Trajetória e acesso educacional das jovens rurais do interior de Santa Catarina

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Klock, Patrícia
Data de Publicação: 2022
Tipo de documento: Trabalho de conclusão de curso
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UFSC
Texto Completo: https://repositorio.ufsc.br/handle/123456789/234432
Resumo: TCC (graduação) - Universidade Federal de Santa Catarina, Centro de Filosofia e Ciências Humanas, Curso de Ciências Sociais.
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spelling Trajetória e acesso educacional das jovens rurais do interior de Santa CatarinaJovens rurais.Educação.Trajetórias.Rural youth.Education.Trajectories.TCC (graduação) - Universidade Federal de Santa Catarina, Centro de Filosofia e Ciências Humanas, Curso de Ciências Sociais.Esse trabalho teve como objetivo compreender a questão do acesso à educação e a trajetória de jovens rurais do interior de Santa Catarina. A pesquisa de campo teve como recortes jovens rurais que estudaram no Instituto Federal Catarinense – Campus Ibirama, as quais foram mapeadas a partir do método de arborescência/bola de neve e posteriormente selecionadas para a realização de entrevista semiestruturada. Dessa forma, realizou-se um mapeamento, e como resultado desse, foi possível localizar dez jovens rurais as quais residem na região do Alto Vale do Itajaí em Santa Catarina e foram entrevistadas duas no decorrer do presente trabalho. No Brasil ocorre um forte e constante processo de êxodo rural, principalmente das jovens, que consequentemente leva ao envelhecimento e a masculinização do campo. Além disso, se observa, historicamente que as trajetórias de jovens mulheres possuíam relação direta com o casamento, o celibato civil ou o religioso, em que elas se encontravam em uma posição de subordinação ao masculino. No entanto, observou-se mudanças no processo de reprodução social da agricultura familiar, houve um deslocamento de foco da família (coletivo) para o pessoal (individual) devido a uma maior flexibilização no padrão de herança visando projetos mais individualizados. Esse processo está atrelado a migração das jovens em busca de melhores condições de vida e acesso à renda, existindo um estímulo por parte da família, para que as filhas, que dificilmente são as sucessoras, migrem em busca de realizar uma reconversão social. Nesse sentido, o maior acesso à educação no meio rural pode despertar o interesse dos jovens de ali realizarem seus projetos de vida? (sucessão). Ou, ao contrário, o acesso à educação é o primeiro passo para a migração para as cidades? É importante considerar que a escola tradicionalmente, reproduz a estrutura social entre dominantes e dominados. E são as trajetórias diferenciadas por questões como as relações de gênero, de classe social, de origem social, entre outras, em que os investimentos escolares estão atrelados às condições da reprodução social da agricultura familiar. Constataram-se, entre as entrevistadas, trajetórias que focam no estudo e no trabalho voltado para o meio urbano. Há ainda uma busca por uma educação de qualidade visando à continuidade dos estudos. Além de que, o processo de socialização dessas jovens se deu com enfoque em atividades domésticas ou compreendidas como “ajuda” pelas jovens, ou seja, não houve muitos incentivos para que fossem sucessoras. Em suma, muitas questões permanecem abertas para pesquisas futuras.This work aimed to understand the issue of access to education and the trajectory of rural young people in the interior of Santa Catarina. The field research had as clippings young rural people who studied at the Instituto Federal Catarinense - Campus Ibirama, which were mapped using the arborescence/snowball method and later selected to carry out a semi structured interview. In this way, a mapping was carried out, and as a result of this, it was possible to locate ten rural young people who live in the region of Alto Vale do Itajaí in Santa Catarina and two were interviewed in the course of this work. In Brazil, there is a strong and constant process of rural exodus, especially of young women, which consequently leads to aging and masculinization of the countryside. In addition, it is observed, historically, that the trajectories of young women had a direct relationship with marriage, civil or religious celibacy, in which they were in a position of subordination to the masculine. However, changes were observed in the process of social reproduction of family farming, there was a shift in focus from the family (collective) to the personal (individual) due to a greater flexibility in the inheritance pattern, aiming at more individualized projects. This process is linked to the migration of young women in search of better living conditions and access to income, with the family encouraging their daughters, who are hardly the successors, to migrate in search of social reconversion. In this sense, can greater access to education in rural areas arouse the interest of young people to carry out their life projects there? (succession). Or, on the contrary, is access to education the first step towards migration to cities? It is important to consider that the school traditionally reproduces the social structure between dominant and dominated. And the trajectories are differentiated by issues such as gender relations, social class, social origin, among others, in which school investments are linked to the conditions of social reproduction of family farming. It was found, among the interviewees, trajectories that focus on study and work focused on the urban environment. There is still a search for a quality education aiming at the continuity of studies. In addition, the socialization process of these young women focused on domestic activities or understood as “help” by the young women, that is, there were not many incentives for them to be successors. In short, many questions remain open for future research.Florianópolis, SCBordignon, Rodrigo da RosaUniversidade Federal de Santa CatarinaKlock, Patrícia2022-05-16T16:41:09Z2022-05-16T16:41:09Z2022-03-24info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/bachelorThesis78fapplication/pdfhttps://repositorio.ufsc.br/handle/123456789/234432info:eu-repo/semantics/openAccessporreponame:Repositório Institucional da UFSCinstname:Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC)instacron:UFSC2022-05-16T16:41:09Zoai:repositorio.ufsc.br:123456789/234432Repositório InstitucionalPUBhttp://150.162.242.35/oai/requestopendoar:23732022-05-16T16:41:09Repositório Institucional da UFSC - Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC)false
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