Riqueza de espécies e endemismo em ilhas oceânicas do atlântico: Testando premissas de biogeografia de ilhas

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Hachich, Nayara Fernanda
Data de Publicação: 2011
Tipo de documento: Trabalho de conclusão de curso
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UFSC
Texto Completo: https://repositorio.ufsc.br/xmlui/handle/123456789/132556
Resumo: TCC(graduação) - Universidade Federal de Santa Catarina. Centro de Ciências Biológicas. Biologia.
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spelling Riqueza de espécies e endemismo em ilhas oceânicas do atlântico: Testando premissas de biogeografia de ilhasBiogeografia de IlhasOceano AtlânticoEndemismoRiqueza de espéciesPeixes recifaisGastrópodesMacroalgasTCC(graduação) - Universidade Federal de Santa Catarina. Centro de Ciências Biológicas. Biologia.Grande parte dos estudos testando padrões biogeográficos utiliza organismos terrestres como modelo, todavia, os padrões identificados podem não ser aplicáveis a organismos marinhos. Uma minoria desses estudos se dá em ilhas oceânicas, que constituem melhores unidades de estudo, sendo que dentre os realizados no oceano Atlântico, todos são restritos a um único arquipélago. Há então a necessidade de estudos em grande escala com organismos marinhos no Oceano Atlântico a fim de verificar se os mesmos padrões biogeográficos são observados, assim como de estudos que contemplem diversos grupos de espécies, para que se possa testar a aplicabilidade e generalidade das premissas de biogeografia de ilhas. Para este estudo foram obtidos dados de riquezas de peixes recifais, gastrópodes e macroalgas e de porcentagem de endemismo de peixes recifais para 11 ilhas oceânicas do Atlântico: Santa Helena, Ascensão, São Tomé & Príncipe, Cabo Verde, Canárias, Açores, Madeira, Bermudas, Trindade, São Pedro e São Paulo, e Fernando de Noronha. Tais dados foram comparados através de regressões simples com as áreas de plataforma rasa, latitudes, idades geológicas e isolamentos das ilhas (distâncias ao ambiente recifal e continente mais próximos). Os resultados sustentam dois padrões de Biogeografia de Ilhas, a relação positiva endemismo-isolamento e a relação positiva espécie-área. Dentre as medidas de isolamento, distância ao ambiente recifal mais próximo explicou melhor a variação na porcentagem de endemismo do que distância ao continente mais próximo, provavelmente devido ao fato de qualquer outro ambiente recifal servir de fonte de espécies para a ilha em questão, mantendo o fluxo gênico e diminuindo a probabilidade de surgimento de neo-endêmicos. Para os três grupos foram calculadas as equações que melhor se ajustam à curva de relação espécie-área, sendo para os três casos a equação geométrica. Tal equação está de acordo com o Modelo Função Potência proposto pela Teoria de Biogeogafia de Ilhas, reforçando ainda mais a generalidade da mesma. Não foram verificadas relações entre porcentagem de endemismo e área de plataforma rasa, latitude ou idade da ilha, e tampouco entre riqueza de espécies e latitude. Por fim, tampouco foi verificada relação entre riqueza e distância da ilha ao ambiente recifal mais próximo, mas apenas uma tendência (não significativa) de relação negativa entre elas. Todavia, as ilhas mais próximas do continente são também as mais velhas, e visto haver uma forte relação positiva entre idade da ilha e suas riquezas, é possível concluir que tal tendência é apenas conseqüência da relação idade-isolamento. Assim, para ilhas oceânicas do Atlântico, a riqueza de organismos marinhos costeiros parece responder melhor à variação na idade geológica da ilha do que no isolamento, ou seja, é provável que o tempo seja mais relevante que o espaço sobre os processos que determinam os padrões biogeográficos dos grupos marinhos costeiros, de forma que com o decorrer de milhares de anos as espécies consigam, de alguma maneira, sobrepor determinadas barreiras impostas pelas distâncias e colonizar as ilhas.Most studies testing biogeographical patterns are conducted using terrestrial organisms as models, although recognized patters may not apply to marine organisms. Moreover, just a few of these studies have been developed in oceanic islands, which constitute better units for biogeography studies. Nonetheless, all of those studies taken on the Atlantic Ocean are restricted to a single archipelago. Thus, large scale studies on Atlantic Ocean using marine organisms as models are required in order to test if the same biogeographical patterns are expressed. Also studies that examine different groups of species are required to enable testing the applicability and generality of island biogeography assumptions. Unlike previous studies, species richness data for three distinct marine groups - reef fish, gastropods and seaweeds - as well as percentage of reef fish endemism were compiled to 11 Atlantic oceanic islands: Saint Helena, Ascension, São Tomé & Príncipe, Cap Verde Island, Canaries, Azores, Madeira, Bermuda, Trindade Island, Saint Paul’s Rocks and Fernando de Noronha. Richness and endemism data were regressed against islands shallow shelf surface (area), latitude, geological age and isolation (distance from nearest reef habitat and from mainland). Results corroborated with two substantial biogeographical patterns: the species-isolation and species-area positive relationships. Among the two isolation measures considered, distance from nearest reef habitat explained better the percentage of endemism levels than distance from mainland did. This might be an effect of other reef habitat acting as a source of species to the island, keeping gene flow and decreasing the neo-endemic emergence probability. For each of the three groups were calculated the mathematical model that best fits the regression curve of species richness against area, that were geometrical equations (S=C*Az) for all of them, as predicted by the Island Biogeography Theory. This result strengthens the generality of this theory. There were no significant relationships between percentage of endemism and islands shallow shelf surface, latitude or geological age, neither between species richness and latitude. Finally, no correlation between species richness and distance from the nearest reef habitat was found, but a trend (non-significant) of inverse relationship between richness and distance from mainland was verified. However, islands get older as they approach from mainland, so that the closest islands are also the oldest, and given that a highly significant positive relationship was detected between islands species richness and their geological age, it suggests that this trend is simply a consequence of the age-isolation relationship. The island’s geological age seems to explain more properly the variation of marine organisms’ richness when compared to isolation, that is, time is likely to play a more fundamental role than distance on the process that shape biogeographical patterns of shallow marine groups. So that, over thousands of years species are able, somehow, to overcome certain barriers imposed by distance and colonize the islands.Florianópolis, SC.Floeter, Sergio RicardoUniversidade Federal de Santa CatarinaHachich, Nayara Fernanda2015-05-04T19:53:11Z2015-05-04T19:53:11Z2011-02info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/bachelorThesis42application/pdfhttps://repositorio.ufsc.br/xmlui/handle/123456789/132556porreponame:Repositório Institucional da UFSCinstname:Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC)instacron:UFSCinfo:eu-repo/semantics/openAccess2015-05-04T19:53:11Zoai:repositorio.ufsc.br:123456789/132556Repositório InstitucionalPUBhttp://150.162.242.35/oai/requestopendoar:23732015-05-04T19:53:11Repositório Institucional da UFSC - Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC)false
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