Abundância estrutura interações de contato com corais em recifes brasileiros

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Monteiro, Ana Carolina Grillo
Data de Publicação: 2016
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: eng
Título da fonte: Repositório Institucional da UFSC
Texto Completo: https://repositorio.ufsc.br/xmlui/handle/123456789/167932
Resumo: Dissertação (mestrado) - Universidade Federal de Santa Catarina, Centro de Ciências Biológicas. Programa de Pós-Graduação em Ecologia, Florianópolis, 2016
id UFSC_0c5619e7edcf53e2ccf57b70b27f2bda
oai_identifier_str oai:repositorio.ufsc.br:123456789/167932
network_acronym_str UFSC
network_name_str Repositório Institucional da UFSC
repository_id_str 2373
spelling Abundância estrutura interações de contato com corais em recifes brasileirosEcologiaEcologia dos recifes de coralEcossistemasDissertação (mestrado) - Universidade Federal de Santa Catarina, Centro de Ciências Biológicas. Programa de Pós-Graduação em Ecologia, Florianópolis, 2016Interações ecológicas entre as espécies de um ecossistema desempenham um importante papel na estrutura e funcionamento de comunidades. Portanto, uma das questões centrais em ecologia é compreender os mecanismos que afetam as interações ecológicas em diferentes ecossistemas. Os ambientes recifais apresentam uma das maiores riquezas de espécies e de interações ecológicas. Nesses ecossistemas, o substrato é densamente ocupado por organismos bentônicos, que frequentemente se contatam fisicamente e interagem entre si. O tipo de interação estabelecida pode favorecer o contato físico entre as espécies envolvidas, no caso de mutualismos, ou desfavorecer esse contato, no caso de interações antagonísticas. No Brasil, ecossistemas recifais são principalmente representados por recifes biogênicos marginais e por recifes rochosos. Apesar de ecossistemas semelhantes a esses ocorrerem em todo o mundo, a maior parte dos estudos sobre interações ecológicas entre organismos bentônicos, sobretudo em ecossistemas tropicais, foi feita em recifes de corais. Nesse estudo, avaliamos as interações de contato físico entre corais pétreos e outros organismos bentônicos em quatro áreas ao longo da costa brasileira, duas no leste e duas do sul, investigando se as interações ocorreram de acordo com a abundância das categorias de organismos envolvidos. Ainda, utilizamos a abordagem de redes complexas para examinar a estrutura das interações das três áreas de estudo mais ao norte. O número de espécies de corais e outras categorias de organismos bentônicos foi maior em recifes do leste do que do sul, assim como o número de categorias nas interações de contato com corais. Nos quatro locais de estudo, a abundância das categorias diretamente determinou a abundância das interações de contato entre organismos bentônicos, independente da identidade ou riqueza das categorias ou das características físicas dos recifes. Em todas as áreas de estudo, as espécies de corais interagiram mais com o grupo bentônico mais abundante: a matriz de algas epilíticas. Essa grande importância da abundância das espécies nas interações estudadas pode ser explicada pelas condições particulares dos recifes brasileiros, conhecidos por suas altas taxas de sedimentação e, mais ao sul, baixas temperaturas, comparados a regiões onde recifes de corais geralmente ocorrem. Nas três redes de interações obtidas, os organismos mais abundantes interagiram mais entre eles, enquanto organismos menos abundantes interagiram menos entre si. As redes de interação apresentaram alto aninhamento e conectância, mas baixa modularidade. Esses padrões sugerem uma baixa especificidade das interações estudadas e reforçam o papel da abundância na estrutura das interações de contato entre organismos sésseis em diferentes recifes ao longo da costa brasileira. <br>Abstract : Ecological interactions among species within an ecosystem can play an important role in the structure and functioning of natural communities. Therefore, one of the central questions in ecology is to understand the mechanisms shaping ecological interactions in different ecosystems. Reef environments present some of the highest known levels of species richness and ecological interactions. In these ecosystems, the substrate is densely occupied by sessile organisms, which frequently contact physically and interact mutually. The type of interaction may favor physical contact among the interacting species, as in the case of mutualisms, or reduce these contacts, as in the case of antagonistic interactions. In Brazil, reef ecosystems are mostly represented by biogenic marginal reefs and by rocky reefs. Although systems such as these occur worldwide, most studies on ecological interactions among benthic organisms, especially in the tropics, were conducted on coral reefs. In this study, we evaluated physical contact interactions