Efeito protetor do carvacrol sobre a deterioração da madeira de Pinus taeda em campo de apodrecimento

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Graf, Carla Ariane Pereira Santos
Data de Publicação: 2022
Tipo de documento: Trabalho de conclusão de curso
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UFSC
Texto Completo: https://repositorio.ufsc.br/handle/123456789/237612
Resumo: TCC(graduação) - Universidade Federal de Santa Catarina. Campus Curitibanos. Engenharia Florestal.
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spelling Universidade Federal de Santa CatarinaGraf, Carla Ariane Pereira SantosSoldi, Cristian2022-08-02T19:40:19Z2022-08-02T19:40:19Z2022-07-12https://repositorio.ufsc.br/handle/123456789/237612TCC(graduação) - Universidade Federal de Santa Catarina. Campus Curitibanos. Engenharia Florestal.Considerando que a demanda de madeira tem aumentado anualmente e que madeiras nobres estão sendo substituídas por madeiras de baixa durabilidade natural, tal como o Pinus taeda, há a necessidade de investigar alternativas para a preservação destes materiais. As técnicas utilizadas para tratar madeiras de baixa durabilidade envolvem substâncias químicas contendo arsênio e sais de cromo que são tóxicas ao meio ambiente, animais e seres humanos. Neste sentido, é importante avaliar novas substâncias quanto ao potencial antifúngico contra fungos apodrecedores de madeira. O carvacrol é uma substância aromática volátil que foi encontrada como componente majoritário (76,4%) do óleo essencial da madeira seca de Cupressus lusitânica. Nosso grupo de pesquisa investigou a atividade antifúngica in vitro contra fungos apodrecedores de madeira e encontrou significativa atividade antifúngica em baixas concentrações do óleo (250 ppm). Estes resultados anteriores indicam que há forte evidência de que o carvacrol seja o responsável pela durabilidade natural da madeira de C. lusitanica. Assim, o objetivo deste trabalho foi avaliar o efeito protetor do carvacrol em ensaio de apodrecimento à campo para a madeira de Pinus taeda. Para tanto os corpos de prova de pinus nas dimensões 20x20x300mm (largura, espessura, comprimento) foram impregnados com as soluções de trabalho, a saber: T1 –Madeira de P. taeda sem tratamento; T2 – madeira de P. taeda tratada com carvacrol a 1000 ppm (em solução aquosa com 7% de etanol); T3 – madeira de P. taeda tratada com tribromofenato de sódio (TBP90®) a 1000 ppm (em solução aquosa com 7% de etanol). Também foi incluído no experimento corpos de prova de cupressus sem tratamento (T4). T1 e T4 foram imersos em solução aquosa com 7% de etanol pelo mesmo período de tempo que T2 e T3 (48h). Após imersão dos corpos de prova nas soluções de trabalho, as concentrações da solução inicial (antes da imersão) e da final (após imersão) foram determinadas por espectrofotometria. As curvas de calibração do carvacrol (10–60 ppm, leitura em 272 nm) e do TBP90 (50–175 ppm, leitura em 306 nm) foram obtidas e utilizadas para cálculo das concentrações. A concentração da solução inicial e final para TBP90 foram 936,25 e 688,71 ppm para o carvacrol 828,37 e 662,42 ppm. O trabalho foi conduzido na área experimental florestal da Universidade Federal de Santa Catarina, Campus de Curitibanos, com coletas realizadas a cada 60 dias. Para avaliação da perda de massa foi utilizada a análise estatística Permanova em função dos dados não possuírem normalidade e por permitir a realização de ANOVA fatoriais com dados não normais. Entre os fatores tratamento, tempo e