O uso do feedback visual aumentado e verbal na aprendizagem da técnica de pedalada

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Sampaio, Lucas Tavares
Data de Publicação: 2020
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UFSC
Texto Completo: https://repositorio.ufsc.br/handle/123456789/216436
Resumo: Dissertação (mestrado) - Universidade Federal de Santa Catarina, Centro de Desportos, Programa de Pós-Graduação em Educação Física, Florianópolis, 2020.
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spelling O uso do feedback visual aumentado e verbal na aprendizagem da técnica de pedaladaEducação físicaCiclismoDesempenhoArticulaçõesBicicletasBiomecânicaDissertação (mestrado) - Universidade Federal de Santa Catarina, Centro de Desportos, Programa de Pós-Graduação em Educação Física, Florianópolis, 2020.O ciclismo é uma atividade praticada no mundo inteiro, por esse motivo é amplamente estudada e suas técnicas e características são bem definidas pela literatura. As principais informações utilizadas para a organização técnica desta modalidade são as forças aplicadas no pedal durante o movimento de pedalada, sendo um importante fator no desempenho. Apesar disso, normalmente apenas atletas profissionais ou atletas de alto nível tem uma preocupação com o treinamento destes aspectos. Dentre as diversas formas utilizadas para o treinamento destaca-se a utilização de feedback aumentado do movimento realizado. Desta forma, o objetivo deste estudo é avaliar o efeito de dois modelos de treinamento de ciclismo (com feedback visual aumentado e com feedback verbal) sobre os parâmetros técnicos da pedalada (força efetiva positiva e negativa e atividade muscular) durante um teste incremental máximo e com intensidade constante. Para atingir tal objetivo foram recrutados 30 voluntários, sem experiência prévia com a prática de ciclismo, divididos em três grupos: grupo feedback visual aumentado (FA) 10 voluntários que receberam feedback visual aumentado; grupo feedback verbal (FV) 10 voluntários que receberam um feedback com a indicação verbal da direção em que devem realizar a aplicação de força no pedal; e o grupo controle (GC) 10 voluntários realizaram o treinamento sem nenhum tipo de feedback. O protocolo foi divido em 9 dias, no primeiro e último dia foi realizado um teste incremental máximo, nos outros 7 dias foram realizadas as sessões de treinamento com 30 min de duração para todos os grupos. Ao longo das sessões de treinamento foi verificada a frequência cardíaca (FC) e a percepção subjetiva de esforço geral e local (anterior e posterior da coxa e da perna). Os valores de força efetiva foram divididos por quadrante (1º quadrante: 330° a 30º; 2º quadrante: 30º a 150°; 3º quadrante 150º a 210º; e 4 quadrante: 210º a 330° do ciclo de pedalada) gerando a média, o pico e a posição do pico força efetiva a cada minuto para todos os dias de treino. Os resultados de ativação muscular foram calculados a partir de 20 ciclos completos a cada minuto e representados pela média do valor RMS (root mean square) para todos os músculos nos testes incrementais pré e pós-treinamento e nas sessões de treinamento 1 e 7. Para a análise estatística, os resultados foram divididos em momento com apresentação do feedback e sem apresentação do feedback. ANOVA two-way para medidas repetidas foi utilizada para comparar a força efetiva e o RMS entre os testes incrementais (pré e pós), e ANOVA two-way para comparar a força efetiva e o valor RMS entre o primeiro e último dia de treino. O post hoc de Tukey foi utilizado para identificar a posição das diferenças e uma significância de a= 0,05 foi adotada. Não houve diferenças entre os grupos para massa corporal, estatura, ângulo interno do joelho e potência máxima relativa pré e pós (p<0,05). O grupo FV apresentou maior idade que o GC (p=0,018). Todos os grupos apresentaram redução da força efetiva negativa entre os treinos 1 e 7 no 4º quadrante, mas o grupo FV apresentou valores menores que os demais grupos (FA: p=0,040; FV: p=0,031; e GC: p=0,049). Em todos os grupos houve aumento da força efetiva positiva entre os treinos 1 e 7 nos quadrantes 1 e 3 (p=0,005) e não houve diferenças no 2º quadrante (p=0,065). Quando comparados os resultados de força efetiva entre os testes incrementais pré e pós na intensidade de 50% da potência máxima foi observado aumento da força efetiva positiva nos quadrantes 1 e 3 e redução da força efetiva negativa no 4º quadrante, independentemente do grupo avaliado. Já na intensidade correspondente a 100% da potência máxima, foi observada redução dos valores de força efetiva positiva nos quadrantes 1 e 3 e aumento dos valores de força efetiva negativa no 4º quadrante (p<0,05). A ativação muscular apresentou diferenças apenas para o músculo biceps femoris com menores valores para o grupo FV em relação ao grupo FA na intensidade correspondente a 100% da potência máxima durante o teste incremental póstreinamento (p<0,05). No entanto, não foram observadas diferenças para os demais resultados de atividade muscular entre os grupos e os dias (p<0,05). A FCMAX reduziu entre os treinos 1 e 7 nos grupos FA e FV (p<0,05). Durante os testes incrementais pré e pós, o grupo FV apresentou valores de FCMAX máxima maiores em relação aos demais grupos (p<0,05). A percepção subjetiva de esforço reduziu em todos os grupos em todos os locais corporais avaliados quando comparados o treino 1 e treino 7. Não houve diferenças entre a percepção subjetiva de esforço na intensidade máxima durante os testes incrementais entre os grupos e os dias de testes (p>0,05). A partir dos resultados deste estudo podemos concluir que a prática de ciclismo gera melhora na aplicação de força durante a pedalada, mas que o treinamento com utilização de feedbacks (verbais ou visuais) irá gerar menores perdas para a aplicação de força principalmente no 4º quadrante (ou fase de recuperação da pedalada). Parece haver uma melhor transferência da aprendizagem da aplicação de força em intensidades submáximas do que em intensidades máximas após sete sessões de treinamento.