Abordagem ergonômica do afastamento por adoecimento de trabalhadores da indústria de processamento de frango e suíno
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Data de Publicação: | 2012 |
Tipo de documento: | Tese |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Institucional da UFSC |
Texto Completo: | http://repositorio.ufsc.br/xmlui/handle/123456789/99440 |
Resumo: | Tese (doutorado) - Universidade Federal de Santa Catarina, Centro Tecnológico. Programa de Pós-Graduação em Engenharia de Produção |
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Abordagem ergonômica do afastamento por adoecimento de trabalhadores da indústria de processamento de frango e suínoEngenharia de produçãoErgonomiaDoenças profissionaisTrabalhadores da industriaSaude e trabalhoTese (doutorado) - Universidade Federal de Santa Catarina, Centro Tecnológico. Programa de Pós-Graduação em Engenharia de ProduçãoO crescimento econômico da indústria de processamento de frango e suíno causa impacto tanto mercadológico quanto social. O aumento de exportação e produção nesta área industrial reflete nos perfis de morbidade dos trabalhadores e causa adoecimento e afastamento temporário ou permanente. O objetivo deste estudo foi analisar os sentidos do afastamento por adoecimento para os trabalhadores de indústria de processamento de frango e suíno na microrregião de Toledo, no Estado do Paraná e teve como facilitador o Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias de Alimentação. Caracterizou-se como um estudo descritivo, exploratório, de abordagem qualiquantitativa, cuja amostra não probabilística foi de 77 indivíduos afastados, que responderam a dois questionários, o primeiro para traçar o perfil sociodemográfico e o segundo, o Perfil de Saúde de Nottingham (PSN), para verificar a qualidade de vida. Dessa amostra, foi realizado um recorte voluntário, constituído por 14 indivíduos que participaram de uma entrevista semiestruturada, cujo roteiro, com 15 questões abordou a percepção e o entendimento dos trabalhadores quanto ao sentido do adoecimento e afastamento. Como instrumento da análise dos questionários, foi usado o Statistical Package for Scientific Science (SPSS) versão 12.0. Para a entrevista, utilizou-se a análise do discurso segundo Michel Pêcheux. Os resultados dos questionários demonstraram que 94,4% dos indivíduos são procedentes de cidades do Estado do Paraná. Destes, 39% são de Toledo, 66,2% são do sexo feminino, têm em média 39,82 anos e 72,7% são casados. Quanto ao grau de instrução, 36,4% completaram o segundo grau, 32,5% completaram o primeiro e 31,2% não completaram o primeiro. Antes do afastamento trabalharam na indústria de processamento em média por 9,6 anos, sendo que 61% trabalharam no setor de frango e 33,8% com suíno, 49,4% trabalharam no primeiro turno e 40,3% no segundo turno. Estão afastados, em média, há 19,9 meses. A maioria, 89,6%, gostava do trabalho e 67,5% não pretendem retornar na mesma função. Quanto às doenças que desencadearam o afastamento, verificou-se que a maioria dos trabalhadores afastados (84,3%) foi acometida por doenças do sistema musculoesquelético. Dos 77 indivíduos respondentes, 13,2% referiram transtorno mental, principalmente depressão, e apenas 2,4% relataram cardiopatias. Fazem uso de medicamentos para dor 68,8% e, para depressão, 20,8%. Quanto ao Perfil de Saúde de Nottingham, os domínios relativos à dor e à energia são os que apresentaram escores mais altos, ou seja, mais comprometidos. Na análise do discurso, verificou-se que o trabalhador afastado se sente humilhado, excluído, abandonado, maltratado, revoltado com a empresa, com o médico da empresa, embora no equívoco sinta falta da empresa. Conclui-se que esse sistema de produção exige um esforço além dos limites dos trabalhadores, mas isso não é levado em conta quando o trabalhador é afastado, causando-lhe mais sofrimento físico e psíquico e temor quanto à possibilidade de retornar à atividade que o levou ao afastamento.Florianópolis, SCMoro, Antônio Renato PereiraUniversidade Federal de Santa CatarinaTokars, Eunice2013-03-04T20:25:54Z2013-03-04T20:25:54Z20122012info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/doctoralThesis223 p.| il., grafs., tabs.application/pdf313800http://repositorio.ufsc.br/xmlui/handle/123456789/99440porreponame:Repositório Institucional da UFSCinstname:Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC)instacron:UFSCinfo:eu-repo/semantics/openAccess2013-05-06T01:13:50Zoai:repositorio.ufsc.br:123456789/99440Repositório InstitucionalPUBhttp://150.162.242.35/oai/requestopendoar:23732013-05-06T01:13:50Repositório Institucional da UFSC - Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC)false |
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