RESUMO DE TESE: A TESSITURA DA REDE: ENTRE PONTOS E ESPAÇOS. POLÍTICAS E PROGRAMAS SOCIAIS DE ATENÇÃO À JUVENTUDE – A SITUAÇÃO DE RUA EM CAMPINAS, SP.
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2010 |
Tipo de documento: | Artigo |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Cadernos Brasileiros de Terapia Ocupacional |
Texto Completo: | https://www.cadernosdeterapiaocupacional.ufscar.br/index.php/cadernos/article/view/120 |
Resumo: | A temática da juventude tem sido construída como categoria sociológica e abre o debate sobre a necessidade dacriação de políticas sociais que se direcionem para a promoção de acesso aos direitos de crianças, adolescentes ejovens, destacando-se aqueles provenientes de grupos populares. As políticas sociais, entendidas como um conjuntode ações articuladas e reconhecidas como “necessidades humanas”, realizam intervenções consoantes ou distantesdos ideários estabelecidos. Propõe-se descrever um dos programas do Plano Municipal para a Infância e Juventude,implementado em Campinas, SP, durante a gestão 2001-2004. O Plano era composto de dez programas temáticos,sendo analisado o “Criando Rede de Esperança”, o qual tinha meninos e meninas em situação de rua como populaçãoalvo.Investiga-se a rede de serviços componente do Programa no período de 2001 a 2006, questionando-se oestabelecimento efetivo de inovações sociopolíticas e a produção de mudanças na vida de seus usuários. Osprocedimentos de investigação foram: entrevistas semidirigidas com gestores das diferentes Secretarias componentesda rede, coordenadores e técnicos dos serviços e os meninos e as meninas; grupos de atividades com os adolescentesnas instituições; e observação participante no equipamento da Saúde. Lançou-se mão ainda do acompanhamento dealguns adolescentes nas ruas. Foram utilizadas trajetórias de vida de cinco jovens para a apresentação dos serviçose temáticas que as perpassavam. Observou-se que a dinâmica entre os atores configura-se sob uma tensão comcompreensões nem sempre congruentes entre os objetivos institucionais e de seus usuários, gerando pouco avançona produção de direitos para esse grupo populacional. Aponta-se que as políticas sociais concentram limites nasações desenvolvidas, marcados pela estrutura política neoliberal do Estado democrático capitalista, bem comoevidenciados pela execução de ações que se dirigem para a individualização de problemas e pouco progresso nacompreensão e enfrentamento coletivos. Todavia, produzem também um nível de cuidado e atenção que se constituicomo pontos de apoio para essa população. As políticas sociais armazenam as possibilidades de consolidar efetivamenteinovações sociopolíticas e caminham para a promoção dos direitos dos jovens brasileiros de grupos populares. Paratanto, demarca-se o desafio de as ações sociais, entre elas as de saúde pública, estabelecerem práticas inovadorase efetivas para a promoção de direitos. |
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