Percepção de profissionais da área de saúde mental sobre o acolhimento ao usuário de substância psicoativa em CAPSad/Mental health professional perception of the embracement towards psychoactive substance user in CAPSad

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Salles, Daiane Bernardoni
Data de Publicação: 2017
Outros Autores: Silva, Meire Luci da
Tipo de documento: Artigo
Idioma: por
eng
Título da fonte: Cadernos Brasileiros de Terapia Ocupacional
Texto Completo: https://www.cadernosdeterapiaocupacional.ufscar.br/index.php/cadernos/article/view/1516
Resumo: Introdução: A adesão ao tratamento da dependência química ainda consiste em um grande desafio não só aos usuários, mas também aos profissionais da saúde. Atualmente, as políticas públicas apontam, como ferramenta auxiliar, o desenvolvimento de um modelo de tratamento humanizado, que preconiza a prática do acolhimento. Objetivo: Investigar a percepção dos profissionais de saúde mental sobre o acolhimento oferecido ao usuário de álcool e outras drogas em Centro de Atenção Psicossocial para usuários de álcool e outras drogas (CAPSad). Método: Trata-se de um estudo do tipo exploratório descritivo e qualitativo, realizado em CAPSad do interior paulista. Participaram do estudo, seis profissionais. Para coleta de dados, foi utilizado questionário semiestruturado com 27 perguntas de autopreenchimento, sendo 15 perguntas fechadas, analisadas através de estatística descritiva, e 12 abertas, analisadas pelo método de análise de conteúdo. Resultados: Participaram do estudo, seis profissionais com tempo médio de atuação de 14,3 anos e, destes, nenhum possui capacitação em relação à prática do acolhimento. Neste estudo, cinco responderam realizar acolhimento com presença de familiar, quatro sem a presença de familiar e um prefere deixar a critério do usuário (o mesmo participante poderia assinalar mais de uma resposta). Os resultados demonstram ambiguidade da concepção de acolhimento, já que todos relataram que acolher restringe a recepção do usuário, a escuta qualificada, a orientação e a realização de encaminhamentos necessários. Conclusão: Evidenciou-se necessidade de criação de espaços formais para troca de saberes, discussão e encaminhamentos dos casos, bem como necessidade de incentivo à capacitação profissional, promovendo a identidade do acolhimento no serviço e favorecendo a adesão do usuário ao tratamento.
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