Adaptações morfológicas e de desempenho entre praticantes de treinamento funcional de alta intensidade e praticantes de treinamento de força
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Data de Publicação: | 2023 |
Tipo de documento: | Tese |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Institucional da UFSC |
Texto Completo: | https://repositorio.ufsc.br/handle/123456789/250004 |
Resumo: | Tese (doutorado) - Universidade Federal de Santa Catarina, Centro de Desportos, Programa de Pós-Graduação em Educação Física, Florianópolis, 2023. |
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Adaptações morfológicas e de desempenho entre praticantes de treinamento funcional de alta intensidade e praticantes de treinamento de forçaEducação físicaMúsculosEsqueleto humanoAptidão físicaTese (doutorado) - Universidade Federal de Santa Catarina, Centro de Desportos, Programa de Pós-Graduação em Educação Física, Florianópolis, 2023.Na prática do Treinamento Funcional de Alta Intensidade (TFAI), a inserção de exercícios de força e aeróbios na mesma sessão, ou em sessões próximas pode predispor o surgimento do efeito de interferência. Esse efeito prejudica a produção ótima de força e potência muscular dos membros inferiores refletindo possíveis alterações nas adaptações musculoesqueléticas. A exposição crônica a esse efeito parece ser vital para tais alterações, dessa forma, praticantes experientes vivenciariam essas alterações diferentemente daqueles não expostos ao efeito de interferência, como praticantes a longo prazo em Treinamento de Força (TF). Sendo assim, o objetivo dessa tese foi avaliar as adaptações na arquitetura, qualidade e morfologia muscular, além de desempenho de força máxima e potência muscular entre praticantes de TFAI e TF. Foi realizada uma pesquisa de caráter transversal, com 3 encontros constituídos de entrevista, avaliação e reprodutibilidade da avaliação. Participaram 24 homens (28,46 ± 6,03 anos; estatura de 162 ± 6,73 cm) alocados em três grupos diferentes: um grupo controle, chamado de fisicamente ativos (FA, n = 8) que praticavam diferentes tipos de atividade física, praticantes experientes há 3 anos em TFAI (TFAI, n = 8) e praticantes experientes há 4 anos em TF (TF, n = 8). Para a arquitetura e qualidade muscular foram coletadas informações do comprimento do fascículo (CF), ângulo de penação (AP), espessura muscular (EM) e intensidade do eco (IE) do Vasto intermédio (VI), Reto femoral (RF), Vasto lateral (VL) e Vasto medial (VM), por meio de um aparelho de ultrassom no modo B, além de informações do volume muscular e da área de secção transversa (AST) do RF e do VL, sendo todas as imagens processadas no programa Image J. Para a potência muscular, foi utilizada uma plataforma de força e análise por rotina matemática para coletar informações da altura do salto, pico de potência e pico de potência ajustado. Enquanto para a força muscular, foi coletada a maior carga levantada no teste de uma repetição máxima no agachamento costas. Foram realizadas comparações entre os grupos com auxílio da Análise de Variância de uma via, correlação entre adaptações na musculatura e o desempenho físico por meio do teste correlação de Pearson, sendo todas essas análises realizadas com auxílio do pacote estatístico SPSS, adotando nível de significância de 5%. Para o AP do VI e VM os grupos de treinamento não diferiram entre si e apresentaram maiores valores que os FA, enquanto para o AP do VL não houve diferença entre os grupos. Os grupos de treinamento apresentaram maiores valores de EM para o VI e RF, sem diferença entre eles. A EM do VL não diferiu entre nenhum dos grupos e o grupo de TF apresentou maior valor de EM do VM em relação ao grupo de FA. As medidas do CF e IE não diferiram entre os grupos. No volume muscular e para a AST do RF e VL, os grupos de treinamento apresentaram os maiores valores, sem diferença entre eles, além disso, esses mesmos grupos apresentaram maiores valores para a força máxima, pico de potência, e pico de potência ajustado, sem diferença entre eles. Houve correlação da força máxima com o CF (r = 0,839) do VM, além do AP (r = 0,751) e EM do VI (r = 0,726) para o grupo de TF, e com o CF do VI (r = 0,759) e AP do RF (r = 0,862) para o grupo de TFAI. Adicionalmente, houve correlação do pico de potência com a EM do VI (r = 0,717) e a EM do RF (r = 0,823), e da altura do salto com a EM do RF (r = 0,715) para o grupo de TF. Assim como correlação entre o CF do VL (r = -0,714), EM do VI (r = -0,83) e EM do VL (r = -0,781) com a altura do salto para o grupo de TFAI. Houve correlação da AST do VL com a força máxima (r = 0,805) e AST do RF com a altura do salto (r = 0,82) e potência pico (r = 0,742) para o grupo de TF. Assim como, houve correlação entre a AST do RF (r = -0,933) e do VL (r = -0,603) com a potência muscular para o grupo de TFAI. Por conseguinte, as adaptações de arquitetura, qualidade e morfologia muscular, além do desempenho físico entre praticantes de TFAI e TF são semelhantes entre si. Entretanto, as contribuições dessas adaptações para um bom desempenho de força máxima e potência muscular diferem entre os grupos. Assim, com base nos dados da presente tese, não foi confirmada a existência