tratamento:tempo, o fator tratamento apresentou 19% de correlação, sendo o único fator com diferença significativa para perda de massa. Os fatores tempo e tempo:tratamento não apresentaram diferença significativa. O tratamento que promoveu menor perda de massa foi o C. lusitanica tratado com solução do trabalho. Apesar das potencialidades do carvacrol como agente preservante de madeira, não houve inibição do ataque fúngico em madeiras de pinus. Além disso, para todos os tratamentos em madeira de pinus foi observado ataque de cupins o que inviabilizou o uso de algumas amostras nos cálculos estatísticos. Estes resultados são preliminares e indicam que uma concentração maior de carvacrol deve ser utilizada para a impregnação na madeira de pinus ou outro método de impregnação.Considering that the demand for wood has increased annually and that noble woods are being replaced by woods of low natural durability, such as Pinus taeda, there is a need to investigate alternatives for the preservation of these materials. The techniques used to treat low–durability wood involve chemical substances containing arsenic and chromium salts that are toxic to the environment, animals and humans. In this sense, it is important to evaluate new substances regarding their antifungal potential against wood–rotting fungi. Carvacrol is a volatile aromatic substance that was found as a major component (76.4%) of the essential oil of the dry wood of Cupressus lusitanica. Our research group investigated in vitro antifungal activity against wood rotting fungi and found significant antifungal activity at low oil concentrations (250 ppm). These previous results indicate that there is strong evidence that carvacrol is responsible for the natural durability of C. lusitanica wood. Thus, the objective of this work was to evaluate the protective effect of carvacrol in a field rot test for Pinus taeda wood. For this purpose, the pine specimens in the dimensions 20x20x300mm (width, thickness, length) were impregnated with the working solutions, namely: T1 – P. taeda wood without treatment; T2 – P. taeda wood treated with carvacrol at 1000 ppm (in aqueous solution with 7% ethanol); T3 – P. taeda wood treated with sodium tribromophenate (TBP90®) at 1000 ppm (in aqueous solution with 7% ethanol). Untreated cupressus specimens (T4) were also included in the experiment. T1 and T4 were immersed in an aqueous solution with 7% ethanol for the same period of time as T2 and T3 (48h). After immersion of the specimens in the working solutions, the concentrations of the initial solution (before immersion) and of the final solution (after immersion) were determined by spectrophotometry. The calibration curves for carvacrol (10–60 ppm, reading at 272 nm) and TBP90 (50–175 ppm, reading at 306 nm) were obtained and used to calculate the concentrations. The initial and final solution concentrations for TBP90 were 936.25 and 688.71 ppm for carvacrol 828.37 and 662.42 ppm. The work was carried out in the experimental forest area of the Federal University of Santa Catarina, Campus de Curitibanos, with collections carried out every 60 days. Permanova statistical analysis was used to assess mass loss because the data were not normal and for allowing factorial ANOVA to be performed with non–normal data. Among the treatment, time and treatment:time factors, the treatment factor presented a 19% correlation, being the only factor with a significant difference for mass loss. The time and time:treatment factors showed no significant