Convivendo com a hipertensão: a experiência com o processo de adoecimento e o tratamento dietético da hipertensão arterial sistêmica entre usuários do Sistema Único de Saúde de Florianópolis, SC
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2014 |
Tipo de documento: | Dissertação |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Institucional da UFSC |
Texto Completo: | https://repositorio.ufsc.br/xmlui/handle/123456789/128677 |
Resumo: | Dissertação (mestrado) - Universidade Federal de Santa Catarina, Centro de Ciências da Saúde, Programa de Pós-Graduação em Nutrição, Florianópolis, 2014 |
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Convivendo com a hipertensão: a experiência com o processo de adoecimento e o tratamento dietético da hipertensão arterial sistêmica entre usuários do Sistema Único de Saúde de Florianópolis, SCNutriçãoHipertensãoDoençasDieteticaHabitos alimentaresAntropologia medicaDoencas cronicasPesquisa qualitativaDissertação (mestrado) - Universidade Federal de Santa Catarina, Centro de Ciências da Saúde, Programa de Pós-Graduação em Nutrição, Florianópolis, 2014Objetivo: Descrever, a partir do ponto de vista dos indivíduos, a experiência do adoecimento e o tratamento dietético da hipertensão arterial sistêmica (HAS) entre usuários do Sistema Único de Saúde(SUS) de Florianópolis, Santa Catarina. Método: Trata-se de um estudo etnográfico, realizado com portadores de hipertensão da comunidade de Sambaqui e profissionais de saúde do Centro de Saúde de Santo Antônio de Lisboa, Florianópolis, Santa Catarina. Os dados foram coletados entre março e junho de 2014, por meio de entrevistas semiestruturadas e observação participante. As entrevistas foram gravadas sempre que autorizado pelos envolvidos e as observações foram registradas no diário de campo. Todo o material foi lido e transcrito na integra, divididos em categorias referentes aos objetivos da pesquisa e discutidos com base na Antropologia Interpretativa e na Antropologia Médica. Resultados: A HAS, vista como uma doença muitas vezes assintomática do ponto de vista biomédico, para os hipertensos não se apresentava como tal, reconhecida por estes como uma doença que apresentava sinais físicos e causava infortúnios. Aqueles que a reconheciam como uma doença assintomática, não se rotulavam como pessoas doentes. Os nervos foram considerados pela maioria dos hipertensos como a principal causa da doença. Sobre o tratamento, na visão dos profissionais de saúde, o uso dos fármacos se mostrou a forma mais efetiva de tratar a doença, entretanto, para os hipertensos, o tratamento medicamentoso era feito à sua maneira, usavam quando e quando achassem necessário. No que se refere ao tratamento dietético, quando seguido, estava estritamente ligado à redução do sal; as informações sobre a alimentação no controle da doença eram sempre reforçadas pela equipe de saúde. Havia o conhecimento dos hipertensos sobre essas informações, entretanto alguns entrevistados mesmo diante dos conhecimentos repassados, não associaram as mudanças dietéticas ao controle da doença, havendo a autonomia e agencia da sua condição. Na busca pelo tratamento da doença, o sistema formal de saúde foi considerado o principal itinerário terapêutico. As práticas de autoatenção estiveram relacionadas ao uso de chás, repouso e receitas caseiras. Conclusão: As divergências nas falas e conceitos sobre a doença e seu manejo entre profissionais de saúde e hipertensos, mostram que a doença não pode ser reduzida apenas a seus aspectos fisiológicos. O significado da doença para aqueles que a possuem envolvem dimensões culturais e sociais, as estratégias que estes assumem para lidar com sua condição devem ser reconhecidas pelos profissionais de saúde, por meio de um escuta qualificada, onde abram-se espaços para que o sujeito mostre sua subjetividade. Quanto mais avançarmos nesse campo, articulando as perspectivas das ciências sociais e humanas do campo de saúde biológico, poderemos trazer subsídios para políticas e ações de saúde que contemplem aqueles para as quais essas ações são voltadas.<br>Abstract: Objective: Describe starting from the individuals point of view, the experience of illness and the dietetic treatment of systemic arterial hypertension (SAH) among users of the Sistema Unico de Saude (SUS)from Florianopolis, Santa Catarina. Method: It's an ethnographic study, being aplied on pacients with hypertension from the Sambaqui community and professionals from Centro de Saude of Santo Antonio de Lisboa, Florianopolis, Santa Catarina. The data was collected between march and july 2014, by semistructured interviews and participant observation. The interviews where recorded when authorized by the people involved and recorded in the field journal. All the material was read and transcribed in full, divided into categories related to the research objectives and discussed based on Interpretative Anthropology and Medical Anthropology. Results: The SAH, often seen as an asymptomatic disease biomedical point of view, for hypertensive patients did not present itself as such recognized by them as a disease that had caused physical signs and misfortunes. Those who recognized it as an asymptomatic disease, not sick people would label as. Ther nerves were considered by most hypertense people as the diseases principal cause. About the treatment, the point of view of the health care professionals, the use of drugs has proved the most effective way to treat the disease, however for the pacients the drug treatment was done their way, when and how much they thought necessary. In what refers to the dietary treatment, when followed was strictly associated to salt reduction, the informations about food in disease control where allways reforced by the health care team. The pacients had knowledge on those informations, however some did not associate dietary changes with the disease control, having the autonomy and agency of their condition. In the search for the disease treatment, the formal health system was considered the principal therapeutic itinerary. The practice of self care were related to the use of teas, rest and some homemad recipes. Conclusion: The discrepancies in the statements and concecpts about the illness and their manegement among health professionals and hypertension pacients, show that the disease can not be reduced to it's physiological aspects. The meaning of illness for those who possess it involves cultural and social dimensions, the strategies wich they assume to deal with their condition must be recognized by the health professionals, by means of a qualified listening, where they open up spaces for the subject to show his subjectivity. The more we advance in this field, articulating the perfective sciences, socials and humans in the field of biological health, we can bring subsidies for health policy and actions that include those of wich these actons are geared.Leite, Maurício SoaresUniversidade Federal de Santa CatarinaMartins, Lucimara Tábata2015-02-05T20:14:05Z2015-02-05T20:14:05Z2014info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisapplication/pdf329758https://repositorio.ufsc.br/xmlui/handle/123456789/128677porreponame:Repositório Institucional da UFSCinstname:Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC)instacron:UFSCinfo:eu-repo/semantics/openAccess2015-02-05T20:14:05Zoai:repositorio.ufsc.br:123456789/128677Repositório InstitucionalPUBhttp://150.162.242.35/oai/requestopendoar:23732015-02-05T20:14:05Repositório Institucional da UFSC - Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC)false |
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