas.pdf.jpg36e735d2d876369db5a1b07040ac2268MD54ORIGINALCaracteristicasSociodemograficas.pdfCaracteristicasSociodemograficas.pdfapplication/pdf178373https://ri.ufs.br/jspui/bitstream/riufs/982/1/CaracteristicasSociodemograficas.pdfe54b79e899f9d9f1d738dcca6973f6f3MD51LICENSElicense.txtlicense.txttext/plain; charset=utf-81748https://ri.ufs.br/jspui/bitstream/riufs/982/2/license.txt8a4605be74aa9ea9d79846c1fba20a33MD52TEXTCaracteristicasSociodemograficas.pdf.txtCaracteristicasSociodemograficas.pdf.txtExtracted texttext/plain4521https://ri.ufs.br/jspui/bitstream/riufs/982/3/CaracteristicasSociodemograficas.pdf.txt77727c968e593cf6bb7606e8bf6a0b7dMD53riufs/9822014-09-05 18:56:33.445oai:ufs.br:riufs/982Tk9URTogUExBQ0UgWU9VUiBPV04gTElDRU5TRSBIRVJFClRoaXMgc2FtcGxlIGxpY2Vuc2UgaXMgcHJvdmlkZWQgZm9yIGluZm9ybWF0aW9uYWwgcHVycG9zZXMgb25seS4KCk5PTi1FWENMVVNJVkUgRElTVFJJQlVUSU9OIExJQ0VOU0UKCkJ5IHNpZ25pbmcgYW5kIHN1Ym1pdHRpbmcgdGhpcyBsaWNlbnNlLCB5b3UgKHRoZSBhdXRob3Iocykgb3IgY29weXJpZ2h0Cm93bmVyKSBncmFudHMgdG8gRFNwYWNlIFVuaXZlcnNpdHkgKERTVSkgdGhlIG5vbi1leGNsdXNpdmUgcmlnaHQgdG8gcmVwcm9kdWNlLAp0cmFuc2xhdGUgKGFzIGRlZmluZWQgYmVsb3cpLCBhbmQvb3IgZGlzdHJpYnV0ZSB5b3VyIHN1Ym1pc3Npb24gKGluY2x1ZGluZwp0aGUgYWJzdHJhY3QpIHdvcmxkd2lkZSBpbiBwcmludCBhbmQgZWxlY3Ryb25pYyBmb3JtYXQgYW5kIGluIGFueSBtZWRpdW0sCmluY2x1ZGluZyBidXQgbm90IGxpbWl0ZWQgdG8gYXVkaW8gb3IgdmlkZW8uCgpZb3UgYWdyZWUgdGhhdCBEU1UgbWF5LCB3aXRob3V0IGNoYW5naW5nIHRoZSBjb250ZW50LCB0cmFuc2xhdGUgdGhlCnN1Ym1pc3Npb24gdG8gYW55IG1lZGl1bSBvciBmb3JtYXQgZm9yIHRoZSBwdXJwb3NlIG9mIHByZXNlcnZhdGlvbi4KCllvdSBhbHNvIGFncmVlIHRoYXQgRFNVIG1heSBrZWVwIG1vcmUgdGhhbiBvbmUgY29weSBvZiB0aGlzIHN1Ym1pc3Npb24gZm9yCnB1cnBvc2VzIG9mIHNlY3VyaXR5LCBiYWNrLXVwIGFuZCBwcmVzZXJ2YXRpb24uCgpZb3UgcmVwcmVzZW50IHRoYXQgdGhlIHN1Ym1pc3Npb24gaXMgeW91ciBvcmlnaW5hbCB3b3JrLCBhbmQgdGhhdCB5b3UgaGF2ZQp0aGUgcmlnaHQgdG8gZ3JhbnQgdGhlIHJpZ2h0cyBjb250YWluZWQgaW4gdGhpcyBsaWNlbnNlLiBZb3UgYWxzbyByZXByZXNlbnQKdGhhdCB5b3VyIHN1Ym1pc3Npb24gZG9lcyBub3QsIHRvIHRoZSBiZXN0IG9mIHlvdXIga25vd2xlZGdlLCBpbmZyaW5nZSB1cG9uCmFueW9uZSdzIGNvcHlyaWdodC4KCklmIHRoZSBzdWJtaXNzaW9uIGNvbnRhaW5zIG1hdGVyaWFsIGZvciB3aGljaCB5b3UgZG8gbm90IGhvbGQgY29weXJpZ2h0LAp5b3UgcmVwcmVzZW50IHRoYXQgeW91IGhhdmUgb2J0YWluZWQgdGhlIHVucmVzdHJpY3RlZCBwZXJtaXNzaW9uIG9mIHRoZQpjb3B5cmlnaHQgb3duZXIgdG8gZ3JhbnQgRFNVIHRoZSByaWdodHMgcmVxdWlyZWQgYnkgdGhpcyBsaWNlbnNlLCBhbmQgdGhhdApzdWNoIHRoaXJkLXBhcnR5IG93bmVkIG1hdGVyaWFsIGlzIGNsZWFybHkgaWRlbnRpZmllZCBhbmQgYWNrbm93bGVkZ2VkCndpdGhpbiB0aGUgdGV4dCBvciBjb250ZW50IG9mIHRoZSBzdWJtaXNzaW9uLgoKSUYgVEhFIFNVQk1JU1NJT04gSVMgQkFTRUQgVVBPTiBXT1JLIFRIQVQgSEFTIEJFRU4gU1BPTlNPUkVEIE9SIFNVUFBPUlRFRApCWSBBTiBBR0VOQ1kgT1IgT1JHQU5JWkFUSU9OIE9USEVSIFRIQU4gRFNVLCBZT1UgUkVQUkVTRU5UIFRIQVQgWU9VIEhBVkUKRlVMRklMTEVEIEFOWSBSSUdIVCBPRiBSRVZJRVcgT1IgT1RIRVIgT0JMSUdBVElPTlMgUkVRVUlSRUQgQlkgU1VDSApDT05UUkFDVCBPUiBBR1JFRU1FTlQuCgpEU1Ugd2lsbCBjbGVhcmx5IGlkZW50aWZ5IHlvdXIgbmFtZShzKSBhcyB0aGUgYXV0aG9yKHMpIG9yIG93bmVyKHMpIG9mIHRoZQpzdWJtaXNzaW9uLCBhbmQgd2lsbCBub3QgbWFrZSBhbnkgYWx0ZXJhdGlvbiwgb3RoZXIgdGhhbiBhcyBhbGxvd2VkIGJ5IHRoaXMKbGljZW5zZSwgdG8geW91ciBzdWJtaXNzaW9uLgo=Repositório InstitucionalPUBhttps://ri.ufs.br/oai/requestrepositorio@academico.ufs.bropendoar:2014-09-05T21:56:33Repositório Institucional da UFS - Universidade Federal de Sergipe (UFS)false |
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