difference. The treatment that promoted less mass loss was C. lusitanica treated with working solution. Despite the potential of carvacrol as a wood preservative agent, there was no inhibition of fungal attack on pine woods. In addition, for all pine wood treatments, termite attacks were observed, which made the use of some samples in the statistical calculations unfeasible. These results are preliminary and indicate that a higher concentration of carvacrol should be used for impregnation in pine wood or another impregnation method.39 p.Curitibanos, SCÓleo de carvacrolPreservantes naturaisResistência naturalTbp90®Campo de apodrecimentoEfeito protetor do carvacrol sobre a deterioração da madeira de Pinus taeda em campo de apodrecimentoinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/bachelorThesisinfo:eu-repo/semantics/openAccessporreponame:Repositório Institucional da UFSCinstname:Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC)instacron:UFSCLICENSElicense.txtlicense.txttext/plain; charset=utf-81383https://repositorio.ufsc.br/bitstream/123456789/237612/2/license.txt11ee89cd31d893362820eab7c4d46734MD52ORIGINALCarla Ariane Pereira Santos Graf.pdfCarla Ariane Pereira Santos Graf.pdfTCCapplication/pdf1768778https://repositorio.ufsc.br/bitstream/123456789/237612/1/Carla%20Ariane%20Pereira%20Santos%20Graf.pdfab949c7a2750a8e9aff089e6d2ecbb65MD51123456789/2376122022-08-02 16:40:19.428oai:repositorio.ufsc.br:123456789/237612Vm9jw6ogdGVtIGEgbGliZXJkYWRlIGRlOiBDb21wYXJ0aWxoYXIg4oCUIGNvcGlhciwgZGlzdHJpYnVpciBlIHRyYW5zbWl0aXIgYSBvYnJhLiBSZW1peGFyIOKAlCBjcmlhciBvYnJhcyBkZXJpdmFkYXMuClNvYiBhcyBzZWd1aW50ZXMgY29uZGnDp8O1ZXM6IEF0cmlidWnDp8OjbyDigJQgVm9jw6ogZGV2ZSBjcmVkaXRhciBhIG9icmEgZGEgZm9ybWEgZXNwZWNpZmljYWRhIHBlbG8gYXV0b3Igb3UgbGljZW5jaWFudGUgKG1hcyBuw6NvIGRlIG1hbmVpcmEgcXVlIHN1Z2lyYSBxdWUgZXN0ZXMgY29uY2VkZW0gcXVhbHF1ZXIgYXZhbCBhIHZvY8OqIG91IGFvIHNldSB1c28gZGEgb2JyYSkuIFVzbyBuw6NvLWNvbWVyY2lhbCDigJQgVm9jw6ogbsOjbyBwb2RlIHVzYXIgZXN0YSBvYnJhIHBhcmEgZmlucyBjb21lcmNpYWlzLgpGaWNhbmRvIGNsYXJvIHF1ZTogUmVuw7puY2lhIOKAlCBRdWFscXVlciBkYXMgY29uZGnDp8O1ZXMgYWNpbWEgcG9kZSBzZXIgcmVudW5jaWFkYSBzZSB2b2PDqiBvYnRpdmVyIHBlcm1pc3PDo28gZG8gdGl0dWxhciBkb3MgZGlyZWl0b3MgYXV0b3JhaXMuIERvbcOtbmlvIFDDumJsaWNvIOKAlCBPbmRlIGEgb2JyYSBvdSBxdWFscXVlciBkZSBzZXVzIGVsZW1lbnRvcyBlc3RpdmVyIGVtIGRvbcOtbmlvIHDDumJsaWNvIHNvYiBvIGRpcmVpdG8gYXBsaWPDoXZlbCwgZXN0YSBjb25kacOnw6NvIG7Do28gw6ksIGRlIG1hbmVpcmEgYWxndW1hLCBhZmV0YWRhIHBlbGEgbGljZW7Dp2EuIE91dHJvcyBEaXJlaXRvcyDigJQgT3Mgc2VndWludGVzIGRpcmVpdG9zIG7Do28gc8OjbywgZGUgbWFuZWlyYSBhbGd1bWEsIGFmZXRhZG9zIHBlbGEgbGljZW7Dp2E6IExpbWl0YcOnw7VlcyBlIGV4Y2XDp8O1ZXMgYW9zIGRpcmVpdG9zIGF1dG9yYWlzIG91IHF1YWlzcXVlciB1c29zIGxpdnJlcyBhcGxpY8OhdmVpczsgT3MgZGlyZWl0b3MgbW9yYWlzIGRvIGF1dG9yOyBEaXJlaXRvcyBxdWUgb3V0cmFzIHBlc3NvYXMgcG9kZW0gdGVyIHNvYnJlIGEgb2JyYSBvdSBzb2JyZSBhIHV0aWxpemHDp8OjbyBkYSBvYnJhLCB0YWlzIGNvbW8gZGlyZWl0b3MgZGUgaW1hZ2VtIG91IHByaXZhY2lkYWRlLiBBdmlzbyDigJQgUGFyYSBxdWFscXVlciByZXV0aWxpemHDp8OjbyBvdSBkaXN0cmlidWnDp8Ojbywgdm9jw6ogZGV2ZSBkZWl4YXIgY2xhcm8gYSB0ZXJjZWlyb3Mgb3MgdGVybW9zIGRhIGxpY2Vuw6dhIGEgcXVlIHNlIGVuY29udHJhIHN1Ym1ldGlkYSBlc3RhIG9icmEuIEEgbWVsaG9yIG1hbmVpcmEgZGUgZmF6ZXIgaXNzbyDDqSBjb20gdW0gbGluayBwYXJhIGVzdGEgcMOhZ2luYS4KTGljZW7Dp2EgQ3JlYXRpdmUgQ29tbW9ucyAtIGh0dHA6Ly9jcmVhdGl2ZWNvbW1vbnMub3JnL2xpY2Vuc2VzL2J5LW5jLzMuMC9ici8KRepositório de PublicaçõesPUBhttp://150.162.242.35/oai/requestopendoar:23732022-08-02T19:40:19Repositório Institucional da UFSC - Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC)false
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