<br>Cycling is an activity practiced worldwide, for this reason it is widely studied, and its techniques and characteristics are well defined by the literature. The main information used for the technical organization of this modality is the forces applied to the pedal during the pedaling movement, being an important factor in the performance. Despite this, normally only professional athletes or high-level athletes are concerned with training in these aspects. Among the various forms used for training, the use of increased feedback on the movement performed and the forces involved in the pedaling movement stands out. Thus, the objective of this study is to evaluate the effect of two models of cycling training (with augmented visual feedback and verbal feedback) during a maximum incremental test with constant intensity. To achieve this goal, 30 volunteers were recruited, with no previous experience with cycling, divided into three groups: group augmented visual feedback (AF) 10 volunteers who received augmented visual feedback; group verbal feddback (VF) 10 volunteers who received feedback with the verbal indication of the direction in which they should apply force to the pedal; and group control (GC) 10 volunteers performed the training without any type of feedback. The protocol was divided into 9 days, on the first and last days, two maximum incremental tests were performed, on the other 7 days, 30 min training sessions were performed for all groups. Heart rate (HR) and subjective perception of general and local effort (anterior and posterior thigh and leg) were checked. The effective force values were divided by quadrant (1st quadrant: 330° to 30°; 2nd quadrant: 30° to 150°; 3rd quadrant 150° to 210°; and 4 quadrant: 210° to 330° of the pedaling cycle) generating the average, the peak and the position of the peak torque every minute for all training days. The results of muscle activation were calculated from 20 complete cycles every minute and represented by the average of the RMS value (root mean square) for all muscles in the incremental pre-training and post-training tests and in training sessions 1 and 7. However, the results were generated only for the incremental tests and for the first and last days of training. For statistical analysis, the results were divided in a moment with presentation of feedback and without presentation of feedback, made by means of a two-way ANOVA for repeated measures comparing the effective force and the RMS value between the initial and final incremental tests and an ANOVA two-way to compare the effective strength and the RMS between the first and last training days, a Tukey post hoc was used to identify the position of the differences and a significance of a=0.05 was adopted. There were no differences between groups for body mass, height, internal knee angle and maximum relative power before and after (p<0.05). The FV group was older than the GC (p=0.018). All groups showed a reduction in negative effective strength between training 1 and 7 in the 4th quadrant, but the FV group had lower values than the other groups (AF: p=0.040; VF: p=0.031; and CG: p=0.049). In all groups there was an increase in positive effective strength between training 1 and 7 in quadrants 1 and 3 (p=0.005) and there were no differences in the 2nd quadrant (p=0.065). When comparing the results of effective strength between the incremental tests pre and post at the intensity of 50% of maximum power, an increase in positive effective strength was observed in quadrants 1 and 3 and a reduction in negative effective strength in the 4th quadrant, regardless of the group evaluated. At the intensity corresponding to 100% of maximum power, a reduction in the positive effective force values was observed in quadrants 1 and 3 and an increase in the negative effective force values in the 4th quadrant (p<0.05). Muscle activation showed differences only for the biceps femoris muscle with smaller for the FV group in relation to the FA group at the intensity corresponding to 100% of the maximum power during the post incremental test (p<0.05). However, no differences were found for EMG results between groups and days (p<0.05). HRMAX decreased between training 1 and 7 in the FA and FV groups (p<0.05). During the pre and post incremental tests, the PV group had higher maximum HRMAX values compared to the other groups (p<0.05). The subjective perception of effort decreased in all groups in all body sites evaluated when training 1 and training 7 were compared. There were no differences between the subjective perception of effort at maximum intensity during the incremental tests between the groups and the test days (p>0.05). From the results of this study, we can conclude that the practice of cycling will improve the application of force during cycling, but that training using feedbacks (verbal or visual) will generate greater gains for the application of force, especially in the 4th quadrant (or pedal recovery phase). There seems to be a better transfer of learning from the application of force at submaximal intensities than at maximum intensities after seven training sessions.Diefenthaeler, FernandoUniversidade Federal de Santa CatarinaSampaio, Lucas Tavares2020-10-21T21:29:39Z2020-10-21T21:29:39Z2020info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesis94 p.| il., tabs.application/pdf369374https://repositorio.ufsc.br/handle/123456789/216436porreponame:Repositório Institucional da UFSCinstname:Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC)instacron:UFSCinfo:eu-repo/semantics/openAccess2020-10-21T21:29:39Zoai:repositorio.ufsc.br:123456789/216436Repositório InstitucionalPUBhttp://150.162.242.35/oai/requestopendoar:23732020-10-21T21:29:39Repositório Institucional da UFSC - Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC)false
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