Globalização e crise: o sistema capitalcrático ultrapassa o limite da exploração do trabalho
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Data de Publicação: | 2012 |
Tipo de documento: | Tese |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Institucional da UFSC |
Texto Completo: | http://repositorio.ufsc.br/xmlui/handle/123456789/94322 |
Resumo: | Tese (doutorado) - Universidade Federal de Santa Catarina, Centro de Filosofia e Ciências Humanas, Programa de Pós-Graduação em Sociologia Política, Florianópolis, 2010 |
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Globalização e crise: o sistema capitalcrático ultrapassa o limite da exploração do trabalhoSociologia politicaCapitalismoGlobalizaçãoNeoliberalismoTrabalhoTrabalhadoresRelações trabalhistasTese (doutorado) - Universidade Federal de Santa Catarina, Centro de Filosofia e Ciências Humanas, Programa de Pós-Graduação em Sociologia Política, Florianópolis, 2010Esta pesquisa analisou a intensificação da exploração dos trabalhadores no contexto da crise estrutural do capital, iniciada nos anos 70, tendo por base o período neoliberal no Brasil (1990-2005). Após, analisou-se as consequências dessa intensificação para os trabalhadores brasileiros e suas repercussões para a classe trabalhadora mundial e para o meio ambiente. Quanto à crise econômica, quando foram iniciados os estudos em 2004, ela era imperceptível no âmbito acadêmico e social, tornando-se recorrente apenas em 2008, ocasião em que se tornou aguda como crise financeira nos EUA, desencadeando desemprego em massa e recessão econômica nos países centrais e periféricos do sistema capitalista. Utilizou-se, aqui, como metodologia, séries históricas de dados estatísticos oficiais e de fontes qualitativas secundárias para se observar a evolução dos indicadores de precarização do trabalho promovida pela reestruturação produtiva de forma flexível. As consequências da intensificação da exploração ficaram evidentes por meio desses dados, que apontaram o aumento de índices, no período estudado, de casos de doenças físicas e distúrbios emocionais, bem como o surgimento de novas doenças e maiores índices de acidentes e mortes no processo de trabalho. O produtivismo de mercadorias de obsolescência planejada, intensificado pela concorrência mundial, vem desgastando os trabalhadores na produção para a extração da mais-valia, com o intuito de manter a média da lucratividade dos empresários, ao mesmo tempo em que depreda o meio ambiente, o qual é fonte de matéria-prima e substrato material do trabalho. Dessa forma, ocasiona poluições diversas, tal como a emissão de CO2, que prejudica a camada de ozônio e provoca o aumento da temperatura no Planeta, desencadeando a diminuição das geleiras e o consequente aumento dos níveis dos mares e mudanças climáticas, pondo sob ameaça a existência da humanidade na configuração geográfica do mundo único que se consolida. Nesse contexto da globalização econômica neoliberal, e com o intuito de manter seus imperativos de expansão e acumulação para a valorização do capital, o capitalismo revelou-se enquanto um Sistema Capitalcrático, configurado em uma síntese de um império econômico e político, no qual a classe que possui a hegemonia econômica também personifica o poder político mundial. Observa-se que, durante a ascensão histórica do sistema do capital, este defendia a democracia como seu corolário, porém, nessa conclusão do seu imperativo de expansão, que se define por globalização, e do imperativo da acumulação, que se define por neoliberalismo, mostra-se como um Sistema Capitalcrático. Assim sendo, os poderes instituídos do Estado este como estrutura política do sistema - priorizam os interesses dos capitalistas por meio da flexibilização das leis trabalhistas, mostrando a relação intrínseca, mediada e necessária entre o econômico e o político, que dá contornos a uma capitalcracia (poder do capital) e não a uma democracia (poder do povo). Esta pesquisa demonstrou que o modo de produção capitalista ultrapassou o limite da exploração do trabalho, quando exaure os trabalhadores e o meio ambiente por causas antrópicas sob sua administração, no seu constante processo de produção de mercadorias para a maximização da mais-valia, na sua lógica de valorização, acumulação e centralização da riqueza, caracterizando a incompatibilidade do Sistema Capitalcrático com o progresso humano.This research analyzed the intensification of workers' exploitation in the context of capital structure crises, initiated in the 70's, during the neoliberal period in Brazil (1990-2005). Posteriorly, consequences of this intensification for Brazilian workers and repercussions for the world workers' class and for the environment were investigated. In relation to the economical crisis, in 2004, when the studies were initiated, it was imperceptible in the academic and social field, and became recurrent only in 2008, in which it turned out as a serious financial crises in U.S.A, fact that trigged massive unemployment and economical recession in central and peripheral countries of the system. Methodologically, historical series of official statistics data were used from secondary qualitative sources, in order do observe the evolution of the indicators of work weakness brought by the flexible and productive restructuring. The consequences of intense exploitation were unequivocal through the data, that pointed out the increase of index, in the studied period, of cases of physical diseases and emotional disorders, besides the uprising of new diseases and more cases of accidents and death in work processes. Good productivity of planned obsolescence, intensified by world competition, has worn out the workers in the production for the extraction of surplus value, with the objective of keeping the businessman's profit, depredating the environment, as the source for raw material and work essence, at the same time. Therefore, it causes pollution, as CO2 emission, that damages the ozone layer and causes temperature increasing in the planet, unleashing the glaciers' decreasing and the consequent increase of sea level and climate changes, which threatens the existence of humanity in the geographic patterns of the only world that is being consolidated. In the context of neoliberal economical globalization, and with the purpose of maintaining its imperatives of expansion and accumulation for the capital increase in value, capitalism has come out as a Capitalcratic System, characterized in a synthesis of a political and economical empire, in which the class possessing financial hegemony also personifies the world and political power. It is possible to observe that, during the historical rise of capital system, it considered democracy as its corollary. However, in the conclusion of its expansion imperative, that is defined by globalization, and of the accumulation imperative, that is defined by neoliberalism, it is been presented as a Capitalcratic System. Thus, powers established by the State # as a political structure of the system # prioritize capitalist's interests through flexible work laws, which shows the intrinsic, mediated and necessary relationship between the economical and the political, and outlines capitalcracy (power of capital), instead of democracy (power of people). This research verified that capitalism production exceeded the limit of work exploitation, in situations that run down workers and environment for management causes, in a constant process of good production to maximize the surplus value, in its logic of wealth accumulation and centralization, which characterizes an incompatibility between Capitalcratic System and human progress.Sousa, Fernando Ponte deUniversidade Federal de Santa CatarinaCorrêa, Valcionir2012-10-25T08:44:00Z2012-10-25T08:44:00Z2012-10-25T08:44:00Zinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/doctoralThesis454 f.| il., grafs., tabs.application/pdf277930http://repositorio.ufsc.br/xmlui/handle/123456789/94322porreponame:Repositório Institucional da UFSCinstname:Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC)instacron:UFSCinfo:eu-repo/semantics/openAccess2013-05-03T17:44:48Zoai:repositorio.ufsc.br:123456789/94322Repositório InstitucionalPUBhttp://150.162.242.35/oai/requestopendoar:23732013-05-03T17:44:48Repositório Institucional da UFSC - Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC)false |
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