Quem ri por último, ri melhor: humor gráfico feminista (Cone Sul, 1975-1988)
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Data de Publicação: | 2016 |
Tipo de documento: | Tese |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Institucional da UFSC |
Texto Completo: | https://repositorio.ufsc.br/xmlui/handle/123456789/168070 |
Resumo: | Tese (doutorado) - Universidade Federal de Santa Catarina, Centro de Filosofia e Ciências Humanas, Programa de Pós-Graduação em História, Florianópolis, 2016. |
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Quem ri por último, ri melhor: humor gráfico feminista (Cone Sul, 1975-1988)HistóriaHumorismo ilustradoHistóriaCone SulFeminismo e literaturaHistóriaCone SulHistórias em quadrinhosHistóriaCone SulJornaisHistóriaCone SulTese (doutorado) - Universidade Federal de Santa Catarina, Centro de Filosofia e Ciências Humanas, Programa de Pós-Graduação em História, Florianópolis, 2016.O presente trabalho tem como objetivo analisar o uso do humor gráfico feminista produzido, publicado e divulgado em periódicos também feministas dos países do Cone Sul, especialmente, Brasil, Bolívia, Uruguai e Argentina, como ferramenta subversora entre os anos 1975 e 1988, momento de ditaduras civis e militares e de emergência dos movimentos feministas. A partir de charges e tirinhas ? entendidas como discursos ? que integram os jornais Brasil Mulher, Nós Mulheres e Mulherio, do Brasil; Persona, da Argentina; Cotidiano Mujer e La Cacerola, do Uruguai; La Escoba, da Bolívia; e de depoimentos de três mulheres leitoras destes jornais, procuro compreender de que modo o humor com perspectiva feminista foi explorado. Para isso, ao longo do trabalho, procuro identificar, através da descrição e análise do humor gráfico feminista, indícios que demonstrem a potencialidade das mulheres feministas na produção do humor e do riso. O humor gráfico feminista e, consequentemente, o riso feminista, caracteriza-se por uma abordagem particular no tratamento de elementos culturais, sociais, políticos e econômicos, evitando, assim, a perpetuação de estereótipos comuns ao humor hegemônico. Tal modalidade de humor, contudo, na medida em que não faz uso da violência simbólica e da ridicularização do outro, estabelece uma relação complexa com a memória, o que fica evidenciado por depoimentos que apontam lembranças muito sutis sobre esta vasta produção. Ao mesmo tempo, o humor hegemônico, pautado na agressividade do riso do opressor, deixou marcas nas memórias feministas. Com tais reflexões pretendo problematizar a produção gráfica humorística feminista de autoria de mulheres ? mas também de homens ?, conteúdos que apontam um esforço feminista de afirmar as mulheres como sujeitos do humor. Por meio de tais reflexões foi possível reconhecer que, ao contrário do que os cânones indicam, as mulheres são responsáveis pela criação de extenso conteúdo humorístico com perspectiva feminista. Em contextos autoritários, a imprensa feminista, através da produção, publicação e divulgação do humor gráfico com teor feminista, contribuiu para a construção de uma cultura do humor e do riso baseada em modelos alternativos de comicidade. As feministas do Cone Sul, entre as décadas de 1970 e 1980, exploraram charges e tirinhas de modo a questionar uma cultura que as colocava como objeto de humor, nunca como seu sujeito. Contrariando visões que ignoram a existência de mulheres, principalmente as feministas, como produtoras de humor, este trabalho demonstra não apenas a habilidadefeminista em fazer rir, como também sua capacidade em construir uma modalidade de humor que pode revolucionar estruturas.<br>Abstract : This study aims to analyse the use of feminist graphic humour produced, published and released in feminist newspapers in the Southern Cone countries, mainly, Brazil, Bolivia, Uruguay and Argentina, as a subversive device between 1974 and 1988, during civil and military dictatorships and the emergence of the feminist movement. Through cartoons and comic strips ? understood as discourses ? integrated in the newspapers Brasil Mulher, Nós Mulheres and Mulherio, from Brazil; Persona, from Argentina; Cotidiano Mujer and La Cacerola, from Uruguay; La Escoba, from Bolivia; and through three testimonies of women readersof these same newspapers, I seek to understand how humour, with a feminist perspective, was explored. For that, throughout the study, I identify, describing and analysingfeminist graphic humour, evidence that show women?s potential in the production of humour and laughter. Feminist graphic humour and, accordingly, feminist laughter, features a special approach in terms of understanding cultural, social, political and economic elements, avoiding, therefore, the perpetuation of stereotypes that are common in hegemonic humour. This sort ofhumour, however, doe snot explore symbolic violence and is not used to mock others, while setting a complex relationship with memory, as can be noted in the testimonies noting subtle remembrances about this extensive production. At the same time, hegemonic humour, based on the aggressive laughter of the persecutor, left scars in feminist memories. From these reflections I intend to recount feminist graphic humour production authored by women ? but also men ?, containing elements that suggest a feminist effort of claiming women as a subject of humour. By means of these reflections it was possible to recognise that women are responsible for the creation of a large humour content with feminist perspective, although the canon insists in ignoring them. In authoritarian contexts, the feminist press, through its production, publication and disclosure of feminist graphic humour, contributed to making a culture of humour and laugh based on alternative comic patterns. The feminists from the Southern Cone, between the decades of 1970 and 1980, explored cartoons and comic strips as a way to interrogate a culture that placed them as objects of humour, never as the subjects. Contrary to points of view that ignore women?s existence, especially feminists, as humour producers, this study argues that the feminists did not just have a skill for creating laughter, but also the ability to create a type of humour that can revolutionise structures.Wolff, Cristina ScheibeUniversidade Federal de Santa CatarinaCrescêncio, Cíntia Lima2016-09-20T04:50:17Z2016-09-20T04:50:17Z2016info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/doctoralThesis361 p.| il., grafs.application/pdf341434https://repositorio.ufsc.br/xmlui/handle/123456789/168070porreponame:Repositório Institucional da UFSCinstname:Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC)instacron:UFSCinfo:eu-repo/semantics/openAccess2016-09-20T04:50:17Zoai:repositorio.ufsc.br:123456789/168070Repositório InstitucionalPUBhttp://150.162.242.35/oai/requestopendoar:23732016-09-20T04:50:17Repositório Institucional da UFSC - Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC)false |
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