FALÊNCIA E ÊXTASE – A CRISE COMO ESCRITURA EM CLARICE LISPECTOR: RUIN AND BLISS: CRISIS AS WRITING IN CLARICE LISPECTOR
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Data de Publicação: | 2019 |
Tipo de documento: | Artigo |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Travessias Interativas |
Texto Completo: | https://periodicos.ufs.br/Travessias/article/view/12038 |
Resumo: | RESUMO: Há, na escrita de Clarice Lispector, um movimento incessante de crise do corpo e da linguagem que, acreditamos, produz um aumento de forças, e por isso mesmo uma necessidade incessante de reajuste de foco para captar a realidade, não importando o quão ordinária é a coisa em si, mas o quão extraordinário é o afeto decorrente do encontro. E se, em Clarice, “contar é um esforço”, como afirma Roberto Corrêa dos Santos, entendemos que a falibilidade da tentativa de dizer vai encontrar seu avesso no processo desejante de perguntar, como apontará um texto de “Fundo de gaveta”, intitulado “Como se chama?”: “O único modo de chamar é perguntar: como se chama? Até hoje só consegui nomear com a própria pergunta. Qual é o nome? E este é o nome.” Pretendemos, assim, mapear o jogo entre falência e êxtase na crise da escritura clariceana. PALAVRAS-CHAVE: Crise. Êxtase. Clarice Lispector. ABSTRACT: There is, in Clarice Lispector’s writing, an incessant movement of crisis (that affects both body and language) which, we believe, produces an increase in forces, and therefore an incessant need to readjust focus to grasp reality, no matter how ordinary it is the thing itself, but how extraordinary is the affection resulting from the encounter. We understand that the fallibility of the attempt to tell will find its reverse in the desiring process to ask, as we read on a text called “Como se chama?”: “The only way to call something is to ask: what’s the name? Until today I only managed to name with the question itself. What is the name? And this is the name.” We intend, therefore, to map the balance between falibility and bliss in the crisis of Clarice’s writing. KEYWORDS: Crisis. Bliss. Clarice Lispector. |
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FALÊNCIA E ÊXTASE – A CRISE COMO ESCRITURA EM CLARICE LISPECTOR: RUIN AND BLISS: CRISIS AS WRITING IN CLARICE LISPECTORRESUMO: Há, na escrita de Clarice Lispector, um movimento incessante de crise do corpo e da linguagem que, acreditamos, produz um aumento de forças, e por isso mesmo uma necessidade incessante de reajuste de foco para captar a realidade, não importando o quão ordinária é a coisa em si, mas o quão extraordinário é o afeto decorrente do encontro. E se, em Clarice, “contar é um esforço”, como afirma Roberto Corrêa dos Santos, entendemos que a falibilidade da tentativa de dizer vai encontrar seu avesso no processo desejante de perguntar, como apontará um texto de “Fundo de gaveta”, intitulado “Como se chama?”: “O único modo de chamar é perguntar: como se chama? Até hoje só consegui nomear com a própria pergunta. Qual é o nome? E este é o nome.” Pretendemos, assim, mapear o jogo entre falência e êxtase na crise da escritura clariceana. PALAVRAS-CHAVE: Crise. Êxtase. Clarice Lispector. ABSTRACT: There is, in Clarice Lispector’s writing, an incessant movement of crisis (that affects both body and language) which, we believe, produces an increase in forces, and therefore an incessant need to readjust focus to grasp reality, no matter how ordinary it is the thing itself, but how extraordinary is the affection resulting from the encounter. We understand that the fallibility of the attempt to tell will find its reverse in the desiring process to ask, as we read on a text called “Como se chama?”: “The only way to call something is to ask: what’s the name? Until today I only managed to name with the question itself. What is the name? And this is the name.” We intend, therefore, to map the balance between falibility and bliss in the crisis of Clarice’s writing. KEYWORDS: Crisis. Bliss. Clarice Lispector.Universidade Federal de Sergipe - UFS2019-09-17info:eu-repo/semantics/articleinfo:eu-repo/semantics/publishedVersionArtigo avaliado pelos Paresapplication/pdfhttps://periodicos.ufs.br/Travessias/article/view/1203810.51951/ti.v9i18Travessias Interativas; No 18 (2019): Travessias Interativas → maio/2019; pp. 6-18Travessias Interativas; n. 18 (2019): Travessias Interativas → maio/2019; pp. 6-18Travessias Interativas; No. 18 (2019): Travessias Interativas → maio/2019; pp. 6-18Travessias Interativas; Núm. 18 (2019): Travessias Interativas → maio/2019; pp. 6-182236-740310.51951/ti.v9i18reponame:Travessias Interativasinstname:Universidade Federal de Sergipe (UFS)instacron:UFS-porhttps://periodicos.ufs.br/Travessias/article/view/12038/9151Copyright (c) 2019 TRAVESSIAS INTERATIVASinfo:eu-repo/semantics/openAccessCASTRO, Ana Maria Vasconcelos Martins de2021-07-27T21:04:02Zoai:ojs.ufs.emnuvens.com.br:article/12038Revistahttps://seer.ufs.br/index.php/Travessias/indexPUBhttps://seer.ufs.br/index.php/Travessias/oaiale1976@academico.ufs.br2236-74032236-7403opendoar:2021-07-27T21:04:02Travessias Interativas - Universidade Federal de Sergipe (UFS)false |
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