Idosos com estomia intestinal que vivenciam sintomas de incontinência urinária: um processo para o autocuidado
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2021 |
Tipo de documento: | Tese |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Institucional da UFSC |
Texto Completo: | https://repositorio.ufsc.br/handle/123456789/234539 |
Resumo: | Tese (doutorado) - Universidade Federal de Santa Catarina, Centro de Ciências da Saúde, Programa de Pós-Graduação em Enfermagem, Florianópolis, 2021. |
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Idosos com estomia intestinal que vivenciam sintomas de incontinência urinária: um processo para o autocuidadoEnfermagemIdososEstomiaColostomiaIleostomiaEstomas cirúrgicosIncontinência urináriaTese (doutorado) - Universidade Federal de Santa Catarina, Centro de Ciências da Saúde, Programa de Pós-Graduação em Enfermagem, Florianópolis, 2021.O objetivo deste estudo foi investigar a ocorrência de incontinência urinária em idosos com estomia intestinal atendidos pelo Sistema Único de Saúde na Região Metropolitana de Florianópolis e averiguar quais estratégias de autocuidado são utilizadas em ambas as situações. Trata-se de pesquisa de abordagem quanti-qualitativa, estudo de caráter observacional e transversal, fundamentado pela Teoria do Autocuidado, proposto por Dorothéa Orem. A coleta de dados foi realizada em quatro municípios da Região Metropolitana de Florianópolis, com 77 idosos com estomia intestinal de ambos os sexos. Iniciou-se com entrevista semiestruturada, em seguida, aplicou-se ficha de avaliação dos dados sociodemográficos, condições da estomia e fatores de risco para incontinência urinária e o International Consultation on Incontinence Questionnaire - Short Form (ICIQ-SF), para avaliar frequência, gravidade e impacto da incontinência urinária. Para os dados quantitativos, foi realizada análise por meio de medidas de tendência central e dispersão, medidas de frequência simples e relativa. O teste t não pareado foi utilizado para os dados normais e teste U de Mann Whitney para dados não paramétricos, nas comparações dos valores do ICIQ-SF. A significância estatística foi determinada com um valor de p<0,05. Adotado também o teste de regressão logística, com análise ajustada, considerando-se, após o ajuste, os valores com p<0,05 como relações significantes. A análise dos dados qualitativos deu-se através de análise temática, obtendo-se dois eixos temáticos: Vivência do idoso com estomia intestinal e com incontinência urinária; e Autocuidado do idoso com estomia intestinal e com incontinência urinária. Dentre as variáveis coletadas, a média de idade dos participantes foi de 71,87 (±9,6) anos, sendo 42 do sexo feminino e 35 do sexo masculino, 45 (58,4%) eram casados e a maior parte apresentava menos de oito anos de estudos 43 (55,8%). Em 49 (63,6%) idosos, o tempo de estomia intestinal foi de até 10 anos e 45 (58,4%) apresentaram sintomas da incontinência urinária, com mínimo de dois meses e máximo de 19 anos, sendo que esses sintomas, em 34 (44,2%) idosos, foram após a confecção da estomia intestinal. A presença de incontinência urinária apresentou relação estatisticamente significativa com o sexo feminino (p=0,001), presença de hipertensão arterial sistêmica (p=0,001), complicação da estomia (p=0,045) e uso de diurético (p=0,011). Após análise ajustada observou-se que o sexo feminino apresentou 5,45 vezes de desenvolver incontinência urinária e ter hipertensão arterial sistêmica aumentou 3,31 vezes as chances de desenvolver esse agravo. As entrevistas qualitativas foram fundamentais no estudo, pois alguns participantes relataram entender o uso da estomia intestinal como imprescindível para sobrevivência, outros informaram que ainda não estavam adaptados a condição, porém alguns não só estavam adaptados como já haviam se apropriado ao autocuidado. Os idosos, ainda, apontaram que a perda de urina era um processo natural do envelhecimento, na maioria das vezes, não relatado aos profissionais da saúde. Dessa forma, evidenciou-se a relevância desta pesquisa para a avaliação, planejamento e a tomada de decisões quanto às estratégias de cuidado à luz da Teoria do Autocuidado de Orem em indivíduos que