Impacto do diabetes precoce sobre a função vascular da musculatura esquelética

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Rosa, Ruy Roberto Porto Ascenso
Data de Publicação: 2021
Tipo de documento: Tese
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UFSC
Texto Completo: https://repositorio.ufsc.br/handle/123456789/231170
Resumo: Tese (doutorado) - Universidade Federal de Santa Catarina, Centro de Ciências Biológicas, Programa de Pós-Graduação em Farmacologia, Florianópolis, 2021.
id UFSC_2ab194fcf867d398739d226bf4e965a6
oai_identifier_str oai:repositorio.ufsc.br:123456789/231170
network_acronym_str UFSC
network_name_str Repositório Institucional da UFSC
repository_id_str 2373
spelling Impacto do diabetes precoce sobre a função vascular da musculatura esqueléticaFarmacologiaDiabetes MellitusMúsculos esqueléticosDoenças vasculares periféricasTese (doutorado) - Universidade Federal de Santa Catarina, Centro de Ciências Biológicas, Programa de Pós-Graduação em Farmacologia, Florianópolis, 2021.Pacientes diabéticos apresentam concentrações plasmáticas elevadas de glicose. O controle glicêmico é fundamental para a prevenção e redução das complicações micro e macrovasculares do diabetes, sendo que no tipo 2 também é necessário prevenir os demais fatores de risco associados. Contudo, estima-se que metade dos portadores do diabetes desconhece a sua condição, sendo o diagnóstico necessário para que o tratamento adequado possa ser iniciado no intuito de alcançar o controle glicêmico. Além disso, estudos demonstram que, mesmo entre os casos diagnosticados, é grande a ocorrência do diabetes descompensado, o que favorece o surgimento das complicações vasculares e amputação de membros relacionada à má perfusão tecidual. Com a hipótese de que a disfunção vascular nas fases iniciais do diabetes contribui para a má perfusão da musculatura esquelética mais tardiamente, desenvolvemos esse estudo que tem por objetivo caracterizar a função vascular no diabetes precoce e a sua contribuição para a perfusão da musculatura esquelética em ratas. Para alcançarmos nossos objetivos, utilizamos a estreptozotocina para induzir a hiperglicemia em ratas, realizamos medidas da pressão arterial e do fluxo de perfusão tecidual em animal anestesiado e padronizamos um novo método para a avaliação da perfusão em pernas isoladas, a fim de possibilitar a detecção das possíveis alterações presentes no leito vascular da musculatura esquelética. Comparando com ratas controle, nas ratas diabéticas nossos resultados demonstram: que a adrenalina e a fenilefrina foram menos eficazes em aumentar e a isoprenalina foi menos eficaz em diminuir a pressão arterial; que a adrenalina foi mais eficaz e a isoprenalina foi menos eficaz em elevar a frequência cardíaca, enquanto que a fenilefrina e a acetilcolina foram menos eficazes em diminuí-la; que a adrenalina, fenilefrina, isoprenalina, acetilcolina e nitroprussiato de sódio foram menos eficazes em reduzir o fluxo sanguíneo renal; que a adrenalina e a fenilefrina foram menos eficazes em aumentar o fluxo sanguíneo muscular e a isoprenalina foi mais eficaz em aumenta-lo. Avaliando os mesmos agentes nas preparações de pernas isoladas de ratas controle e diabéticas de 4 semanas, observamos no grupo das diabéticas que os efeitos da isoprenalina em reduzir a pressão de perfusão foi mais duradouro e que a adrenalina foi menos eficaz em elevar a pressão de perfusão. Nessas preparações de ratas diabéticas, não observamos elevação da pressão de perfusão quando o meio contendo cálcio foi substituído por meio zero cálcio e que o aumento da pressão de perfusão induzido por influxo de cálcio extracelular estimulado por fenilefrina foi menor. Esses resultados demonstram que as alterações vasculares sistêmicas precedem aos prejuízos do leito vascular periférico. E ainda que as alterações iniciais que precedem a disfunção vascular no leito da musculatura esquelética estão relacionadas com a ativação de receptores ß-adrenérgicos e a movimentação de cálcio. Frente a esses resultados, demonstramos que uma disfunção vascular no diabetes precoce parece contribuir para uma má perfusão da musculatura esquelética em ratas.Abstract: Diabetic patients have elevated plasma glucose concentrations. Glycemic control is essential for the prevention and reduction of micro and macrovascular complications of diabetes, although in Type 2 diabetes it is also necessary to prevent other associated risk factors. It is estimated that half of people with diabetes are unaware of their condition making the diagnosis necessary for the appropriate treatment to be initiated in order to achieve glycemic control. Furthermore, studies show that, even among diagnosed cases, the occurrence of decompensated diabetes is high, which provides the emergence of vascular complications and limb amputation related to poor tissue perfusion. With the hypothesis that vascular dysfunction in the early stages of diabetes contributes to late skeletal muscle tissues poor perfusion, we developed this study that aims to characterize vascular function in early stages of diabetes and its contribution to skeletal muscle perfusion in female rats. For this, we used streptozotocin to induce hyperglycemia in female rats, measured blood pressure and tissue