de um efeito de interferência com a prática do TFAI.Abstract: In the practice of High-Intensity Functional Training (HIFT), the insertion of strength and aerobic exercises in the same session, or in close sessions, may predispose the emergence of the interference effect. This effect impairs the optimal production of strength and muscle power of the lower limbs, reflecting possible changes in musculoskeletal adaptations. Chronic exposure to this effect seems to be vital for such changes, therefore, experienced practitioners would experience these changes differently from those not exposed to the interference effect, such as long-term practitioners in Strength Training (ST). Therefore, the objective of this thesis was to evaluate adaptations in muscle architecture, quality, and morphology, as well as maximum strength performance and muscle power among HIFT and ST practitioners. A cross-sectional survey was carried out, with 3 meetings consisting of an interview, evaluation, and evaluation reproducibility. Participated in this study, 24 men (28.46 ± 6.03 years; height 162 ± 6.73 cm) were allocated to three different groups: a control group, called the physically active (PA, n = 8) that practiced different types of physical activity, experienced practitioners for 3 years in HIFT (n = 8), and experienced practitioners for 4 years in ST (n = 8). For the architecture and muscle quality, information was collected on fascicle length (FL), pennation angle (PA), muscle thickness (MT), and echo intensity (EI) of the Vastus intermedius (VI), Rectus femoris (RF), Vastus lateralis (VL), and Vastus medialis (VM), through an ultrasound device in B mode, in addition to information from the muscle volume and cross-sectional area (CSA) of the RF and VL, with all images processed in the Image J program. For muscle power, a force platform and mathematical routine analysis were used to collect information on jump height, peak power, and adjusted peak power. While for muscle strength, the highest load lifted in the test of one repetition maximum in the back squat was collected. Comparisons between groups were performed using a one-way Analysis of Variance, and correlation between muscle adaptations and physical performance using Pearson's correlation test, with all these analyses performed using the SPSS statistical package, adopting a significance level of 5%. For the PA of the VI and VM, the training groups did not differ among themselves and presented higher values than the PA, while for the PA of the VL there was no difference between the groups. The training groups showed higher values of MT for the VI and RF, with no difference between them. MT of the VL did not differ between any of the groups and the MT of the VM was higher for the ST group compared to the PA group. The FL and EI measurements did not differ between groups. In muscle volume and for the CSA of the RF and VL, the training groups had the highest values, with no difference between them, in addition, these same groups had the highest values for maximum force, peak power, and adjusted peak power, with no difference between them. There was a correlation of maximum strength with the FL of the VI, in addition to the PA and MT of the VI for the ST group, and with the FL of the VI and PA of the RF for the HIFT group. Additionally, there was a correlation between peak power and the MT of the VI (r = 0.717) and MT of the RF (r = 0.823), and correlation between jump height and the MT of RF (r = 0.715) for the group of ST group. As well as the correlation between the FL of the VL (r = -0.714), the EM of the VI (r = -0.83), and the EM of the VL (r = -0.781) with the jump height for the HIFT group. There was a correlation between the CSA of the VL and maximum strength (r = 0.805), as well as between the CSA of the RF and jump height (r = 0.82) and peak power (r = 0.742) for the ST group. Likewise, there was a correlation between the CSA of the RF (r = -0.933) and the CSA of the VL (r = -0.603) with muscle power for the HIFT group. Therefore, adaptations of architecture, quality, and muscle morphology, in addition to physical performance among practitioners of HIFT and ST are similar to each other. However, the contributions of these adaptations to good maximal strength and muscle power performance differences between groups. Thus, based on the data of this thesis, the existence of an interference effect with the practice of HIFT was not confirmed.Moro, Antônio Renato PereiraFischer, GabrielaUniversidade Federal de Santa CatarinaOliveira, Silas Nery de2023-09-01T13:06:02Z2023-09-01T13:06:02Z2023info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/doctoralThesis140 p.| il.application/pdf383240https://repositorio.ufsc.br/handle/123456789/250004porreponame:Repositório Institucional da UFSCinstname:Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC)instacron:UFSCinfo:eu-repo/semantics/openAccess2023-09-04T17:18:36Zoai:repositorio.ufsc.br:123456789/250004Repositório InstitucionalPUBhttp://150.162.242.35/oai/requestopendoar:23732023-09-04T17:18:36Repositório Institucional da UFSC - Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC)false |
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