Adaptação transcultural do Quality of Communication Questionnaire para familiares e evidências de validade para pacientes e familiares, baseada na Teoria Clássica dos Testes e na Teoria da Generalizabilidade
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Data de Publicação: | 2021 |
Tipo de documento: | Tese |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Institucional da UFSC |
Texto Completo: | https://repositorio.ufsc.br/handle/123456789/229286 |
Resumo: | Tese (doutorado) - Universidade Federal de Santa Catarina, Centro de Ciências da Saúde, Programa de Pós-Graduação em Ciências Médicas, Florianópolis, 2021. |
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Adaptação transcultural do Quality of Communication Questionnaire para familiares e evidências de validade para pacientes e familiares, baseada na Teoria Clássica dos Testes e na Teoria da GeneralizabilidadeCiências médicasComunicação na medicinaEstudos de validaçãoCuidados intensivosCuidados paliativosTese (doutorado) - Universidade Federal de Santa Catarina, Centro de Ciências da Saúde, Programa de Pós-Graduação em Ciências Médicas, Florianópolis, 2021.Introdução: A comunicação efetiva está associada a desfechos positivos para o paciente e sua família. O Quality of Communication Questionnaire (QoC) é um instrumento que permite avaliar a qualidade da comunicação médico-paciente-família. Traduzido e adaptado culturalmente para o Brasil para pacientes, mas suas propriedades psicométricas ainda não investigadas. Visando preencher essa lacuna, o objetivo geral desse estudo foi realizar a adaptação transcultural para o Brasil de sua versão para familiares e avaliar as propriedades psicométricas de ambas as versões. Método: Estudo metodológico de adaptação transcultural e busca por fontes de evidências de validade. Para adaptação transcultural da versão para familiares, participaram do estudo 30 familiares de pacientes internados em cuidados intensivos (CI). Para avaliar as propriedades psicométricas de ambas as versões, os participantes foram 253 pacientes internados em CI e em cuidados paliativos (CP) e 198 familiares de pacientes internados em CI e em CP. A coleta dos dados foi realizada entre 2017 e 2019 em cinco hospitais públicos do sul do Brasil. Foram empregadas duas modelagens estatísticas para analisar as evidências de validade: Teoria Clássica dos Testes (TCT) e Teoria da Generalizabilidade (TG). A TCT foi empregada para conduzir a análise da confiabilidade por meio do Coeficiente Alfa de Cronbach (a) e para explorar a estrutura interna do instrumento através da Análise Fatorial Exploratória (AFE). A TG foi empregada para avaliar a confiabilidade através dos Coeficientes de Generalizabilidade (E?2 e ?). Resultados: Na versão adaptada do QoC para familiares, os itens foram considerados claros e apropriados para a cultura brasileira, não havendo necessidade de alterá-los. O escore médio na escala total aplicada para toda a amostra foi de 5,8 (DP=1,7); na 1ª subescala (Comunicação geral) de 9,0 (DP=1,3); e na 2ª subescala (Comunicação sobre cuidados paliativos) de 3,1 (DP=2,5). Os valores do coeficiente a para o QoC entre todos os familiares foi a = 0,87 na 1ª subescala e a = 0,71 para a 2ª subescala. Os valores dos índices de ajuste incrementais foram 0,96 (IC95% = 0,94?0,98) para comparative fit index (CFI) e 0,95 (IC95% = 0,92-0,97) para Tucker-Lewis index (TLI); para o índice parcimonioso root mean square error of approximation (RMSEA) foi 0,07 (IC90% = 0,06?0,08) e o indicador de ajustamento absoluto (?2/gl) foi 2,18. Entre os pacientes, o escore médio do QoC total foi 5,6 (DP=1,7); o escore na 1ª subescala foi de 8,8 (DP=1,5); e na 2ª subescala de 2,8 (DP=2,4). O coeficiente a para o QoC foi a = 0,86 para a 1ª subescala e 0,65 para 2ª subescala. A AP demonstrou 2 fatores a serem retidos. Este modelo apresentou índices de qualidade de ajuste muito bons, os quais foram RMSEA de 0,07 (IC90% = 0,04 ? 0,08), TLI de 0,97 (IC95% = 0,95 ? 0,98), CFI de 0,98 (IC95% = 0,97 ? 0,99) e a razão de ?2 / gl de 1,33; apresentando, portanto, uma estrutura bem definida. Os resultados envolvendo a TG, mostraram altos valores para os Coeficientes G E?2 e ? de 0,99 para pacientes e E?2 de 0,99 e ? de 0,98 para familiares. Entretanto, não apresentaram valores satisfatórios quando analisados os componentes de variância, pois se esperava que a maior fonte de variância fosse atribuída a ?pessoas? (já que estas têm natural variabilidade entre si). Porém, os resultados mostraram elevada fonte de variância para a faceta ?itens?: 49,8% para pacientes e 51,2% para familiares, deduzindo-se um relevante grau de erro de medida e que outras fontes de variabilidade pudessem estar influenciando esses valores, como a identificação do médico avaliado. Conclusão: Todas as etapas do processo de adaptação transcultural do QoC para familiares de pacientes internados foram concluídas com sucesso. Ambas as versões do QoC apresentaram boa consistência interna. O modelo proposto, incluindo todos os participantes ? pacientes e