Rawls nas Mãos do Acaso: o Equilíbrio Reflexivo Precisa da Boa Sorte Genealógica?
Autor(a) principal: | |
---|---|
Data de Publicação: | 2022 |
Tipo de documento: | Artigo |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Journal of Lean Systems |
Texto Completo: | https://ojs.sites.ufsc.br/index.php/peri/article/view/5261 |
Resumo: | O equilíbrio reflexivo é um método de justificação de juízos morais, concebido pelo filósofo norte-americano John Rawls. A boa sorte genealógica, por sua vez, é uma assunção metaepistêmica sobre as condições para que tenhamos conhecimento, tendo relevância mediante a profunda contingência das origens causais de nossas representações. Considerando o desconforto que há em aceitar a possessão da boa sorte genealógica no caso de crenças valoradas, o equilíbrio reflexivo depende da boa sorte genealógica para a produção de uma concepção moral bem justificada? No presente artigo, argumentarei que não: enquanto a boa sorte genealógica é necessária para quem tem preocupações predominantemente metafísicas e epistemológicas quanto à qualidade de suas crenças, o embasamento do equilíbrio reflexivo opera não nesses campos, mas no âmbito prático-moral. Dessa maneira, a boa sorte genealógica não constringe o equilíbrio reflexivo. Por fim, darei uma sugestão de como o equilíbrio reflexivo poderia aliar-se com investigações genealógicas para ampliar seu potencial. |
id |
UFSC-21_128a9c37b7f4a13a19b8012d13d12814 |
---|---|
oai_identifier_str |
oai:ojs.sites.ufsc.br:article/5261 |
network_acronym_str |
UFSC-21 |
network_name_str |
Journal of Lean Systems |
repository_id_str |
|
spelling |
Rawls nas Mãos do Acaso: o Equilíbrio Reflexivo Precisa da Boa Sorte Genealógica?metaéticaepistemologia da moralequilíbrio reflexivogenealogiasJohn RawlsO equilíbrio reflexivo é um método de justificação de juízos morais, concebido pelo filósofo norte-americano John Rawls. A boa sorte genealógica, por sua vez, é uma assunção metaepistêmica sobre as condições para que tenhamos conhecimento, tendo relevância mediante a profunda contingência das origens causais de nossas representações. Considerando o desconforto que há em aceitar a possessão da boa sorte genealógica no caso de crenças valoradas, o equilíbrio reflexivo depende da boa sorte genealógica para a produção de uma concepção moral bem justificada? No presente artigo, argumentarei que não: enquanto a boa sorte genealógica é necessária para quem tem preocupações predominantemente metafísicas e epistemológicas quanto à qualidade de suas crenças, o embasamento do equilíbrio reflexivo opera não nesses campos, mas no âmbito prático-moral. Dessa maneira, a boa sorte genealógica não constringe o equilíbrio reflexivo. Por fim, darei uma sugestão de como o equilíbrio reflexivo poderia aliar-se com investigações genealógicas para ampliar seu potencial. Universidade Federal de Santa Catarina2022-09-24info:eu-repo/semantics/articleinfo:eu-repo/semantics/publishedVersionArtigo avaliado pelos Paresapplication/pdfhttps://ojs.sites.ufsc.br/index.php/peri/article/view/5261PERI; v. 14 n. 1 (2022): v.14, n.1 (2022); 119-1352175-1811reponame:Journal of Lean Systemsinstname:Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC)instacron:UFSCporhttps://ojs.sites.ufsc.br/index.php/peri/article/view/5261/4805Copyright (c) 2022 Thomas Henry Silva Stantonhttps://creativecommons.org/licenses/by-nc-sa/4.0info:eu-repo/semantics/openAccessStanton, Thomas Henry Silva2022-09-26T12:31:34Zoai:ojs.sites.ufsc.br:article/5261Revistahttps://nexos.ufsc.br/index.php/leanPUBhttps://ojs.sites.ufsc.br/index.php/peri/oai||g.tortorella@ufsc.br2448-02662448-0266opendoar:2022-09-26T12:31:34Journal of Lean Systems - Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC)false |
dc.title.none.fl_str_mv |
Rawls nas Mãos do Acaso: o Equilíbrio Reflexivo Precisa da Boa Sorte Genealógica? |
title |
