Rawls nas Mãos do Acaso: o Equilíbrio Reflexivo Precisa da Boa Sorte Genealógica?

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Stanton, Thomas Henry Silva
Data de Publicação: 2022
Tipo de documento: Artigo
Idioma: por
Título da fonte: Journal of Lean Systems
Texto Completo: https://ojs.sites.ufsc.br/index.php/peri/article/view/5261
Resumo: O equilíbrio reflexivo é um método de justificação de juízos morais, concebido pelo filósofo norte-americano John Rawls. A boa sorte genealógica, por sua vez, é uma assunção metaepistêmica sobre as condições para que tenhamos conhecimento, tendo relevância mediante a profunda contingência das origens causais de nossas representações. Considerando o desconforto que há em aceitar a possessão da boa sorte genealógica no caso de crenças valoradas, o equilíbrio reflexivo depende da boa sorte genealógica para a produção de uma concepção moral bem justificada? No presente artigo, argumentarei que não: enquanto a boa sorte genealógica é necessária para quem tem preocupações predominantemente metafísicas e epistemológicas quanto à qualidade de suas crenças, o embasamento do equilíbrio reflexivo opera não nesses campos, mas no âmbito prático-moral. Dessa maneira, a boa sorte genealógica não constringe o equilíbrio reflexivo. Por fim, darei uma sugestão de como o equilíbrio reflexivo poderia aliar-se com investigações genealógicas para ampliar seu potencial.
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