Biologia reprodutiva de Opuntia monacantha (Willd.) Haw. (cactaceae) em restingas da iIha de Santa Catarina, Sul do Brasil

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Lenzi, Maurício
Data de Publicação: 2008
Tipo de documento: Tese
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UFSC
Texto Completo: http://repositorio.ufsc.br/xmlui/handle/123456789/91362
Resumo: Tese (doutorado) - Universidade Federal de Santa Catarina, Centro de Ciências Agrárias. Programa de Pós-Graduação em Recursos Genéticos Vegetais.
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spelling Biologia reprodutiva de Opuntia monacantha (Willd.) Haw. (cactaceae) em restingas da iIha de Santa Catarina, Sul do BrasilRecursos genéticos vegetaisAgriculturaCactoReproduçãoPolinizacaoFertilização(Biologia)PlantasTese (doutorado) - Universidade Federal de Santa Catarina, Centro de Ciências Agrárias. Programa de Pós-Graduação em Recursos Genéticos Vegetais.As cactáceas possuem adaptações evolutivas associadas à sua história de vida, apresentando modificações morfológicas e fisiológicas funcionais no seu corpo, biologia floral, sistema reprodutivo e nos mecanismos de perpetuaçãoe dispersão. Este estudo foi desenvolvido sobre vegetação de restinga, em duas praias de Florianópolis, SC, Brasil. O objetivo central foi o de determinar e descrever as estratégias reprodutivas da cactácea Opuntia monacantha (Willd.) Haw., relacionando seus modos de reprodução e propagação às interações com a fauna polinizadora e dispersora na restinga. Os resultados indicaram que a espécie apresenta sobreposição de fenofases vegetativas e reprodutivas. Os cladódios e epidermes dos frutos apresentam alta capacidade de regeneração e multiplicação clonal por meio de suas aréolas. Os cladódios terminais são os que apresentam maior atividade reprodutiva. A morfologia e biologia floral foram relacionadas à melitofilia. O sistema sexual preferencial da espécie é a xenogamia, mas a autocompatibilidade polínica é moderadamente tolerada. As sementes testadas são recalcitrantes e possuem boa capacidade de germinação sob tratamento laboratorial, porém foi observada uma baixa germinação de sementes e estabelecimento das plântulas no campo. Não foram encontradas plântulas oriundas de sementes nas áreas estudadas. A queda de cladódios e frutos próximos às plantas mãe gerou a formação de densos agrupamentos da espécie. Os visitantes florais levantados foram abelhas, coleópteros e formigas. As abelhas fêmeas de Cephalocolletes isabelae Urban, 1995 (Hymenoptera: Colletidae) foram os polinizadores mais abundantes e freqüentes nas flores de O. monacantha, sendo sua presença relacionada à oligoletia quando na coleta de pólen nas flores da espécie. Os besouros Camptodes sp. (Coleoptera: Nitidulidae) foram relacionados à autogamia nas flores. Larvas do piralídeo Cactoblastis cactorum Berg, 1885 (Lepidoptera: Pyralidae) são predadoras de cladódios, frutos e sementes de O. monacantha, sendo constatado, após o ataque, um acréscimo na brotação vegetativa e um decréscimo no investimento reprodutivo sexual da espécie. O marsupial Didelphis aurita Wied-Newied, 1826 (Mammalia: Didelphidae) foi o único frugívoro e dispersor de frutos e sementes de O. monacantha, apresentando locais específicos para alimentação nas áreas estudadas. Os cladódios e frutos de O. monacantha apresentam capacidade de flutuação e tolerância à água do mar. A hidroocoria marítima ocorreu após a invasão marinha sobre a vegetação de restinga. Conclui-se que a sobreposição de fenofases, o longo período de floração e de permanência dos frutos nas plantas, os diferentes modos de propagação clonal (cladódios e epidermes de frutos) e a dispersão sexual (frutos e sementes), possivelmente, representam as estratégias mais importantes no fluxo gênico das populações de O. monacantha e na manutenção das populações da fauna de restinga.Florianópolis, SCOrth, Afonso InacioUniversidade Federal de Santa CatarinaLenzi, Maurício2012-10-23T21:57:32Z2012-10-23T21:57:32Z20082008info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/doctoralThesisvi, 95 f.| il., tabs., grafs.application/pdf263776http://repositorio.ufsc.br/xmlui/handle/123456789/91362porreponame:Repositório Institucional da UFSCinstname:Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC)instacron:UFSCinfo:eu-repo/semantics/openAccess2013-05-04T06:52:33Zoai:repositorio.ufsc.br:123456789/91362Repositório InstitucionalPUBhttp://150.162.242.35/oai/requestopendoar:23732013-05-04T06:52:33Repositório Institucional da UFSC - Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC)false
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