Papel da substância cinzenta periaquedutal na modulação do comportamento maternal e lactação em ratas estressadas
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2006 |
Tipo de documento: | Dissertação |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Institucional da UFSC |
Texto Completo: | http://repositorio.ufsc.br/xmlui/handle/123456789/89055 |
Resumo: | Dissertação (mestrado) - Universidade Federal de Santa Catarina, Centro de Ciências Biológicas. Programa de Pós-Graduação em Neurociências. |
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Papel da substância cinzenta periaquedutal na modulação do comportamento maternal e lactação em ratas estressadasNeurociênciasAnimais -ComportamentoMaesComportamentoSubstância Cinzenta PeriaquedutalDissertação (mestrado) - Universidade Federal de Santa Catarina, Centro de Ciências Biológicas. Programa de Pós-Graduação em Neurociências.Diversos estudos têm mostrado que a administração sistêmica ou central de opióides inibe o comportamento maternal em ratas lactantes. O sítio de atuação destes opióides é incerto, mas a substância cinzenta periaquedutal (PAG) parece ser importante, uma vez que a administração sistêmica de morfina ativa a região lateral da PAG e inibe o comportamento maternal durante a lactação em ratas. O comportamento maternal também é sensível ao estresse ambiental, como por exemplo a exposição da fêmea a um ambiente estranho ou a apresentação de um macho intruso no ambiente. O objetivo deste projeto foi investigar se diferentes tipos de estresse inibem o comportamento maternal diferentemente e se a região lateral da PAG seria ativada durante situações de estresse. Um segundo objetivo foi verificar se as alterações do comportamento maternal pelo estresse são devidas à liberação de opióides na PAG lateral. Experimento 1: Ratas Wistar (250g) foram acasaladas e monitoradas até o momento do parto. Após o parto, as ratas foram divididas em quatro grupos: C, n=5 (ratas não estressadas), E1, n=5 (ratas foram colocadas com os filhotes na presença de um macho estranho no 9º dia de lactação), E2, n=5 (ratas foram estressadas pela retirada da caixa e junto com outra fêmea lactante colocadas em outra caixa na presença de um macho durante 2h diárias por 6 dias, do 3º ao 8º dia de lactação; o comportamento foi analisado no 9º dia de lactação, na própria caixa, sem a presença de intrusos) e E1+2, n=5 (ratas foram estressadas conforme o E2 exceto que no 9º dia de lactação foram estressadas conforme o E1). Em todos os grupo o comportamento maternal foi analisado durante 1h no 9º dia de lactação. Ratas submetidas a E1 demoraram mais para recolher os filhotes, demoraram mais para iniciar a amamentação e passaram mais tempo em atividades não maternais e menos tempo amamentando os filhotes. Os grupos E2 e E1+2 não apresentaram mudança de comportamento em relação ao controle. Experimento 2: Ratas foram acasaladas e submetidas às condições de estresse anteriores (n=5 de cada grupo), 90 min após o experimento, no 9º dia de lactação, foram perfundidas e o cérebro foi retirado e processado para a detecção imunohistoquímica de Fos na PAG. Ratas do grupo E1 apresentaram aumento de Fos em relação às ratas não estressadas em todos os níveis (Bregma -5,6 a -7,6 mm) na região lateral da PAG. Ratas submetidas a E2 e E1+2 apresentaram diminuição na expressão de Fos na coluna dorsomedial e dorsolateral comparadas ao controle. Experimento 3: Ratas Wistar (250g) foram acasaladas e submetidas a cirurgia estereotáxica para a implantação unilateral de cânulas-guia na PAGl. Após o parto foram submetidas às condições comportamentais conforme o exp. 1. No dia do teste, 9º dia de lactação, foram divididas para receberem microinjeção de salina (grupo controle) ou de antagonista opióide (naltrexona, naloxonazina ou nor-BNI) e o comportamento maternal foi monitorado por 1h. Em ratas submetidas a E1, os antagonistas reverteram os efeitos do estresse no progresso do recolhimento, no início e no tempo de amamentação. Com estes resultados podemos concluir que o estresse agudo (apresentação do macho estranho) interfere com o comportamento maternal. A condição de estresse crônico isoladamente não interfere na interação das mães com os filhotes, no entanto, previne os efeitos deletérios do estresse agudo no comportamento maternal. A PAG lateral participa ativamente da resposta ao estresse agudo, enquanto que o estresse crônico impede a expressão de Fos nesta região nos animais expostos a estresse agudo. Os antagonistas opióides na PAGl revertem os efeitos do estresse agudo no comportamento maternal. Um circuito inibitório opióide poderia ser responsável por uma desinibição da PAGl, levando a prejuízos no comportamento maternal das ratas. O estresse crônico, por outro lado, promove mudanças plásticas nesta circuitaria e impede o efeito inibitório do estresse agudo no comportamento das mães.Florianópolis, SCTerenzi, Mariana GracielaUniversidade Federal de Santa CatarinaPavesi, Eloisa2012-10-22T16:16:45Z2012-10-22T16:16:45Z20062006info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesis121 f.| il., grafs., tabs.application/pdf225692http://repositorio.ufsc.br/xmlui/handle/123456789/89055porreponame:Repositório Institucional da UFSCinstname:Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC)instacron:UFSCinfo:eu-repo/semantics/openAccess2013-05-05T16:30:21Zoai:repositorio.ufsc.br:123456789/89055Repositório InstitucionalPUBhttp://150.162.242.35/oai/requestopendoar:23732013-05-05T16:30:21Repositório Institucional da UFSC - Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC)false |
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