Das finanças comportamentais às finanças sociais: análise da suscetibilidade dos investidores à influência interpessoal e seus impactos sobre a tolerância ao risco financeiro e o efeito disposição

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Valcanover, Vanessa Martins
Data de Publicação: 2023
Tipo de documento: Tese
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UFSC
Texto Completo: https://repositorio.ufsc.br/handle/123456789/253975
Resumo: Tese (doutorado) - Universidade Federal de Santa Catarina, Centro Sócio-Econômico, Programa de Pós-Graduação em Administração, Florianópolis, 2023.
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spelling Das finanças comportamentais às finanças sociais: análise da suscetibilidade dos investidores à influência interpessoal e seus impactos sobre a tolerância ao risco financeiro e o efeito disposiçãoAdministraçãoFinanças pessoaisInvestidores (Finanças)FinançasInvestimentosModelagem de equações estruturaisTese (doutorado) - Universidade Federal de Santa Catarina, Centro Sócio-Econômico, Programa de Pós-Graduação em Administração, Florianópolis, 2023.Finanças sociais é um novo paradigma em finanças que busca analisar como as interações sociais afetam os resultados econômicos, reconhecendo que os indivíduos observam uns aos outros e interagem entre si. A influência social que surge dessas interações impacta a tomada de decisão dos indivíduos em seus investimentos, sendo fundamental para compreender como as informações e os sentimentos são transmitidos no mercado de capitais. Ademais, um dos intuitos das finanças sociais é compreender como certos comportamentos dos investidores podem ser motivados pelas interações sociais entre os agentes. Assim, esta pesquisa teve como objetivo principal analisar as relações entre os construtos suscetibilidade dos investidores à influência interpessoal, tolerância ao risco financeiro e efeito disposição. Os objetivos específicos incluíram: construir e validar uma escala para avaliação do nível de suscetibilidade dos investidores à influência interpessoal, considerando como fatores formadores a aprendizagem social e a utilidade social; avaliar os comportamentos de tolerância ao risco financeiro e efeito disposição dos investidores brasileiros; e elaborar um modelo integrado que detectasse os efeitos do nível de suscetibilidade dos investidores à influência interpessoal sobre a tolerância ao risco financeiro e o efeito disposição. Para isso, conduziu-se uma pesquisa tipo survey com 518 investidores individuais de todo o Brasil, que responderam a um questionário estruturado. As técnicas de análise de dados envolveram a análise fatorial exploratória, análise fatorial confirmatória e modelagem de equações estruturais, com a avaliação de duas hipóteses. Em sua maioria, os respondentes da pesquisa eram do sexo masculino, tinham entre 28 e 42 anos, haviam concluído uma pós-graduação e possuíam nível elevado de renda, tendo nenhum ou apenas um dependente. A escala de suscetibilidade dos investidores à influência interpessoal foi validada, sendo composta por cinco itens da dimensão aprendizagem social e sete itens da dimensão utilidade social. Os principais resultados da pesquisa indicaram que os investidores possuíam nível muito baixo de suscetibilidade à influência interpessoal em suas decisões de investimento, sugerindo que são nada ou muito pouco suscetíveis à influência de seus pares quando o assunto é investimentos financeiros. Ademais, a amostra apresentou níveis razoáveis de tolerância ao risco financeiro e de efeito disposição. Quanto ao modelo integrado, identificou-se que a suscetibilidade dos investidores à influência interpessoal impacta de maneira significativa e negativa tanto no nível de tolerância ao risco financeiro quanto de efeito disposição dos indivíduos, o que garantiu a não rejeição das duas hipóteses. O estudo foi capaz de demonstrar que, pelas dimensões da aprendizagem social e da utilidade social, a influência interpessoal pode auxiliar os investidores a reduzirem os níveis de risco em suas decisões financeiras, tendo mais segurança em seus investimentos, e a atenuar preconceitos comportamentais, como aquele relacionado à não negociação de investimentos com valor em queda.Abstract: Social finance is a new paradigm in finance that aims to analyze how social interactions affect economic outcomes, recognizing that individuals observe and interact with each other. The social influence that arises from these interactions impacts individuals' decision-making in their investments, being fundamental to understand how information and feelings are transmitted in the capital market. Furthermore, one of the purposes of social finance is to understand how certain investor behaviors can be motivated by social interactions between agents. Thus, the main objective of this research was to analyze the relationships between the constructs investors' susceptibility to interpersonal influence, financial risk tolerance and disposition effect. Specific objectives involved: build and validate a scale to assess the level of investors' susceptibility to interpersonal influence, considering social learning and social utility as formative factors; evaluate the financial risk tolerance and disposition effect behaviors of Brazilian investors; and develop an integrated model that would detect the effects of investors' level of susceptibility to interpersonal influence on financial risk tolerance and on the disposition effect. To this end, a survey research was conducted with 518 individual investors from all over Brazil, who responded to a structured questionnaire. Data analysis techniques involved exploratory factor analysis, confirmatory factor analysis and structural equation modeling, with the evaluation of two hypotheses. Most of the survey respondents were male, aged between 28 and 42, had completed a postgraduate degree and had a high level of income, with none or just one dependent. The investors? susceptibility to interpersonal influence scale was validated, consisting of five items from the social learning dimension and seven items from the social utility dimension. The main results of the research indicated that investors had a very low level of susceptibility to interpersonal influence in their investment decisions, suggesting that they are not at all or very little susceptible to the influence of their peers when it comes to financial investments. Furthermore, the sample showed reasonable levels of financial risk tolerance and disposition effect. Regarding the integrated model, it was identified that the investors? susceptibility to interpersonal influence had a significant and negative impact on both the level of financial risk tolerance and the disposition effect of individuals, which guaranteed the non-rejection of the two hypotheses. The study was able to demonstrate that, through the dimensions of social learning and social utility, interpersonal influence can help investors reduce risk levels in their financial decisions, having more security in their investments, and mitigate behavioral prejudices, such as that related to not trading investments with falling value.Costa Júnior, Newton Carneiro Affonso daVieira, Kelmara MendesUniversidade Federal de Santa CatarinaValcanover, Vanessa Martins2024-01-11T23:24:56Z2024-01-11T23:24:56Z2023info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/doctoralThesis159 p.| tabsapplication/pdf385720https://repositorio.ufsc.br/handle/123456789/253975porreponame:Repositório Institucional da UFSCinstname:Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC)instacron:UFSCinfo:eu-repo/semantics/openAccess2024-01-11T23:24:56Zoai:repositorio.ufsc.br:123456789/253975Repositório InstitucionalPUBhttp://150.162.242.35/oai/requestopendoar:23732024-01-11T23:24:56Repositório Institucional da UFSC - Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC)false
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