Práticas matemáticas visuais produzidas por alunos surdos: entre números, letras e sinais

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: KIPPER, Daiane
Data de Publicação: 2015
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UFSC
Texto Completo: https://repositorio.ufsc.br/handle/123456789/188462
Resumo: Esta dissertação tem por objetivo analisar as práticas matemáticas visuais produzidas por um grupo de alunos surdos, em uma escola estadual da região do Vale do Rio Pardo, no estado do Rio Grande do Sul. Com base nesse objetivo, apresento as problemáticas que conduzem o presente estudo: Como são produzidas, por um grupo de alunos surdos, práticas matemáticas visuais? Quais implicações curriculares emergem destes modos de produção? Para tal empreendimento, apoio-me nos estudos sobre o currículo escolar em suas interlocuções com a Etnomatemática, onde se encontram ferramentas teórico-metodológicas para analisar o material. Para dar conta dessa problemática, a parte empírica da pesquisa foi realizada em uma escola referência no atendimento de alunos surdos. Teve como sujeitos seis alunos surdos de uma turma do 6º ano e uma professora das séries iniciais do EF (que havia trabalhado com esses alunos no ano anterior). O material de pesquisa foi produzido a partir de: quatro oficinas de frações realizadas com os alunos surdos, excertos do diário de campo, material escrito produzido pelos mesmos; pareceres descritivos dos anos iniciais do EF desses alunos; entrevista com a referida professora; e plano de estudos do 6º ano do EF da escola pesquisada. Da análise do material de pesquisa emergiram três unidades de análises: a) as relações de poder impressas nos pareceres descritivos; b) a posição entre o visual e o escrito na Matemática Escolar; c) As práticas matemáticas visuais produzidas no currículo escolar. No que diz respeito à Matemática para surdos, o estudo assinalou para a um currículo, que não se reduza apenas a tradução dos conteúdos da Língua Portuguesa para a Língua de Brasileira de Sinais, mas que esteja mais atento às práticas visuais produzidas por surdos. Considera-se, em nível de resultados para discussão deste trabalho, que a convenção ou criação de sinais na disciplina de Matemática, posta em ação no currículo que almeja uma educação bilíngue para surdos, pode tornar a disciplina de Matemática mais próxima da comunidade surda. E que essa produção seja uma legado para a comunidade surda.
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Para tal empreendimento, apoio-me nos estudos sobre o currículo escolar em suas interlocuções com a Etnomatemática, onde se encontram ferramentas teórico-metodológicas para analisar o material. Para dar conta dessa problemática, a parte empírica da pesquisa foi realizada em uma escola referência no atendimento de alunos surdos. Teve como sujeitos seis alunos surdos de uma turma do 6º ano e uma professora das séries iniciais do EF (que havia trabalhado com esses alunos no ano anterior). O material de pesquisa foi produzido a partir de: quatro oficinas de frações realizadas com os alunos surdos, excertos do diário de campo, material escrito produzido pelos mesmos; pareceres descritivos dos anos iniciais do EF desses alunos; entrevista com a referida professora; e plano de estudos do 6º ano do EF da escola pesquisada. Da análise do material de pesquisa emergiram três unidades de análises: a) as relações de poder impressas nos pareceres descritivos; b) a posição entre o visual e o escrito na Matemática Escolar; c) As práticas matemáticas visuais produzidas no currículo escolar. No que diz respeito à Matemática para surdos, o estudo assinalou para a um currículo, que não se reduza apenas a tradução dos conteúdos da Língua Portuguesa para a Língua de Brasileira de Sinais, mas que esteja mais atento às práticas visuais produzidas por surdos. Considera-se, em nível de resultados para discussão deste trabalho, que a convenção ou criação de sinais na disciplina de Matemática, posta em ação no currículo que almeja uma educação bilíngue para surdos, pode tornar a disciplina de Matemática mais próxima da comunidade surda. 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