perfusion flow in anesthetized animals, and standardized a new method to evaluate perfusion in isolated legs, in order to detect possible alterations in the vascular bed of the skeletal musculature. Comparing with control rats, the results obtained in diabetic rats showed: that adrenaline and phenylephrine were less effective in increasing and isoprenalina was less effective in decreasing blood pressure; adrenaline was more effective and isoprenalina was less effective in raising heart rate while phenylephrine and acetylcholine were less effective in lowering it; adrenaline, phenylephrine, isoprenalina, acetylcholine, and sodium nitroprusside were less effective in reducing renal blood flow; adrenaline and phenylephrine were less effective in increasing muscle blood flow and isoprenalina was more effective in increasing it. Assessing the same agents in the isolated leg preparations of control and 4-week diabetic rats, we observed in the diabetic group that the effects of isoprenalina in reducing perfusion pressure were longer lasting and that adrenaline was less effective in raising perfusion pressure. In these preparations from diabetic rats, we did observe an increase in perfusion pressure when the calcium-containing medium was replaced by zero-calcium medium and that the increase in perfusion pressure induced by extracellular calcium influx stimulated by phenylephrine was smaller. Our results demonstrate that systemic vascular changes precede to peripheral vascular bed damage. Furthermore, the initial changes that precede vascular dysfunction in the skeletal muscle bed are related to the activation of ß-adrenergic receptors and calcium ion movement. Based on these results, we demonstrate that vascular dysfunction in early diabetes seems to contribute to poor skeletal muscle perfusion in female rats.Santos, José Eduardo da SilvaLinder, Áurea ElizabethUniversidade Federal de Santa CatarinaRosa, Ruy Roberto Porto Ascenso2022-02-14T13:34:02Z2022-02-14T13:34:02Z2021info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/doctoralThesis197 p.| il., gráfs.application/pdf374129https://repositorio.ufsc.br/handle/123456789/231170porreponame:Repositório Institucional da UFSCinstname:Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC)instacron:UFSCinfo:eu-repo/semantics/openAccess2022-02-14T13:34:02Zoai:repositorio.ufsc.br:123456789/231170Repositório InstitucionalPUBhttp://150.162.242.35/oai/requestopendoar:23732022-02-14T13:34:02Repositório Institucional da UFSC - Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC)false
dc.title.none.fl_str_mv Impacto do diabetes precoce sobre a função vascular da musculatura esquelética
title Impacto do diabetes precoce sobre a função vascular da musculatura esquelética
spellingShingle Impacto do diabetes precoce sobre a função vascular da musculatura esquelética
Rosa, Ruy Roberto Porto Ascenso
Farmacologia
Diabetes Mellitus
Músculos esqueléticos
Doenças vasculares periféricas
title_short Impacto do diabetes precoce sobre a função vascular da musculatura esquelética
title_full Impacto do diabetes precoce sobre a função vascular da musculatura esquelética
title_fullStr Impacto do diabetes precoce sobre a função vascular da musculatura esquelética
title_full_unstemmed Impacto do diabetes precoce sobre a função vascular da musculatura esquelética
title_sort Impacto do diabetes precoce sobre a função vascular da musculatura esquelética
author Rosa, Ruy Roberto Porto Ascenso
author_facet Rosa, Ruy Roberto Porto Ascenso
author_role author
dc.contributor.none.fl_str_mv Santos, José Eduardo da Silva
Linder, Áurea Elizabeth
Universidade Federal de Santa Catarina
dc.contributor.author.fl_str_mv Rosa, Ruy Roberto Porto Ascenso
dc.subject.por.fl_str_mv Farmacologia
Diabetes Mellitus
Músculos esqueléticos
Doenças vasculares periféricas
topic Farmacologia
Diabetes Mellitus
Músculos esqueléticos
Doenças vasculares periféricas
description Tese (doutorado) - Universidade Federal de Santa Catarina, Centro de Ciências Biológicas, Programa de Pós-Graduação em Farmacologia, Florianópolis, 2021.
publishDate 2021
dc.date.none.fl_str_mv 2021
2022-02-14T13:34:02Z
2022-02-14T13:34:02Z
dc.type.status.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/publishedVersion
dc.type.driver.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/doctoralThesis
format doctoralThesis
status_str publishedVersion
dc.identifier.uri.fl_str_mv 374129
https://repositorio.ufsc.br/handle/123456789/231170
identifier_str_mv 374129
url https://repositorio.ufsc.br/handle/123456789/231170
dc.language.iso.fl_str_mv por
language por
dc.rights.driver.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/openAccess
eu_rights_str_mv openAccess
dc.format.none.fl_str_mv 197 p.| il., gráfs.
application/pdf
dc.source.none.fl_str_mv reponame:Repositório Institucional da UFSC
instname:Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC)
instacron:UFSC
instname_str Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC)
instacron_str UFSC
institution UFSC
reponame_str Repositório Institucional da UFSC
collection Repositório Institucional da UFSC
repository.name.fl_str_mv Repositório Institucional da UFSC - Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC)
repository.mail.fl_str_mv
_version_ 1808652416203096064