familiares de pacientes ? demonstrou alto índice de qualidade de ajuste. Este é um indicativo de um modelo bem definido com fontes de evidências de validade da versão brasileira do QoC tanto para familiares de pacientes quanto para pacientes internados.Abstract: Introduction: Effective communication is associated with positive outcomes for patients and their families. The Quality of Communication Questionnaire (QoC) is an instrument to assess the quality of doctor-patient-family communication. It had already been translated and culturally adapted to Brazil for patients, but its psychometric properties had not yet been investigated. Aiming to fill this gap, the general objective of this study was to carry out the cross-cultural adaptation of its version for family members to Brazil and to evaluate the psychometric properties of both versions. Method: Methodological study of cross-cultural adaptation and search for sources of validity evidence. For the cross-cultural adaptation of the QoC version for family members, 30 family members of patients hospitalized in intensive care (IC) participated in the study. To assess the psychometric properties of both versions, participants were 253 patients admitted to IC and palliative care (PC) and 198 relatives of patients admitted to IC and PC. Data collection was carried out between 2017 and 2019 in five public hospitals in southern Brazil. Two statistical models were used to analyze the validity evidence: Classical Test Theory (CTT) and Generalizability Theory (GT). CTT was used to conduct the reliability analysis through Cronbach's Alfa Coefficient (a) and to explore the instrument's internal structure through Exploratory Factor Analysis (EFA). GT was used to assess reliability through the Generalizability Coefficients (E?2 and ?). Results: In the QoC adapted version for family members, the items were considered clear and appropriate for Brazilian culture, so there was no need to change them. The average score on the total scale applied to the entire sample was 5.8 (SD=1.7); on the 1st subscale (General Communication), 9.0 (SD=1.3); and on the 2nd subscale (Communication about end-of-life), 3.1 (SD=2.5). The a coefficient values for QoC among all family members was a = 0.87 in the 1st subscale and a = 0.71 for the 2nd subscale. Values of the incremental fit indexes were 0.96 (CI95% = 0.94?0.98) for comparative fit index (CFI) and 0.95 (CI95% = 0.92-0.97) for Tucker-Lewis index (TLI). The result for the parsimonious root mean square error of approximation (RMSEA) index was 0.07 (CI90% = 0.06?0.08) and the absolute adjustment indicator (?2/df) was 2.18. Among the patients, the mean total QoC score was 5.6 (SD=1.7); the score in the 1st subscale was 8.8 (SD=1.5) and in the 2nd subscale, 2.8 (SD= 2.4). The a coefficient for QoC was a = 0.86 for the 1st subscale and a = 0.65 for the 2nd subscale. This model showed fine goodness-of-fit indexes: RMSEA = 0.07 (CI90% = 0.04 - 0.08), TLI = 0.97 (CI95% = 0.95 - 0.98), CFI = 0.98 (CI95% = 0.97 - 0.99) and the ratio of ?2/df = 1.33; therefore, they presented a well-defined structure. The results involving GT showed high values for the G Coefficients E?2 and ? = 0.99 for patients; and E?2 = 0.99 and ? = 0.98 for family members. However, they did not present satisfactory values when analyzing the variance components, as the greatest source of variance was expected to be ?person? (since they have natural variability among themselves). Results nevertheless showed a high source of variance for the ?items? facet: 49.8% for patients and 51.2% for family members, leading to a relevant degree of measurement error and the deduction that other sources of variability could be influencing these values, such as the identification of the evaluated physician. Conclusion: All steps of the cross-cultural adaptation process of the QoC for family members of hospitalized patients were successfully completed. Both versions of the QoC showed good internal consistency. The proposed model, including all participants ? patients and patients' families ? demonstrated a high level of goodness-of-fit. This indicates a well-defined model with sources of validity evidence of the QoC both for relatives of patients and for hospitalized patients? Brazilian version.Grosseman, SuelyOliveira Filho, Getúlio Rodrigues deUniversidade Federal de Santa CatarinaCastanhel, Flávia Del2021-10-14T19:31:39Z2021-10-14T19:31:39Z2021info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/doctoralThesis104 p.| il., gráfs.application/pdf373288https://repositorio.ufsc.br/handle/123456789/229286porreponame:Repositório Institucional da UFSCinstname:Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC)instacron:UFSCinfo:eu-repo/semantics/openAccess2021-10-14T19:31:39Zoai:repositorio.ufsc.br:123456789/229286Repositório InstitucionalPUBhttp://150.162.242.35/oai/requestopendoar:23732021-10-14T19:31:39Repositório Institucional da UFSC - Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC)false |
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