Preparação, caracterização e avaliação da eficácia terapêutica de microesferas de camptotecina preparadas a partir da poli-£-caprolactona

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Dora, Cristiana Lima
Data de Publicação: 2003
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UFSC
Texto Completo: http://repositorio.ufsc.br/xmlui/handle/123456789/85826
Resumo: Dissertação (mestrado) - Universidade Federal de Santa Catarina, Centro Centro de Ciências da Saúde. Programa de Pós-Graduação em Farmácia.
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spelling Preparação, caracterização e avaliação da eficácia terapêutica de microesferas de camptotecina preparadas a partir da poli-£-caprolactonaFarmáciaCamptotecinaUso terapeuticoDissertação (mestrado) - Universidade Federal de Santa Catarina, Centro Centro de Ciências da Saúde. Programa de Pós-Graduação em Farmácia.A camptotecina é um fármaco que apresenta uma considerável atividade antitumoral cujo mecanismo de ação envolve a inibição da topoisomerase I, enzima presente em altas concentrações nos tumores. Entretanto, a administração intravenosa deste fármaco é limitada devido a sua baixa solubilidade aquosa em soluções apresentando baixos valores de pH, e a sua inativação, decorrente da abertura do anel lactônico, em pH fisiológico. Além disso, a administração de camptotecina em doses baixas e protocolos prolongados tem demonstrado ser mais efetiva para o tratamento do câncer do que o emprego de altas doses por um curto período de tempo, tornando este fármaco perfeitamente adaptável para a utilização em estratégias terapêuticas que visam a liberação prolongada. Diante disso, o objetivo deste trabalho foi preparar microesferas de poli-e-caprolactona (PCL) contendo camptotecina, visando à manutenção da integridade da molécula frente à inativação pelo pH fisiológico, o prolongamento da liberação do fármaco e a melhoria da eficácia terapêutica. As microesferas de PCL contendo camptotecina (CPT) foram preparadas pela técnica de emulsificação/extração do solvente. A influência da quantidade de CPT inicialmente adicionada (15, 30 e 60 mg) sobre a encapsulação do fármaco, bem como sobre as características das partículas foi avaliada. Após determinação da camptotecina por CLAE, a eficiência de encapsulação se manteve em torno de 81% em todas preparações, mas o teor de fármaco aumentou proporcionalmente com o aumento da quantidade inicial de CPT. A obtenção de partículas esféricas apresentando superfície rugosa com tamanho em torno de aproximadamente 1-100mm foi verificada após visualização das microesferas por MEV, tendo sido a rugosidade relacionada à rápida eliminação do solvente orgânico da fase interna da emulsão proporcionada pela adição de etanol. Além disso, a presença de cristais de fármaco foi evidenciada na superfície das microesferas preparadas com 30 e 60 mg de CPT. Os ensaios de liberação in vitro foram realizados empregando-se como meio uma solução de tampão fosfato pH 7,4 a 37oC contendo Tween 80 2% (p/v). Para as microesferas preparadas com 15 e 30 mg de CPT foram obtidos percentuais de liberação em torno de 100% após 72 horas para ambas formulações, sendo esta governada predominantemente por um fenômeno de difusão. No entanto o efeito burst variou sendo de 7% e 35% para as microesferas preparadas com 15 e 30 mg de CPT, respectivamente. Este resultado foi associado à presença de cristais de fármaco na superfície das partículas. A eficácia terapêutica das microesferas foi avaliada empregando-se o ensaio de metástase pulmonar, após a inoculação intraorbital de células B16-F10 em camundongos. Diferentes grupos de animais foram tratados com as microesferas e com o fármaco livre em intervalos de 3 ou 5 dias durante 24 dias. Após, os camundongos foram sacrificados, os pulmões foram removidos e o número de metástases foi contado. O sangue dos animais, previamente coletado por punção cardíaca, foi analisado para avaliação da toxicidade renal e hematológica. Neste ensaio, foi observado que todos os grupos tratados com a camptotecina conduziram à diminuição significativa do número de metástases pulmonares. No entanto, a presença de toxicidade foi verificada pela alta taxa de letalidade, perda significativa de peso e neutropenia, nos animais que receberam o fármaco livre. Nos grupos de camundongos tratados com as microesferas de camptotecina foi observada perda de peso significativa apenas naqueles que receberam o fármaco a cada 3 dias, mas não ocorreram óbitos nem neutropeunia. Desta maneira, as microesferas de camptotecina apresentaram eficácia terapêutica similar aquela do fármaco livre, mas com toxicidade significantemente reduzida. A administração de microesferas de CPT de liberação prolongada a cada 5 dias demonstrou ser mais segura, além de apresentar a vantagem de evitar o procedimento de perfusão intravenosa, geralmente incômodo ao paciente.Florianópolis, SCSenna, Elenara Maria Teixeira LemosSilva, Marcio Alvarez daUniversidade Federal de Santa CatarinaDora, Cristiana Lima2012-10-20T23:47:01Z2012-10-20T23:47:01Z20032003info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisxiii, 104 f.| il., tabs., grafs.application/pdf194979http://repositorio.ufsc.br/xmlui/handle/123456789/85826porreponame:Repositório Institucional da UFSCinstname:Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC)instacron:UFSCinfo:eu-repo/semantics/openAccess2013-05-03T16:34:03Zoai:repositorio.ufsc.br:123456789/85826Repositório InstitucionalPUBhttp://150.162.242.35/oai/requestopendoar:23732013-05-03T16:34:03Repositório Institucional da UFSC - Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC)false
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