A fluência em questão: da normalidade á patologia

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Santos, Karoline Pimentel dos
Data de Publicação: 2015
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UFSC
Texto Completo: https://repositorio.ufsc.br/xmlui/handle/123456789/169492
Resumo: Dissertação (mestrado) - Universidade Federal de Santa Catarina, Centro de Comunicação e Expressão, Programa de Pós-Graduação em Linguística, Florianópolis, 2015.
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spelling A fluência em questão: da normalidade á patologiaLingüísticaDistúrbios da linguagemCapacidade verbalDissertação (mestrado) - Universidade Federal de Santa Catarina, Centro de Comunicação e Expressão, Programa de Pós-Graduação em Linguística, Florianópolis, 2015.O objetivo deste estudo é apresentar uma reflexão crítica, à luz da Neu-rolinguística de base Enunciativo-Discursiva, acerca do conceito de fluência na normalidade e na patologia, bem como nas áreas relaciona-das ao tema. Para tal empreendimento, propõe-se uma revisão histórico-crítica da construção do conceito de fluência nas patologias de fala e linguagem em que a fluência emerge como um sintoma relevante, como a Gagueira, a Afasia e a Demência de Alzheimer e nas áreas relaciona-dos ao tema, a saber, Linguística, Fonoaudiologia e Neuropsicologia. Para complementar a discussão proposta são analisados quatro casos clínicos - um referente a cada patologia apresentada -, que ilustram a tenuidade dos limites conceituais de fluência nelas empregados. O que se verifica é que há um estreito vínculo entre os conceitos de fluência empregados na caracterização das patologias e os conceitos de fluência construídos nas áreas que atuam mais diretamente sobre elas. Contudo, os conceitos de fluência apresentados se restringem a um enfoque meto-nímico, em que uma das facetas da fluência é eleita como única. Como resultado têm-se definições de partes de um mesmo objeto que, eviden-temente, não dão conta da complexidade da língua, mostrando-se vagos e facilmente questionados num fato de fala. Assim, o conceito de fluên-cia não é único e não pode ser considerado de maneira a-histórica, ele é sempre uma construção situada, resultado de diferentes perspectivas sobre a língua, o sujeito e a cognição. Neste sentido, referir-se à fluência como um conceito geral conduz, inevitavelmente, a um paradoxo sustentando pela aparente flexível noção de fluência, aplicável a contextos linguísticos variados em oposição à rigidez de uma norma social, em que se acredita que todo falante é capaz de julgar a fluência, natural e intuitivamente. Em última análise, a reflexão proposta neste trabalho aponta a importância da discussão do tema não apenas enquanto um problema teórico silenciado, mas, sobretudo, para as suas implicações práticas, sociais e clínicas. À luz da Neurolinguistica Enunciativo-Discursiva, conclui-se que a condição heterogênea da fluência requer que sua interpretação seja impreterivelmente contextualizada ao sujeito (histórico) e às condições de produção de fala em que emerge.<br>Abstract : This study aims to present a critical discussion, in light of Enunciative-Discursive Neurolinguistics, about the concept of fluency in normality and pathology, as well as in areas related to the theme. In order to accomplish this goal, it is proposed a historical-critical review of the fluency concept construction in speech and language disorders, such as Stuttering, Aphasia, Primary Progressive Aphasia and Alzheimer's Dementia, in which fluency emerges as a relevant symptom, and, also, in areas related to theme, namely, linguistics, Speech and Language Therapy and Neuropsychology. In addition, four clinical cases are analyzed - one concerning to each presented pathology - which illustrates the fragile limit of the concepts of fluency applied to them. It can be seem there is a close link between the concepts of fluency used in the characterization of these pathologies and the fluency concepts belonged to the areas more directly on the related to them. However, the presented fluency concepts are limited to a metonymic approach, in which one of its parts is elected as the unique one. As a result, there are definitions for parts of the same object that, obviously, are no enough toward to the complexity of language, they are vague and easily questioned in everyday speech. Thus, the concept of fluency is not unique and it can not be considered ahistorical, it is always a contextualized construction, resulted of different perspectives on language, subject and cognition. In this sense, to talk about fluency as a general concept leads, inevitably, to a paradox maintaining by the false fluency notion of flexibility applicable to various linguistic contexts opposed to a rigorous social norm, underlined by the believing that all speaker is, naturally and intuitively, capable of judging fluency on the others speech. Ultimately, the critical reflection proposed in this paper points the importance of this theme discussion, not only as a theoretical problem ignored, but, above it all, for its practical - social and clinical - implications. The conclusion, in light of Enunciative-Discursive Neurolinguistics, is the heterogeneous character of fluency requires its interpretation to be, unfailingly, contextualized to the (historical) subject and to the production conditions in which speech emergesSantana, Ana Paula de OliveiraUniversidade Federal de Santa CatarinaSantos, Karoline Pimentel dos2016-10-19T13:01:19Z2016-10-19T13:01:19Z2015info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesis240 p.| il.application/pdf338150https://repositorio.ufsc.br/xmlui/handle/123456789/169492porreponame:Repositório Institucional da UFSCinstname:Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC)instacron:UFSCinfo:eu-repo/semantics/openAccess2016-10-19T13:01:19Zoai:repositorio.ufsc.br:123456789/169492Repositório InstitucionalPUBhttp://150.162.242.35/oai/requestopendoar:23732016-10-19T13:01:19Repositório Institucional da UFSC - Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC)false
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