vivenciam estomia intestinal e os sintomas da incontinência urinária na população idosa.Abstract: The objective of this study was to investigate the occurrence of urinary incontinence in elderly people with intestinal ostomy treated by the Unified Health System in the Metropolitan Region of Florianópolis and to ascertain which self-care strategies are used in both situations. This is a quantitative and qualitative research, observational and transversal study, based on the Self-Care Theory, proposed by Dorothéa Orem. Data collection was carried out in four municipalities in the Metropolitan Region of Florianópolis, with 77 elderly people with intestinal ostomy of both sexes. It started with a semi-structured interview, then an evaluation form was filled to assess the sociodemographic data, ostomy conditions, and risk factors for urinary incontinence, and so was the International Consultation on Incontinence Questionnaire - Short Form (ICIQ-SF), to assess the frequency, severity, and impact of urinary incontinence. For quantitative data, analysis was performed using measures of central tendency and dispersion, and simple and relative frequency measures. The unpaired t-test was used for normal data and Mann-Whitney U test for nonparametric data, in comparisons of the ICIQ-SF values. Statistical significance was determined with a value of p <0.05. The logistic regression test was also adopted, with adjusted analysis, considering, after adjustment, the values with p <0.05 as significant relationships. The analysis of qualitative data took place through thematic analysis, obtaining two thematic axes: Experience of the elderly with intestinal ostomy and urinary incontinence; and Self-care of the elderly with intestinal ostomy and urinary incontinence. Among the variables collected, the average age of the participants was 71.87 (± 9.6) years, 42 of whom were female and 35 male, 45 (58.4%) were married and most had less than eight years of studies 43 (55.8%). In 49 (63.6%) of the elderly, the time of intestinal ostomy was up to 10 years and 45 (58.4%) had symptoms of urinary incontinence, with a minimum of two months and a maximum of 19 years, and these symptoms, in 34 (44.2%) of the elderly, happened after the intestinal ostomy. The presence of urinary incontinence showed a statistically significant relationship with the female sex (p = 0.001), presence of systemic arterial hypertension (p = 0.001), ostomy complication (p = 0.045) and use of diuretic (p = 0.011). After adjusted analysis, it was observed that the female gender presented 5, 45 times of developing urinary incontinence and having systemic arterial hypertension increased 3.31 times the chances of developing this condition. Qualitative interviews were essential in the study, as some participants reported understanding the use of intestinal ostomy as essential for survival, others reported that they were not yet adapted to the condition, however, some were not only adapted but had already appropriated self-care. The elderly also pointed out that the loss of urine was a natural aging process, most of the time, not reported to health professionals. Thus, the relevance of this research for the assessment, planning, and decision-making regarding care strategies in the light of Orem's Self-Care Theory in individuals who experience intestinal ostomy and the symptoms of urinary incontinence in the elderly population became evident.Santos, Silvia Maria Azevedo dosHonório, Gesilani Júlia da SilvaUniversidade Federal de Santa CatarinaTomasi, Andrelise Viana Rosa2022-05-19T14:39:50Z2022-05-19T14:39:50Z2021info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/doctoralThesis202 p.| il.application/pdf375524https://repositorio.ufsc.br/handle/123456789/234539porreponame:Repositório Institucional da UFSCinstname:Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC)instacron:UFSCinfo:eu-repo/semantics/openAccess2022-05-19T14:39:50Zoai:repositorio.ufsc.br:123456789/234539Repositório InstitucionalPUBhttp://150.162.242.35/oai/requestopendoar:23732022-05-19T14:39:50Repositório Institucional da UFSC - Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC)false |
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