Rawls nas Mãos do Acaso: o Equilíbrio Reflexivo Precisa da Boa Sorte Genealógica? |
spellingShingle |
Rawls nas Mãos do Acaso: o Equilíbrio Reflexivo Precisa da Boa Sorte Genealógica? Stanton, Thomas Henry Silva metaética epistemologia da moral equilíbrio reflexivo genealogias John Rawls |
title_short |
Rawls nas Mãos do Acaso: o Equilíbrio Reflexivo Precisa da Boa Sorte Genealógica? |
title_full |
Rawls nas Mãos do Acaso: o Equilíbrio Reflexivo Precisa da Boa Sorte Genealógica? |
title_fullStr |
Rawls nas Mãos do Acaso: o Equilíbrio Reflexivo Precisa da Boa Sorte Genealógica? |
title_full_unstemmed |
Rawls nas Mãos do Acaso: o Equilíbrio Reflexivo Precisa da Boa Sorte Genealógica? |
title_sort |
Rawls nas Mãos do Acaso: o Equilíbrio Reflexivo Precisa da Boa Sorte Genealógica? |
author |
Stanton, Thomas Henry Silva |
author_facet |
Stanton, Thomas Henry Silva |
author_role |
author |
dc.contributor.author.fl_str_mv |
Stanton, Thomas Henry Silva |
dc.subject.por.fl_str_mv |
metaética epistemologia da moral equilíbrio reflexivo genealogias John Rawls |
topic |
metaética epistemologia da moral equilíbrio reflexivo genealogias John Rawls |
description |
O equilíbrio reflexivo é um método de justificação de juízos morais, concebido pelo filósofo norte-americano John Rawls. A boa sorte genealógica, por sua vez, é uma assunção metaepistêmica sobre as condições para que tenhamos conhecimento, tendo relevância mediante a profunda contingência das origens causais de nossas representações. Considerando o desconforto que há em aceitar a possessão da boa sorte genealógica no caso de crenças valoradas, o equilíbrio reflexivo depende da boa sorte genealógica para a produção de uma concepção moral bem justificada? No presente artigo, argumentarei que não: enquanto a boa sorte genealógica é necessária para quem tem preocupações predominantemente metafísicas e epistemológicas quanto à qualidade de suas crenças, o embasamento do equilíbrio reflexivo opera não nesses campos, mas no âmbito prático-moral. Dessa maneira, a boa sorte genealógica não constringe o equilíbrio reflexivo. Por fim, darei uma sugestão de como o equilíbrio reflexivo poderia aliar-se com investigações genealógicas para ampliar seu potencial. |
publishDate |
2022 |
dc.date.none.fl_str_mv |
2022-09-24 |
dc.type.driver.fl_str_mv |
info:eu-repo/semantics/article info:eu-repo/semantics/publishedVersion Artigo avaliado pelos Pares |
format |
article |
status_str |
publishedVersion |
dc.identifier.uri.fl_str_mv |
https://ojs.sites.ufsc.br/index.php/peri/article/view/5261 |
url |
https://ojs.sites.ufsc.br/index.php/peri/article/view/5261 |
dc.language.iso.fl_str_mv |
por |
language |
por |
dc.relation.none.fl_str_mv |
https://ojs.sites.ufsc.br/index.php/peri/article/view/5261/4805 |
dc.rights.driver.fl_str_mv |
Copyright (c) 2022 Thomas Henry Silva Stanton https://creativecommons.org/licenses/by-nc-sa/4.0 info:eu-repo/semantics/openAccess |
rights_invalid_str_mv |
Copyright (c) 2022 Thomas Henry Silva Stanton https://creativecommons.org/licenses/by-nc-sa/4.0 |
eu_rights_str_mv |
openAccess |
dc.format.none.fl_str_mv |
application/pdf |
dc.publisher.none.fl_str_mv |
Universidade Federal de Santa Catarina |
publisher.none.fl_str_mv |
Universidade Federal de Santa Catarina |
dc.source.none.fl_str_mv |
PERI; v. 14 n. 1 (2022): v.14, n.1 (2022); 119-135 2175-1811 reponame:Journal of Lean Systems instname:Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) instacron:UFSC |
instname_str |
Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) |
instacron_str |
UFSC |
institution |
UFSC |
reponame_str |
Journal of Lean Systems |
collection |
Journal of Lean Systems |
repository.name.fl_str_mv |
Journal of Lean Systems - Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) |
repository.mail.fl_str_mv |
||g.tortorella@ufsc.br |
_version_ |
1798329381706268672 |