GESTÃO DO CULTIVO DOMÉSTICO DE PLANTAS: CULTURA E SOCIEDADE COMO PARÂMETROS DE DESIGN PARA A PROMOÇÃO DA COMUNIDADE

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Benatti, Lia Paletta
Data de Publicação: 2022
Outros Autores: Lana, Sebastiana Luiza Bragança
Tipo de documento: Artigo
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UFSC
Texto Completo: https://ojs.sites.ufsc.br/index.php/mixsustentavel/article/view/5285
https://repositorio.ufsc.br/handle/123456789/246705
Resumo: Entre as diversas formas de cultivo de plantas existentes em nossa sociedade, uma vez que o ser humano sempre se ocupou das mudanças vegetacionais, pois somos dependentes das plantas para sobreviver (ALBUQUERQUE, 2005), este trabalho demonstra a análise de estilos e costumes referentes às plantas nos ambientes residenciais das áreas urbanas. O objetivo geral é entender o complexo processo do cultivo doméstico de plantas utilizando o viés do design como parâmetro para analisar uma orientação para a promoção desta atividade.O trabalho se inicia apresentando um estudo de antropologia urbana, levantando temas sobre como as pessoas, em suas casas e apartamentos constroem relações, e quais relações, com as plantas que cultivam. Em pesquisa nas redes sociais observou-se como as plantas são valorizadas e compões elemento de vaidade de seus cultivadores.Em entrevistas nas residências com aqueles que cultivam em apartamentos, através de observação participante, foi visto que o cultivo de plantas alimentícias não é feito tanto para alimentação e sim por fatores que se relacionam ao afeto e a memórias passadas. Para Reis et al (2020) reforçam que o cultivo com o uso de vasos, apesar de ser um limitante, apresenta um custo baixo, tendo também a flexibilidade de movimentação pelo ambiente.Em sequência, é feito um paralelo com as atividades de design apresentando questões relativas ao cultivo e sua influência na formação de hábitos alimentares, reforçando que a seleção das plantas para cultivo em hortas é subjetiva e dificilmente se relaciona aos gostos alimentares, assim como as hortas escolares em que o cultivo se dá mais como objeto didático e menos para alimentação. Ressalta-se que além dos aspectos da nutrição, o uso da horta como atividade de ensino reforça ações de cooperativismo e de agroecologia entre os estudantes (LIMA et al, 2015). Além desses pontos é apresentado o desenvolvimento de artefatos vernaculares específicos para o cultivo como fator de expressão de cada indivíduo.O trabalho resulta na Abordagem do Design para o Cultivo (Abordagem DpC), com o objetivo de utilizar diretrizes aliadas ao design como suporte para criar uma base para propostas criativas no universo do cultivo doméstico de plantas. A abordagem engloba os diferentes arquétipos dos agricultores urbanos, as possíveis áreas de atuação do design com o cultivo e os aspectos subjetivos que envolvem esta atividade, para assim, instrumentalizar o designer para inovar neste segmento.REFERÊNCIASALBUQUERQUE, U. P. de. Introdução à etnobotânica. Rio de Janeiro: Interciência, 2005.LIMA, G. M. M., CONDE SOBRINHO, W. A. M.; SOUZA JUNIOR; J. I. Educação ambiental e implantação de horta escolar. Cadernos de Agroecologia, [S.l.], v. 10, n. 3, may 2016.REIS, S. N.; REIS, M. V. dos; NASCIMENTO, A. M. P. Pandemic, social isolation and the importance of people-plant interaction. Ornamental Horticulture. V. 6, N. 3, 2020.
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