250 anos de influência açoriana no português do Brasil
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2011 |
Tipo de documento: | Artigo |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Ágora (Florianópolis. Online) |
Texto Completo: | https://agora.emnuvens.com.br/ra/article/view/190 |
Resumo: | É tradicional falar da faixa litorânea do Estado de Santa Catarina (SC), que, em 1748/1756, recebeu grande contingente de açorianos, contém traços que o distinguem dos falares circunvizinhos. Dentre eles sobressaem estes: fônicos: pronúncia álveo-palatal (chiada) do /s/ final de sílaba (fisga, diz, mês); absorção do iode por subseqüente /s/ palatalizado (mais, seis, dois, móveis > dosh... móvesh); pronúncia velar/uvular do /r/ forte (roda, carro, genro, bilro, Israel); apoio paragógico de [e] a oxítonos em -1, -r, -s, -z ante pausa (sol, mar, mes, faz > sole... fage); africação e palatalização de /t, d/ entre iode e vogal recuada átona (peito, peido > pejtju, pejdju); ênfase da vogal tônica em prejuízo das átonas e rapidez de ritmo; elevação entoacional da parte final das assertivas enfáticas (óia, óia, oia! - Olha...!); morfo-sintáticos e léxico-semânticos: tratamento familiar por tu x vós; uso dos termos gueixa (potranca), áamarrita (manto), bernúncia (bicho-papão). Donde procederam esses traços? dos falares do português europeu continental? dos falares açorianos? de outros falares brasileiros? de natural evolução dos falares que o geraram em SC? |
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