Os limites do Asolutismo: Tributação e Representatividade no Ancien Régime.
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2013 |
Outros Autores: | |
Tipo de documento: | Artigo |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Política & Sociedade (Online) |
Texto Completo: | https://periodicos.ufsc.br/index.php/politica/article/view/2175-7984.2013v12n25p185 |
Resumo: | Entre 1500 e 1788, os Estados Gerais da França só foram convocados quatro vezes. Neste artigo, argumentamos que a ausência de uma instituição representativa permanente – que facilitasse a barganha política entre coroa e elite – impediu que os sucessivos monarcas franceses mobilizassem na forma de impostos e dívida parcela do produto nacional correspondente com as suas ambições de política externa (guerras). Partindo do pressuposto de que no mundo pré-moderno os governos não podiam tributar sem o consentimento das elites, iremos demonstrar que o tipo de negociação “escolhida” pelo rei francês provou-se menos eficiente que a barganha intermediada por representantes do “reino” (tanto em matéria de tributação propriamente dita como de dívida pública). Além disso, demonstraremos como o rei francês, ao “dispensar” mecanismos “legítimos” de tributação (os subsídios “parlamentares”), teve que recorrer a instrumentos “extraordinários” de financiamento que, conquanto aparentemente pudessem gerar quantias relativamente grandes de dinheiro no curto-prazo, sacrificavam tanto a soberania da coroa como as suas receitas futuras. |
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Os limites do Asolutismo: Tributação e Representatividade no Ancien Régime.Entre 1500 e 1788, os Estados Gerais da França só foram convocados quatro vezes. Neste artigo, argumentamos que a ausência de uma instituição representativa permanente – que facilitasse a barganha política entre coroa e elite – impediu que os sucessivos monarcas franceses mobilizassem na forma de impostos e dívida parcela do produto nacional correspondente com as suas ambições de política externa (guerras). Partindo do pressuposto de que no mundo pré-moderno os governos não podiam tributar sem o consentimento das elites, iremos demonstrar que o tipo de negociação “escolhida” pelo rei francês provou-se menos eficiente que a barganha intermediada por representantes do “reino” (tanto em matéria de tributação propriamente dita como de dívida pública). Além disso, demonstraremos como o rei francês, ao “dispensar” mecanismos “legítimos” de tributação (os subsídios “parlamentares”), teve que recorrer a instrumentos “extraordinários” de financiamento que, conquanto aparentemente pudessem gerar quantias relativamente grandes de dinheiro no curto-prazo, sacrificavam tanto a soberania da coroa como as suas receitas futuras.Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC)2013-12-27info:eu-repo/semantics/articleinfo:eu-repo/semantics/publishedVersionapplication/pdfhttps://periodicos.ufsc.br/index.php/politica/article/view/2175-7984.2013v12n25p18510.5007/2175-7984.2013v12n25p185Política & Sociedade; Vol. 12 No. 25 (2013); 185-215Política & Sociedade; Vol. 12 Núm. 25 (2013); 185-215Política & Sociedade; v. 12 n. 25 (2013); 185-2152175-79841677-4140reponame:Política & Sociedade (Online)instname:Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC)instacron:UFSCporhttps://periodicos.ufsc.br/index.php/politica/article/view/2175-7984.2013v12n25p185/26277Copyright (c) 2014 Política & Sociedadeinfo:eu-repo/semantics/openAccessAppel, Tiago NasserDalla Costa, Armando2019-09-11T15:10:34Zoai:periodicos.ufsc.br:article/26559Revistahttp://www.periodicos.ufsc.br/index.php/politicaPUBhttps://periodicos.ufsc.br/index.php/politica/oai||ernesto.seidl@ufsc.br|| ps@cfh.ufsc.br2175-79841677-4140opendoar:2019-09-11T15:10:34Política & Sociedade (Online) - Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC)false |
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