Afastamento do trabalho e funcionalidade: o caso de trabalhadores adoecidos por doenças da coluna lombar/Absence from work and functionality: the case of workers with lower back diseases

• Autor(a) principal: Alencar, Maria do Carmo Baracho de
• Data de Publicação: 2016
• Outros Autores: Valença, Janaina Bussola Montrezor
• Tipo de documento: Artigo
• Idioma: por; eng
• Título da fonte: Cadernos Brasileiros de Terapia Ocupacional
• DOI: 10.4322/0104-4931.ctoAO0732
• Texto Completo: https://www.cadernosdeterapiaocupacional.ufscar.br/index.php/cadernos/article/view/1393

Objetivo: Investigar os aspectos funcionais de sujeitos acometidos por doenças crônicas da coluna lombar e em situação de afastamento do trabalho. Método: Duas etapas. (1) Análise documental de prontuários abertos de pacientes atendidos no Centro de Referência em Saúde do Trabalhador (CEREST), Santos-SP, seleção de sujeitos com diagnóstico clínico de “outras dorsopatias” e queixa inicial de dor lombar. (2) Utilização de roteiro com questões semiestruturadas para a realização de entrevistas junto aos sujeitos, que foram gravadas e transcritas para análise de conteúdo, e também aplicação do instrumental Oswestry Low back Pain Scale-OSW. Resultados: Foram analisados 431 prontuários de pacientes de ambos os gêneros e 15,77% (68) apresentaram diagnóstico de “outras dorsopatias”; destes, 73,5% (50) apresentaram queixa inicial de lombalgia. Participaram das entrevistas dez (10) sujeitos, de faixa etária entre 35 a 58 anos de idade, de ambos os gêneros, profissões variadas, apresentando-se, a maioria, com baixa escolaridade. Entre os sujeitos, foram encontradas as seguintes condições: a perda de identidade em papéis sociais, em função da incapacidade; posturas que desencadeiam dores no cotidiano de vida; a necessidade de executar tarefas que podem desencadear dores, e sofrimento mental diante das situações, entre outros. Conclusão: O afastamento do trabalho por lombalgia crônica pode causar incapacidades e sofrimento, e os aspectos funcionais são relacionais e devem ser analisados e tratados sob a perspectiva biopsicossocial e por equipes multiprofissionais.