Comprimidos matriciais de poli(óxido) de etileno contendo o antimalárico primaquina: estudo de estabilidade e avaliação in vivo

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Bertol, Charise Dallazem
Data de Publicação: 2009
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UFSC
Texto Completo: http://repositorio.ufsc.br/xmlui/handle/123456789/92605
Resumo: Dissertação (mestrado) - Universidade Federal de Santa Catarina, Centro de Ciências da Saúde. Programa de Pós-Graduação em Farmácia.
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spelling Comprimidos matriciais de poli(óxido) de etileno contendo o antimalárico primaquina: estudo de estabilidade e avaliação in vivoFarmáciaPrimaquinaComprimidos (Medicina)FabricaçãoMedicamentos -BiodisponibilidadeDissertação (mestrado) - Universidade Federal de Santa Catarina, Centro de Ciências da Saúde. Programa de Pós-Graduação em Farmácia.A primaquina (PQ) é o antimalárico de escolha para prevenir as recaídas e para prover a cura radical do Plasmodium vivax. O desenvolvimento de formas farmacêuticas de liberação prolongada representa uma alternativa promissora na otimização do esquema posológico e na redução dos efeitos adversos existentes. Através da dissertação de mestrado intitulada "Desenvolvimento e avaliação de matrizes de polióxido de etileno (POE) contendo o antimalárico primaquina", foram produzidos comprimidos de liberação prolongada contendo PQ (CRUZ, 2006). As formulações continham 30 ou 60 % do polímero de peso molecular de 4 x 106 Da ou 8 x 106 Da. Parâmetros quanto ao intumescimento, erosão e dissolução foram avaliados, apontando a formulação que continha 30 % do POE de 8 x 106 Da como a mais adequada. Neste presente trabalho, esta formulação foi submetida ao controle de qualidade, estudo de estabilidade e avaliação da biodisponibilidade em cães. A caracterização físico-química de matérias-primas (MPs) de PQ de quatro diferentes fornecedores foi realizada quanto à qualidade e o teor. A identificação foi positiva para todas MPs. O teor foi determinado por titulação potenciométrica e por cromatografia líquida de alta eficiência (CLAE). Por titulação, o teor das MPs variou de 98,8 a 101,1 %, estando de acordo com as especificações farmacopéicas. Por CLAE, duas das quatro MPs demonstraram teor inadequado (90,7 % e 93,1 %), revelando-se a presença de uma impureza, possivelmente um isômero de posição. A estabilidade das MPs em estufa a 80 °C, 100 °C e 120 °C foi avaliada, e todas seguiram uma cinética de decomposição de ordem zero. Através da aplicação do método gráfico de Arrhenius, foram observadas diferenças entre a constante de velocidade de degradação na temperatura de 25 °C (K25) e entre a energia de ativação das MPs. Os comprimidos foram produzidos com a MP C, seguindo-se com a determinação dos parâmetros físicos da formulação. O doseamento dos comprimidos foi de 94,45 % ± 0,61 % (n = 20), estando dentro dos limites farmacopéicos. O estudo de estabilidade abrangeu diferentes condições e materiais de acondicionamento para a determinação dos parâmetros cinéticos. Em estufa a 80 °C, 100 °C e 120 °C, a formulação exibiu uma cinética de degradação de ordem zero, sendo que o teor diminuiu mais rapidamente conforme aumentou a temperatura. Em câmara climática (40 °C e 75 % de umidade relativa) e câmara de luz UV (? = 254 nm), os comprimidos foram expostos sem embalagem, em blíster e em frascos plásticos âmbar. A maior degradação ocorreu nos comprimidos sem embalagem, sendo que os blísters e os frascos plásticos não foram suficientes para conter a degradação propiciada pelo excesso de umidade e de luz. Nas câmaras climáticas e de luz UV, os comprimidos tiveram uma degradação maior do que 10 % em 6 meses. A umidade e a luz foram os fatores mais relevantes na degradação do fármaco e da formulação, mais do que a própria temperatura. Para a avaliação da formulação in vivo, foram utilizados cães beagles, onde um método bioanalítico para análise da PQ no plasma foi desenvolvido e validado. A extração dos analitos de interesse do plasma foi realizada em fase sólida. A metodologia de doseamento por CLAE demonstrou ser específica, linear na faixa de 75 - 3000 ng/ mL, exata, precisa e estável (curto prazo, longo prazo, após ciclos de congelamento/ descongelamento e pós-processamento) dentro das condições experimentais testadas. As taxas de recuperação foram adequadas tanto para a PQ quanto para o padrão interno mostrando-se próximas a 100 %. O comportamento dos comprimidos de liberação prolongada foi comparado ao dos comprimidos de liberação imediata existentes no mercado. Os mesmos foram administrados oralmente aos cães na dose de 60 mg, com amostras de sangue coletadas em tempos pré-determinados para obtenção do perfil plasmático. Os parâmetros farmacocinéticos como ASC, Cmax e tmax foram determinados para as duas formulações. Os comprimidos de liberação prolongada demonstraram maior ASC, menor Cmax e maior tmax. O aumento da ASC demonstra um aumento na extensão da absorção e da ação, o maior tmax demonstra uma menor velocidade de absorção e o menor Cmax pode sugerir uma menor toxicidade da PQ. A biodisponibilidade relativa dos comprimidos de liberação prolongada em relação aos de liberação imediata foi de 227,70 %, demonstrando que a formulação teste foi mais biodisponível.Florianópolis, SCSilva, Marcos Antônio SegattoUniversidade Federal de Santa CatarinaBertol, Charise Dallazem2012-10-24T10:26:48Z2012-10-24T10:26:48Z20092009info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesis1 v.| il., tabs., grafs.application/pdf267874http://repositorio.ufsc.br/xmlui/handle/123456789/92605porreponame:Repositório Institucional da UFSCinstname:Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC)instacron:UFSCinfo:eu-repo/semantics/openAccess2013-05-04T10:00:10Zoai:repositorio.ufsc.br:123456789/92605Repositório InstitucionalPUBhttp://150.162.242.35/oai/requestopendoar:23732013-05-04T10:00:10Repositório Institucional da UFSC - Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC)false
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