among hard corals and other benthic organisms in four areas along the Brazilian coast, two in the eastern and two in the southern region, by assessing whether interactions occurred as expected from the abundance of the categories of organisms involved. We also used complex network approaches to examine the structure of interactions in the three northernmost study areas. The number of coral species and other categories of benthic organisms was larger on eastern reefs, as was the number of categories of contact interactions with corals. In all four study areas, the abundance of the categories directly influenced the abundance of contact interactions among the benthic organisms, regardless of the identity or richness of the categories or the physical characteristics of the reef. In all study areas, coral species interacted more with the most abundant benthic group: the epilithic algal matrix. This substantial importance of species abundance in the studied interactions may be explained by the particular conditions of Brazilian reefs, known for their high sediment rates and, further south, low temperatures. Additionally, in the three networks obtained, the abundant organisms interacted more among themselves, whereas few interactions occurred among less abundant groups. The networks presented high nestedness and connectance, but low modularity. These patterns indicate the low specificity of the studied interactions and reinforce the role of abundance as an important driver of the contacts among sessile organisms along the Brazilian coast.Segal, BárbaraBonaldo, Roberta MartiniUniversidade Federal de Santa CatarinaMonteiro, Ana Carolina Grillo2016-09-20T04:36:21Z2016-09-20T04:36:21Z2016info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesis65 p.| il., grafs., tabs.application/pdf340431https://repositorio.ufsc.br/xmlui/handle/123456789/167932engreponame:Repositório Institucional da UFSCinstname:Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC)instacron:UFSCinfo:eu-repo/semantics/openAccess2016-09-20T04:36:21Zoai:repositorio.ufsc.br:123456789/167932Repositório InstitucionalPUBhttp://150.162.242.35/oai/requestopendoar:23732016-09-20T04:36:21Repositório Institucional da UFSC - Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC)false
dc.title.none.fl_str_mv Abundância estrutura interações de contato com corais em recifes brasileiros
title Abundância estrutura interações de contato com corais em recifes brasileiros
spellingShingle Abundância estrutura interações de contato com corais em recifes brasileiros
Monteiro, Ana Carolina Grillo
Ecologia
Ecologia dos recifes de coral
Ecossistemas
title_short Abundância estrutura interações de contato com corais em recifes brasileiros
title_full Abundância estrutura interações de contato com corais em recifes brasileiros
title_fullStr Abundância estrutura interações de contato com corais em recifes brasileiros
title_full_unstemmed Abundância estrutura interações de contato com corais em recifes brasileiros
title_sort Abundância estrutura interações de contato com corais em recifes brasileiros
author Monteiro, Ana Carolina Grillo
author_facet Monteiro, Ana Carolina Grillo
author_role author
dc.contributor.none.fl_str_mv Segal, Bárbara
Bonaldo, Roberta Martini
Universidade Federal de Santa Catarina
dc.contributor.author.fl_str_mv Monteiro, Ana Carolina Grillo
dc.subject.por.fl_str_mv Ecologia
Ecologia dos recifes de coral
Ecossistemas
topic Ecologia
Ecologia dos recifes de coral
Ecossistemas
description Dissertação (mestrado) - Universidade Federal de Santa Catarina, Centro de Ciências Biológicas. Programa de Pós-Graduação em Ecologia, Florianópolis, 2016
publishDate 2016
dc.date.none.fl_str_mv 2016-09-20T04:36:21Z
2016-09-20T04:36:21Z
2016
dc.type.status.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/publishedVersion
dc.type.driver.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/masterThesis
format masterThesis
status_str publishedVersion
dc.identifier.uri.fl_str_mv 340431
https://repositorio.ufsc.br/xmlui/handle/123456789/167932
identifier_str_mv 340431
url https://repositorio.ufsc.br/xmlui/handle/123456789/167932
dc.language.iso.fl_str_mv eng
language eng
dc.rights.driver.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/openAccess
eu_rights_str_mv openAccess
dc.format.none.fl_str_mv 65 p.| il., grafs., tabs.
application/pdf
dc.source.none.fl_str_mv reponame:Repositório Institucional da UFSC
instname:Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC)
instacron:UFSC
instname_str Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC)
instacron_str UFSC
institution UFSC
reponame_str Repositório Institucional da UFSC
collection Repositório Institucional da UFSC
repository.name.fl_str_mv Repositório Institucional da UFSC - Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC)
repository.mail.fl_str_mv
_version_ 1808651975652278272