UMA AVENTURA SOLITÁRIA: O LEGADO FILOSÓFICO DO AMOR EM JÚBILO, MEMÓRIA, NOVICIADO DA PAIXÃO DE HILDA HILST
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Data de Publicação: | 2022 |
Tipo de documento: | Artigo |
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Título da fonte: | Travessias Interativas |
Texto Completo: | https://periodicos.ufs.br/Travessias/article/view/17128 |
Resumo: | A expressão do amor nos versos de Júbilo, memória, noviciado da paixão (1974) de Hilda Hilst (1930-2004) atua como um aceno reverente à diferentes tradições poéticas, cujos delineamentos e amálgamas compreendem um legado filosófico do sentimento amoroso passível de ser mapeado, conforme propomos, sob três aspectos: a) o desatino do amor, tido por enfermidade cujas tensões e contrassensos reverberam na forma, no metro e nas imagens poéticas; b) a solidão do sujeito lírico amante, herança da jornada platônica rumo ao Amor ideal, e duradoura nas deliberações sobre a condição de existência do ser amado – mediante pesquisas de Giorgio Agamben (2007) e Octavio Paz (1994); e finalmente, c) o esforço de harmonização realizado por Hilst, na última sessão da obra, entre o isolamento lírico e a consciência do “outro”. Nesse espaço derradeiro, desfaz-se o veredito ancestral sobre o desvario da solidão como necessidade do poeta que ama, no qual a devoção ao “amar-em-si” do cantar lírico prescinde o amado como ente, e testemunhamos a aventura solitária da poeta entreabrir-se ao outro e sua historicidade. |
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UMA AVENTURA SOLITÁRIA: O LEGADO FILOSÓFICO DO AMOR EM JÚBILO, MEMÓRIA, NOVICIADO DA PAIXÃO DE HILDA HILSTA LONESOME ADVENTURE: THE PHILOSOPHICAL LEGACY OF LOVE IN HILDA HILST'S JÚBILO, MEMÓRIA, NOVICIADO DA PAIXÃOA expressão do amor nos versos de Júbilo, memória, noviciado da paixão (1974) de Hilda Hilst (1930-2004) atua como um aceno reverente à diferentes tradições poéticas, cujos delineamentos e amálgamas compreendem um legado filosófico do sentimento amoroso passível de ser mapeado, conforme propomos, sob três aspectos: a) o desatino do amor, tido por enfermidade cujas tensões e contrassensos reverberam na forma, no metro e nas imagens poéticas; b) a solidão do sujeito lírico amante, herança da jornada platônica rumo ao Amor ideal, e duradoura nas deliberações sobre a condição de existência do ser amado – mediante pesquisas de Giorgio Agamben (2007) e Octavio Paz (1994); e finalmente, c) o esforço de harmonização realizado por Hilst, na última sessão da obra, entre o isolamento lírico e a consciência do “outro”. Nesse espaço derradeiro, desfaz-se o veredito ancestral sobre o desvario da solidão como necessidade do poeta que ama, no qual a devoção ao “amar-em-si” do cantar lírico prescinde o amado como ente, e testemunhamos a aventura solitária da poeta entreabrir-se ao outro e sua historicidade.Love poetry, as performed in Hilda Hilst’s Júbilo, memória, noviciado da paixão (1974), carries an inherent reverence towards different poetic traditions, whose framework and amalgamation comprises the philosophical legacy of the concept of love, suited, we argue, to be charted under three essential aspects: a) love as folly, an illness whose tensions and contradictions echoes in the forms and images of poetry; b) the solitude of the poet as a lover, a feeling indebted to Plato and his philosophical journeys towards ideal Love, from which later discussions concerning the existential condition of the loved subject originated – through Giorgio Agamben’s (2007) and Octavio Paz’s (1994) research; and c) Hilst’s final efforts to reconcile the poet’s lyrical isolation and its cognizance of the “other”. In these lattermost verses, the conventional verdict regarding the poet’s compulsion for folly and solitude is undone, the lyrical chants no longer renounce the loved subject as an extant being, and we witness the lonesome adventurer reach out towards the other and its historicity.Universidade Federal de Sergipe - UFS2022-07-05info:eu-repo/semantics/articleinfo:eu-repo/semantics/publishedVersionapplication/pdfhttps://periodicos.ufs.br/Travessias/article/view/1712810.51951/ti.v12i25.p297-313Travessias Interativas; No 25 (2022): Travessias Interativas → jan-abr/2022; 297-313Travessias Interativas; n. 25 (2022): Travessias Interativas → jan-abr/2022; 297-313Travessias Interativas; No. 25 (2022): Travessias Interativas → jan-abr/2022; 297-313Travessias Interativas; Núm. 25 (2022): Travessias Interativas → jan-abr/2022; 297-3132236-740310.51951/ti.v12i25reponame:Travessias Interativasinstname:Universidade Federal de Sergipe (UFS)instacron:UFS-porhttps://periodicos.ufs.br/Travessias/article/view/17128/12906Copyright (c) 2022 Travessias Interativasinfo:eu-repo/semantics/openAccessMora, Arthur Katrein2022-07-08T23:14:38Zoai:ojs.ufs.emnuvens.com.br:article/17128Revistahttps://seer.ufs.br/index.php/Travessias/indexPUBhttps://seer.ufs.br/index.php/Travessias/oaiale1976@academico.ufs.br2236-74032236-7403opendoar:2022-07-08T23:14:38Travessias Interativas - Universidade Federal de Sergipe (UFS)false |
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