Genealogia do pessimismo
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Data de Publicação: | 2023 |
Tipo de documento: | Artigo |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Peri |
Texto Completo: | https://ojs.sites.ufsc.br/index.php/peri/article/view/7201 |
Resumo: | No Livro VII da República Platão constrói a Alegoria da caverna como um dispositivo para comunicar, de modo simples e acessível, a sua visão do mundo desde o ponto de vista metafísico e epistemológico; no Livro VI, com a Analogia do sol (Rep. VI 504c et seq.), ele oferece as ferramentas necessárias para navegar o vasto arsenal conceptual que subjaz à memorável narrativa literária. No seguinte artigo nos propomos a realizar uma leitura conjunta do Livro VI e VII da República, com o objetivo de tornar explícito o pano de fundo pessimista que permeia a seção central do diálogo e o modo no qual esse subsolo se contrapõe à intencionalidade utópica que permeia o resto do texto. Diremos que o contraponto entre utopia e pessimismo não constitui um paradoxo nem uma contradição, mas uma chave de leitura útil, necessária e até urgente, para penetrar no significado cabal do pensamento platônico tal como ele se apresenta nesta obra de madurez. Concluiremos, por fim, que se bem é justo apresentar Platão como o fundador da tradição da utopia ocidental, isto só é aceitável se, ao mesmo tempo, se o apresenta como um dos mais antigos pessimistas e, enquanto tal, como o primeiro crítico da utopia. |
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Genealogia do pessimismoPlatão. Utopia. Alegoria da caverna. Pessimismo.No Livro VII da República Platão constrói a Alegoria da caverna como um dispositivo para comunicar, de modo simples e acessível, a sua visão do mundo desde o ponto de vista metafísico e epistemológico; no Livro VI, com a Analogia do sol (Rep. VI 504c et seq.), ele oferece as ferramentas necessárias para navegar o vasto arsenal conceptual que subjaz à memorável narrativa literária. No seguinte artigo nos propomos a realizar uma leitura conjunta do Livro VI e VII da República, com o objetivo de tornar explícito o pano de fundo pessimista que permeia a seção central do diálogo e o modo no qual esse subsolo se contrapõe à intencionalidade utópica que permeia o resto do texto. Diremos que o contraponto entre utopia e pessimismo não constitui um paradoxo nem uma contradição, mas uma chave de leitura útil, necessária e até urgente, para penetrar no significado cabal do pensamento platônico tal como ele se apresenta nesta obra de madurez. Concluiremos, por fim, que se bem é justo apresentar Platão como o fundador da tradição da utopia ocidental, isto só é aceitável se, ao mesmo tempo, se o apresenta como um dos mais antigos pessimistas e, enquanto tal, como o primeiro crítico da utopia.Universidade Federal de Santa Catarina2023-12-29info:eu-repo/semantics/articleinfo:eu-repo/semantics/publishedVersionapplication/pdfhttps://ojs.sites.ufsc.br/index.php/peri/article/view/7201PERI; v. 15 n. 2 (2023): Número Especial: FILOSOFIA PARA ALÉM DA FILOSOFIA (IV Colóquio Nacional e III Colóquio Internacional de Pesquisa em Filosofia da UFSC); 33-452175-1811reponame:Periinstname:Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC)instacron:UFSCporhttps://ojs.sites.ufsc.br/index.php/peri/article/view/7201/6003Copyright (c) 2023 Natalia Costa Rugnitzhttps://creativecommons.org/licenses/by-nc-sa/4.0info:eu-repo/semantics/openAccessCosta Rugnitz, Natalia2023-12-29T14:05:45Zoai:ojs.sites.ufsc.br:article/7201Revistahttp://www.nexos.ufsc.br/index.php/periPUBhttp://www.nexos.ufsc.br/index.php/peri/oaidanielschiochett@gmail.com || revistaperi@contato.ufsc.br2175-18112175-1811opendoar:2023-12-29T14:05:45Peri - Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC)false |
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