Um espelho em frente ao outro: apontamentos sobre a especularidade em 3x4, de Armando Freitas Filho
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2023 |
Tipo de documento: | Artigo |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Travessias Interativas |
Texto Completo: | https://periodicos.ufs.br/Travessias/article/view/19216 |
Resumo: | This essay proposes a discussion concerning the book 3x4 (1985), by the carioca poet Armando Freitas Filho. From the finding that the work is laden with poems that fall within the semantic field of vision, those which make use of the poetic image of mirrors were elected for a specific debate. We argue that, in this work, the specularity – which is present in the mention of mirrors and lakes, but also in the systematic repetition of some structures and words – calls into question the simplistic binarism of the real self versus the virtual self and highlights the impasses of the individual in your relationship with the world. It is as if the specular image (which, according to Umberto Eco, does not lie) is mirrored in the poetic image (paradoxical and disturbing, according to Alfredo Bosi and Octávio Paz), and both, together and in unison, bring us to the following conclusion: since its objects of apprehension are always to escape, it is up to poetry the search – utopian, but necessary – for the status of virginal stage of language, in which the perception of the world takes place in an always inaugural way, as suggested by Heidegger in On the way to language (2003). |
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Um espelho em frente ao outro: apontamentos sobre a especularidade em 3x4, de Armando Freitas FilhoA mirror in front of the other: highlightson specularity in 3x4, by Armando Freitas FilhoPoesiaEspecularidade simbólicaImagem poéticaArmando Freitas Filho3x4PoetrySymbolic specularityPoetic imageArmando Freitas Filho3x4This essay proposes a discussion concerning the book 3x4 (1985), by the carioca poet Armando Freitas Filho. From the finding that the work is laden with poems that fall within the semantic field of vision, those which make use of the poetic image of mirrors were elected for a specific debate. We argue that, in this work, the specularity – which is present in the mention of mirrors and lakes, but also in the systematic repetition of some structures and words – calls into question the simplistic binarism of the real self versus the virtual self and highlights the impasses of the individual in your relationship with the world. It is as if the specular image (which, according to Umberto Eco, does not lie) is mirrored in the poetic image (paradoxical and disturbing, according to Alfredo Bosi and Octávio Paz), and both, together and in unison, bring us to the following conclusion: since its objects of apprehension are always to escape, it is up to poetry the search – utopian, but necessary – for the status of virginal stage of language, in which the perception of the world takes place in an always inaugural way, as suggested by Heidegger in On the way to language (2003).Este ensaio propõe uma discussão acerca do livro 3x4 (1985), do poeta carioca Armando Freitas Filho. A partir da constatação de que a obra é repleta de poemas que se inserem no campo semântico da visão, elegemos para um debate específico aqueles que fazem uso da imagem poética dos espelhos. Defendemos que, nessa obra, a especularidade – a qual está presente na menção a espelhos e lagos, mas também na repetição sistemática de algumas estruturas e palavras – põe em xeque o simplório binarismo do eu real versus eu virtual e evidencia os impasses do sujeito em sua relação com o mundo. É como se a imagem especular (que, segundo Umberto Eco, não mente) se espelhasse na imagem poética (paradoxal e inquietante, segundo Alfredo Bosi e Octavio Paz), e ambas, juntas e uníssonas, colocassem-nos diante da seguinte conclusão: já que seus objetos de apreensão estão sempre por escapar, cabe à poesia a busca – utópica, mas necessária – pelo estatuto de estágio virginal da linguagem, no qual a percepção do mundo se dá sempre de forma inaugural, como sugere Heidegger em A caminho da linguagem (2003).Universidade Federal de Sergipe - UFS2023-05-22info:eu-repo/semantics/articleinfo:eu-repo/semantics/publishedVersionapplication/pdfhttps://periodicos.ufs.br/Travessias/article/view/1921610.51951/ti.v13i29.p120-134Travessias Interativas; No 29 (2023): Travessias Interativas → maio/2023 - IV SEMINÁRIO DE POESIA E CRÍTICA: Do texto poético, do discurso crítico e do diálogo com o mundo; 120-134Travessias Interativas; n. 29 (2023): Travessias Interativas → maio/2023 - IV SEMINÁRIO DE POESIA E CRÍTICA: Do texto poético, do discurso crítico e do diálogo com o mundo; 120-134Travessias Interativas; No. 29 (2023): Travessias Interativas → maio/2023 - IV SEMINÁRIO DE POESIA E CRÍTICA: Do texto poético, do discurso crítico e do diálogo com o mundo; 120-134Travessias Interativas; Núm. 29 (2023): Travessias Interativas → maio/2023 - IV SEMINÁRIO DE POESIA E CRÍTICA: Do texto poético, do discurso crítico e do diálogo com o mundo; 120-1342236-740310.51951/ti.v13i29reponame:Travessias Interativasinstname:Universidade Federal de Sergipe (UFS)instacron:UFS-porhttps://periodicos.ufs.br/Travessias/article/view/19216/13888Copyright (c) 2023 Travessias Interativasinfo:eu-repo/semantics/openAccessSantos, César de Oliveira2023-06-08T01:37:06Zoai:ojs.ufs.emnuvens.com.br:article/19216Revistahttps://seer.ufs.br/index.php/Travessias/indexPUBhttps://seer.ufs.br/index.php/Travessias/oaiale1976@academico.ufs.br2236-74032236-7403opendoar:2023-06-08T01:37:06Travessias Interativas - Universidade Federal de Sergipe (UFS)false |
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